Novo foguete reutilizável promete rivalizar com a SpaceX

Em uma clareira discreta na floresta de Vernon, na Normandia, interior da França, trabalhadores ajustam um cilindro de aço sustentado por garras metálicas. Essa estrutura futurista faz parte do foguete reutilizável da Maiaspace, uma subsidiária da ArianeGroup, maior fabricante de foguetes da Europa. A missão? Tornar o continente competitivo no mercado espacial atualmente dominado pela SpaceX de Elon Musk.

Empresa foi criada há dois anos

A Maiaspace, criada há dois anos, entra em uma fase crucial de testes visando o primeiro foguete parcialmente reutilizável da Europa em 2026. O projeto mira o mercado de pequenos satélites comerciais, setor em rápida expansão, principalmente devido aos custos mais baixos oferecidos pelas empresas do setor privado.

“Do lado de cá do Atlântico, negligenciamos as tecnologias de reutilização”, afirmou Yohann Leroy, CEO da Maiaspace, durante uma visita às instalações de teste. Ele ainda destacou que a reutilização é essencial para reduzir custos e aumentar a competitividade no mercado espacial global, que vem em constante crescimento.

A iniciativa surge em resposta ao lançamento do Ariane 6, um foguete pesado desenvolvido sem capacidade de reutilização, o que atraiu críticas por ser considerado tecnologicamente defasado antes mesmo de sua estreia comercial, prevista para 2025.


Foguete Ariane 6 foi bastante criticado por já nasceu defasado antes mesmo de seu lançamento (Foto: reproduçao/AFP/JODY AMIET/Getty Images Embed)


Os planos para a Maiaspace foram anunciados em 2021, quando o então Ministro das Finanças francês, Bruno Le Maire, reconheceu os erros estratégicos do passado e manifestou o desejo de criar uma “SpaceX europeia”.

Foguete de dois estágios

O foguete projetado pela Maiaspace terá dois estágios, com a opção de recuperar o primeiro em uma barcaça no porto espacial da Guiana Francesa. Ele será capaz de transportar entre 0,5 e 4 toneladas, dependendo da carga útil e da recuperação do primeiro estágio, que poderá ser reutilizado até cinco vezes, algo que mesmo sem a eficiência da SpaceX, ainda pode ser considerado um grande avança em meio ao objetivo de se tornar uma rival de peso.

Embora o objetivo de rivalizar com a SpaceX ainda pareça distante, autoridades europeias acreditam que projetos como o da Maiaspace possam pavimentar o caminho para um futuro competitivo na corrida espacial.

Astronautas da NASA enfrentam seis meses presos na Estação Espacial Internacional

Os astronautas Butch Wilmore e Suni Williams enfrentam uma situação desafiadora na Estação Espacial Internacional (ISS). Eles haviam sido escalados para uma missão de apenas oito dias, mas já completaram seis meses no espaço por conta de falhas na cápsula Starliner, da Boeing. A missão era um marco no Programa da Tripulação Comercial da NASA, mas devido às falhas, trouxe à tona discussões sobre a segurança das viagens espaciais e os limites da resistência humana.

Problemas técnicos e impactos

A cápsula Starliner, projetada para transportar astronautas em voos comerciais, no entanto, apresentou falhas no sistema de propulsão e nos processos de certificação impediram que a operação acontecesse de forma segura.

A NASA precisou manter os astronautas na ISS enquanto os protocolos são revisados e novas alternativas são consideradas, incluindo o uso de veículos da SpaceX para o resgate de Sunita e Barry. Enquanto isso, a equipe participa de atividades regulares na estação, mas enfrenta os desafios físicos e psicológicos associados à estadia.


Butch Wilmore e Suni Williams posam para um retrato dentro do vestíbulo entre o porto dianteiro no módulo Harmony da ISS e a nave Starliner da Boeing (Foto: Reprodução/Instagram/@iss)

Impactos na saúde e na missão

A exposição prolongada à microgravidade pode levar a perda óssea, atrofia muscular e riscos cardiovasculares, enquanto a radiação espacial aumenta a probabilidade de câncer a longo prazo. Apesar de serem treinados para lidar com esses fatores, os impactos acumulados preocupam especialistas em relação à saúde dos astronautas.

A NASA afirmou que o retorno dos astronautas ocorrerá somente em 2025, dependendo da viabilidade técnica da Starliner ou de outra solução alternativa. Essa situação ressalta a complexidade das missões espaciais e a importância de avanços robustos em tecnologia e protocolos, não apenas para explorar novos horizontes, mas também para garantir a segurança das equipes envolvidas.

SpaceX faz pouso seguro com foguete Starship

Durante a noite da ultima terça-feira, a SpaceX realizou mais uma etapa de testes com o foguete Starship, desta vez optando por pousar o propulsor Super Heavy no Golfo do México, em vez de sua base em terra. A escolha gerou questionamentos, mas, segundo Greg Autry, reitor associado para o espaço da Universidade da Flórida Central, as operações “pareceram muito boas”.

Cautela no lançamento

Em entrevista à CNN, Autry destacou que o procedimento pode ter sido motivado por excesso de cautela, especialmente considerando a presença de figuras importantes no local do lançamento, no Texas. Entre elas, o CEO da SpaceX, Elon Musk, e o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump.

Não acho que eles tenham tido uma grande anomalia, porque pareceu muito bom para mim”, afirmou Autry. Ele sugeriu que a opção pelo pouso no mar poderia estar relacionada à segurança, para evitar qualquer risco à integridade dos espectadores famosos. “Talvez eles só queiram ter cuidado para não matar o presidente eleito dos Estados Unidos de forma alguma”, comentou.

Implicações técnicas

No entanto, o pouso no mar trouxe algumas implicações técnicas: o propulsor não poderá ser reutilizado, já que não foi projetado para resistir à corrosão causada pela água salgada. Isso contrasta com a prática habitual da SpaceX de recuperar e reutilizar seus propulsores para reduzir custos operacionais, sendo esse o uma das principais armas da empresa diante a outras empreitadas espaciais.


Lançamento de foguete da SpaceX (Foto: reprodução/Getty Images News/Joe Raedle/Getty Images Embed)


Enquanto isso, Autry desponta como um dos possíveis nomes para assumir a administração da NASA no próximo mandato de Trump. Em declaração à CNN, a equipe do presidente eleito afirmou que as decisões sobre a formação de sua segunda administração ainda estão sendo tomadas e serão anunciadas futuramente.

O teste bem-sucedido apenas reforça o compromisso da SpaceX em avançar na exploração espacial, mas a escolha do pouso marítimo levanta discussões sobre os desafios e as estratégias de segurança em eventos com tamanha visibilidade, algo deve apenas avançar com os futuros lançamentos da empresa recebendo cada vez mais atenção

Astronauta é internado após voltar de missão

Um astronauta foi internado após retornar à Terra da missão Crew-8 na Estação Espacial Internacional (ISS). A missão, que durou sete meses, teve quatro astronautas a bordo. No entanto, o nome do astronauta internado não foi divulgado.

Os quatro a bordo da missão

Matt Dominick, Mike Barratt, Jeanette Epps e o cosmonauta da Roscosmos (agência espacial russa), Alexander Grebenkin, eram os membros da tripulação da missão. Detalhes sobre a saúde dos outros membros e do astronauta internado ainda não foram divulgados pela agência espacial, mas um boletim é esperado para os próximos dias.

“Depois que Crew8 retornou em segurança à Terra nesta manhã, vindo da Estação Espacial Internacional (ISS), um astronauta da Nasa teve um problema médico e continua em observação como medida de precaução”

A agência informou em sua conta no X

Mesmo sem revelar a identidade do astronauta internado, a agência deu a entender que se trata de um dos americanos, já que publicou uma foto de Alexander Grebenkin sorrindo, de pé e usando um uniforme azul, mostrando que o cosmonauta não sofreu grandes impactos de uma longa permanência no espaço.

Parceria da NASA com a SpaceX

Essa missão, que fez parte de uma série de missões comerciais da NASA em parceria com a SpaceX para a Estação Espacial Internacional, teve como objetivo dar continuidade a pesquisas científicas sobre a exploração humana além da órbita baixa da Terra, assim como buscar mais informações sobre saúde e biologia.


Entrada da missão Crew-8 na Terra em vídeo divulgado pela agência espacial americana (Vídeo: reprodução/X/NASA)

A Crew-8, no entanto, não tem relação com a Crew-9, que trará de volta à Terra os astronautas que foram a ISS com a cápsula Starliner, da Boeing, e que só conseguirão retornar ao planeta no início de 2025, em uma missão de “resgate”, depois de alguns meses em órbita.

SpaceX realiza teste bem-sucedido com retorno do propulsor Super Heavy

A SpaceX, empresa de exploração espacial liderada por Elon Musk, atingiu mais um marco importante no desenvolvimento da Starship, o maior e mais poderoso foguete já construído. Durante o quinto voo de teste, ocorrido no domingo (13), o propulsor Super Heavy foi recuperado com sucesso, retornando à base de lançamento em Boca Chica, Texas. O momento foi registrado em vídeo por Kimbal Musk, irmão de Elon Musk, e compartilhado no X (antigo Twitter), destacando a captura do propulsor pelos “hashis” – grandes pinças de metal projetadas para recuperar o equipamento.

O foguete Super Heavy decolou às 9h25 (horário de Brasília), e a nave Starship não tripulada, que estava acoplada ao propulsor, continuou sua jornada em direção ao espaço antes de realizar um pouso controlado no Oceano Índico. O foco da missão, no entanto, foi testar a tecnologia de recuperação do Super Heavy, um componente fundamental para os planos da SpaceX de reutilizar partes dos foguetes em futuras missões espaciais.


O foguete Super Heavy retorna à base de lançamento, sendo capturado pelos braços de metal “hashis” (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Sergio Flores)


O papel dos “hashis” e da Mechazilla na recuperação do Super Heavy

Um dos diferenciais desse teste foi o uso dos “hashis”, enormes braços metálicos fixados em uma torre apelidada de “Mechazilla”. A SpaceX desenvolveu essa torre especialmente para capturar o Super Heavy no ar, substituindo as pernas de pouso presentes no foguete Falcon 9, também da empresa. Ao invés de aterrissar de forma autônoma, como o Falcon 9, o Super Heavy é trazido de volta à Terra pelos braços da Mechazilla, uma inovação projetada para acelerar o processo de recuperação e reutilização dos foguetes.

A expectativa de Elon Musk é que essa tecnologia permita reabastecer e lançar os foguetes em questão de minutos após o retorno, talvez até em 30 minutos. Isso traria uma revolução no setor espacial, reduzindo drasticamente o tempo e o custo de futuras missões, o que se alinha ao objetivo da SpaceX de tornar as viagens espaciais mais acessíveis.

O impacto da reutilização dos foguetes no futuro das missões espaciais

A SpaceX já demonstrou a eficiência da reutilização de propulsores com o Falcon 9, que completou mais de 330 lançamentos e permitiu que os custos operacionais da empresa fossem significativamente reduzidos. A introdução de uma tecnologia ainda mais sofisticada com o Super Heavy e a Starship é vista como o próximo passo para missões mais ambiciosas, como viagens à Lua e Marte.

Com o Super Heavy oferecendo cerca de 10 vezes mais empuxo do que o Falcon 9, a SpaceX aposta que essas inovações tornarão viável o transporte de grandes cargas e, futuramente, até de tripulações humanas para destinos mais distantes no espaço profundo. Esses avanços estão alinhados com o plano de Musk de colonizar Marte e estabelecer bases autossustentáveis fora da Terra, tornando a exploração espacial uma realidade cada vez mais próxima.

Bilionário Jared Isaacman realiza primeira caminhada espacial civil

Tendo como objetivo de caminhar no espaço, na ultima terça- feira a missão Polaris Dawn iniciou a sua viajem. Ao chegar lá o 1 que cumpriu o feito foi o capitão Jared Isaacman, seguindo por Sarah Gillis. Em 2021 ele executou uma missão um pouco menos arriscada, aonde se tinha uma tripulação inteiramente de civis. É sempre bom ressaltar a importância dele para a escolha dos seus companheiros ou companheiras na tripulação. Houve um processo chamado de “pré Respiração”, com o intuito de purgar o nitrogênio do sangue impedindo o gás de formar bolhas.

Carreira

O então Bilionário atualmente é o fundador e Ceo da Shift4, a qual trabalha nas soluções que se integram aos processos de pagamentos. O local em que o mesmo criou presta serviços para restaurantes e hotéis do país. Estando presente na lista de Bilionários da Forbes, faz 16 anos aonde o mesmo iniciou os serviços na empresa no porão no lugar aonde morava junto aos seus pais.

Há cerca de 13 anos atrás abriu a Draken international, visando treinar pilotos vindos da força aérea dos EUA, buscando possuir a maior frota de aeronaves militares que existe no mundo. O mesmo contem 7.000 horas de experiência em Voo,

Chegou a fazer, faculdade de ciências em aeronáutica profissional na Embry-Riddle universidade que se localiza na Florida, obtendo certificado dando acesso para pilotar aviões militares e comercias. Ele fez parte do grupo, a qual fazia shows aéreos estando em mais de 100 apresentações.


Jared Isaacman falando na exibição da final do Countdown (Foto: reprodução/Eugene Gologursky/Getty Images Embed)


Sua relação com a SpaceX

Seu interesse em explorar fora da terra surgiu quando presenciou uma partida de foguete em 2008 no Cazaquistão, visitando a SpaceX iniciando sua relação com eles. Desde daquela época ele vem se especializando em aprofundar nesse universo espacial.

Só duas pessoas que fazem parte da tribulação saíram da espaçonave, e estiveram 20 minutos como combinado.

SpaceX adia novamente missão Polaris Down

A aguarda missão da SpaceX Polaris Dawn, programada para a madrugada desta segunda-feira (9), foi adiada mais uma vez. O novo lançamento agora está previsto para a madrugada de terça-feira (10). A mudança foi anunciada nas redes sociais da empresa.

Condições climáticas foram fator no adiamento

De acordo com a SpaceX, as condições climáticas estão “40% favoráveis para a decolagem”, e a equipe está monitorando as condições nos possíveis locais de amerissagem. O horário inicialmente previsto para a missão é às 4h38min no horário de Brasília. A empresa também considera dois horários alternativos: 6h23min e 8h09min, igualmente no horário de Brasília. Caso as condições não melhorem, uma nova tentativa poderá ser feita na quarta-feira (11), nos mesmos horários.



A missão Polaris Dawn, que teve seu lançamento originalmente programado para 2022, já vem enfrentando vários adiamentos. Em novembro daquele ano, foi transferida para dezembro. Seguiram-se novos adiamentos em março de 2023 e abril de 2024. Em agosto, o lançamento foi novamente adiado devido a problemas técnicos e condições meteorológicas adversas, levando a mais três prorrogações, com a data atual esperada para finalmente dar um fim na saga da missão.

Turismo espacial

O Programa Polaris tem como objetivo validar a tecnologia da SpaceX para levar civis ao espaço. A missão marcará a primeira vez desde a era Apollo, em 1970, que humanos estarão tão distantes da Terra, a cerca de 1,4 mil quilômetros. A SpaceX também se tornará a primeira empresa privada a realizar uma caminhada espacial com a cápsula Dragon totalmente despressurizada, o que deve revolucionar o turismo espacial, mercado esse que com o avanço da tecnologia vem sendo recebido com grande entusiasmo principalmente entre o bilionários.

A tripulação inclui o bilionário Jared Isaacman, o tenente-coronel da reserva Scott “Kidd” Poteet, a engenheira Sarah Gillis e a médica Anna Menon. Sarah e Anna serão as primeiras funcionárias da SpaceX a viajar para o espaço.

SpaceX realiza terceiro voo teste da Starship, que é destruída novamente

Nesta quinta-feira (14), foi realizado o terceiro teste de voo da espaçonave Starship, considerada a maior nave do mundo. De acordo com a empresa SpaceX, administrada pelo bilionário Elon Musk, foi o lançamento mais bem-sucedido que tiveram, mesmo que a nave tenha sido obliterada perto do final da jornada.

Voo de teste bem-sucedido,” escreveu Bill Nelson, o administrador da Nasa. “A astronave subiu ao céu. Juntos, através da Artemis, estamos dando passos de gigante para levar a humanidade novamente à Lua, e depois olhar para Marte.”

Completando uma trilogia de lançamentos iniciados em 2023, todos não-tripulados, este último alcançou vários marcos importantes para o Programa Ártemis (plano para colocar os Estados Unidos na lua de novo), como o desacoplamento sem grandes problemas, e a duração de quase uma hora de voo, antes de perder contato.



Terceira explosão

A Starship foi lançada do Texas (EUA), em Boca Chica, aproximadamente às 10h25. O plano da SpaceX era simples, envolvendo o impulsionamento da Starship pelo foguete SuperHeavy, que conseguiu se desacoplar sem problemas. Nas outras duas missões já realizadas, os problemas ocorreram perto deste evento, com o desligamento antecipado de motores, e a explosão do propulsor.

Desta vez, a nave não explodiu nos primeiros minutos após a decolagem, mas perdeu contato com a base na aterrissagem e falhou em pousar de modo seguro no Oceano Índico. A Starship já havia realizado uma jornada com decolagem e aterrissagem bem-sucedidas em 2021 (sendo projetada como nave reutilizável), mas tem encontrado problemas após a integração do propulsor SuperHeavy, que ajudaria na sua capacidade de carga.

A SpaceX implementou mudanças de hardware nos próximos veículos Starship para melhorar a redução de vazamentos, proteção contra incêndio e operações refinadas associadas à ventilação do propelente para aumentar a confiabilidade,” afirmou a fabricante da espaçonave.

Programa Ártemis

Como parte do Programa Ártemis, que pretende levar os Estados Unidos para a lua até o ano de 2026, a SpaceX já afirmou que a nave poderia um dia ser utilizada para o transporte de até 100 tripulantes e carga de 150 a 250 toneladas. São números previstos com a intenção de um dia realizar turismo espacial, ou até servir como o transporte inicial para Marte.

Entre outros voos que estão planejados para a Starship, também se encontram o bilionário japonês Yusaku Maezawa, e o empresário americano Dennis Tito, além dos seus convidados. O plano é transformar o turismo espacial em algo comercialmente viável, o que poderia naturalmente aumentar o investimento no setor a partir do lucro gerado.