Joias desaparecem em assalto ao Museu do Louvre

Os assaltantes que invadiram o Museu do Louvre, em Paris, no domingo (19) levaram oito peças de joalheria de valor incalculável, enquanto uma nona, que também seria subtraída, acabou sendo recuperada no próprio local, conforme informou a promotora de Paris, Laure Beccuau. Segundo a representante do Ministério Público, o grupo não tinha como objetivo o diamante Regent, uma das gemas mais conhecidas do mundo, que permanece intacto na mesma galeria invadida pelos criminosos. A informação foi divulgada por Beccuau em entrevista à emissora BFM TV, parceira da CNN na França.

Peças extremamente valiosas

A casa de leilões Sotheby’s avalia o diamante Regent em mais de 60 milhões de dólares. A ministra da Cultura, Rachida Dati, declarou ao canal francês TF1 que uma das joias havia sido localizada nas proximidades do Museu do Louvre e estava passando por uma análise pericial. De acordo com informações divulgadas pela própria TF1 e pelo jornal “Le Parisien”, o item recuperado seria a coroa da Imperatriz Eugénie, consorte de Napoleão III. A peça, confeccionada em ouro e adornada com 1.354 diamantes e 56 esmeraldas, sofreu danos durante o assalto, conforme relataram as fontes.


Roubo com requintes de cinema no Louvre (Vídeo:reprodução/YouTube/Domingo Espetacular)

A Sala Apollo, espaço que abriga as Joias da Coroa Francesa e uma série de relíquias, entre elas a coleção de vasos de pedra dura pertencente a Luís XIV, foi o alvo do roubo. De acordo com o ministro do Interior, os criminosos invadiram o local após romper uma janela com o auxílio de uma esmerilhadeira, levando consigo joias de “valor incalculável, tanto emocional quanto histórico”.

O Ministério do Interior informou, em nota oficial, que uma relação minuciosa das peças subtraídas está sendo elaborada. A pasta destacou ainda que, além do preço financeiro das joias, elas possuem um significado cultural e patrimonial impossível de mensurar.

Ações minuciosas

O assalto aconteceu no domingo, entre 9h30 e 9h40 no horário local (4h30 e 4h40 em Brasília), logo após o museu abrir as portas ao público. Quatro criminosos utilizaram uma plataforma elevatória acoplada a um veículo para alcançar a Galeria de Apolo, por meio de uma sacada voltada para o rio Sena. Dois deles romperam as janelas usando uma serra elétrica portátil e conseguiram entrar no edifício.

Dentro do museu, os invasores intimidaram os seguranças, que acabaram deixando o local, e subtraíram peças expostas em duas vitrines de vidro. Aproximadamente 60 agentes participam das investigações, e o Ministério Público trabalha com a hipótese de que o crime tenha sido planejado e executado sob o comando de uma rede criminosa organizada.

Rio Sena é liberado para banhos durante verão francês

A prefeitura de Paris anunciou nesta quarta-feira (14) a liberação de banhistas no Rio Sena. O projeto, iniciado desde os anos 90, ganhou reforços nas Olimpíadas de Paris 2024 sob os esforços da prefeita da capital francesa Anne Hidalgo, que protagonizou um dos primeiros mergulhos à torrente despoluída.

Assim a população poderá participar de atividades aquáticas a partir do dia 5 de Julho até o dia 31 de agosto. Tendo em vista que os banhos não serão permitidos em todos os trechos do afluxo e existem áreas previamente demarcadas.

Locais específicos

Segundo uma matéria publicada pelo site da Uol, serão três áreas gratuitas permitidas para uso público: o centro de Île Saint-Louis, o porto de Grenelle em frente a famosa Torre Eiffel e em Bercy.

O jornal O Globo, também esclareceu que a prefeitura da capital francesa realizará controles bacteriológicos cotidianamente para averiguar como as águas do rio europeu irão lidar com o fluxo de visitantes. No entanto, o banho poderá ser suspenso em casos de chuvas fortes que possam afetar diretamente na qualidade do recurso hídrico.


Anne Hidalgo mergulha no rio Sena em Outubro de 2024 (foto: reprodução/Instagram/@annehidalgo)

O público, acompanhado de perto por salva-vidas, também será alertado por um sistema de bandeiras muito semelhante ao das praias cariocas, onde elas indicarão por seu nível de cores (verde, amarelo e vermelho) as condições de segurança como o nível da correnteza, profundidade e níveis de poluição.

Retorno de um momento extraordinário

Em vista do levantamento de dados da prefeitura estrangeira divulgado pelo Uol, durante o outono do ano passado as águas apresentaram uma melhora em 75% das amostras e em dias de tempo seco, a melhora apareceu em 100% das análises.


Prefeita de Paris revela que mergulho no Sena foi momento extraordinário (foto: reprodução/Instagram/@annehidalgo)

Mas, em declarações divulgadas pelo O Globo, a prefeita Hidalgo esclareceu que seu primeiro mergulho no Sena foi um momento de fato extraordinário, porém, nadar nos jogos olímpicos de 2024 não foi sua única intenção. A primeira mulher a ser eleita para presidir a Câmara Municipal de Paris, revelou que tornar o rio próprio para banho novamente, antes de tudo significa responder um desafio de adaptação às mudanças climáticas e também a qualidade de vida francesa.

Assim, o custo da limpeza das águas foi em torno de um valor de 1,4 bilhão de euros, convertido para o real o preço se acumula em um pouco mais de 8 bilhões de reais. Por tanto, para que a corrente ficasse adequada para os moradores foi essencial um amplo esforço de saneamento e uma alta demanda de esforços das autoridades parisienses.

Embaixada da França nega que triatletas ficaram doentes após nadarem no rio Sena

Depois de relatos sobre triatletas que supostamente adoeceram após nadar no rio Sena, a Embaixada da França no Brasil recorreu às redes sociais para desmentir qualquer vínculo entre as doenças e o contato com a água.

No último domingo (4), a CNN Internacional relatou que a Bélgica decidiu não participar da prova de triatlo de revezamento misto nas Olimpíadas de Paris, depois que a atleta Claire Michel adoeceu após nadar no Sena. Além do relato de Claire, o triatleta suíço Adrien Brifford também ficou de fora da competição após contrair uma infecção gastrointestinal.

Pronunciamento da embaixada Francesa

“Hoje de manhã, a própria triatleta belga Claire Michel desmentiu em suas redes sociais a informação de que ela teria sido infectada pela bactéria E. Coli.

Seus exames de sangue revelaram que ela foi vítima de um vírus, desmentindo assim os rumores de que a água do Sena teria sido a causa de sua doença.

Além disso, o Comitê Olímpico e Interfederal da Bélgica emitiu um comunicado à imprensa esclarecendo o estado de saúde da atleta Claire Michel, e corrigindo informações errôneas publicadas anteriormente na imprensa e nas redes sociais. A decisão de manter as provas de triatlo em 31 de julho foi tomada após o aval da federação internacional de triatlo, World Triathlon, que emitiu seu parecer com base nos testes de verificação da qualidade da água, cujos resultados foram considerados conformes.

As análises mostraram níveis de E.Coli bem abaixo do limite estabelecido pelas federações esportivas (entre 192 e 308 UFC/ml vs. 1.000 UFC/ml)”, publicou a embaixada Francesa em suas redes sociais.

O caso de Claire


Foto da triatleta Claire Michael. (Foto: reprodução/ Instagram/@clairemicheltri)

O ocorrido chamou a atenção principalmente devido às proporções. Ela havia nadado no Rio Sena poucos dias antes de ficar doente, e a qualidade da água do rio tem sido motivo de discussão desde antes dos Jogos. A prefeita de Paris chegou a nadar no Sena como uma forma de demonstrar que a água estava em boas condições.

“Carros voadores” não conseguem a certificação e tem estreia cancelada

A empresa alemã Volocopter informou nesta quinta-feira, (8), que os voos de teste programados para os “carros voadores” não acontecerão a tempo ou durante os Jogos Olímpicos de 2024 em Paris, como era esperado, porque eles não obtiveram a certificação necessária para a realização do teste. 

Os “carros voadores” tem esse nome popular, mas são oficialmente chamados de eVTOL (sigla em inglês para “veículo elétrico de pouso e decolagem vertical”) e, é uma aeronave similar a um helicóptero, porém, com mais hélices, que faz menos barulho.

Helicóptero, eVTOL e avião elétrico

Embora tenham características similares que, para um olho leigo, possam ser parecidos, eles possuem características que os diferem entre si. O helicóptero é um tipo de eVTOL (veículo de pouso e decolagem vertical) assim como o novo “carro voador”. Entretanto, os aviões elétricos não são eVTOL uma vez que utiliza asas fixas e precisa de velocidade antes de levantar voos.


Diferenças entre helicóptero, eVTOL e avião elétrico
(Foto: reprodução/Daniel Ivanaskas/Arte g1)

Isto é, embora possuam características similares, o que diferencia os eVTOLs dos demais veículos aéreos é a capacidade de fazerem uma decolagem ou aterrissagem vertical, diferentemente dos aviões comerciais.

Testes e certificações

O “carro voador” da empresa alemã se chama Volocity, e está com a sua certificação atrasada há algumas semanas por questões relacionadas ao motor, isso segundo o vice-diretor executivo Edward Arkwright do Grupo ADP. 

Ocorreu um teste em 2022 do modelo que seria usado no período dos Jogos Olímpicos e o Velocity voou durante 4 minutos no Aeroporto de Le Bourget, próximo a capital francesa. 

Apesar da negativa, o grupo ainda cogita fazer um voo até o fim de 2024 em uma plataforma no Rio Sena, segundo informaram à AFP News. Além disso, os fabricantes também pretendem realizar demonstrações de voo com um protótipo nesta quinta-feira, (8), e neste domingo, (11), porém sem passageiros. 

Atualmente, o modelo do veículo tem dois assentos e possui baterias para alimentar os 18 motores e, segundo seu fabricante, faz menos ruídos do que um helicóptero comum.

Ana Marcela conta que bebeu água do rio Sena durante a maratona aquática

A qualidade da água do rio Sena tem sido uma polêmica durante os jogos olímpicos de Paris, apesar de alguns atletas terem apresentado sintomas após nadarem no rio, nesta quinta-feira, (8), aconteceu a maratona aquática no local. A nadadora brasileira, Ana Marcela, que ficou em quarto lugar na competição, admitiu que bebeu a água do rio durante a prova: “Eu não vi nada. Foi umas goladas pra dentro. Vamos rezar pelo próximo dia e tá tudo Certo”, declarou Marcela.

“Teve gente que veio aqui e não saiu se sentido bem, teve gente que ficou meio mareado. Não senti cheiro, nem nada. Vamos ver nos próximos dias. Mas não acredito, a gente acredita na organização, não acho que eles iriam brincar com a saúde dos atletas”, acrescentou a atleta.

A nadadora, Viviane Jungblut, também representou o Brasil na maratona aquática. A brasileira terminou a competição na 11° colocação.


Viviane Jungblut durante maratona aquática nas olimpíadas de Paris (Foto: reprodução/Franck Fife/Getty Images Embed)


Rio Sena

O rio Sena foi considerado seguro para nadar no dia 17 de julho, essa foi a primeira vez que o rio foi aberto para prática de natação em mais de um século. Diante das preocupações dos atletas e da população, a prefeita de Paris, Anne Hidalgo, nadou no rio no início de julho, em uma tentativa de demonstrar que o rio está limpo.

Quatro atletas já passaram mal após nadarem no rio, o Comitê Olímpico Belga abdicou da prova de triatlo misto, depois que a atleta Claire Michel, se sentiu mal após nadar no Sena. Já o comitê Olímpico Português confirmou que seus atletas Vasco Vilaça e Melanie Santos sofreram sintomas de uma infecção gastrointestinais, o suíço Adrien Briffod também se sentiu mal após nadar no rio.

Ana Marcela

Marcela foi campeã nos jogos de Tóquio em 2021, fora do pódio nas olímpicas de Paris, a atleta não conteve as lagrimas e falou sobre o medo de não voltar a representar o Brasil.

“São poucos que estão aqui representando o Brasil. Gente quer representar da melhor forma possível. Meu choro é porque eu não sei se vou ter outra oportunidade”, desabafou a nadadora.


Ana Marcela e Sharon Van Rouwendaal (Foto: reprodução/Sarah Stier/Getty Images Embed)

A brasileira iniciou bem a prova, indo do 20° ao quarto lugar. No entanto, não conseguiu manter o mesmo ritmo no final da prova, a medalha de ouro ficou com a bicampeã Sharon Van Rouwendaal.

Cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Paris: um desfile inédito pelo Rio Sena

Os organizadores das Olimpíadas de Paris 2024 prometem uma cerimônia de abertura sem precedentes. Programada para começar às 14h (horário de Brasília) nesta sexta-feira (26), a cerimônia será realizada no Rio Sena, oferecendo um cenário ao ar livre e distante dos tradicionais estádios fechados. O evento contará com apresentações musicais, um desfile de barcos, e uma atenção especial às medidas de segurança.

Início das competições e cerimônia de abertura

As competições dos Jogos Olímpicos de Paris já tiveram início na última quarta-feira, dia 24. No entanto, a cerimônia de abertura oficial está programada para acontecer nesta sexta-feira, às margens do Rio Sena, que atravessa a cidade de Paris. O evento contará com a participação de 205 delegações, distribuídas em 85 barcos, que desfilarão ao longo de um trecho de 6 km no rio.


Frente da Vila Olímpica em Paris (Foto: reprodução/Michel Euler/Getty Images Embed)


Espetáculos e atrações musicais

Dentre as 12 apresentações programadas para a cerimônia, se destacam os shows das cantoras Celine Dion e Lady Gaga, que interpretarão a clássica música “La Vie en Rose”. As performances serão realizadas em vários pontos ao longo do Rio Sena, acompanhando o desfile dos barcos das delegações. Essas exibições contarão com a participação de aproximadamente dois mil artistas.

A cerimônia de abertura começará na Ponte de Austerlitz e seguirá ao longo do Rio Sena até a Torre Eiffel. Devido às preocupações com a segurança, a área foi restrita a pessoas com credenciais 11 dias antes do evento. Durante a cerimônia, 45 mil agentes de segurança estarão presentes em Paris para garantir a proteção e tranquilidade dos participantes e do público.

Informações e transmissão

Dado o extenso percurso de seis km, a organização do evento instalou 71 telões ao longo do trajeto para garantir que todos possam acompanhar a cerimônia na íntegra.

Pela primeira vez, a cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos será realizada em um espaço ao ar livre e acessível gratuitamente ao público. A transmissão ao vivo do evento poderá ser acompanhada pelos canais Globo, Sportv, Globo Esporte, Globoplay e CazéTV.

Prefeita de Paris mergulha no rio Sena para comprovar a qualidade da água

Nesta quarta-feira (17/07), a prefeita de Paris, Anne Hidalgo, mergulhou no Rio Sena, e assim cumpriu uma promessa que havia feito. O evento acontece há 9 dias antes da abertura dos jogos olímpicos.

O dia em Paris estava perfeito para o mergulho acontecer, isto porque o dia estava ensolarado e a água estava a 20 °C. Cinco dias atrás a ministra dos Esportes, Amélie Oudéa-Castéra, também nadou no Rio Sena.

Várias autoridades estavam acompanhando a prefeita de Paris, como o presidente do Comitê Organizador dos Jogos de Paris, Tony Estanguet e um representante do governo francês.


A prefeita de Paris Anne Hidalgo com outros membros do comitê Paris 2024 (Reprodução/AFP/Amaury Cornu/Getty Images Embed)


Projeto de despoluição do Rio Sena

O projeto para despoluir o Rio Sena custou € 1,4 bilhão (R$ 8,35 bi, em valores atuais) para a prefeitura e o governo francês. A despoluição começou em 2016 e teve como principal objetivo tornar um dos afluentes do Rio Sena, o Marne, próprio para banho.

Para tornar a água do rio limpa, foi preciso realizar 5 obras, dentre elas, um reservatório de águas pluviais e uma catedral subterrânea no centro de Paris.

Já ocorreram testes no Rio Sena em agosto de 2023, para avaliar a possibilidade se daria para ser praticado modalidades como triatlo, natação em maratona e paratriatlo. Na época os testes fracassaram, mas após o mergulho da ministra do Esporte e da Prefeita de Paris parece ter ficado claro que o rio agora estará apto para banho.

O comitê olímpico inclusive já tem alternativas para o acontecimento das provas se chover intensamente no Rio Sena. O primeiro seria adiar as provas em alguns dias e em último caso as provas teriam que ser transferidas para a cidade de Vaires-sur-Marne.

Legado que a despoluição do Rio Sena irá causar

O ato simbólico de Anne Hidalgo acontece após uma portaria publicada em 1923 que proibiu banhos no Rio Sena.

Este já foi o primeiro fato que a limpeza do rio causou, a longo prazo o rio poderá ser utilizado para a realização de outros grandes eventos. A prefeitura de Paris quer criar espaços para banhos no Rio Sena depois do término das Olimpíadas.