Fiocruz alerta para aumento em número de internações por Influenza

No último boletim, o número de mortes pela doença se aproxima do COVID-19

As informações do último boletim sobre os casos de gripe no Brasil (InfoGripe) divulgado na última quinta-feira (dia 18) são preocupantes. As internações, nas últimas quatro semanas, por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) cresceram 54,9% e foram causadas pelo vírus sincicial respiratório (VSR) sendo 20,8% pelo vírus da Influenza A.

Sobre o boletim

O boletim utilizou dados coletados durante o período do dia quinze de abril pelo Sivep-Grip que detectaram o crescimento de internações a longo e a curto prazos nas últimas seis e quatro semanas. As notificações de óbito também preocupam porque ela estão se aproximando do número das mortes causadas pelo COVID-19.

A volta da máscara?

Para Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe e pesquisador do Programa de Computação Científica da Fiocruz as medidas preventivas devem ser tomadas, principalmente a vacinação contra Influenza A disponível na campanha do Ministério da Saúde e para VSR na rede privada para idosos.

O pesquisador também indica a volta do uso de máscaras de alta qualidade como a N95, KN95 e a PFF2 para quem frequenta unidades de saúde de diversos tipos e principalmente quem apresenta sintomas de gripe de qualquer origem ou infecções respiratórias. Ainda não é indicado para uso contínuo em exposição em lugares fechados.

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O aumento indicado no boletim da última quinta-feira se apresentam em 20 estados brasileiros e no Distrito Federal nas internações por SRAG. Além do Influenza A e VSR, o estudo também analisa o aumento de outros vírus como a Influenza B que contribuem para o estado de alerta sobre uma nova onda viral no país.

As medidas preventivas devem ser levada à risca para assegurar o declínio desses números. A vacinação para Influenza A é gratuita em todas as unidades de saúde do país e a VSR ainda somente para idosos na rede particular.

Sobre a vacinação em nosso país

A vacina aplicada na rede pública é trivalente e protege contra três cepas diferentes do vírus Influenza A (H1N1), Influenza A (H3N2) e Influenza B. Você pode tomar junto com outras do calendário vacinal brasileiro como a COVID e dengue sem precisar de um intervalo entre elas.

No caso de estar com gripe e estar apto a tomar a vacina, o ideal é tomar após trinta dias do começo das ocorrências e para o COVID, 48h após o fim dos sintomas iniciais ou febre. A campanha de vacinação em massa pelo Ministério da saúde vai até o dia trinta e um de maio, menos na região Norte que segue um calendário próprio.

Reino Unido dá passo rumo à proibição gradual à venda de cigarro

O Parlamento do Reino Unido tomou o primeiro passo em direção a uma legislação que proibirá a venda de cigarros para pessoas nascidas após 1º de janeiro de 2009. Se totalmente aprovada, esta medida posicionará o país como um dos mais rigorosos do mundo no controle do tabaco.

O objetivo é criar uma geração livre do vício do tabagismo. A partir de 2024, os jovens que completarem 15 anos nunca poderão legalmente adquirir cigarros ou dispositivos de vaping.

Atualmente, a compra de cigarros ou vapes é restrita a maiores de 18 anos. O projeto prevê a implementação da nova lei em 2027, aumentando a idade mínima a cada ano até que toda a população seja proibida de comprar tabaco.

No Reino Unido, aproximadamente 13% da população atualmente pratica o hábito de fumar, uma cifra que tem declinado desde os anos 1970. Apesar dessa tendência, o tabagismo continua sendo a principal causa de morte evitável, responsável por cerca de 80 mil óbitos anualmente, conforme relatórios das autoridades de saúde.

Restrições amplas e debates

Além de alterar a idade mínima para compra, o projeto também estabelece restrições ao vaping, incluindo a proibição de sabores e a venda de dispositivos de baixo custo, que são mais acessíveis.


Em 2027, a idade mínima para comprar cigarros será elevada a cada ano. (Fotografia: Reprodução/Freepik/Nensuria)

Apesar de ser uma medida proposta pelo governo, há falta de consenso dentro do partido do primeiro-ministro Rishi Sunak. Durante a votação no plenário do Parlamento, 383 deputados apoiaram a medida enquanto 67 foram contra. Alguns políticos conservadores proeminentes, como os ex-primeiros-ministros Boris Johnson e Liz Truss, argumentam que o projeto limita as liberdades individuais.

Controvérsias

Existe, ainda, um grupo de pressão que defende os direitos dos fumantes. Eles argumentam que a medida poderia gerar um mercado clandestino e que trata os futuros adultos como crianças. O governo assegura que não pretende criminalizar o ato de fumar e que o aumento gradual da idade mínima de compra não impedirá aqueles que já possuem permissão para comprar.

Recuperação pulmonar: o poder da mudança após parar de fumar

Recuperação gradual e benefícios a longo prazo

A recuperação pulmonar é um processo gradual, podendo levar cerca de cinco anos para alcançar seu ápice. Embora o dano possa não ser totalmente reversível, a melhora pode chegar a até 70%, proporcionando uma notável diferença na qualidade de vida. A intensidade do tabagismo ao longo dos anos influencia diretamente na extensão dos danos pulmonares, sendo crucial abandonar o hábito o quanto antes.


Impacto do tabagismo nos pulmões (Foto: Arte/g1)

Impactos além dos pulmões

Além dos pulmões, parar de fumar traz uma série de benefícios para o corpo como um todo. A redução do estresse oxidativo nas células e a recuperação do paladar e olfato são apenas algumas das mudanças positivas observadas. Além disso, a circulação sanguínea melhora, diminuindo o risco de disfunção erétil e doenças cardiovasculares, especialmente em pessoas com mais de 60 anos.

Importância do enfrentamento do tabagismo

Elnara Negri, pneumologista, enfatiza que, apesar das dificuldades, parar de fumar sempre vale a pena. O aumento da expectativa de vida, a redução da taxa de envelhecimento e a diminuição do risco de cânceres em diversos órgãos são apenas algumas das razões pelas quais abandonar o tabagismo é crucial. Mesmo para fumantes de longa data, a decisão de parar pode frear a deterioração dos pulmões e prevenir o surgimento de novas lesões que afetam a capacidade respiratória.

Segundo a pneumologista, “O pulmão fica como um queijo suíço cheio de buracos, isso não volta. Mas a bronquite, que é consequência dessa alteração do epitélio, vai melhorando e, com os remédios, o enfisema também”.


Entenda o que acontece após parar de fumar (vídeo: reprodução/YouTube/Dr. Ajuda)

A recuperação do epitélio respiratório é um dos aspectos mais notáveis após a cessação do tabagismo. As células desse tecido começam a se revitalizar, revertendo os danos causados pelo cigarro ao longo do tempo. Essa regeneração, embora gradual, é um sinal promissor da capacidade do corpo humano de se recuperar quando os fatores agressores são removidos.

Estudo revela que solidão acelera o envelhecimento biológico

A solidão está emergindo como uma preocupação cada vez maior em termos de saúde pública. Vários estudos indicam que ela tem efeitos negativos tanto na saúde física quanto mental, e pode até aumentar o risco de mortalidade. Um estudo recente realizado pela Mayo Clinic reforça essas descobertas, sugerindo que pessoas socialmente isoladas parecem envelhecer biologicamente mais rápido do que sua idade real.

Publicado em março no Journal of the American College of Cardiology: Advances, o estudo destaca a importância dos vínculos sociais para a saúde física e longevidade. Além de acelerar o envelhecimento biológico, a solidão também está associada a um aumento no risco de morte por várias causas.

Para chegar a essas conclusões, os cientistas analisaram o Índice de Rede Social em relação aos resultados de eletrocardiogramas assistidos por inteligência artificial (IA-ECG) de mais de 280 mil adultos que compareceram a consultas ambulatoriais entre junho de 2019 e março de 2022. Os participantes preencheram um questionário sobre fatores sociais determinantes para a saúde e tiveram seus registros de IA-ECG armazenados durante um período de um ano.

Modelo de estudo

Utilizando um sistema de inteligência artificial para análise de eletrocardiogramas desenvolvido pela Mayo Clinic, os cientistas avaliaram a idade biológica dos indivíduos, que foi então contrastada com suas idades cronológicas convencionais.


Nova descoberta confirma estudos anteriores que evidenciam os danos à saúde física e mental causados pela ausência de conexões sociais (Fotografia: Reprodução/Freepik)

Estudos anteriores confirmaram que a estimativa de idade feita pelo sistema reflete a idade biológica do coração. Uma diferença positiva indica um envelhecimento biológico acelerado, enquanto uma diferença negativa sugere um envelhecimento biológico mais gradual.

Os participantes responderam a um questionário que abordava diversos aspectos da interação social, como participação em atividades sociais, conversas com familiares e amigos, envolvimento em eventos religiosos e estado civil.

Resultados do estudo

Os resultados indicaram que os participantes com uma vida social mais ativa, como indicado por pontuações mais altas no Índice de Rede Social, apresentaram uma menor disparidade na idade biológica determinada pelo IA-ECG. Em contraste, aqueles com pontuações mais baixas enfrentaram um aumento no risco de mortalidade em comparação com outros grupos.

Além disso, o estudo observou diferenças de saúde entre grupos étnicos, destacando que participantes não brancos exibiram diferenças médias de idade biológica mais acentuadas, especialmente entre aqueles com menor envolvimento social. A maioria esmagadora dos participantes, cerca de 86,3%, era de origem branca não hispânica.

Os pesquisadores enfatizam a importância de abordar o isolamento social como um fator de risco significativo para o envelhecimento precoce, sugerindo que mudanças no estilo de vida, como aumentar a interação social, praticar exercícios regularmente e adotar uma alimentação saudável, podem contribuir para aprimorar a saúde de forma geral.

Saúde Masculina em foco: a verdade sobre as Glândulas de Tyson

Desvendamos o papel das glândulas de Tyson, sua natureza benigna, e a importância de não recorrer a métodos caseiros de remoção, devido ao risco de lesões e infecções. Além disso, discutimos as opções de tratamento disponíveis para quem deseja diminuir sua visibilidade e reforçamos a essencialidade de uma higiene adequada. Com o objetivo de educar e tranquilizar, esta matéria esclarece mitos, oferece orientação especializada e promove uma abordagem educacional à saúde sexual masculina.

Na saúde masculina, poucos temas geram tanta ansiedade, quanto as alterações no aspecto físico do pênis. Dentre essas alterações, as Glândulas de Tyson ocupam um lugar de destaque, frequentemente mal compreendidas e cercadas de mitos. Com a intenção de esclarecer este tema, mergulhamos em uma conversa com o Dr. Julio Bissoli, urologista São Paulo.
 
Para muitos homens, qualquer variação no aspecto do pênis é um sinal de alarme, um chamado para preocupações. No cerne desta questão estão as glândulas de Tyson, pequenas protuberâncias situadas ao longo da coroa da glande, que podem se tornar um motivo de desconforto psicológico e preocupação por serem confundidas com verrugas de DST’s.
 
“Entender o próprio corpo é o primeiro passo para dissipar medos e preocupações“, começa o Dr. Julio, que enfatiza a importância de diferenciar entre alterações prejudiciais e características normais do corpo. Estas glândulas, explica ele, são uma parte natural da anatomia peniana, presentes em aproximadamente 10% dos homens. 


Quando a preocupação surge


Embora as glândulas de Tyson sejam benignas e não representem um risco à saúde, sua aparência pode ser motivo de desconforto para alguns homens. “Não é incomum que pacientes venham ao meu consultório com dúvidas ou inseguranças sobre essas pequenas protuberâncias”, observa o Dr. Julio.

Em casos em que há desconforto, seja físico, como leve coceira ou irritação após relações sexuais, ou psicológico, relacionado à estética, existem tratamentos disponíveis.
 
O diagnóstico é predominantemente clínico, feito por meio de um exame físico simples durante a consulta. Entre os tratamentos, a cauterização surge como uma opção, onde cada glândula é cuidadosamente removida através de energia térmica, um procedimento que exige precisão e deve ser realizado de maneira superficial para evitar danos à pele sensível da região.
 
Além disso, cremes abrasivos, contendo determinados tipos de ácidos, podem ser indicados para realizar uma espécie de peeling na área, removendo as camadas superiores da pele de maneira controlada e, consequentemente, as glândulas.
 
É crucial salientar que nunca se deve tentar espremer ou fazer incisões nas glândulas por conta própria. Tal ação pode levar a cortes e feridas na área, resultando em sangramento. Também existe um risco de infecção, particularmente quando essas glândulas são manuseadas com unhas ou objetos que não estão esterilizados.
 
Manter uma boa higiene é crucial, especialmente quando há excesso de esmegma, que pode levar a odores indesejáveis. O médico urologista enfatiza a necessidade de lavar o pênis diariamente com os cuidados apropriados. 
 
“A informação é a chave para a tranquilidade,” afirma o Dr. Julio, ressaltando a importância do conhecimento sobre a própria saúde e anatomia. Além disso, a consulta com profissionais qualificados permite esclarecer dúvidas e afastar medos, contribuindo para uma melhor qualidade de vida e bem-estar.

Marina Pumar, triatleta e influencer, reúne um time de mulheres celebrando o bem-estar

 

Na manhã do último domingo, a influencer de saúde e triatleta Marina Pumar, reuniu um time seleto de mulheres em São Paulo para seu evento intitulado MP Experience. 

Ela que é conhecida por sua determinação e energia como triatleta, faz questão de dividir com outras mulheres seus cuidados sobre saúde, bem estar e atividades físicas! Marina ainda foi além e criou uma plataforma on-line (um app) focado em Wellness e bem-estar, que oferece uma abordagem personalizada para cada assinante com diversos exercícios para praticar em casa e dicas alimentares.

Marina Pumar em um evento de mulheres em São Paulo
(Foto: reprodução/Rodrigo Marrano)

 O aplicativo, disponível para download na App Store e Google Play, oferece uma variedade de recursos cuidadosamente projetados para atender às necessidades individuais das usuárias. Desde rotinas de exercícios adaptadas a diferentes níveis de condicionamento físico até receitas de refeições saudáveis, a influencer garante que todas as mulheres podem encontrar inspiração e orientação para alcançar seu próprio estilo de vida saudável. “Estou animada em compartilhar minha paixão pelo bem-estar com outras mulheres através deste aplicativo. O evento foi a cereja do bolo, poder trocar com elas pessoalmente é ótimo. Meu objetivo é proporcionar uma experiência positiva e acessível, onde todas as mulheres possam se sentir apoiadas em sua jornada de saúde e bem estar“, diz Marina. 

Marina Pumar em São Paulo MP Experience (Foto: reprodução: Rodrigo Marrano)

 O evento foi um sucesso e reuniu cerca de 100 mulheres para um Talk sobre auto cuidado, uma aula de ioga, aulão de funcional e um brunch oferecido pelos parceiros da atleta: Caju Brasil, Amazoo Açaí, One To One, Smoov, Caffeine Army, Olimpo…. Nomes como Marcella Casagrande, Lara D’avila, Maria Victoria Horta, Carmem Savazzi entre outras se jogaram e curtiram o evento!

@marinapumar 

Saiba os perigos da soroterapia, tratamento ‘milagroso’ divulgado por influenciadores

De tempos em tempos uma nova onda de procedimentos e remédios para a “saúde” surge nas redes sociais. E a moda da vez é a soroterapia, tratamento que já é divulgado por diversos influenciadores e profissionais da saúde. Então, entenda mais sobre o procedimento e seus riscos.

O que é a soroterapia

O “tratamento” consiste na aplicação direto na veia de soros com diferentes vitaminas. Esses “soros da beleza” prometem ao paciente mais energia, menos estresse, melhorias na imunidade, beleza, etc. Essas são algumas promessas que as clínicas médicas juntamente com influenciadores digitais divulgam nas redes sociais. Uma sessão custa em média 300 reais, podendo chegar até em 1.200 ou mais dependendo da clínica.


Famosas fazem e divulgam a soroterapia (Foto: TV/The Kardashians/Instagram/@francinyehkle)

Casos preocupantes

A empresária Thaís Giraldelli contou ao Fantástico no último domingo (7) que quando conheceu o tratamento escolheu uma opção personalizada. São divulgados “cardápios de soros”, capazes de obter resultados milagrosos por meio da suplementação de vitaminas e minerais. Thaís ainda afirma que a médica não pediu nenhum tipo de exame durante a consulta antes do início das aplicações de soro.

Eu só realmente cheguei lá como um cardápio de um restaurante. E aí eu pedi por mais cabelo, mais disposição (…) e beleza”, conta. Porém, alguns sintomas começaram a surgir. “Todas as vezes eu tinha uma taquicardia. E no dia seguinte, normalmente, era onde vinham os picos de pressão alta”, completa a empresária. Logo, Thaís deixou as sessões de lado e não teve efeitos colaterais mais significativos.

Porém, outro caso mais sério já foi registrado. Dessa vez com o deputado do PL, Carlos Alexandre, que queria diminuir o cansaço e usou da soroterapia para isso. Todavia, após a segunda sessão já sentiu desconfortos. Apesar disso, continuou o tratamento com incentivo do médico e em seguida passou a sentir fortes dores no estômago e cabeça. Posteriormente, precisou ser internado e descobriu uma intoxicação por cromo que tinha afetado vários de seus órgãos.

Riscos para a saúde

Médicos de todo o Brasil estão alertando sobre os riscos da soroterapia. O Conselho Regional de Medicina de São Paulo já fez uma fiscalização em locais que oferecem o tratamento. O Cremesp encontrou “oferta indiscriminada e crescente” do procedimento. Em uma das clínicas, os fiscais avaliaram as condições de armazenamento dos produtos e encontraram “cardápios” com promessas de tratamento até para depressão e ansiedade.

Durante as fiscalizações, uma série de problemas em relação às regras de publicidade médica foram percebidas em 20 clínicas, onde 16 prometiam resultados, o que é proibido e 17 delas não apresentavam o registro no CRM. Além disso, nenhuma delas informava o RQE, registro de qualificação de especialidade.

Diferentes especialistas afirmam que é consenso o fato da soroterapia somente ser recomendada em casos específicos de pacientes com dificuldade de absorção de nutrientes. Por exemplo, um paciente que passou por uma cirurgia no aparelho digestório e ficou, com um intestino curto, “efetivamente ele vai precisar ser submetido a uma terapia com uma suplementação injetável”, explica o médico Durval Ribas Filho, presidente da Associação Brasileira de Nutrologia.

Crescimento do cérebro humano pode reduzir risco de demência, revela estudo

Um estudo recente realizado por pesquisadores da Universidade da Califórnia – Davis Health revelou que os cérebros humanos estão aumentando de tamanho, o que pode estar correlacionado a um menor risco de demência. Comparando imagens cerebrais de pessoas nascidas nas décadas de 1930 e 1970, os cientistas descobriram um aumento notável no volume cerebral e na área de superfície cerebral ao longo do tempo.

Redução do risco de demência

Segundo os pesquisadores, o aumento do tamanho cerebral ao longo das décadas pode levar a uma maior reserva cerebral, o que potencialmente reduziria o risco de demência relacionada à idade. Publicado na revista científica JAMA Neurology, o estudo levanta a hipótese de que fatores genéticos e externos, como saúde, educação e ambiente social, podem influenciar no desenvolvimento cerebral e na saúde cognitiva.


Descubra o que o cérebro humano tem de tão especial (vídeo: reprodução/YouTube/Charles Darwin/TED)

Mudanças cerebrais entre gerações

Utilizando imagens de ressonância magnética do cérebro de participantes do Framingham Heart Study (FHS), os pesquisadores compararam o tamanho do cérebro de indivíduos nascidos em diferentes décadas. As análises revelaram um aumento constante no volume cerebral e na área de superfície cerebral dos participantes nascidos na década de 1970 em comparação com os nascidos na década de 1930. Os participantes nascidos na década de 1970 apresentaram um volume cerebral médio de 1.321 mililitros, representando um aumento de aproximadamente 6,6% em relação aos nascidos na década de 1930, cujo volume médio cerebral era de 1.234 mililitros. Além disso, a área de superfície cerebral também registrou um aumento significativo, com uma média de 2.104 centímetros quadrados para os nascidos na década de 1970, em comparação com 2.056 centímetros quadrados para os nascidos na década de 1930, indicando um aumento de quase 15% ao longo das décadas.

Ao longo de 75 anos de estudo, foram observadas mudanças significativas nas estruturas cerebrais, incluindo substância branca, substância cinzenta e o hipocampo, indicando um desenvolvimento cerebral mais saudável e uma potencial redução nos efeitos tardios de doenças cerebrais relacionadas à idade, como Alzheimer e demências associadas. O aumento do tamanho do cérebro humano ao longo do tempo representa uma possível estratégia de proteção contra essas condições neurodegenerativas.

OMS lança robô de IA que fornece informações sobre doenças

É cada vez mais frequente buscar informações sobre saúde online e, reconhecendo essa tendência, a Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou –antes do Dia Mundial da Saúde, focado em ‘Minha Saúde, Meu Direito’– Sarah, um protótipo digital promotor de saúde com resposta empática aprimorada. Alimentado por inteligência artificial generativa, ele tem o objetivo de esclarecer dúvidas e fornecer orientações médicas. 

Testes iniciais

Sarah responde a perguntas de forma bastante genérica, mostrando pouca empatia e sempre recomenda que o paciente procure um médico. Embora tenha sido prometido o contrário nos testes iniciais realizados, ela falhou em fornecer links para informações médicas mais específicas. Em vez disso, limitou-se a oferecer recomendações genéricas ou uma lista básica de informações e sintomas associados a algumas doenças.

A Smart AI Resource Assistant for Health (Sarah), anteriormente conhecida como Florença, já havia sido testada durante a pandemia e atualmente está disponível em oito idiomas e tem a capacidade de apoiar as pessoas no desenvolvimento de uma melhor compreensão dos fatores de risco para algumas das principais causas de morte no mundo, incluindo doenças cardíacas, doenças pulmonares e diabetes. Ela pode ajudar as pessoas a acessar informações atualizadas sobre como parar de fumar, ser ativo, seguir uma dieta saudável e desestressar, entre outras coisas.


Sarah, inteligência artificial criada pela OMS
(Foto: reprodução/Divulgação/OMS)

Representantes da Organização também admitem as deficiências do sistema atual e a diretora da OMS pediu ajuda da comunidade para encontrar esses erros para que os responsáveis continuem a explorar como essa tecnologia “pode reduzir as desigualdades e ajudar as pessoas a encontrar informações de saúde atualizadas e confiáveis”.

Em nota, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, explica:

“O futuro da saúde é digital e apoiar os países para aproveitarem o poder das tecnologias para a saúde é uma prioridade. Sarah nos dá uma ideia de como a inteligência artificial poderá ser utilizada no futuro para melhorar o acesso à informação de saúde de uma forma mais interativa.”

Tedros Adhanom Ghebreyesus

Alertas

No entanto, a OMS alerta que as respostas obtidas pela nova inteligência artificial podem não ser precisas, uma vez que “se baseiam em padrões e probabilidades dos dados disponíveis”.  O avatar, desenvolvido pela Soul Machines com o apoio da Rooftop, pode agir por conta própria e criar conteúdos de conversação que não “representa ou compreende as opiniões ou crenças da OMS”.

Em aviso final a OMS adverte que o usuário: 

“Compreende e aceita que não deve confiar nas respostas geradas como única fonte de informação verdadeira ou factual, nem como substituto de aconselhamento profissional”.

Organização Mundial da Saúde (OMS)

O projeto busca o aprendizado contínuo e o desenvolvimento de um protótipo que possa inspirar informações confiáveis, responsáveis ​​e acessíveis.

“A avaliação e o aperfeiçoamento contínuos como parte deste projeto enfatizam a dedicação da OMS em aproximar a informação sobre saúde das pessoas, mantendo ao mesmo tempo os mais elevados padrões de ética e conteúdo baseado em evidências.”

Organização Mundial da Saúde (OMS)

A OMS ainda afirma que os criadores e os prestadores de cuidados de saúde precisam abordar estas questões éticas e de direitos humanos ao desenvolver e implementar a IA, para garantir que todas as pessoas possam se beneficiar dela.

Consulta da Anvisa gera polêmica sobre proibição de cigarros eletrônicos

Uma recente consulta pública feita pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) revelou uma divisão significativa na opinião pública brasileira em relação à proibição dos cigarros eletrônicos. Os resultados apontaram que apenas 37,4% das contribuições apoiaram a proposta da Anvisa de manter o veto aos aparelhos, levantando um debate cada vez mais acirrado.

Ao longo de dois meses, a consulta pública atraiu 13.930 manifestações, a maioria delas vindo de pessoas físicas, totalizando 97,73% das respostas. Dos participantes, 37,4% expressaram apoio à proposta da Anvisa, enquanto 58,8% apresentaram outras opiniões e 3,7% optaram por não responder.


Mais de 50% das pessoas foram contrárias à proibição dos cigarros eletrônicos (Foto: reprodução/Sérgio Lima/Poder360)

Repercussão

A análise das respostas também revelou que 57,7% dos participantes consideraram que a proposta da Anvisa teria impactos negativos, enquanto 37,1% viram repercussões positivas e 5,1% indicaram que haveria tanto impactos positivos quanto negativos.

A divisão também foi evidente entre diferentes segmentos sociais: profissionais da saúde (61,3%), outros profissionais (50,3%), entidades de defesa do consumidor (54,5%) e outros (55,9%) foram os que mais concordaram com a manutenção da proibição, enquanto apenas 33,3% dos cidadãos apoiaram o veto.

Argumentos e considerações

O debate sobre os cigarros eletrônicos tem sido mais frequente no país, com opiniões e argumentos conflitantes. Por um lado, entidades médicas como a Associação Médica Brasileira e a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia defendem a proibição, alertando para o risco de uma nova geração de dependentes em nicotina. Por outro lado, críticos argumentam que a proibição é ineficaz, considerando a circulação clandestina desses dispositivos.

Esses resultados vêm à tona em um momento em que o debate sobre a regulamentação dos cigarros eletrônicos no Brasil está se intensificando, com propostas legislativas e pressões de diversos grupos de interesse.

Enquanto há setores que defendem a continuidade da proibição, baseando-se em preocupações relativas à saúde pública e ao potencial de dependência, há também aqueles que levantam dúvidas sobre a abordagem proibitiva em torno dos mercados clandestinos.