Desvendamos o papel das glândulas de Tyson, sua natureza benigna, e a importância de não recorrer a métodos caseiros de remoção, devido ao risco de lesões e infecções. Além disso, discutimos as opções de tratamento disponíveis para quem deseja diminuir sua visibilidade e reforçamos a essencialidade de uma higiene adequada. Com o objetivo de educar e tranquilizar, esta matéria esclarece mitos, oferece orientação especializada e promove uma abordagem educacional à saúde sexual masculina.
Na saúde masculina, poucos temas geram tanta ansiedade, quanto as alterações no aspecto físico do pênis. Dentre essas alterações, as Glândulas de Tyson ocupam um lugar de destaque, frequentemente mal compreendidas e cercadas de mitos. Com a intenção de esclarecer este tema, mergulhamos em uma conversa com o Dr. Julio Bissoli, urologista São Paulo.
Para muitos homens, qualquer variação no aspecto do pênis é um sinal de alarme, um chamado para preocupações. No cerne desta questão estão as glândulas de Tyson, pequenas protuberâncias situadas ao longo da coroa da glande, que podem se tornar um motivo de desconforto psicológico e preocupação por serem confundidas com verrugas de DST’s.
“Entender o próprio corpo é o primeiro passo para dissipar medos e preocupações“, começa o Dr. Julio, que enfatiza a importância de diferenciar entre alterações prejudiciais e características normais do corpo. Estas glândulas, explica ele, são uma parte natural da anatomia peniana, presentes em aproximadamente 10% dos homens.
Quando a preocupação surge
Embora as glândulas de Tyson sejam benignas e não representem um risco à saúde, sua aparência pode ser motivo de desconforto para alguns homens. “Não é incomum que pacientes venham ao meu consultório com dúvidas ou inseguranças sobre essas pequenas protuberâncias”, observa o Dr. Julio.
Em casos em que há desconforto, seja físico, como leve coceira ou irritação após relações sexuais, ou psicológico, relacionado à estética, existem tratamentos disponíveis.
O diagnóstico é predominantemente clínico, feito por meio de um exame físico simples durante a consulta. Entre os tratamentos, a cauterização surge como uma opção, onde cada glândula é cuidadosamente removida através de energia térmica, um procedimento que exige precisão e deve ser realizado de maneira superficial para evitar danos à pele sensível da região.
Além disso, cremes abrasivos, contendo determinados tipos de ácidos, podem ser indicados para realizar uma espécie de peeling na área, removendo as camadas superiores da pele de maneira controlada e, consequentemente, as glândulas.
É crucial salientar que nunca se deve tentar espremer ou fazer incisões nas glândulas por conta própria. Tal ação pode levar a cortes e feridas na área, resultando em sangramento. Também existe um risco de infecção, particularmente quando essas glândulas são manuseadas com unhas ou objetos que não estão esterilizados.
Manter uma boa higiene é crucial, especialmente quando há excesso de esmegma, que pode levar a odores indesejáveis. O médico urologista enfatiza a necessidade de lavar o pênis diariamente com os cuidados apropriados.
“A informação é a chave para a tranquilidade,” afirma o Dr. Julio, ressaltando a importância do conhecimento sobre a própria saúde e anatomia. Além disso, a consulta com profissionais qualificados permite esclarecer dúvidas e afastar medos, contribuindo para uma melhor qualidade de vida e bem-estar.