Rayssa Leal amplia sua galeria de troféus com o quarto SLS

A skatista brasileira Rayssa Leal, de 17 anos, conquistou seu quarto título do Mundial de Skate Street. A última etapa do circuito aconteceu neste domingo (07/12) no Parque Ibirapuera, em São Paulo. Para levantar a taça, a medalhista olímpica em Tóquio 2020 e Paris 2024 superou duas japonesas já conhecidas.

Como foi a competição

A Fadinha, como ficou conhecida ainda na infância, já demonstrava seu talento, agora com seu nome consolidado e fazendo história no esporte. Rayssa colocou mais um troféu em sua galeria, nesta etapa suas principais concorrentes estavam presentes. No entanto, essa fase deveria ter ocorrido em setembro, mas foi cancelada.

Rayssa começou a final com uma volta por todo o circuito praticamente perfeita, mesmo tendo problemas de entorse no tornozelo. Na primeira rodada, ela optou por fazer suas manobras habituais, o que lhe garantiu uma nota de 8,3. Na sequência, ela fez manobras usando o corrimão, tendo a segunda nota 7,5, ficando na frente de Yumeka Oda.


Melhores momentos do título de Rayssa na SLS (Vídeo: reprodução/YouTube/ge tv)


A brasileira ainda sofreu uma queda, que não atrapalhou seu desempenho. As japonesas Liz Akama e Yumeka Oda brigaram com Rayssa até o final. Já na terceira rodada, a Fadinha cravou sua manobra e manteve a primeira posição com 8,7. Com a penúltima nota de 8,1 e duas adversárias caindo na última volta, a fadinha venceu, totalizando 32,6 pontos, desbancando todas as japonesas e a australiana Chloe Covell.

Após a vitória, Rayssa falou da felicidade em conquistar mais um troféu e das dificuldades que enfrentou durante o ano, com as falhas em algumas etapas. Mas que o troféu era o objetivo principal, fechando 2025 com chave de ouro e estando no seu país.

Carreira de Rayssa Leal

Menos de um mês de completar 18 anos, Rayssa se sagrou tetracampeã de skate, a jovem que começou a buscar seu sonho na modalidade. Aos sete anos, quando teve vídeos viralizados com ela vestida com a fantasia de fada (o que lhe rendeu o apelido). Sua estreia aconteceu aos 11 anos, em campeonatos nacionais e internacionais.

Seu primeiro destaque, que lhe garantiu uma notoriedade maior, foi na estreia da modalidade nos Jogos Olímpicos de Tóquio, que aconteceu em 2021 por conta da pandemia de Covid-19. Na ocasião, Rayssa foi vice-campeã, na época ela só tinha 13 anos e ganhou o carinho do público.

Mesmo com pouca idade, Rayssa provou que o skate veio para ficar como um esporte que tem um espaço no coração dos brasileiros. Com as próximas olimpíadas somente sendo em Los Angeles 2028, ela tem um caminho a trilhar e poderemos em breve ter uma pentacampeã.

Rayssa Leal arrebenta na pista e conquista o STU de Porto Alegre

A grandiosa Rayssa Leal, conhecida como “Fadinha”, brilha mais uma vez ao conquistar o título do STU de Porto Alegre, uma das etapas mais importantes do Circuito Internacional de Skate. Com uma atuação precisa e um alto nível de consistência, a atleta dominou a final e garantiu a vitória com mais uma performance impressionante na pista.

A grande final

Apesar de ter sentindo dores na região traseira após duas quedas nas etapas anteriores, Rayssa chegou a última etapa do torneio 100% apta para a disputa da taça. Sendo a última a entrar na pista, já conseguiu demonstrar seu brilho desde a primeira volta impecável, garantindo seus gloriosos 75,79 pontos que lhe renderam a liderança da prova, desbancando as grandiosas Daniela Terol e Aoui Uemura.

Rayssa celebrou bastante após a vitória, e fez questão de expressar sua alegria para o público, dedicando sua manobra do título para os fãs.

É uma competição em que estamos para dar o melhor. Essa última manobra foi para a galera mesmo. Muito feliz de ter acertado aqui.” – Rayssa Leal


Skate Park da Orla do Guaíba, palco da prova (Foto: Reprodução/Instagram/@orla.skatepark)

O destaque do dia vai para sua última volta, onde já com o título ganho antecipadamente, a menina aproveitou a leveza do momento para esbanjar um pouco de seu talento. Com um 360 flip na última tentativa, considerada uma das manobras mais difíceis de se performar, seu grand-finale foi digno de um bom roteiro de filme.

Com apenas 17 anos de idade, Rayssa mostra cada vez mais toda sua maturidade e domínio na modalidade, superando adversárias experientes e mantendo a calma em momentos decisivos, como o de hoje.

Projeção para o futuro e foco em Los Angeles

Com mais um título no currículo, a fadinha segue consolidando seu nome como uma das principais referências do skate mundial, tanto na atualidade quanto na história como um todo, e agora a atleta já projeta seu foco para os Jogos Olímpicos de 2028, em Los Angeles. A jovem maranhense ainda busca sua tão sonhada primeira medalha de ouro.


Rayssa Leal no desfile da Paris Fashion Week 2025 (Foto: reprodução/Le Segretain/Getty Images embed)


Rayssa é a segunda colocada do ranking geral da SLS, e tem tudo para brilhar na próxima olimpíada de sua carreira. E a conquista em Porto Alegre demonstra que ainda há todo um terreno sendo preparado para o restante de sua história no esporte brasileiro, inspirando jovens skatistas e mostrando ao mundo o poder do skate no país.

Pré-carnaval: Anitta escolhe look boxeadora para Ensaios em Fortaleza

Desde 2019, o “Ensaios da Anitta” dá start na pré-temporada da maior festa da cultura brasileira: o carnaval. Com shows que atingem até 5 horas de duração, a Girl from Rio percorre as principais capitais do país trazendo os melhores hits de sua carreira e engatando o público no clima e alegria curtição do carnaval. 

Em 2025, a tradição continua, e com o intuito de homenagear os esportes e sua importância sócio-cultural, a cantora traz para os palcos a “Maratona da Jogação”, e para brilhar na capital cearense de Fortaleza, Anitta subiu ao palco neste domingo (12), interpretando uma boxeadora, com look assinado por Mayara Bozzato.


Anitta para Ensaio em Fortaleza (CE) (Foto: reprodução/Fred Othero/Instagram/@anitta)

O tema

Frequentemente, Anitta acaba por escolher um tema para seus ensaios, que vão dominar a estética e o seus looks para determinada pré-temporada. Em 2022, a cantora se jogou no mundo dos games, e suas produções exaltavam tecnologia e modernidade. No ano passado, em 2024, ela celebrou as escolas de samba, e por meio dos visuais e das produções de cada show, Anitta homenageou as históricas Beija-Flor, Grande Rio e Mocidade Alegre. 

Este ano, o foco na “Maratona da Jogação” são os esportes. O objetivo é homenagear um esporte, e sua importância cultural e social, em cada data de ensaio. 


Anitta homenageia o skate em produção de look inspirado em Rayssa Leal (Foto: reprodução/Fred Othero/Instagram/@anitta)

Na primeira data da temporada de Ensaios da Anitta, em São Luís, no Maranhão, a cantora homenageou o skate, com um look inspirado na campeã olímpica Rayssa Leal. 

Em seu show de estreia, Anitta convidou a cantora Viviane Batidão, conhecida como a Rainha do Tecnomelody, para subir ao seu lado no palco. O look da cantora para a noite contava até com asas de fada em referência ao apelido da skatista Rayssa (fadinha), que nasceu na cidade maranhense de Imperatriz. 

“Meu momento preferido do ano chegou, gente! Meu Carnaval está começando e, pela primeira vez, estamos trazendo os Ensaios para São Luís. Preparei um show pra cima, divertido, pra se jogar mesmo, do jeito que a ocasião pede. Me aguardem!”, celebrou a estrela ao subir no palco.

Segundo dia

Em continuidade a temporada de apresentações, Anitta desembarcou com seu Ensaio, neste domingo (12), em Fortaleza. Para essa ocasião, a cantora apostou em um look de boxeadora, cravejado em strass, assinado pela estilista Mayara Bozzato. Simone Mendes foi a artista convidada e cantou com a Poderosa no palco.

Os “Ensaios da Anitta”, até final de fevereiro, ainda iram percorrer as cidades de Salvador, Brasília, Recife, Ribeirão Preto, Belo Horizonte, Campinas, Rio de Janeiro, Curitiba, Florianópolis e São Paulo. Aguardando ansiosamente para o que a cantora nos reserva de magníficas produções para todas essas datas.


Rayssa Leal desbanca forte concorrência e é tri-campeã mundial de Skate Street

A skatista, de apenas 16 anos, conhecida como “fadinha”, faz história na modalidade novamente. Neste domingo (15), foi disputada a grande final da Liga Mundial de Skate Street (conhecida por SLS), no Ginásio do Ibirapuera, na capital paulista. Com a capacidade máxima de 16 mil lugares atingida, a brasileira atingiu o feito de ser coroada a grande campeã da categoria durante três anos seguidos (2022, 2023 e 2024), sendo a primeira a realizar tal feito na competição.

Vitória veio após disputa emocionante


Rayssa Leal durante prova na Itália (Foto: reprodução/Valicchia/NurPhoto/Getty Images Embed)


Disputando o título com a australiana Chloe Covell e as japonesas Momiji Nishiya, Yumeka Oda, Coco Yoshizawa e Liz Akama, Rayssa teve um trabalho duro na manobra final, precisando garantir uma nota alta para alcançar o topo do pódio. E o resultado veio após uma volta espetacular, garantindo duas notas 9.1 e o tricampeonato inédito.

Emocionada, a atleta desabafou, em entrevista ao portal ge:

Eu não tenho palavras o suficiente. Tudo isso que aconteceu hoje vale mais do que esse troféu. Reviravolta, errei as duas primeiras tentativas. Estava nervosa, não vou mentir. Minha família acompanhou tudo isso. Esse troféu vai para o pessoal que está em casa. Vocês viram a realidade do skate, a amizade, a família e vão ver isso aumentando. O nível estava alto, várias notas 9. Foi bem Corinthians. Estou realizada. Estou com todo mundo time, completo, minha psicóloga saiu da Itália pra vir pra cá, relatou

Ascensão da Liga e crescimento do Skate ao redor do mundo


Troféu da Liga Mundial de Skate Street (SLS) (Foto: reprodução/Instagram/SLS)

Nos últimos anos, tem sido notável o aumento da popularidade da modalidade em larga escala. Desde a adição da prática nos Jogos Olímpicos, a partir de 2020, às transmissões das competições culminaram numa visibilidade cada vez maior no mundo, tanto na promoção de atletas e eventos, como também na comercialização de produtos relacionados, incluindo equipamentos, roupas e acessórios. 

A competição, que começou em 2010, foi fundada pelo skatista profissional, Rob Dyrdek. Sua primeira edição feminina ocorreu apenas em 2015, terminando com o título da também brasileira Letícia Bufoni. A atual campeã das rampas foi apenas a terceira representante do Brasil, começando sua hegemonia a partir do ano de 2022, logo depois de conquistar a prata nos jogos de Tóquio, em 2021. 

No STU Pro Tour, Rayssa Leal leva tetracampeonato

Neste último fim de semana, o STU Pro Tour do Rio de Janeiro enfrentou um clima desafiador, com chuvas que atrasaram o evento por mais de 10 horas. No entanto, os atletas brasileiros mostraram resiliência e o dia terminou com o Brasil conquistando três títulos nas finais da competição: Rayssa Leal venceu no street feminino, Luigi Cini foi o primeiro no park masculino e Kaue Augusto conquistou o paraskate street.

Rayssa Leal é ouro

A primeira grande disputa foi a do street feminino, onde Rayssa Leal, medalhista de bronze nos Jogos de Paris 2024, se destacou novamente. A skatista garantiu o quarto título consecutivo ao completar sua volta inicial com uma impressionante nota de 82,80. 

Apesar de algumas quedas nas tentativas seguintes, Rayssa se mostrou imbatível, já que nenhuma das outras finalistas conseguiu atingir a marca dos 80 pontos. A australiana Chloe Covell ficou com a prata, anotando 79,13, enquanto a espanhola Daniela Terol completou o pódio com 75,39.

Cada ano traz uma nova experiência e aprendizado. Tentei fazer algo que nunca tinha feito antes, e isso me motivou” – Rayssa Leal


Rayssa Leal ficou com o ouro no Street Feminino (Reprodução/Instagram/@skatetotalurbe)

Outras representantes brasileiras também marcaram presença na final: Pâmela Rosa e Isabelly Ávila conquistaram a quarta e sexta colocações, respectivamente, com notas de 60,60 e 50,40. A japonesa Miyu Ito, medalhista de bronze no Mundial de Roma, ficou em quinto lugar com 60,00.

Luigi Cini ficou com o título no masculino

A competição continuou com a final do park masculino, que, devido à volta da chuva, não pôde ser finalizada conforme o planejado. Os resultados das primeiras voltas foram considerados e Luigi Cini brilhou ao garantir o título com uma nota de 88,11. O jovem Gui Khury, de apenas 15 anos, conquistou a prata com 87,00, enquanto Pedro Barros ficou com o bronze, anotando 85,50. Kalani Konig também representou o Brasil, terminando em sexto com 80,07.


Luigi Cini foi o primeiro lugar no Park Masculino (Reprodução/Instagram/@skatetotalurbe)

Kaue Augusto ficou com o primeiro lugar no paraskate street

Por fim, no paraskate street, Kaue Augusto fez história ao conquistar o título com 79,72 e Completando um pódio totalmente brasileiro, Felipe Nunes ficou em segundo, com 76,00, e David Soares em terceiro, com 75,00.


Kaue Augusto foi campeão no Paraskate Street (Reprodução/Instagram/@skatetotalurbe)

O STU Pro Tour foi disputado entre os dias 16 e 20 de outubro na Praça Duó, localizada na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro. O próximo evento será disputado na cidade de São Paulo com início no dia 22 de novembro.

Augusto Akio conquista bronze olímpico no skate após superar grave lesão

Nesta quarta-feira (7), Augusto Akio, conhecido como Japinha, subiu ao pódio olímpico no skate park masculino, garantindo a medalha de bronze com a terceira melhor nota na final.

Japinha, que competiu na final ao lado dos também brasileiros Luigi Cini e Pedro Barros, celebrou emocionado ao relembrar sua difícil jornada de recuperação após sofrer uma séria lesão em 2020. O skatista curitibano de 23 anos, que começou a andar de skate após ganhar um skate do “Homem-Aranha” de sua mãe, já havia conquistado o bronze no Mundial de Skate Vert em 2019, em Barcelona. Durante uma temporada na Califórnia, ele sofreu uma lesão que comprometeu a estabilidade dos adutores da coxa, deixando-o incapacitado de praticar o esporte.


Augusto Akio na final do skate park (Foto: reprodução/Tom Weller/VOIGT/Getty Images Embed)


Na época, o jovem atleta teve de trancar o curso de educação física em razão da COVID-19 e, em passos lentos, caminhar para sua recuperação. Em dúvida sobre seu retorno ao skate em alto rendimento, Akio, inspirado por artistas de rua, encontrou uma nova paixão no malabarismo.

Ele aproveitava praças tranquilas para praticar e aprimorar suas habilidades, encontrando uma forma de se manter ativo durante sua recuperação. A prática se tornou tão importante para ele que, segundo o próprio Akio, sair de casa sem seus malabares dá a mesma sensação de quando ele sai sem seu skate.

A Final

Após se classificar com 88.98 pontos na sua bateria, Akio chegou à final com os compatriotas Luigi Cini e Pedro Barros. Após uma primeira série marcada por quedas dos três brasileiros, Akio fez uma apresentação espetacular na segunda série, mas caiu nos últimos 5 segundos ao tentar aterrissar a última manobra.

Com 81.34 pontos como sua melhor nota até então, ele veio para a terceira série com tudo. Seu desempenho impecável o levou à terceira posição, com uma nota final de 91.85. Confira o ranking final do skate park masculino nas Olimpíadas de Paris:

  • 1º Keegan Palmer da Austrália com 93.11
  • 2º Tom Schaar da Estados Unidos com 92.23
  • 3º Augusto Akio do Brasil com 91.85
  • 4º Pedro Barros do Brasil com 91.65
  • 5º Tate Carew do Estados Unidos com 91.17
  • 6º Alex Sorgente da Itália com 84.26
  • 7º Luigi Cini do Brasil com 76.89
  • 8º Keefer Wilson da Austrália com 58.36

Rayssa Leal conquista o bronze na Olimpíada de Paris

A maranhense Rayssa Leal (16) conseguiu medalha de bronze na Olimpíada de Paris, neste domingo (28). A skatista alcançou a maior nota da história dos Jogos Olímpicos desde as mudanças de critérios. A jovem passou a fase classificatória com a pontuação de 92,68 e finalizou a etapa com 88,83. Dessa forma, ela alcançou o terceiro lugar.

O ouro ficou para a atleta japonesa Coco Yoshizawa, com 253,37. Já a medalha de prata foi para a também japonesa Liz Akama, com 265,95.

As brasileiras Pâmela Rosa e Gabi Mazetto, que também representavam o Brasil no skate feminino, não passaram para a final e foram eliminadas da competição.

Confira o ranking das atletas classificadas para a final:

Ranking de finalistas (Foto: Reprodução/site Lance!)

Detalhes da disputa

A Fadinha do skate teve duas voltas complicadas, na primeira etapa que antecedia a final, visto que o sistema de pontuação da modalidade nesta edição, contabiliza a melhor volta (duas tentativas) e as manobras (cinco chances). As voltas não foram bem encaixadas, portanto, Rayssa obteve nota inferior do que normalmente alcança.


Rayssa durante competição (Foto: reprodução/Getty Images embed)


Já na final na etapa de corridas, Rayssa não foi bem e terminou em quinto lugar. A nota final foi 71,66 quase 18 pontos a menos que a japonesa Liz Akama, que fechou a etapa em primeiro lugar.

Nas manobras a brasileira conseguiu recuperar os pontos e conquistou a medalha de Bronze ao desbancar a chinesa Chenxi Cui, que não conseguiu finalizar a manobra.

Linha do tempo de Rayssa Leal no skate

Rayssa Leal é a atleta brasileira mais jovem que subiu ao pódio em uma olimpíada. A skatista recebeu o apelido de fadinha, devido ao vídeo que viralizou quando ainda tinha 7 anos, com fantasia de fada, Rayssa andava de skate fazendo manobras em uma pequena escada.


Rayssa fazendo manobras de Skate com 7 anos Vídeo: (Reprodução/YouTube/ Rayssa Leal Fadinha)

A pequena levou a sério o hobby, e iniciou a carreira no esporte e, aos 11 anos se tornou a skatista mais jovem a disputar uma final do Mundial de Skate Street feminino.

Aos 13 anos ganhou sua primeira medalha olímpica de prata, na edição de Tóquio 2020. Na Olimpíada de Paris, a jovem alcançou o terceiro lugar no pódio.

Olimpíadas de Paris 2024: Skate e Breaking unem a moda ao esporte

Em meio a tantas polêmicas fashionistas envolvendo as Olimpíadas de 2024, especialmente no Brasil com o uniforme da federação, as novas modalidades do evento trazem um frescor fashion às suas provas.

Adicionado na edição passada, o skate atraiu muita atenção, incentivando a inclusão de outros esportes urbanos na competição. O breaking, por exemplo, estreará na próxima edição, que começará em menos de dez dias. Ambos os esportes, historicamente alvo de preconceito, são hoje símbolos de cultura e identidade.

Quando se pensa em skate ou breaking, é impossível não relacionar a estética única que esses esportes carregam, especialmente em relação às suas vestimentas. Até pouco tempo atrás, essas roupas enfrentavam grande preconceito, pois o streetwear, estilo adotado por esses esportistas, está profundamente conectado à cultura negra.

Felizmente, nos últimos anos, esse estilo tem sido mais amplamente reconhecido, chegando até às passarelas da Balenciaga, por exemplo. A parte triste dessa evolução é que levou tanto tempo para ser valorizado, especialmente apenas quando foi adotado pela alta sociedade.


Modelo Balenciaga de 2017 com características oversized e sneakers (Reprodução/Estrop/Getty Images)


A moda, por sua vez, está intrinsecamente ligada à sociedade como um meio de expressão e identificação. Portanto, a estética mencionada é predominantemente caracterizada por sneakers, roupas largas, moletons, camisas estampadas, bonés e capuzes. A moda, por sua vez, está intrínseca na sociedade como um meio de expressão e identificação. Assim, a estética citada é predominantemente caracterizada por sneakers, roupas largas, moletons, camisas estampadas, bonés e capuzes. Esses elementos terão local de destaque nas vestimentas dos Jogos Olímpicos.

O que já sabemos sobre as vestimentas em Paris

Tanto a Adidas quanto a Nike já revelaram que farão parte do guarda-roupa dos atletas por meio de suas linhas dedicadas, como a adidas Skateboarding e a Nike SB. A Adidas é responsável pelas vestimentas dos esportistas brasileiros de skateboarding, que incluem estampas da artista Criola, conhecida por seus murais em diversas cidades brasileiras. Além disso, alguns itens da coleção estarão disponíveis para compra pelos espectadores no site da Adidas.


Stories postados por Criola (Reprodução/Instagram/@criola___)

No seu Instagram, a artista Criola compartilhou um pouco da sua história e da realização pessoal que representa o projeto em colaboração com a Adidas para as Olimpíadas de Paris, além de ter anunciado que algumas peças já estão disponíveis no site da marca.


Estilo pessoal de Criola (Reprodução/Instagram/@criola___)

Apesar de ser artista plástica, Criola possui um estilo bastante autêntico com toques de streetwear, o que prova o quão perfeito foi esse casamento entre Adidas e Criola.

O fenômeno Rayssa Leal

Em Tóquio, no ano de 2021, o Brasil ficou encantado com o talento no skate da garota que, na época, tinha apenas 13 anos e se autodenominava ‘fadinha’. Hoje, aos 16 anos e já uma ganhadora olímpica, Rayssa Leal voltará às pistas olímpicas em busca da tão desejada medalha de ouro.


Fadinha na edição de julho da revista de moda, Bazaar (Reprodução/Instagram/@rayssalealsk8)

Rayssa provou ser um ícone fashion ao longo dos anos. Na última edição da revista Bazaar, a jovem foi consagrada ao aparecer vestida de Louis Vuitton, num estilo streetwear da cabeça aos pés, trazendo a estética do esporte para o mundo da moda.


Postagem realizada pela skatista falando sobre seus sentimentos com o lançamento de seu sneaker com a Nike (Reprodução/Instagram/@rayssalealsk8)


Com todo o seu talento, Rayssa trouxe novos espectadores para as Olimpíadas e estabeleceu uma conexão entre os esportes urbanos até com aqueles que não tinham o hábito de acompanhá-los. A força da garota foi evidenciada pelo tênis criado especialmente para ela em colaboração com a linha Nike SB, que esgotou em apenas 20 minutos após ser disponibilizado no site da marca. Demonstrando humildade, a atleta ainda se mostra surpresa com toda a comoção que causa.

Assim, a inclusão do skate e do breaking nos Jogos Olímpicos atrai um público novo e diversificado, enriquecendo o evento cultural e esteticamente, inclusive através da moda. Nada melhor do que uma representação fiel, e o fiasco com o uniforme oficial do Brasil mostrou que a população se importa com a moda apresentada nos jogos, pois ela representa a imagem do país.

Embora essa situação tenha deixado um gosto amargo para os amantes de moda e esporte, ao menos as vestimentas dos esportes urbanos parecem estar em boas mãos, o que promete trazer uma representatividade justa tanto para o esporte quanto para o país na busca pelas medalhas.

Tommy jeans e High: A colaboração que define o streetwear brasileiro nos anos 2000

O Brasil está atraindo atenção global novamente, um exemplo recente é a colaboração entre a renomada marca de moda americana Tommy Jeans, de Tommy Hilfiger, e a High, uma referência no streetwear brasileiro.

A coleção cápsula une as essências das duas marcas, mergulhando na estética dos anos 2000.

A campanha apresenta os rappers TZ da Coronel e Sain, filho de Marcelo D2, como principais figuras.


Tz da Coronel para Tommy Jeans X High (Foto:reprodução/Instagram/@ffw)

“O objetivo desta coleção cápsula é trazer elementos divertidos e nostálgicos ao streetwear”, comenta Tommy Hilfiger.

“Ao combinar o que há de melhor em cada marca, criamos uma linha que reflete os valores e estéticas de ambas, desde a bandeira reinterpretada e as cores icônicas da Tommy Jeans até as silhuetas oversized e o shape de skate com o logo da coleção – minha peça preferida – é empolgante ver essa colaboração vibrante ganhar vida” , conclui o diretor criativo da Tommy em entrevista para o FFW.

Coleção Tommy Jeans x HIGH: fusão de cultura streetwear e skate

A coleção, composta por 23 peças, combina o design nostálgico do streetwear com elementos da cultura do skate.

A linha inclui conjuntos, polos, moletons, jaquetas, jeans e shorts. Além dessas peças, a cápsula traz acessórios como bonés e toucas, e um shape de skate com a bandeira TOMMY JEANS X HIGH, que ostenta as cores icônicas vermelho, branco e azul das marcas.

Representando o Brasil, a paleta de cores também incorpora verde e amarelo, além dos clássicos neutros preto e branco.

Em entrevista para o FFW, Diogo Roccon, fundador da HIGH, compartilhou: “A nossa equipe criativa buscou inspiração nas lembranças da nossa juventude e nas experiências vividas com amigos”.

“Utilizando gráficos nostálgicos e silhuetas que remetem ao início dos anos 2000, estamos entusiasmados em lançar esta coleção que destaca um visual inovador e celebra a herança tanto da HIGH quanto da TOMMY JEANS”.

A coleção TOMMY JEANS X HIGH será lançada em 11 de julho às 19h e poderá ser encontrada nos sites da Tommy Hilfiger e High.


Coleção TommyJeans X High (Foto: reprodução/Instagram/@ffw)

A ascensão da High no mundo do skate

Diogo Roccon fundou a High em 2012, em Vitória, Espírito Santo, sendo que embora a marca tenha nascido no litoral, a verdadeira inspiração de Diogo vinha das ondas e do surfe no concreto, o que o levou a mudar-se para Curitiba apenas um ano após o lançamento da marca.

Curitiba é um dos centros mais importantes da cena do skate no Brasil, e lá a High rapidamente se destacou e ganhou reconhecimento nacional. Atualmente, a High vende seus produtos em skateshops por todo o Brasil e também em países como Japão, EUA, Taiwan e Espanha.

Rayssa Leal vence etapa do Pré-Olímpico de skate da China

Neste domingo (19), a brasileira Rayssa Leal ganhou a medalha de ouro na etapa da China do Pré-Olímpico de skate, competição que vale pontos para o ranking classificatório dos jogos de Paris, a maranhense marcou 274.89 pontos, tirando notas acima dos 90 pontos durante a decisão, as japonesas Liz Akama (273,45) e Coco Yoshozawa (257,73) fecharam o pódio. 

Busca pela vaga

A brasileira de 16 anos, que ficou conhecida pela medalha olímpica de prata na modalidade nos jogos de Tóquio, na ocasião, ainda com 13 anos, se tornando a medalhista mais nova da história do país.  

A vitória do campeonato Olympic Qualifier Series de Xangai deixa a Rayssa em uma situação de tranquilidade para participar dos jogos da capital francesa, atualmente na segunda colocação do ranking mundial, ela segue sendo umas das três classificadas do país, e não a como sair do top-20 do Ranking. 


Rayssa vence em Xangai (Foto: reprodução/Julio Detefon)

Competição em Xangai

Durante as voltas, Rayssa teve um ótimo desempenho em suas duas tentativas, ficando com a nota da segunda, 92.23, seis pontos acima da primeira, a garantindo o primeiro lugar no início da competição. 

Nas Manobras, a brasileira começou fazendo um frontside rockslide, pontuando 86.30, na tentativa seguinte, ela fez um flipside backsilide, marcando 91.81 pontos, na terceira, tentou mudar a manobra mais uma vez, porém acabou caindo, tentou novamente na quarta rodada, mas o resultado foi o mesmo da tentativa anterior. 

Na última rodada de manobras, a maranhense obteve 90.85, descartando a primeira nota, fazendo um flip e um grind para aumentar sua nota. 


Rayssa em competição (Vídeo: reprodução/X/@olympics)

Naquele momento somente Liz Akama poderia a ultrapassá-la, precisando tirar 92.24 para conseguir a liderança, porém conseguiu 91.69 e assim não atingindo a pontuação, fazendo de Leal campeã.

Resultados recentes

A atual medalha de prata, vem de um título no San Diego da Street League, que ocorreu há três semanas, mas obteve um resultado abaixo do esperado na etapa dos Emirados Árabes do Circuito Mundial, amargando a sétima posição.