“Está tudo ok com o rim” afirma Faustão após passar por embolização

Nessa sexta-feira (15), o apresentador Fausto Silva falou com a imprensa após passar por uma embolização. “Fiz todos os exames, está tudo ok com o rim”, disse Faustão a Lauro Jardim, do jornal O Globo. O procedimento foi feito porque o rim transplantado no dia 26 de fevereiro ainda não está funcionando.

Funcionamento do rim

Geralmente, um rim demora de sete a dez dias após o transplante para começar a funcionar. Contudo, levando em consideração a idade do apresentador, de 73 anos, e o fato de ele ter recebido um coração em agosto de 2023, é natural ter algum tipo de complicação. O diagnóstico feito depois de uma bateria de exames foi que o rim está saudável.

Às vezes demora até um mês. Tô na espera, na arte da paciência”, disse Faustão, que segue internado no Hospital Albert Einstein, em São Paulo. De acordo com nota da família, o processo de embolização foi feito para resolver questões linfáticas que estavam atrasando sua recuperação.


Registro de Faustão com os médicos responsáveis pelo seu novo transplante (reprodução/Instagram/@faustosilvaoficial)

Entenda o procedimento da embolização

Embolização é um procedimento cirúrgico que visa bloquear o fluxo de sangue ou linfa, de maneira total ou parcial, para determinada parte do corpo. A técnica é utilizada para diversos fins, como o combate a tumores e miomas, e é pouco invasiva.

Se não ocorrer essa desobstrução com a embolização do conteúdo linfático, esse acúmulo de linfa no local promoverá uma obstrução e compressão do rim, reduzindo o fluxo sanguíneo local e acarretando problemas para o órgão transplantado, impedindo seu funcionamento”, explica Luiza Ferrari, nefrologista da Beneficência Portuguesa de São Paulo em entrevista à CNN.

No caso de Faustão, a embolização foi feita para melhorar a recuperação do rim transplantado. Ao ser recebido no novo corpo, o rim pode desenvolver uma má estrutura vascular. Isso faz com que o órgão não funcione adequadamente.

Alzheimer pode ter origem em acúmulo de gordura nas células cerebrais, revela estudo

Um estudo recente conduzido por cientistas da Universidade de Stanford revelou uma possível conexão entre o acúmulo de gordura nas células cerebrais e o desenvolvimento do Alzheimer. Publicado na revista Nature Medicine, nesta quarta-feira (13), a pesquisa sugere que o gene APOE4, conhecido por aumentar o risco da doença, está associado a níveis elevados de uma enzima que promove o acúmulo de gordura no cérebro.

APOE4 e a predisposição ao Alzheimer

Os cientistas da Universidade de Stanford analisaram o gene APOE, responsável pela codificação de uma proteína fundamental no transporte de gordura dentro e fora das células e conhecido por suas variantes que influenciam o risco de desenvolver Alzheimer. Entre essas variantes, o APOE4 é apontado como o maior fator de risco para a doença. Por meio de técnicas avançadas de sequenciamento de RNA unicelular, os pesquisadores identificaram uma associação entre a presença do gene APOE4 e a produção elevada de uma enzima específica, aumentando as gotículas de gordura nas células cerebrais.


Entenda os sintomas do Alzheimer (vídeo: reprodução/YouTube/Agência Brasil)


Implicações para tratamentos futuros

Conforme explicado pelos pesquisadores, o acúmulo de amiloide desempenha um papel importante no processo que leva à gordura se acumular nas células cerebrais. Esse acúmulo subsequente de tau nos neurônios é associado à morte dessas células, o que, por sua vez, contribui para os sintomas do Alzheimer.

A descoberta da relação entre o acúmulo de gordura nas células do cérebro e o gene APOE4 abre novas perspectivas para o desenvolvimento de tratamentos mais eficazes contra o Alzheimer. Os pesquisadores afirmam que entender melhor os mecanismos que levam ao acúmulo de gordura pode levar ao desenvolvimento de terapias direcionadas, que visem interromper ou reverter esse processo patológico. No entanto, ressaltam que são necessárias mais pesquisas para aprofundar o conhecimento sobre essa relação e suas implicações clínicas, ampliando assim o conhecimento científico sobre essa condição neurodegenerativa.

Surto de dengue atinge o Rio de Janeiro: órgãos de saúde registram 2 mil casos em 24h

O Rio de Janeiro, atualmente, enfrenta uma séria crise de saúde pública, com números alarmantes de casos de dengue registrados nas últimas 24 horas, prevendo dificuldades crescentes aos órgãos de saúde pelos próximos dias. A Secretaria Municipal de Saúde divulgou registros indicando um aumento vertiginoso de 2 mil novos casos da doença, totalizando 56.928 casos apenas neste ano.

A preocupação se estende para além dos limites da cidade, abrangendo todo o estado do Rio de Janeiro. As estatísticas mais recentes indicam que o estado já soma quase 108 mil casos de dengue em 2024.

A situação se agrava com as trágicas consequências da doença, tendo sido confirmadas 26 mortes causadas pela dengue até o momento. Um dado particularmente alarmante é que o número de óbitos praticamente dobrou em apenas uma semana.


Centro Municipal Raphael de Paula Souza atende pacientes com dengue (Foto: reprodução/Fabio Rossi)

Casos de óbito por dengue

O aumento repentino de óbitos está ligado a casos que estavam represados, aguardando análise da Comissão de Investigação de Óbitos de Dengue, responsável por verificar as informações fornecidas pelos 92 municípios.

A dispersão geográfica das fatalidades é evidente, afetando 16 cidades do estado. Rio, Volta Redonda e Resende emergem como as mais impactadas, cada uma registrando 4 mortes relacionadas à dengue. Outras 72 mortes estão sob investigação, aumentando a incerteza quanto ao real impacto da epidemia.

Alerta das autoridades

O secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, alerta a população sobre a gravidade do cenário, enfatizando a importância do diagnóstico precoce.

“Qualquer pessoa que tenha sintomas de dengue, febre, dor no corpo, dor atrás dos olhos, deve procurar um polo de atendimento ou uma unidade de saúde para fazer o diagnóstico”

Daniel Soranz

Ele ressalta, ainda, que o tratamento precoce, aliado a uma boa hidratação, pode ser crucial para evitar complicações e o agravamento da doença.

Diante do cenário crítico, as autoridades de saúde reforçam alertas quanto à conscientização e cuidados preventivos para com a população, alertando sobre possíveis focos e meios eficazes de conter o avanço da doença.

Hospitais britânicos recebem denúncias de negligência médica após amputarem pacientes errados

Na última terça-feira (5), o jornal britânico The Mirror apresentou uma reportagem acerca das denúncias. De acordo com o material, diversos hospitais espalhados pelo Reino Unido já cometeram 14 amputações por engano. Os dados da pesquisa fazem ligação com casos ocorridos entre os anos de 2020 e 2023.

O veículo ainda trouxe como destaque informações de um consócio responsável pela administração de dois hospitais locais na Inglaterra. São eles: Hospital Escolar de York e Scarborough NHS Foundation Trust. Juntos, as unidades admitiram sua culpa sobre a negligência médica acerca amputação errônea de seis pacientes.  

Outros casos também mencionados na reportagem

Para além dos Hospitais Escolares, outras histórias de pacientes foram expostas. No Medway NHS Foundation Trust, localizado na região de Kent, por exemplo, cinco amputações por engano foram realizadas, sendo uma ocorrida em 2021, três em 2022 e a última no ano passado.

Na instituição The Gorge Eliot Hospital, foram totalizadas três vítimas deste mesmo tipo de negligência. O mesmo situação se aplica para as unidades East Kent Hospital e Great Western Hospital – ambas com, respectivamente, três e dois casos.

Por fim, o The Mirror também fez um levantamento das unidades hospitalares que não detalharam números das vítimas, uma vez que alegaram implicações em requisitos de confidencialidade. Da mesma forma, são eles:

  • Barnsley Hospital NHS Foundation Trust – Menos de 10 amputações devido a negligência médica.
  • Blackpool Teaching Hospitals NHS Foundation Trust: menos de cinco
  • Harrogate e District NHS Foundation Trust: menos de cinco
  • Lewisham e Greenwich NHS Trust: menos de cinco
  • Mid and South Essex NHS Foundation Trust: menos de cinco
  • Northern Lincolnshire e Goole NHS Foundation Trust: menos de cinco
  • Royal United Hospitals Bath NHS Foundation Trust: menos de 15
  • Salisbury NHS Foundation Trust: menos de cinco
  • South Warwickshire NHS Foundation Trust: menos de cinco
  • Torbay e South Devon NHS Foundation Trust:Menos de cinco
  • The Royal Wolverhampton NHS Trust: menos de 10
  • University College London Hospitals NHS Foundation Trust: menos de cinco
  • Hospitais Universitários de Morecambe Bay NHS Foundation Trust: menos de cinco
  • Worcestershire Acute Hospitals NHS Trust: entre um e cinco
  • Wye Valley NHS Trust: menos de seis

O que os especialistas falam sobre esses casos


Representação de um paciente que teve a perna amputada (Foto: reprodução/ottoblotto/istockphoto.com)

Em esclarecimento, o National Health System – Serviço Nacional de Saúde da Inglaterra – descreveu estes acontecimentos como “incidentes graves e amplamente evitáveis” e ainda argumentam que os casos poderiam ser evitados uma vez que sejam levados a sério seus devidos procedimentos de segurança e orientação médica.

Já a chefe de negligência clínica da JF Law – Nick Banks – evidenciou em nota que para além do impacto emocional que estas ocorrências acabam proporcionando para a vida de uma pessoa, também há muitas vezes uma consequência financeira por trás.

Muitos pacientes que precisam se adaptar à nova realidade, com seus membros amputados, não apresentam condições favoráveis economicamente e, por isso, tendem a buscar necessitam de outros métodos para sobreviver.  

Homem recupera os dois braços após transplante raro; entenda o caso

O procedimento extremamente complexo aconteceu em Nova Dheli, na Índia. O paciente que recebeu o transplante se chama Raj Kumar, tem 45 anos e recebeu alta na última quinta-feira (29), após permanecer seis semanas no hospital para sua recuperação. Raj foi atropelado por um trem em 2020 e o acidente acabou resultando na amputação de seus dois membros.

No entanto, no dia 19 de janeiro de 2024, sua história ganhou um novo capítulo ao receber a doação de um organismo compatível. Ao todo, foram 12 horas de cirurgia, que teve por função reconstruir ossos, artérias, veias, músculos, tendões, nervos e pele. Para esta missão, foram necessários uma equipe de 11 médicos do Hospital Sir Ganga Ram.

Detalhes sobre a cirurgia

O médico Dr. Gambhir, um dos responsáveis pelo transplante de Raj, concedeu uma entrevista para o veículo Indian Express para dissertar um pouco sobre os processos antecedentes da cirurgia. Em primeiro lugar, Dr. Gambhir explicou que foram feitos testes de compatibilidade sanguínea entre o doador e receptor.

Neste caso, a doadora falecida tem por nome de Meena Mehta. Meena trabalhava em uma escola na região do Sul de Dheli e já havia deixado registrado seu interesse em doar seus órgãos caso acontecesse algo consigo.

Após os exames apresentarem resultados positivos, o processo de inserção dos membros começou a ser realizado. Ainda de acordo com Dr. Gambhir, os ossos foram inseridos com o auxílio de placas e parafusos para que, uma vez integralmente introduzidos no corpo, fosse possível conectar outras partes como, músculos, artérias e nervos.

Como está sendo a recuperação de Raj Kumar


Foto: Registro feito com todos os médicos que participaram da cirurgia de transplante de Raj Kamur ( reprodução/X/@DDNewslive/metropoles.com)

Segundo Mahesh Mangal, presidente do Departamento de Cirurgia Plástica e Cosmética do hospital no qual Kumar recebeu o transplante, o paciente já começou a apresentar sinais de movimento dos membros, como mexer os cotovelos. Ademais, as unhas das mãos também vêm crescendo aos poucos.

No entanto, sensações mais fortes como sentir dor ou calor ocorre apenas após cerca de seis ou sete meses de transplante. Por fim, o médico também reforçou de Raj deverá tomar medicamentos para a imunidade daqui em diante.

Leva algum tempo para os nervos se reconectarem. Ele começou a mover o cotovelo, mas mover a mão e os pulsos levará algum tempo […] A imunidade dele está um pouco baixa. Então ele tem que tomar cuidado para não pegar nenhuma infecção. Ele vai tomar medicação anti-rejeição por toda a vida, o que também inclui medicação imunossupressora dada para transplantes de fígado ou rim.

Mahesh Mangal

Vale ressaltar que este foi o primeiro caso de transplante bilateral de mãos realizado na Índia até então. As imagens do pós-operatório de Raj Kumar começaram a viralizar nas redes e na mídia nas últimas semanas e surpreenderam internautas.

Ney Matogrosso é internado em São Paulo

Ney Matogrosso foi hospitalizado nesta quarta-feira (6) no Instituto do Coração (InCor) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP). A internação foi realizada para o check-up do cantor, que deve receber alta ainda nesta quinta-feira (7).

De acordo com o Instituto, o cantor está bem; a hospitalização em casos como esse são padrão para que os exames sejam feitos. O cardiologista responsável, Sergio Timerman, já assinou a alta do cantor.


Ney Matogrosso fará show em São Paulo dia 9 de março (Reprodução/Leo Aversa/O Globo)

De acordo com o site do cantor, Ney Matogrosso tem shows marcados até junho, inclusive um no próximo dia 9 de março, no Tokio Marine Hall, em São Paulo. Com mais de 50 anos de carreira, o artista continua sendo um símbolo de jovialidade nos palcos aos 82 anos.

Vida e obra

Ney de Souza Pereira nasceu em Bela Vista, Mato Grosso do Sul, fronteira com o Paraguai, em 1 de agosto de 1941. Filho de militar, Ney sofreu com o preconceito por conta de sua orientação sexual, o que o levou a sair de casa aos 18 anos. Mudou-se para Brasília, onde trabalhou no laboratório do Hospital de Base do Distrito Federal, além de cantar em bares, atuar em peças de teatro, chegando a se apresentar na televisão. Em 1966, foi para o Rio de Janeiro, produzindo e vendendo peças de artesanato.


Gerson Conrad, João Ricardo e Ney Matogrosso, formação clássica de Secos e Molhados (Reprodução/Revista Bula)

Em 1972, o Grupo Secos e Molhados buscava um novo vocalista. Foi quando a cantora Luhli apresentou Ney à banda. Entre 1973 e 1975, o grupo gravou dois discos, alcançando mais de um milhão de cópias vendidas. A formação clássica da banda, com Ney, eternizou sucessos como “Sangue Latino”, “O Vira” e “Rosa de Hiroshima”.

A partir de 1975, Ney Matogrosso seguiu em carreira solo, com 25 álbuns em estúdio e 9 álbuns gravados ao vivo. Músicas como “Homem com H”, “Tanto Amar” e “Poema” marcam a carreira do cantor e compositor.  Em 2012, a revista “Rolling Stone Brasil” considerou Ney Matogrosso como o terceiro maior cantor brasileiro de todos os tempos, ficando atrás apenas de Tim Maia e Elis Regina.

Obesidade crescente: estudo do INC traz dados alarmantes sobre a saúde cardiovascular no Brasil

Um estudo recente do Instituto Nacional de Cardiologia (INC) trouxe à tona uma preocupação expressiva sobre a saúde cardiovascular nas capitais brasileiras, revelando uma tendência alarmante de crescimento da obesidade.

Pela primeira vez na série histórica, dados do artigo “Análise temporal da prevalência da obesidade e do sobrepeso no Brasil entre 2006 e 2023: evidências a partir dos dados do Vigitel” mostram que o percentual de adultos com sobrepeso ultrapassou aqueles com peso normal.

Os pesquisadores Arn Migowski e Gustavo Tavares Lameiro da Costa lideraram o estudo, utilizando o Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel).


A saúde cardiovascular é crucial para o funcionamento do coração e dos vasos sanguíneos, sendo influenciada por fatores como dieta, exercícios e genética (Foto: reprodução/The Conversation)

Estatísticas

Os resultados revelam que mais de 50% dos brasileiros agora estão acima do peso, com o sobrepeso atingindo 38,45%, superando os 36,93% daqueles com peso normal. Além disso, os índices de obesidade atingiram 24,62%.

A diretora do INC, cardiologista Aurora Issa, destaca que o excesso de peso é a segunda maior causa evitável de morte, ficando atrás apenas do tabagismo. Doenças cardiovasculares, câncer e diabetes tipo 2 estão fortemente associados a esse problema de saúde, ressaltando a importância crítica de abordar essa questão.

O estudo categoriza a população adulta das capitais em três grupos com base no índice de massa corporal (IMC), evidenciando um aumento preocupante do índice de excesso de peso ao longo dos anos. Notavelmente, entre os jovens adultos, a prevalência de excesso de peso cresceu de 21,57% em 2006 para 36,55% em 2023, apontando para um cenário preocupante no longo prazo.

Um aspecto que merece atenção é o declínio acentuado na proporção de mulheres com peso normal, diminuindo de 59,29% em 2006 para 38,75% em 2023. Entre os homens, a diminuição foi menos pronunciada, passando de 51,61% para 34,93% no mesmo período.

Alerta para a população

O epidemiologista Arn Migowski destaca a situação alarmante, indicando que a proporção de pessoas com excesso de peso superou os 63% em 2023. O estudo ressalta a necessidade urgente de intervenções eficazes e medidas de conscientização para reverter essa tendência preocupante na saúde cardiovascular da população.

A obesidade, além de questões estéticas, vem sendo desafio crítico para a saúde do coração. Especialistas alertam que essa condição está diretamente ligada a uma série de problemas cardíacos, aumentando os riscos de doenças coronarianas, insuficiência cardíaca, acidente vascular cerebral, pressão alta, dislipidemia e diabetes tipo 2.

O perigo do sedentarismo

Complicações respiratórias, como apneia do sono, também são consequências da obesidade, impactando negativamente a saúde cardíaca. O estilo de vida sedentário, comumente associado à obesidade, contribui para o declínio da saúde cardiovascular.

Diante desse cenário, a conscientização sobre os riscos associados à obesidade e a promoção de hábitos de vida saudáveis tornam-se imperativas para mitigar os impactos adversos na saúde da população em larga escala.

Redução de procura por vacina da dengue faz estados ampliarem público-alvo

Assim que o Brasil chegou ao número de um milhão de casos de dengue, em dois meses, estados afirmam que houve uma redução da busca de vacinas para a doença. Além disso, alguns estados não seguem a recomendação do Ministério da Saúde de implantar o cronograma de faixa etária para a vacinação e tentam ampliar o público alvo.

Descumprimento do cronograma de vacinas

Segundo apuração do O Globo, os estados do Acre, Mato Grosso do Sul e Goiás foram os que já disponibilizaram para os adolescentes de 14 anos a vacina da dengue, enquanto o Distrito Federal ainda analisa ampliar para o público de 12 anos. 

A ministra da saúde, Nísia Trindade, solicitou aos municípios dos estados, que anteciparam o cronograma, para que não continuem com a ação. Além disso, Nísia, afirmou que a estratégia do governo é manter com a restrição de idade para garantir a possibilidade de uma segunda dose. Durante entrevista, a ministra disse que as cidades que tomam decisões precipitadas e imediatas podem comprometer a vacinação de milhares de crianças e adolescentes. “Se cada município tomar uma decisão descoordenada, a gente pode deixar crianças e adolescentes sem proteção. Todas as nossas ações são decididas por um comitê técnico com especialistas e também há escassez de doses de vacina”, afirmou.


Frascos de vacinas Qdenga, aprovada pela Anvisa (foto: reprodução/ Rogério Vidmantas/ Prefeitura de Dourados/ Agência Brasil)

Estados que descumpriram o cronograma

No Acre, seis das 11 cidades já disponibilizavam vacinas para os adolescentes de 14 anos desde o dia 26 de fevereiro, uma semana após o início da campanha de vacinação. O Globo verificou a última atualização de vacinados da secretaria de saúde do Acre e foi constatado que 770 jovens entre 10 a 11 anos foram vacinados, sendo que a meta seguindo o cronograma seria de 17.810 crianças nessa idade.

Na última sexta-feira (1), 134 cidades de Goiás disponibilizaram vacinas para adolescentes de até 14 anos. O secretário estadual de saúde, Rasível dos Santos, justificou ampliar o público a ser vacinado por conta de uma baixa na procura para vacinar jovens entre 10 a 11 anos e afirmou que foi algo discutido com o Ministério da Saúde. 

A secretaria de saúde do Mato Grosso do Sul também explicou que elevar a idade para vacinar foi a estratégia adotada por causa da baixa procura de vacina da dengue. 

Mais de 2 mil pessoas morreram engasgadas em 2023: saiba como evitar

Em matéria exibida pelo Fantástico no último domingo (3), especialistas foram convidados para falar a respeito dos casos de asfixia no Brasil e alertar sobre como se salvar ou salvar outras pessoas em casos do tipo. No Brasil, foram registradas mais de 2 mil mortes por engasgamento no ano de 2023. Nas estatísticas, mais da metade dos casos foram pessoas de mais de 65 anos e da faixa etária de 0 a 4 anos, foram mais de 300 casos. Ou seja, a população mais afetada foram os idosos e crianças menores.

O que é o engasgo

De acordo com o otorrinolaringologista Caio Simas, o engasgo acontece quando algum alimento ou bebida vai para o lugar errado. No caso, ao invés de ir para o esôfago, vai para a via aérea: traqueia, laringe e pulmões. Quando engolimos, movimentos coordenados da epiglote e dos músculos da garganta levam o alimento até o estômago. A epiglote é a válvula que fica na ponta da laringe, que evita a saída de ar e a entrada de corpos estranhos quando engolimos algo.


Sistema respiratório (Foto: reprodução/site/passei direto)

O que fazer em caso de engasgo

A técnica mais conhecida e eficiente é a manobra de Heimlich, ela deve ser aplicada durante os primeiros sinais de asfixia e pode ajudar a salvar vidas. O passo a passo consiste em:

1ª Se posicionar atrás da pessoas que está se engasgando (se for uma criança, ajoelhe-se primeiro);

2ª Colocar o punho fechado quatro dedos acima do umbigo dela (entre o umbigo e o final da caixa torácica);

3ª Trazer a outra mão, fazendo pressão 5 vezes em direção a vítima (empurrar rápido e com força as duas mãos para dentro e para cima).


Manobra de Heimlich (Foto:reprodução/facebook/manual de enfermagem)

Seguindo esse passo a passo corretamente, os adaptando para as diferentes situações como retratado anteriormente, muitas vidas podem ser poupadas e os números de casos de asfixia podem diminuir, evitando acidentes e uma tragédia.

Papa Francisco não consegue realizar discurso devido à bronquite

Papa Francisco, conhecido não apenas pelo público religioso, precisou pedir ao seu assessor para fazer a leitura de um discurso durante uma cerimônia nesse sábado, (02).

Para quem não sabe, o Papa está sofrendo com bronquite e sintomas de gripe, devido a este motivo, teve dificuldade para realizar a leitura. O discurso tradicionalmente realizado pelo Papa precisou ser realizado pelo assessor na cerimônia de abertura do ano judicial do tribunal do vaticano.

Papa explica por que não conseguiu fazer o discurso

Francisco fez questão de explicar o que aconteceu e disse com suas palavras:

“Eu preparei um discurso, mas, como vocês podem ver, não estou conseguindo lê-lo devido à bronquite. Pedi ao Monsenhor (Filippo) Ciampanelli que o lesse para mim”, disse o Papa já com a voz rouca e cansada.

O esclarecimento do Papa tranquilizou os fiéis, que estranharam a forma como ele chegou e o fato de não ter realizado o discurso como de costume.


Papa Francisco acenando (Foto: reprodução/site/exame.com)

Francisco teve problemas de saúde recentemente

O papa, que tem 87 anos, passou por uma série de cuidados. Na última quarta-feira, o mesmo foi a um hospital para realizar exames com sintomas de resfriado. O papa teve que fazer o cancelamento da sua viagem onde iria para a “COP28” que foi realizada em Dubai no início de dezembro de 2023, tinha sido diagnosticado com resfriado e, por consequência, o mesmo teve problemas nos pulmões.

Vale lembrar que, ainda jovem, Francisco removeu parte de seus pulmões. O sacerdote serve atualmente como bispo de Roma e soberano do Estado da Cidade do Vaticano, além de ser o primeiro papa a ser membro da Companhia de Jesus (Jesuítas).

Ao longo de sua vida pública e religiosa, o Papa Francisco se destacou por sua humildade, ênfase na misericórdia de Deus, visibilidade internacional como papa, preocupação com os pobres e compromisso com o diálogo inter-religioso. Com seu jeito de ser, o papa conquistou muitas pessoas, por isso a preocupação. Na cerimônia que foi realizada nessa catequese, Francisco chegou de cadeira de rodas causando um receio nas pessoas e o próprio pediu desculpas por não ter voz suficiente para dar continuidade. Devido a isso, quem acabou fazendo a fala foi o monsenhor Filippo, da Secretaria de Estado. “Continuo um pouco de resfriado”, explicou o papa.