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O filme “O Auto da Compadecida 2” alcançou neste domingo (02/02), o incrível número de quatro milhões de espectadores no Brasil. O filme estreado por Selton Mello e Matheus Nachtergaele é o segundo título nacional de 2024 a atingir este feito, o primeiro foi o filme “Ainda Estou Aqui”, com a atriz Fernanda Torres.
O longa também já se tornou a segunda maior bilheteria brasileira desde a pandemia de Covid-19.
O filme
Vinte anos se passaram e depois de ter ficado desaparecido todo este tempo, João Grilo retorna à remota cidade de Taperoá para juntar-se novamente ao seu velho amigo Chicó. Só que desta vez ele é recebido como uma celebridade no local. Pois segundo a lenda, ele havia sido morto por uma bala de espingarda e ressuscitado após um julgamento aonde o próprio Diabo era o acusador, Nossa Senhora como defensora e Jesus Cristo em pessoa era o juíz.
João passa a ser disputado como cabo eleitoral pelos dois políticos mais influentes da cidade, ele tenta aplicar incansavelmente um golpe que supostamente lhe dará muito dinheiro e uma vida tranquila. Só que seus planos mais uma vez são frustrados, ele perde o controle precisa mais uma vez recorrer à Compadecida.
Elenco
Além da dupla de protagonistas Selton Mello como Chicó e Matheus Nachtergaele no papel de João Grilo. O elenco conta com outros grandes nomes do ramo cinematográfico como Taís Araujo interpretando a Compadecida, Humberto Martins como o Coronel Ernani, Luis Miranda no papel de Antônio do Amor, Eduardo Sterblitch como Arlindo, Fabiula Nascimento da vida a Clarabela, Virgínia Cavendish interpreta Rosinha e Enrique Diaz vive Joaquim Brejeiro. A direção é de Flávia Lacerda e Guel Arraes.
Trailer Oficial do filme “O Auto da Compadecida 2” (Video: Reprodução/instagram/@taisdeverdade)
O filme “O Auto da Compadecida 2”, já está em exibição nos cinemas brasileiros, e a partir de 28 de fevereiro pode ser visto na Prime Vídeo.
A Sony Pictures confirmou a informação de que Selton Mello estará presente no remake de Anaconda. O ator atuará ao lado de Paul Rudd e Jack Black. O longa tem data prevista para lançamento em dezembro deste ano e está sendo produzido por Fully Formed, de Brad Fuller e Andrew Form.
Black e Rudd falam português
A produtora publicou um vídeo dos atores em um momento de descontração. No vídeo descontraído, Selton coloca os atores companheiros de cena para falar português e elogia o português deles.
Mello faz paródia com os amigos durante filmagem do Remake de Anaconda (Vídeo: reprodução/X/@SonyPicturesPT)
O filme
Fontes da The Hollywood Reporter descrevem o longa, um grupo de amigos passando por uma crise de meia idade têm a brilhante ideia de fazer um remake do filme que mais gostavam quando eram jovens. Mas ao chegar na floresta, o grupo se depara com situações de emergências reais, como criminosos maldosos, verdadeiros desastres naturais e, como não poderia faltar, as temidas cobras gigantes.
Jack Black atua no papel de um ex-diretor, enquanto Paul Rudd fará um ator que está frustrado com Hollywood após ter feito uma série policial e não ter atuado em mais nenhuma outra produção.
E além destes mais dois amigos completam o grupo hilário, Newton e Zahn. Mello interpretará um domados de animais brasileiros, Skye fará o papel de esposa de Black. As cenas estão sendo gravadas na Austrália, com o apoio do Governo de Queensland através da Estratégia de Atração de Produção da Screen Queensland.
Selton falou um pouco sobre como está sendo gravar seu primeiro longa em inglês, em um comunicado oficial disse que “está em uma nova fase da vida e isso sempre traz uma energia diferente” e está muito feliz fazendo o que ama, agora de outra forma. “Em dezembro o Brasil e o mundo vão ver o filme insanamente divertido que estamos fazendo”, declara.
A Sony Pictures escolheu Selton Mello para atuar no longa após o sucesso do ator no filme “Ainda estou aqui”, que foi distribuído pela produtora. Como também é responsável pela sequência de Anaconda, enxergou a oportunidade de aproveitar os talentos do ator.
Prestes a estrear nos cinemas de países latino-americanos, “Ainda Estou Aqui” recebeu mais indicações, consolidando-se como um dos favoritos dessa temporada de premiações. Foi anunciado que a produção de Walter Salles, estrelada por Fernanda Torres e Selton Mello, está concorrendo em sete categorias no Latino Entertainment Film Awards. Os vencedores serão anunciados pelas redes sociais da Associação de Jornalistas Latinos, no dia 17 de fevereiro.
Enxurrada de indicações
A história de Rubens Paiva e Eunice durante os anos de chumbo no Brasil têm angariado admiradores ao redor do globo. Desde a primeira exibição aclamada, o filme já ganhou o prêmio de Melhor Roteiro no Festival de Veneza e a estatueta, concorrida do Globo de Ouro, para Fernanda Torres, que se emocionou em discuros, ao relembrar que sua mãe, Fernanda Montenegro, também esteve naquele mesmo palco, anos atrás. Nesse embalo, “Ainda Estou Aqui” ainda recebeu uma nota superior no Rotten Tomatoes -site que reúne avaliações de filmes – de ambos, fãs e crítica especializada; além de receber um ”boom” de bilheteria em nível internacional, após as indicações para o Oscar.
As indicações continuam, e agora a produção nacional concorre em sete categorias no Latino Entertainment Film Awards, dentre elas Melhor Filme, Melhor Filme em Língua Não-Inglesa, Melhor Diretor , Melhor Atriz , Melhor Roteiro Adaptado, Melhor Fotografia e Melhor Montagem. Os vencedores serão anunciados pela Associação de Jornalistas Latinos de Entretenimento (LEJA) nas redes sociais, no dia 17 de fevereiro. As indicações marcam a estreia do longa metragem em países latino-americanos.
Fernanda Torres após ganhar o Globo de Ouro, na categoria de Melhor Atriz (Reprodução/Robyn Beck/ AFP/Getty Images embed)
“A estreia de ‘Ainda Estou Aqui’ nos países da América Latina é um momento muito significativo para mim. Tenho uma grande admiração pelos diretores, atores, roteiristas e produtores que dão vida artística ao Cinema Latino-americano. ‘Central do Brasil’ e ‘Diários de Motocicleta’ me deram a oportunidade de me conectar com o público em cada canto deste continente que faz parte da minha, da nossa identidade”, comentou Walter Salles à imprensa.
Para além das premiações e da angariação de admiradores pelo mundo, “Ainda Estou Aqui” tem ultrapassado as telas de cinema, ascendido o debate sobre as consequências do autoritarismo, a preservação da memória, a celebração do cinema nacional e um incentivo à fomentação e investimento na sétima arte brasileira. Conforme noticiado, Eduardo Paes anunciou uma verba de cerca de R$ 131 milhões para fortalecer e incentivar produções audiovisuais no Rio de Janeiro.
Rumo ao Oscar
Apΰos o anúncio, Fernanda; que concorre ao mesmo prêmio que sua mãe concorreu em 1999, por Central do Brasil, também de Walter Salles, com toda a sua humildade e carisma; deixou claro que não quer um clima de Copa do Mundo, além de não poupar elogios as outras concorrentes do Oscar. Selton Mello, seu colega de filme, fez questão de comemorar e se juntar ao coro de felicidade. A atriz recebeu outro prêmio na esteira do Globo de Ouro nos últimos dias, pelo Sattellite Awards, consolidando-se, cada vez mais, como uma das favoritas da temporada de premiações.
Walter Salles, Fernanda Torres e Selton Mello em ensaio fotográfico (Reprodução/ Gareth Cattermole/Getty Images embed)
Vale ressaltar que além do prêmio de Melhor Atriz e Melhor Filme Estrangeiro, a produção baseada no romance homônimo de Marcelo Rubens Paiva, entrou para a história do cinema nacional ao conquistar a indicação de Melhor Filme no Oscar.
O ator Selton Mello usou o Instagram, nesta quinta-feira (23), para expressar sua felicidade com as três indicações que o filme “Ainda Estou Aqui” recebeu no Oscar 2025.
Selton, além de enumerar os motivos pelos quais achava o filme vitorioso, exaltou o poder do longa. “Nosso país precisava desse filme. O mundo todo precisava desse filme”, afirmou.
O filme dirigido por Walter Salles foi indicado na categoria “Melhor Filme Internacional”, “Melhor Filme” e “Melhor Atriz”, com Fernanda Torres na sua interpretação de Eunice Paiva.
Publicação de Selton Mello falando sobre as indicações (Foto: reprodução/Instagram/@seltonmello)
Repercussão
Além de Selton Mello, Fernanda Torres também usou as redes sociais para falar sobre esse momento único. Em vídeo publicado no Instagram, a atriz, emocionada, compartilhou seus sentimentos com o público.
“É uma coisa histórica, é uma coisa emocionante para mim. Pela minha mãe ter estado nesse lugar, 25 anos atrás, pelas mãos do Walter”, relatou Fernanda.
Outras personalidades famosas também vibraram com essa conquista do cinema nacional. Atrizes como Tatá Werneck, Juliana Paiva, Monica Iozzi, parabenizaram os atores do filme.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), também foi um nome de destaque que comemorou as indicações brasileiras.
Fernanda Torres e Selton Mello no Globo de Ouro (Foto: reprodução/Instagram/@seltonmello)
Momento brilhante
Após protagonizar dois filmes de sucesso no último ano, Selton Mello já está fechado com novo projeto. O ator vai dar mais um passo na sua carreira internacional e estará no elenco da nova versão de “Anaconda”.
O filme, que conta com a presença de Jack Black e Paul Rudd, segue a história de um grupo de amigos que sofre com uma crise de meia-idade e decidem recriar seu filme favorito na adolescência. Ao chegar ao local da filmagem, eles acabam enfrentando diversas dificuldades, incluindo uma cobra gigante.
O longa está sendo filmado na Austrália com previsão de lançamento para dezembro deste ano.
O filme brasileiro “Ainda Estou Aqui”, dirigido por Walter Salles e estrelado por Fernanda Torres e Selton Mello, estreou nos cinemas de Portugal na última quinta-feira (16).
De acordo com dados do Instituto do Cinema e do Audiovisual, nos primeiros quatro dias de exibição, o longa foi visto por 37.233 pessoas e arrecadou aproximadamente 246 mil euros nas bilheteiras.
Entre 16 e 19 de janeiro de 2025, o filme superou outras estreias, como “Maria“, de Pablo Larraín, e “A Verdadeira Dor”, de Jesse Eisenberg.
Recepção do público
Em Lisboa, o sucesso do filme foi comemorado durante a sessão de pré-estreia, que contou com a presença de diversas personalidades. O Embaixador do Brasil em Portugal, Raimundo Carreiro, destacou o orgulho dos portugueses pela conquista de Fernanda Torres no Globo de Ouro.
Foi uma grande honra para os brasileiros e os portugueses também estão muito orgulhosos desse prêmio. Uma grande alegria estar aqui
afirmou Carreiro em entrevista à DN Brasil.
“Ainda Estou Aqui” foi exibido em 83 salas de cinema em todo o país, e várias sessões esgotaram rapidamente. Os internautas também se mostraram entusiasmados com o filme e nas redes sociais, muitos elogiaram a abordagem sensível da trama e destacaram as salas cheias.
Acabei se sair do cinema pra ver Ainda estou aqui Fiquei surpreso por em uma segunda-feira, 18h e em Portugal a sala estar cheia! E tipo, n era nem cheia de brasileiros, eram em grande maioria portugueses 40 anos +
Internautas elogiam as sessões cheias. (Reprodução/X/@saulddc)
Para a protagonista Fernanda Torres, o filme tem um significado profundo ao abordar questões relacionadas ao autoritarismo e suas consequências nas famílias afetadas.
O filme não é sobre os revolucionários, a esquerda ou a guerrilha contra a ditadura. Ele é sobre uma família, algo com o qual todos podem se identificar.
Comentou a atriz à Elle.
Corrida para o Oscar
A poucos dias das indicações ao Oscar, “Ainda Estou Aqui” superou concorrentes como “Emília Pérez”, “A Substância” e “O Brutalista”, gerando expectativas para uma possível nomeação. O filme já recebeu o reconhecimento da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, especialmente após sua vitória no Globo de Ouro.
Trailer do filme “Ainda Estou Aqui” (Vídeo: Reprodução/Youtube/Sony Pictures Brasil)
Baseado no livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva, o longa-metragem retrata a experiência de sua família durante o período de ditadura militar no Brasil. A trama foca na força e resiliência de Eunice, mãe de cinco filhos, que, após o desaparecimento do marido em janeiro de 1971, desafia o regime militar na busca por respostas sobre seu paradeiro.
O ator Selton Mello foi confirmado no elenco da nova versão de “Anaconda”, dirigida por Tom Gormican, onde interpretará um cuidador de animais brasileiro. O filme é uma trama cômica e repleta de aventura, ao lado de estrelas como Paul Rudd, Jack Black e Thandiwe Newton, com estreia prevista para dezembro de 2025.
Brasileiro se junta a elenco de peso em produção internacional
Selton Mello foi confirmado no elenco da nova versão de “Anaconda”, conforme divulgado pela revista Hollywood Reporter. O ator brasileiro, que vem conquistando destaque internacional pela atuação no filme “Ainda Estou Aqui”, contracenará com estrelas como Paul Rudd (Homem-Formiga), Jack Black (Jumanji: Próxima Fase) e Thandiwe Newton (Westworld).
Sellton Mello e feranada torres (Foto: reprodução/Instagram/@seltonmello)
Em suas redes sociais, Mello celebrou a conquista com entusiasmo: “Nova fase do game. Sendo feliz & me divertindo fazendo o que amo de outro jeito, em outra língua, em um outro continente. Tudo diferente mas parecido”, escreveu.
No filme, ele interpretará um cuidador de animais brasileiro, papel que promete trazer humor e autenticidade ao roteiro. A trama segue um grupo de amigos em crise de meia-idade que decide regravar um filme favorito da juventude na floresta.
No entanto, acabam enfrentando desafios inesperados, incluindo a natureza selvagem e cobras gigantes.
Uma Nova Abordagem para um Clássico Cult
Dirigida por Tom Gormican (O Peso do Talento), a nova versão de “Anaconda” adotará um tom mais cômico e leve, se distanciando do terror do longa original de 1997. No filme estrelado por Jennifer Lopez e Jon Voight, uma equipe de exploradores é caçada por uma criatura monstruosa enquanto viaja pelo rio Amazonas.
Em um post no Instagram, o ator revelou o quanto estava feliz com o convite para o filme “Anaconda “(Foto: reprodução/Instagram/@seltonmello)
Com estreia prevista para 25 de dezembro de 2025, a produção promete ser uma releitura inovadora de um clássico cult, misturando aventura, comédia e ação.
A participação de Selton Mello é mais um passo na consolidação de sua carreira internacional, trazendo representatividade brasileira para uma grande produção de Hollywood
OO longa “Ainda Estou Aqui” é, sem dúvida, um dos maiores sucessos recentes do cinema brasileiro, conquistando tanto o público quanto a crítica ao nível global. Frequentemente, imaginamos que seja difícil para uma produção nacional ultrapassar as fronteiras e alcançar reconhecimento internacional, mas o filme tem desafiado essa percepção com um desempenho impressionante no exterior.
Com uma recepção calorosa tanto no Brasil quanto fora dele, “Ainda Estou Aqui” — ou “I’m Still Here”, como é conhecido internacionalmente — tem sido aclamado por críticos ao redor do mundo, especialmente após a vitória de Fernanda Torres no Globo de Ouro 2025. Este feito gerou grande curiosidade entre os estrangeiros, que finalmente puderam conferir a obra.
Uma das primeiras críticas de destaque veio do prestigiado The New York Times, nesta quinta-feira (17), sem poupar elogios e servindo como um excelente termômetro para avaliar a aceitação global do filme de Walter Salles.
Fenômeno dentro e fora das telas
O longa, que está em cartaz nos cinemas brasileiros desde o início de novembro do ano passado, só será lançado nos cinemas internacionais amanhã, dia 17 de janeiro. No entanto, a crítica especializada internacional já teve acesso ao conteúdo antes mesmo de sua estreia no mercado global, gerando grande expectativa em torno da recepção do filme fora do Brasil.
Um dos principais e mais influentes veículos de comunicação globais, o The New York Times publicou uma crítica repleta de elogios, tanto ao longa-metragem quanto à atuação de Fernanda Torres. O veículo destacou a qualidade da produção e a intensidade da performance da atriz, reconhecendo seu talento em dar vida ao papel de forma marcante e impactante de uma história que emociona qualquer um, independentemente da nacionalidade.
Eunice e Rubens Paiva antes dos acontecimentos retratados em “Ainda Estou Aqui” (Foto: reprodução/Instituto Vladimir Herzog)
Além disso, a crítica foi além das telas, enaltecendo a verdadeira Eunice Paiva, interpretada magistralmente por Fernanda Torres. A crítica descreveu Eunice como fascinante, destacando sua complexidade e profundidade emocional, elementos que a tornam uma presença inesquecível na trama.
“Este é o momento em que o filme gira em torno de Eunice, que não é apenas a heroína no filme, mas também na vida real. Este filme é a história dela: ela é uma mulher cuja vida foi despedaçada, decidindo que não será intimidada. Ela não apenas criará uma vida para seus filhos sob imensas probabilidades repressivas, mas também se dedicará a mudar o mundo.”
No entanto, o paralelo com a realidade não parou por aí. O jornal também destacou a representação da política brasileira no período retratado no filme, traçando conexões com outros grandes longas latinos, como “Argentina, 1985”. Além disso, não deixou de comentar o impacto atual de “Ainda Estou Aqui”, que continua a gerar discussões e agitar temas políticos pertinentes, trazendo à tona questões ainda vivas e relevantes no cenário contemporâneo brasileiro.
‘Fernandas’ e o The New York Times
Antes mesmo de toda a comoção e a curiosidade internacional em torno da identidade de Fernanda Torres, nós, brasileiros, já a considerávamos um verdadeiro tesouro nacional há décadas. A eterna Fátima de “Tapas e Beijos”, que, aliás, fez seu legado crescer ainda mais após sua vitória no Globo de Ouro, viu o número de espectadores de suas produções disparar nos serviços de streaming. A consagração de Torres, tanto no Brasil quanto no exterior, só reafirma a importância de seu trabalho e o impacto duradouro de sua carreira.
Fernanda Torres e Fernanda Montenegro estampando matéria do The New York Times em dezembro de 2024 (Foto: reprodução/The New York Times)
Entretanto, além do reconhecimento dos brasileiros, o jornal norte-americano também demonstrou uma verdadeira obsessão por Fernanda. Em dezembro de 2024, publicaram uma matéria sobre ela e sua mãe, Fernanda Montenegro, na qual destacavam a possibilidade de Fernanda filha “vingar” a mãe na corrida pelo Oscar — uma referência à derrota de sua mãe, que perdeu o prêmio, que estava sendo indicada por “Central do Brasil”, também de Walter Salles, para Gwyneth Paltrow em 1999. O artigo, carregado de emoção e reverência, ressaltava a conexão entre as duas gerações e a chance de redenção de Torres no cenário internacional.
Nesta quinta-feira (16), Fernanda Torres participou do talk show “LIVE with Kelly and Mark” (“Ao Vivo com Kelly e Mark”, em tradução livre), onde conquistou a todos com sua presença e carisma, sendo ovacionada desde que entrou no local onde a entrevista aconteceu.
Fernanda Torres no talk show estadunidense
A entrevista iniciou com Kelly perguntando sobre como estavam as coisas em Los Angeles, e se estava bem, devido aos incêndios que ocorreram na cidade californiana. Em resposta, Torres comenta ter sido inacreditável; uma hora estava em Palm Springs, e na outra seu marido lhe dizia que precisavam evacuar, devido um alerta no celular.
Fernanda compartilhou uma foto do céu de Los Angeles, que tirou da janela de seu hotel, e contou o quão horrível foi presenciar inicialmente um grande incêndio em frente ao seu hotel, e em seguida ver diversas pessoas perdendo tudo o que têm, mencionando inclusive que Walter Salles, o diretor de “Ainda Estou Aqui”, possui diversos amigos que residiam ali.
Mark pergunta sobre a relação da atriz com Nova York, ao que ela responde dizendo que o local é como sua segunda casa, tendo vivido de 1992 a 1996 em Williamsburg.
Fernanda Torres é ovacionada durante entrada em talk show estadunidense (Vídeo: Reprodução/X/@jotauelleia)
A arte em torno da família
Os entrevistadores comentam sobre sua mãe, a talentosíssima Fernanda Montenegro, e seu marido, Andrucha Waddington, que também são do meio artístico, do cinema, Torres brinca dizendo que ninguém escapou.
A ganhadora do Globo de Ouro de Melhor Atriz em Filme de Drama contou que sua mãe não lhe deu quaisquer conselhos ou algo do tipo, mas sim lhe permitiu a liberdade de viver e descobrir a vida, e seu pai, Fernando Torres, fazia o mesmo.
As Fernandas já trabalharam em conjunto outras vezes, o que a mais nova diz ser um “plus”, algo a mais que possuem, pois têm a possibilidade de trabalharem solo e juntas.
“Ainda Estou Aqui”
Em determinado momento, Fernanda Torres se vira para a plateia e fala sobre a narrativa do longa: uma história real, de uma família real, que vivenciou na pele a ditadura militar pela qual o país passava na época.
Eunice Paiva perdeu seu parceiro e o pai dos seus filhos, tornando-se mãe solo de cinco crianças do dia para a noite, ao mesmo tempo em que buscava saber o que de fato aconteceu com seu marido, Rubens Paiva, interpretado por Selton Mello.
O livro homônimo que inspirou o filme foi escrito pelo filho do casal, Marcelo Rubens Paiva, que percebeu que sua mãe estava perdendo sua memória devido ao Alzheimer, e decidiu guardar suas memórias e contar sua história por meio de um livro.
Fernanda reitera a importância da obra especialmente para o povo brasileiro que, na mesma época, estava se esquecendo daquele período tenebroso pelo qual o período passou há tão pouco tempo.
O filme brasileiro “Ainda Estou Aqui” ganhou um novo pôster oficial. Após o filme ser escolhido como o Melhor Longa-Metragem Internacional pelo Festival de Cinema de Palm Springs, o novo material de divulgação do filme foi revelado. O filme de Walter Salles estreia dia 17 de janeiro nos EUA.
O filme baseado na obra literária de mesmo nome do escritor Marcelo Rubens Paiva, marca o primeiro longa de Walter Salles em uma década. Além do prêmio no Festival de Cinema de Palm Springs, “Ainda Estou Aqui”, também levou o troféu de Melhor Roteiro no Festival de Veneza 2024 e resultou no prêmio de Melhor Atriz em Filme de Drama para Fernanda Torres no Globo de Ouro. O longa ainda está em cartaz nos cinemas brasileiros.
Novo pôster internacional do filme “Ainda Estou Aqui” (Foto: reprodução/Instagram/@Boxreport)
Sinopse
O enredo do filme é ambientado na década de 1970, no Rio de Janeiro. Em meio à ditadura militar no país, a família Paiva (Rubens, Eunice e seus cinco filhos) vive em uma casa na beira da praia, onde recebem muitos amigos. Um dia, o deputado Rubens Paiva é levado pela Polícia Militar e desaparece sob custódia.
A narrativa baseada no livro de Marcelo Rubens Paiva, filho de Eunice Paiva e Rubens Paiva, narra a história de sua mãe, que após o desaparecimento do marido, enfrenta a violência do regime militar. Eunice é obrigada a se reinventar e torna-se ativista pelos direitos humanos e símbolo de resistência à ditadura no Brasil.
Projeção Internacional
O filme lançado no dia 7 de novembro de 2024, ganhou destaque em outros países. No Brasil, o longa-metragem estrelado por Fernanda Torres e Selton Mello chegou a registrar mais de 3 milhões de espectadores. No entanto, a mídia internacional também projetou o filme. Portais como a “Variety” e “The Hollywood Reporter” fizeram previsões sobre o filme poder concorrer ao Oscar de 2025. No Rotten Tomatoes, o longa recebeu 91% de aprovação dos críticos.
No último domingo (5), o Brasil ficou em êxtase pela premiação de Fernanda Torres no Globo de Ouro como Melhor Atriz em filme dramático pela atuação em “Ainda Estou Aqui”. Após esse fato, os brasileiros têm mais chances de ficarem ainda mais felizes. Após o prêmio recebido, a atriz tem mais chances de vencer o Oscar na categoria.
Segundo Johnny Olekinski, colunista do jornal americano “New York Post”, a admiração por Fernanda Torres, após a premiação do Globo de Ouro, deixou Nicole Kidman e Angelina Jolie com chances baixas de vencer na categoria de Melhor Atriz.
Disputa pela estatueta
Apesar da ascensão de Fernanda Torres, a corrida pela vitória no Oscar ainda não está fácil. A principal adversária da brasileira é a atriz Demi Moore pela atuação no longa “A Substância”. As duas ganharam a premiação no Globo de Ouro: enquanto a brasileira levou como melhor atriz em filme de drama, a americana venceu como melhor atriz em filme de comédia/musical.
Fernada Torres em imagem compartilhada pela Academia do Oscar (Foto: reprodução/Instagram/@theacademy)
Johnny Olekinski, principal crítico de entretenimento do “New York Post”, falou que as favoritas eram justamente Angelina Jolie e Nicole Kidman. No entanto, a admiração dos jurados do Oscar por Fernanda Torres e Demi Moore vem crescendo em uma hora chave para a principal premiação do cinema.
Ainda segundo Olekinski, o fato de Kidman e Jolie não aparecerem na lista da SAG Awards aponta a perda de favoritismo das atrizes no Oscar.
“Ainda Estou Aqui”
O longa “Ainda Estou Aqui” tem Fernanda Torres como protagonista. A atriz vive Eunice Paiva, esposa do ex-deputado Rubens Paiva, que foi assassinado pela ditadura militar brasileira em 1971. O longa acompanha a luta da mulher para reaver seu marido nos anos de chumbo, vigente entre 1964 e 1985.
Selton Mello e Fernanda Torres, junto do elenco do filme “Ainda Estou Aqui” (Reprodução/Instagram/@seltonmello)
A atuação de Fernanda Torres tem sido elogiada mundialmente. Em diversos festivais de cinema ao redor do mundo, a brasileira foi vista como uma grande atriz no longa dirigido por Walter Salles, diretor de “Central do Brasil”.
“Ainda Estou Aqui” segue em cartaz nos cinemas de todo o Brasil e tem obtido grande sucesso. A película conta, ainda, com o ator Selton Mello no papel de Rubens Paiva, além de participação especial de Fernanda Montenegro com a própria Eunice Paiva em uma versão mais velha da mulher.