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Durante a noite desta segunda-feira (13), por volta das 20h20, a SpaceX conseguiu realizar com sucesso o 11º voo-teste da aeronave Starship, após falhas em testes anteriores. A nave permaneceu cerca de sete minutos no espaço e retornou a Terra, caindo no Golfo do México.
Uma das partes da nave continua no espaço, transmitindo imagens ao vivo para a empresa. O resultado positivo do novo teste marca um avanço significativo nas apostas da Nasa e de Elon Musk (CEO da SpaceX) para a exploração espacial, incluindo viagens tripuladas para outros planetas e para a Lua.
11º voo-teste
Para o 11º teste da nave Starship, foram realizados experimentos e modificações no sistema operacional, visando restaurar capacidades que não tiveram resultados positivos nos testes anteriores. Após sete minutos no ar, a nave executou uma aterrissagem bem sucedida no Golfo do México. A aterrissagem foi um dos problemas nos outros voos que dificultaram o avanço da missão. O fato de uma das partes da aeronave ter ficado no espaço e estar transmitindo imagens ao vivo também é significativo, podendo ajudar na tecnologia desenvolvida pela SpaceX.
Até o momento, o desenvolvimento da Starship estava apresentando dificuldades desde novembro de 2024, como o cancelamento do 10º teste no dia 25 de agosto. Faltavam apenas dez segundos para que a aeronave fosse lançada, quando a SpaceX interrompeu o teste, alegando problemas climáticos. Entretanto, o teste ocorreu no dia seguinte (26), conseguindo liberar oito protótipos de satélites da Starlink no espaço, e em seguida pousando no Oceano Índico.
Momento do lançamento da aeronave Starship (Vídeo: reprodução/YouTube/VideoFromSpace)
Planos para a Starship
Elon Musk mantém uma visão ambiciosa quanto a Starship, alegando que a nave será o veículo que levará os primeiros humanos para Marte. Musk apresenta esse objetivo desde os primeiros estágios do projeto, considerando a nave como uma peça principal na exploração do nosso planeta vizinho.
Além de estar na visão de Musk, a Starship também está na mira da Nasa, mas na exploração lunar. O plano da agência dos EUA é utilizar a aeronave na missão Apollo, que busca levar astronautas à Lua novamente, ainda nessa década. Contudo, o projeto ainda está nos primeiros passos da fase de desenvolvimento, com a nave precisando demonstrar mais resultados positivos, já que entre os dez testes anteriores, seis falharam, incluindo até mesmo a explosão de um protótipo durante teste em solo ainda.
A SpaceX realizou, nesta terça-feira (26), o 10º voo experimental do foguete Starship, partindo da base Starbase, no Texas. O voo cumpriu todas as manobras previstas. A Starship separou-se do propulsor Super Heavy, demonstrou transporte de carga útil e coletou dados inéditos durante a reentrada. Além disso, os resultados fortalecem a campanha de testes da nave.
Primeira demonstração de carga útil da Starship
Durante o teste, a Starship implantou oito simuladores de satélites Starlink. Essa foi a primeira vez que a nave demonstrou sua capacidade de transportar carga útil. Além disso, o foguete atingiu velocidade suborbital com os seis motores Raptor do estágio superior operando conforme planejado. O feito mostrou a capacidade de transportar equipamentos e abre caminho para futuras cargas mais complexas.
Super Heavy e Starship cumprem objetivos em voo
Após a separação, o propulsor Super Heavy iniciou a queima de retorno rumo à zona de pouso prevista. Na fase de descida, a equipe da SpaceX desativou um dos três motores centrais e ligou um motor reserva. Dessa forma, a redundância do sistema foi testada com sucesso. O propulsor pairou sobre a água antes de realizar o pouso controlado.
O foguete manteve a propulsão ativa durante a ascensão até atingir a velocidade esperada. Na sequência, a equipe ativou novamente um dos motores Raptor em velocidade suborbital. A etapa é crucial para ajustes de trajetória e reentrada, mostrando avanços na confiabilidade do foguete e fornecendo dados relevantes para próximos testes.
10º voo experimental do foguete Starship (Vídeo: reprodução/X/@SpaceX)
Avanços rumo à Lua e a Marte
O teste forneceu dados cruciais para o aprimoramento das futuras versões da Starship e do Super Heavy. Além disso, o comportamento do escudo térmico durante a reentrada foi cuidadosamente avaliado, assegurando maior segurança para missões com tripulação.
O foguete é peça-chave nos planos de Elon Musk de enviar humanos a Marte. O foguete também servirá à Nasa em futuras expedições lunares. Dessa forma, o sucesso do 10º voo representa um passo importante rumo a um sistema totalmente reutilizável. Essa estratégia permitirá reduzir custos, aumentar a frequência de lançamentos e acelerar a exploração interplanetária.
Novos desafios para a Starship
Com a décima missão concluída, a SpaceX fortalece seu papel na exploração espacial. Além disso, durante o voo, foram confirmadas a eficiência dos sistemas principais e obtidos resultados relevantes para aprimoramentos futuros.
Isso significa que o desempenho da Starship aproxima a empresa de novos desafios. Agora, o objetivo é consolidar a reutilização total do foguete e viabilizar viagens de longa distância. Consequentemente, os registros obtidos representam um progresso relevante rumo ao retorno lunar e, posteriormente, à exploração de Marte.
A SpaceX cancelou novamente o esperado voo de teste do foguete Starship, sendo o décimo voo de teste até agora. Desta vez, faltavam apenas dez segundos para a decolagem da nave ao espaço, quando de repente o voo foi interrompido devido às condições climáticas, nesta segunda-feira (25).
A decolagem estava sendo transmitida ao vivo e contava com mais de 1 milhão de espectadores, que aguardavam ansiosamente o voo nas redes sociais da SpaceX. Durante o lançamento, a apresentadora da transmissão anunciou a suspensão do teste. Após o anúncio, a empresa – comandada por Elon Musk – confirmou o cancelamento por meio de suas redes oficiais no X (antigo Twitter).
Problemas climáticos
O cancelamento do voo do foguete Starship, já na reta final da contagem regressiva, foi atribuído a problemas climáticos, como citou a apresentadora durante a transmissão ao vivo. Segundo a comunicação feita no momento, o clima seria o principal fator da interrupção, mas a SpaceX não veio a público para dar mais detalhes sobre.
Entretanto o avanço do projeto é esperado, já que a Nasa demonstra interesse em utilizar a tecnologia da Starship em possíveis missões à Lua. O interesse da Nasa evidencia a importância do projeto e aumenta as expectativas de que os testes irão continuar, mas sem data até o momento.
Trajetória que o Starship iria fazer no teste (Vídeo: reprodução/X/@SpaceX)
Novo calendário
Para as expectativas dos espectadores e admiradores do projeto, a equipe responsável pela Starship já iniciou uma análise para uma nova data para o teste, de acordo com postagem no perfil oficial na rede social X. Mesmo em meio à frustração devido aos cancelamentos que vem ocorrendo – primeiro no domingo (24) e depois nesta segunda-feira (25) -, a equipe está empenhada em conseguir resultados significativos.
Esse voo em questão é de suma importância, já que seria a primeira vez em que a Starship realizaria uma decolagem com carga útil na nave, lançada com apoio do propulsor Super Heavy – outro foguete que já foi lançado pela SpaceX ao espaço ano passado e que teve resultados positivos.
O projeto complexo da SpaceX é mais do que um novo passo da tecnologia, mas também um avanço significativo na exploração espacial. Entre os objetivos do projeto, estão incluídos a realização de envios de foguetes tripulados à Marte. A definição de uma nova data permanece na expectativa e no aguardo para uma nova exploração da vasta galáxia em que vivemos.
Nesta terça-feira (03), o bilionário e controlador da SpaceX, Elon Musk afirma que a empresa deve ter receita de aproximadamente US$15 Bilhões (aproximadamente R$84,5 Bi na cotação atual) e ressalta sobre o crescente domínio da companhia no setor espacial comercial. Musk utilizou suas redes sociais para comunicar sobre o planejamento financeiro para o ano.
O futuro da SpaceX também inclui o desenvolvimento do Starship, foguete de 122 metros que, segundo Musk, será essencial para levar humanos a Marte, além do envolvimento e favoritismo da empresa no projeto de defesa do governo para fornecimento de componentes para o escudo antimísseis ‘Golden Dome’.
Foguete Starship, da SpaceX, explode em lançamento (Vídeo: reprodução/YouTube/Uol)
Estimativa de Musk
De acordo com o bilionário, a empresa focada em operações comerciais no espaço excederá o orçamento da Agência Espacial Norte-Americana (NASA). Musk disse ainda através de sua conta no X que abrirá capital da SpaceX, que é sucesso por conta de seu serviço de internet via satélite disponibilizado em todos os continentes. Em 2023, foi apontado por Musk que sua empresa teria atingido o equilíbrio em seu fluxo de caixa, o que teria disponibilizado uma operação de implantação de milhares de satélites da Starlink, provedora de internet da empresa, por todos os continentes do globo, a fim de fornecer internet de alta velocidade para seus consumidores.
Perhaps an interesting milestone: @SpaceX commercial revenue from space will exceed the entire budget of @NASA next year.
SpaceX revenue this year will be ~$15.5B, of which NASA is ~$1.1B.
Fala de Musk em relação às projeções para a SpaceX no ano de 2025 (Foto: reprodução/X/@elonmusk)
Comparação com o ano anterior
Em comparação com o ano anterior, a empresa teve um aumento de quase U$2 Bi em relação à 2024, ano em que a estimativa de receitas era de US$13,3 Bi. Em comparação com o que foi previsto pela Payload, a SpaceX fechou 2024 com US$13,1 Bi, 1,5% de diferença com a previsão feita pela empresa. Desse valor, cerca de US$8,4 Bi aos cofres da empresa, cerca de US$2 Bi acima do projetado para o ano e dobrando o valor em relação ao ano anterior.
A empresa de foguetes do bilionário Elon Musk, a SpaceX, lançou nesta terça-feira (27) o 9º voo da Starship, a maior e mais potente espaçonave do planeta. A missão do voo não tripulado falhou pela terceira vez consecutiva e a descida esperada no Oceano Índico após 90 minutos de voo não aconteceu.
O foguete decolou às 20h36, no horário de Brasília, a partir da base de lançamento da empresa, em Boca Chica, Texas, nos Estados Unidos.
Sem controle e comunicação
A Starship não abriu para lançar em órbita oito simuladores de satélites da Starlink. Com cerca de 30 minutos de voo, a nave começou a girar de forma não programada no espaço e a central de comando não conseguiu mais controlar a altitude. A SpaceX perdeu o contato com o foguete cerca de 45 minutos após o lançamento.
O nono voo da nave Starship, da SpaceX, terminou com falha novamente (Vídeo: reprodução/YouTube/SBT News)
Foi necessário utilizar o foguete propulsor Super Heavy, usado em janeiro, no sétimo lançamento da Starship. Contudo, a SpaceX perdeu contato com o equipamento durante a descida da nave e a manobra “de ré” não foi realizada.
De acordo com a SpaceX, o Starship sofreu uma rápida desmontagem não programada e as equipes darão prosseguimento à análise dos dados e continuarão trabalhando para o próximo teste.
Desta vez, a empresa espacial conseguiu chegar a estágios mais avançados no voo da Starship e reaproveitou o propulsor Super Heavy pela primeira vez. O equipamento passou por reparos antes de ser incorporado às operações novamente e tem componentes novos, mas a maior parte do propulsor foi utilizada em um voo anterior.
A SpaceX utilizou o Super Heavy em experimentos de geração de dados para aumentar sua confiabilidade nas próximas missões. A empresa pretende reutilizar o propulsor muitas vezes em um mesmo dia no futuro.
Tráfego aéreo impactado
A Administração Federal de Aviação dos EUA (FAA, sigla em inglês) declarou que estava ciente do episódio durante a missão e que não havia relatos de feridos ou danos à propriedade pública.
A agência autorizou o retorno do Super Heavy aos testes de voo na semana passada, porém exigiu diversos ajustes e aumentou a zona de exclusão aérea, que agora contempla a região do Caribe.
A FAA confirmou que a SpaceX está atendendo às exigências técnicas e ambientais para a retomada dos testes, mas mantém o alerta de risco elevado.
A área de risco de destroços aumentou de 855 para cerca de 2.960 quilômetros, o que afeta a navegação aérea do México, Cuba, Reino Unido e território dos EUA.
A SpaceX já havia perdido o contato com a Starship em suas duas últimas missões, quando ambas as naves explodiram e destroços impactaram a rota de voos comercias no Haiti e nas Bahamas, no sétimo e oitavo lançamentos, respectivamente, na área do Caribe.
Histórico de lançamentos
A SpaceX tem realizado uma série de testes com a espaçonave e o propulsor de foguete desde 2023:
1º teste, abril de 2023: Uma falha nos motores da Starship acoplada ao Super Heavy fez com que a empresa explodisse o foguete após ativar um sistema de destruição.
2º teste, novembro de 2023: o Super Heavy explodiu logo após se desconectar da Starship. A empresa identificou a necessidade de 17 correções na espaçonave.
3º teste, março de 2024: O voo durou 50 minutos e a Starship foi destruída logo em seguida. A SpaceX considerou o teste um progresso por ter sido o maior tempo de voo até então.
4º teste, junho de 2024: a Starship conseguiu pousar pela primeira vez no Oceano Índico, e o Super Heavy no Golfo do México, conforme o esperado.
5º teste, outubro de 2024: o teste de captura do Super Heavy no ar pelos “braços da plataforma” foi um sucesso. A Starship conseguiu pousar no Oceano Índico, mas explodiu, o que era esperado pela empresa.
6º teste, novembro de 2024: ao contrário do teste anterior, a empresa não foi bem sucedida no retorno do Super Heavy para a plataforma, que acabou pousando no Golfo do México logo após o lançamento. A Starship pousou no Oceano Índico aproximadamente uma hora após a decolagem.
7º teste, janeiro de 2024: a SpaceX conseguiu mais uma vez capturar o foguete Super Heavy para a plataforma de lançamento, mas perdeu o contato com a Starship pouco antes do pouso.
8º teste, início de março: a empresa perdeu o contato com a nave logo após o lançamento, mas conseguiu capturar o Super Heavy em pleno ar, pela terceira vez, pouco antes de pousar.
“Foguetão”
O Starship é um foguete reutilizável criado pela Space X para levar humanos à Lua e à Marte, com capacidade de 150 toneladas de carga na Terra, com viagens de até uma hora e meia de ponto a ponto no planeta.
Starship’s ninth flight test marked a major milestone for reuse with the first flight-proven Super Heavy booster launching from Starbase, and once more returned Starship to space → https://t.co/Gufroc2kUzpic.twitter.com/RNJkj5OobP
A empresa se orgulha dos avanços alcançados com o reuso do propulsor Super Heavy (Foto: reprodução/X/@SpaceX)
O objetivo é transportar até 100 pessoas em voos interplanetários de longa duração e ajudar na entrega de satélites, no desenvolvimento de uma base lunar e ser um transporte viável na Terra.
A espaçonave mede 120 metros de altura, tem 9 metros de diâmetro e pesa 1,3 mil toneladas. Ela traz o propulsor Super Heavy, de 69 metros de altura, que pode levar a Starship até a órbita da Terra em aproximadamente 170 segundos.
O Super Heavy carrega 33 motores Raptor, com empuxo de 72 meganewtons e pode ser reutilizado para outros voos, assim como a nave principal.
Nesta quinta-feira (6), houve uma explosão no espaço causada pela espaçonave Starship, da SpaceX, minutos após sua decolagem, o que gerou uma chuva de detritos sobre o Caribe. O tráfego aéreo precisou ser interrompido em regiões da Flórida, por ordem da FAA, a Agência de Aviação dos Estados Unidos. Este é o segundo desastre do ano causado pela tentativa do bilionário Elon Musk de tentar ir para Marte.
Através de registros de internautas, é possível ver o momento em que resíduos inflamados atravessam o céu ao entardecer, próximo do sul da Flórida e das Bahamas. Tudo aconteceu após a Starship ter começado a girar de forma incontrolável no espaço, com os motores desligados, para em seguida se decompor. A tragédia foi registrada pela própria SpaceX, que realizava uma transmissão ao vivo da missão.
SpaceX's Starship rocket exploded Thursday night less than 10 minutes after its launch from Texas, showering debris over the Caribbean and western Atlantic and giving millions of skygazers across Florida and the Caribbean quite the show. MORE: https://t.co/l1hJkOROVFpic.twitter.com/XcgVfxID3Q
Explosão da nave da SpaceX (Vídeo: Reprodução/X/@foxweather)
Falhas da SpaceX
Este é o oitavo teste fracassado da Starship, pouco depois de um mês da sétima explosão originada do texto. A maior parte dos obstáculos aconteceram nas fases iniciais das missões, as quais a empresa havia superado sem problemas. Contudo, a empresa de Musk agora vem passando por um período desfavorável, logo após o bilionário tentar acelerar o programa de ida à Marte, enviando foguetes de 123 metros com pessoas para Marte, já na virada da década.
Devido aos erros e brechas da SpaceX, a Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA, na sigla em inglês) precisou que aeronaves pousassem na terra nos aeroportos de Fort Lauderdale, Miami, Orlando e Palm Beach, visto a insegurança e acidentes que os detritos de lançamento espacial podem causar. A administração disse ter aberto uma investigação para entender o que houve.
A explosão de março da SpaceX e o oitavo voo
A Starship deixou a Terra aproximadamente às 20h30 do horário de Brasília, saindo das instalações da SpaceX em Boca Chica, no Texas. O booster do primeiro estágio do Super Heavy sobrevoou ao redor da Terra, assim como era esperadora, tendo sigo pego com sucesso por um guindaste da empresa.
Contudo, minutos depois a transmissão ao vivo mostra o estágio superior da nave girando no espaço, enquanto a vista dos motores apresenta que vários estavam desligados. A seguir, a empresa diz que perdeu contato com a Starship.
A empresa comunicou ainda na quinta-feira que o “evento energético” pelo qual a nave passou fez com que diversos motores fossem perdidos, gerando uma perda de controle de altitude, e a subsequente perda de comunicação, cerca de 9 minutos e 30 segundos após a decolagem.
Segundo a SpaceX, não havia materiais tóxicos entre os detritos.
Primeira explosão do ano e o sétimo voo
Em janeiro, a decolagem da empresa terminou aos oito minutos de voo, quando a aeronave explodiu e fez com que chovesse detritos sobre as ilhas do Caribe, fora a danificação de um automóvel nas Ilhas Turks e Caicos.
A regulamentação para que foguetes privados sejam lançados é feito pela FAA, que exigirá que a SpaceX investigue a falha e consiga uma nova aprovação da agência para decolar novamente.
No mês passado a FAA havia concedido a licença para a SpaceX fazer o voo desta quinta-feira, enquanto a investigação da queda de janeiro estava em andamento, tendo dito que a licença da empresa havia sido analisada, tal como os primeiros detalhes da investigação do primeiro acidente, para que o oitavo voo ocorresse.
Na última quinta-feira (06), o foguete Starship, apresentou falhas e se desintegrou minutos após o seu lançamento no estado do Texas, espalhando destroços pelos céus dos EUA e do Caribe. O que fez a Administração Federal de Aviação americana (FAA) interromper o tráfego aéreo nos aeroportos da Flórida.
Em sua oitava missão-teste, o foguete de 123 metros, decolou por volta das 20h, horário de Brasília, da base da SpaceX, empresa do bilionário Elon Musk, em Boca Chica, Texas, EUA, com transmissão ao vivo.
Esta é a segunda falha neste ano. Em janeiro (2025), o Starship explodiu após oito minutos de decolagem.
Fragmentos do foguete Starship nos céus dos EUA (Vídeo: reprodução/X/@THISISAMERICAn2)
Atrasos nos voos
Imediatamente, após o ocorrido, a Administração Federal de Aviação dos EUA (FAA) restringiu o tráfego aéreo nos aeroportos de Miami, Fort Lauderdale, Orlando e Palm Beach, no estado da Flórida, por mais de uma hora.
Por volta das 22h horas, horário de Brasília, as operações nestes aeroportos já haviam sido retomadas, voltando à normalidade.
No entanto, além de exigir explicações para a Spacex, a FAA abrirá uma investigação sobre o ocorrido, além de exigir que a empresa de Elon Musk obtenha aprovação para realizar os próximos testes.
O que diz a SpaceX
A empresa utilizou suas redes sociais para comentar sobre o assunto. Em nota, informou que durante a ascensão da Starship houve “uma rápida desmontagem não programada” e “imediatamente começou a coordenação com oficiais de segurança para implementar respostas de contingência pré-planejadas.“
Aproveitou, ainda, a oportunidade para declarar que “o sucesso vem do que aprendemos, e o voo de hoje oferecerá lições adicionais para melhorar a confiabilidade da Starship.”
During Starship's ascent burn, the vehicle experienced a rapid unscheduled disassembly and contact was lost. Our team immediately began coordination with safety officials to implement pre-planned contingency responses.
We will review the data from today's flight test to better…
Comunicado da SpaceX, responsável pelo foguete Starship (Foto: reprodução/X/@SpaceX)
Em relação às exigências da Administração Federal de Aviação dos EUA, a empresa declarou:
Conduziremos uma investigação completa, em coordenação com a FAA, e implementaremos ações corretivas para fazer melhorias em futuros testes de voo da Starship” (Comunicado da empresa SpaceX)
A missão da Starship, segundo a empresa, será importante para implementar satélites avançados e expandir o acesso à internet de alta velocidade.
O clima era de expectativa. A contagem regressiva estava nos momentos finais, e tudo indicava que a Starship, o foguete mais poderoso já construído, partiria para mais um teste. Mas, de repente, um alerta interrompeu tudo. O lançamento foi cancelado. A decisão foi anunciada ao vivo pela SpaceX, que transmitia o evento para milhares de espectadores.
Sem muitos detalhes, a equipe informou que um problema técnico na nave principal fez com que o voo fosse adiado por pelo menos 24 horas. A missão pretendia testar o lançamento de satélites Starlink simulados pela primeira vez, mas agora os planos precisaram ser reajustados.
Avanços e desafios
Os testes da Starship têm sido uma montanha-russa de emoções. Em janeiro, a SpaceX conseguiu uma manobra considerada essencial: o retorno do Super Heavy à plataforma de lançamento.
Mas nem tudo saiu como esperado. A empresa perdeu contato com a nave pouco antes do pouso, e destroços foram vistos cruzando o céu do Haiti. Por segurança, voos comerciais que passavam pela região tiveram que mudar suas rotas.
Foguete Starship da SpaceX na Starbase em Boca Chica, Texas (Foto: reprodução/Chandan Khanna/Getty Images Embed)
Desde o primeiro lançamento, em abril de 2023, a história da Starship tem sido marcada por tentativas e erros. No primeiro teste, o foguete explodiu ainda acoplado ao propulsor.
No segundo, em novembro do mesmo ano, a separação ocorreu, mas o Super Heavy não resistiu e também explodiu. Com isso, a Administração Federal de Aviação dos EUA (FAA) exigiu que a SpaceX fizesse 17 modificações antes de tentar novamente.
Testes cada vez mais ambiciosos
Aos poucos, os avanços começaram a aparecer. Em março de 2024, a Starship conseguiu permanecer no ar por 50 minutos antes de ser destruída.
Em junho, a empresa teve seu primeiro grande sucesso: a nave pousou no Oceano Índico e o propulsor retornou ao Golfo do México, como planejado.
Outro momento histórico veio em outubro, quando a SpaceX conseguiu capturar o Super Heavy no ar, usando os “braços da plataforma”. A ideia é que essa tecnologia ajude a reduzir custos e torne os voos espaciais mais acessíveis.
Foguete Starship da SpaceX é lançado da Starbase, durante seu segundo voo de teste em Boca Chica, Texas (Foto: reprodução/Timothy A. Clary/Getty Images Embed)
O que torna a Starship tão especial
Com 120 metros de altura e 9 metros de diâmetro, a Starship é um gigante da engenharia espacial. Sua capacidade de carga impressiona: pode levar até 250 toneladas, se for descartada ao final da missão, ou 150 toneladas se for reutilizada.
Desde 2019, a SpaceX vem testando esse foguete com a esperança de torná-lo uma peça-chave para exploração espacial. A NASA planeja usá-lo nas missões Artemis, que levarão astronautas de volta à Lua. Mas o verdadeiro sonho da SpaceX é ainda mais ousado: levar humanos até Marte.
Cada lançamento representa um novo capítulo nessa jornada. E, embora o adiamento do teste mais recente tenha sido uma decepção, a SpaceX segue determinada. Agora, resta esperar pela próxima tentativa – e torcer para que tudo saia conforme o planejado.
Nesta quinta-feira (14), foi realizado o terceiro teste de voo da espaçonave Starship, considerada a maior nave do mundo. De acordo com a empresa SpaceX, administrada pelo bilionário Elon Musk, foi o lançamento mais bem-sucedido que tiveram, mesmo que a nave tenha sido obliterada perto do final da jornada.
“Voo de teste bem-sucedido,” escreveu Bill Nelson, o administrador da Nasa. “A astronave subiu ao céu. Juntos, através da Artemis, estamos dando passos de gigante para levar a humanidade novamente à Lua, e depois olhar para Marte.”
Completando uma trilogia de lançamentos iniciados em 2023, todos não-tripulados, este último alcançou vários marcos importantes para o Programa Ártemis (plano para colocar os Estados Unidos na lua de novo), como o desacoplamento sem grandes problemas, e a duração de quase uma hora de voo, antes de perder contato.
A Starship foi lançada do Texas (EUA), em Boca Chica, aproximadamente às 10h25. O plano da SpaceX era simples, envolvendo o impulsionamento da Starship pelo foguete SuperHeavy, que conseguiu se desacoplar sem problemas. Nas outras duas missões já realizadas, os problemas ocorreram perto deste evento, com o desligamento antecipado de motores, e a explosão do propulsor.
Desta vez, a nave não explodiu nos primeiros minutos após a decolagem, mas perdeu contato com a base na aterrissagem e falhou em pousar de modo seguro no Oceano Índico. A Starship já havia realizado uma jornada com decolagem e aterrissagem bem-sucedidas em 2021 (sendo projetada como nave reutilizável), mas tem encontrado problemas após a integração do propulsor SuperHeavy, que ajudaria na sua capacidade de carga.
“A SpaceX implementou mudanças de hardware nos próximos veículos Starship para melhorar a redução de vazamentos, proteção contra incêndio e operações refinadas associadas à ventilação do propelente para aumentar a confiabilidade,” afirmou a fabricante da espaçonave.
Programa Ártemis
Como parte do Programa Ártemis, que pretende levar os Estados Unidos para a lua até o ano de 2026, a SpaceX já afirmou que a nave poderia um dia ser utilizada para o transporte de até 100 tripulantes e carga de 150 a 250 toneladas. São números previstos com a intenção de um dia realizar turismo espacial, ou até servir como o transporte inicial para Marte.
Entre outros voos que estão planejados para a Starship, também se encontram o bilionário japonês Yusaku Maezawa, e o empresário americano Dennis Tito, além dos seus convidados. O plano é transformar o turismo espacial em algo comercialmente viável, o que poderia naturalmente aumentar o investimento no setor a partir do lucro gerado.