Joias desaparecem em assalto ao Museu do Louvre

Ladrões agiram durante o dia e utilizaram equipamentos especializados para conseguirem acesso aos objetos valiosos da Coroa Francesa

20 out, 2025
Joia do Louvre | Reprodução/Instagram/@museelouvre
Joia do Louvre | Reprodução/Instagram/@museelouvre

Os assaltantes que invadiram o Museu do Louvre, em Paris, no domingo (19) levaram oito peças de joalheria de valor incalculável, enquanto uma nona, que também seria subtraída, acabou sendo recuperada no próprio local, conforme informou a promotora de Paris, Laure Beccuau. Segundo a representante do Ministério Público, o grupo não tinha como objetivo o diamante Regent, uma das gemas mais conhecidas do mundo, que permanece intacto na mesma galeria invadida pelos criminosos. A informação foi divulgada por Beccuau em entrevista à emissora BFM TV, parceira da CNN na França.

Peças extremamente valiosas

A casa de leilões Sotheby’s avalia o diamante Regent em mais de 60 milhões de dólares. A ministra da Cultura, Rachida Dati, declarou ao canal francês TF1 que uma das joias havia sido localizada nas proximidades do Museu do Louvre e estava passando por uma análise pericial. De acordo com informações divulgadas pela própria TF1 e pelo jornal “Le Parisien”, o item recuperado seria a coroa da Imperatriz Eugénie, consorte de Napoleão III. A peça, confeccionada em ouro e adornada com 1.354 diamantes e 56 esmeraldas, sofreu danos durante o assalto, conforme relataram as fontes.


Roubo com requintes de cinema no Louvre (Vídeo:reprodução/YouTube/Domingo Espetacular)

A Sala Apollo, espaço que abriga as Joias da Coroa Francesa e uma série de relíquias, entre elas a coleção de vasos de pedra dura pertencente a Luís XIV, foi o alvo do roubo. De acordo com o ministro do Interior, os criminosos invadiram o local após romper uma janela com o auxílio de uma esmerilhadeira, levando consigo joias de “valor incalculável, tanto emocional quanto histórico”.

O Ministério do Interior informou, em nota oficial, que uma relação minuciosa das peças subtraídas está sendo elaborada. A pasta destacou ainda que, além do preço financeiro das joias, elas possuem um significado cultural e patrimonial impossível de mensurar.

Ações minuciosas

O assalto aconteceu no domingo, entre 9h30 e 9h40 no horário local (4h30 e 4h40 em Brasília), logo após o museu abrir as portas ao público. Quatro criminosos utilizaram uma plataforma elevatória acoplada a um veículo para alcançar a Galeria de Apolo, por meio de uma sacada voltada para o rio Sena. Dois deles romperam as janelas usando uma serra elétrica portátil e conseguiram entrar no edifício.

Dentro do museu, os invasores intimidaram os seguranças, que acabaram deixando o local, e subtraíram peças expostas em duas vitrines de vidro. Aproximadamente 60 agentes participam das investigações, e o Ministério Público trabalha com a hipótese de que o crime tenha sido planejado e executado sob o comando de uma rede criminosa organizada.

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