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O Sistema Único de Saúde (SUS) aprovou o uso da membrana amniótica como curativo biológico no tratamento de queimaduras. A técnica era autorizada apenas para fins de pesquisa. A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias havia recomendado o uso e a decisão foi dada pelo órgão de saúde.
O material é parte da placenta que envolve o feto e pode ser aplicado em qualquer parte do corpo. Ele reduz infecções, alivia a dor e acelera a cicatrização.
Técnica promissora e de baixo custo
A membrana é retirada com autorização da mãe logo após o parto. O material é limpo, testado e armazenado em bancos de tecidos. A membrana é fina, flexível e resistente, mas adapta-se a áreas delicadas como mãos e rosto.
O curativo pode durar até 14 dias. Ele reduz a troca constante de materiais, o risco de infecções e o sofrimento dos pacientes. O uso da membrana quadruplica os estoques e deve ampliar o acesso ao tratamento, segundo médicos do Hospital das Clínicas de São Paulo.
SUS aprova uso de parte da placenta como curativo natural para queimaduras (Vídeo: reprodução/YouTube/@g1)
Ministério da Saúde deve regulamentar o uso
O Ministério da Saúde precisa definir as regras para que o uso comece oficialmente. A regulamentação vai indicar quem pode doar, quais hospitais e maternidades estarão aptos e quais pacientes terão acesso à técnica.
Leonardo da Silva foi um dos primeiros a usar o curativo e relatou melhora significativa. Ele ainda passará por nova cirurgia, mas afirma sentir menos dor e notar boa evolução. A expectativa é que o procedimento esteja disponível no SUS no início do próximo semestre.
Queimaduras por fogos e água-viva reforçam demanda por novos tratamentos
Casos como de um turista argentino que sofreu queimaduras de segundo grau após uma queima de fogos irregular durante passeio de barco ou da cantora Anitta que foi atingida por uma água-viva durante um mergulho, resultando em queimadura dolorosa e inflamação na pele ilustram a gravidade e diversidade das queimaduras tratadas nos serviços de saúde.
Durante agenda na Paraíba nesta quarta-feira (28), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou que o governo federal lançará, em breve, linha de crédito para a reforma de casas populares. A declaração foi feita durante a cerimônia de entrega do 1º trecho do Ramal do Apodi, parte do projeto de transposição do Rio São Francisco.
A medida ainda não tem data de previsão oficial para anúncio, mas o presidente Lula afirmou que logo ocorrerá.
O cidadão que quiser reformar sua casa, fazer uma garagem, um quarto, um banheiro, tem o direito de ir ao banco e pegar um crédito com um juro o mais barato possível. Vamos fazer esse programa porque achamos que é uma necessidade”, relatou o presidente.
Lula explicou que a iniciativa busca atender aqueles que não procuram por uma nova moradia, mas sim melhorias na qual já vive. Usou como exemplo pessoas que desejam construir um novo cômodo, um banheiro ou uma garagem.
Presidente Lula anuncia linha de crédito (Vídeo: reprodução/Instagram/@canalgov)
Segundo dados, mais de 4 milhões de casas no país não possuem sequer um banheiro adequado.
Saúde pública
O presidente aproveitou a ocasião e antecipou anúncio do programa Mais Especialistas, como nova ação do governo federal que pretende reduzir o tempo de espera por atendimentos especializados no Sistema Único de Saúde (SUS).
Ligado ao Ministério da Saúde, o projeto é um braço do Programa Mais Acesso a Especialistas, lançado em abril de 2024.
Estamos preparando para anunciar o Mais Especialistas. Todo mundo tem direito à segunda consulta do especialista e a uma radiografia que hoje só rico tem direito. O povo morre sem passar em nenhuma máquina. Ele tem que ter o direito de utilizar essa máquina na cidade ou no estado onde mora”, disse Lula.
A medida busca facilitar o acesso da população aos atendimentos médicos mais complexos e marcados por filas e dificuldades.
Críticas à distribuição do gás de cozinha
Durante o discurso, Lula também criticou o valor do gás de cozinha: “A Petrobras libera o gás a R$ 37, mas ele chega ao povo por quase R$ 100. Não tem explicação para essa diferença”, afirmou o presidente.
As medidas citadas vêm sendo discutidas no Palácio do Planalto nos últimos meses, e, segundo o presidente, quando forem resolvidas, ele pretende viajar pelo país.
Uma nova ação sobre o rompimento da barragem do Fundão, em Mariana, foi anunciada pelo governo federal, nesta terça-feira (27). Serão repassados R$ 12 bilhões para as unidades do SUS nas 49 cidades foram afetadas pelo acidente. Também foi anunciado pelo ministro Alexandre Padilha, o lançamento do Programa Especial de Saúde do Rio Doce, além da criação da Rede de Pesquisa em Saúde do Rio Doce.
O novo anúncio
O Ministério da Saúde fez um comunicado, nesta terça-feira (27), dizendo que iria repassar R$ 12 bilhões para todas as cidades que foram atingidas pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG), no ano de 2015. De acordo com o governo federal, os recursos, que são parte de um acordo de reparação de danos, serão enviados para as estações do Sistema Único de Saúde (SUS), nas 49 cidades dos estados de Minas Gerais e Espírito Santo, atingidas pela barragem.
Casas devastadas após rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (Foto: reprodução/DOUGLAS MAGNO/Getty Images Embed)
O dinheiro será enviado para diferentes setores, dentre eles, as infraestruturas, equipamentos, profissionais de saúde, pesquisas e educação de graduandos e profissionais da área.
Além disso, também foi lançado, pelo ministro Alexandre Padilha (PT), um programa específico para auxiliar nos desdobramentos da barragem de Mariana, chamado Programa Especial de Saúde do Rio Doce e também anunciou a criação da instituição de pesquisa, Rede de Pesquisa em Saúde do Rio Doce, que será organizada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
As ações de reparação
O acidente da barragem de Fundão, da mineradora Samarco, ocorreu em novembro de 2015, e despejou mais de 44 milhões de metros cúbicos de rejeitos de minério de ferro, impactando cidades tanto de Minas Gerais, quanto também de Espírito Santo. A tragédia resultou na morte de 19 pessoas.
Moradias arruinadas com rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (Foto: reprodução/DOUGLAS MAGNO/Getty Images Embed)
No final de 2024, o governo federal, os estados de Minas Gerais e Espírito Santo, o Ministério Público, a Defensoria Pública e as mineradoras envolvidas no acidente criaram um novo acordo para que haja a reparação dos danos causados pelo rompimento da barragem. Os investimentos irão para os governos dos respectivos estados e para as pessoas que serão indenizadas.
O presidente Lula sancionou uma alteração na lei, nesta terça-feira (29) que concede a pessoas com transtorno do espectro autista (TEA) o direito a acompanhamento alimentar pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo o novo decreto, publicado no Diário Oficial da União, apenas profissionais de saúde habilitados com base em protocolos clínicos e diretrizes terapêuticas de acordo com a autoridade competente.
A Rede de tratamentos do SUS
A proposta original é do PL4.262/2024, apresentada pela ex-deputada Aline Gurgel, que tem como objetivo combater os desafios de alimentação enfrentados por pessoas com o transtorno do espectro autista. O texto alterou a lei Berenice Piana que criou a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com o Espectro Autista (Lei 12.764) de 27 de dezembro de 2012.
Com a mudança, o acompanhamento nutricional faz parte dos serviços públicos. Dessa forma, a terapia nutricional se junta a outros tratamentos disponibilizados pelo SUS para pessoas com o transtorno autista como, fonoaudiologia, psicoterapia e terapia ocupacional. Atualmente, cerca de 2 milhões de pessoas com autismo vivem no Brasil, segundo estimativas da Organização Mundial de Saúde (OMS).
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva em entrevista coletiva em coletiva de imprensa no Vietnã (Foto: reprodução/Ricardo Stuckert/PR)
A importância do acompanhamento alimentar
A revista da Associação Brasileira de Nutrição (Rasbran) publicou uma pesquisa em que a seletividade alimentar aflige 53,4% das crianças e adolescentes dentro do espectro autista. Isso ocorre porque pessoas com autismo têm dificuldade em experimentar novos sabores e texturas devido à alta sensibilidade sensorial e emocional.
Essas restrições alimentares geram um consumo repetitivo de alimentos, o que pode causar um grave déficit de nutrientes essenciais para uma vida saudável. Isso no longo prazo pode gerar problemas como obesidade e anemia. Portanto, a intervenção de um profissional na área pode prevenir essas enfermidades, assim como detectar rapidamente outras condições de risco.
Segundo o Portal Léo Dias, a cantora Jordana Maronttini, no final da tarde desta segunda-feira (14), esclareceu por meio de stories do Instagram seu posicionamento em relação ao SUS (Sistema Único de Saúde). A apresentadora se manifestou admitindo que o objetivo de sua pauta não era criar uma rivalidade, mas, algumas pessoas preferiram levar suas falas para o pessoal.
Buscando apaziguar a grande repercussão que teve após um vídeo em seu feed comentando sobre “a hipocrisia dos que defendem o SUS, mas não usam”, a influenciadora retornou para as redes reforçando que sua fala é de interesse público e que seu objetivo é dar voz para quem não tem voz, ou seja, a carioca visa falar por pessoas que segundo ela, necessitam do sistema gratuito de saúde.
Fazendo uso do caos
A artista, que teve suas declarações ironizadas pelo Ministério da Saúde, ressaltou que em momento algum falou sobre fim do SUS.
Jojo Todynho reafirma sua opinião de que o SUS precisa de melhorias (foto: reprodução/Instagram/@jojotodynho)
Hoje, graças a Deus, eu não faço mais uso. Mas, familiares, amigos, parentes, fazem uso e sabem que é um caos.” Jordana completou afirmando que não adianta defender o errado.
Assim, Jojo, aproveitou o gancho para continuar e deixar explícito que em momento algum atacou médicos ou funcionários e que se considera a maior defensora dessa área, já que, segundo Marotinni, sempre que ocorre alguma manifestação sobre falta de salário de médicos e enfermeiros ela oferece apoio a causa.
Agradecendo o apoio
Recebendo apoio de amigos da área da saúde pública, a estudante de direito concluí que “o certo é o certo“, e o SUS precisa de reajustes.
Jordana Marontinni recebe apoio de amigos na área da saúde pública (foto: reprodução/Instagram/@jojotodynho)
Em mais postagens, a figura da televisão brasileira agradeceu o apoio e o carinho daqueles que a acompanham e alegou que toda a repercussão negativa que está sofrendo é por conta de sua opinião política.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou o pedido de registro definitivo da vacina contra a chikungunya produzida pelo Instituto Butantan em São Paulo. A medida foi efetuada pelo Diário Oficial da União na última segunda-feira (14) e possibilita a aplicação do imunizante em todo o país à população maior de 18 anos.
Problema endêmico
Países da América do Sul como Brasil, Bolívia, Argentina e Paraguai foram os países mais atingidos pela doença, que afetou mundialmente 620 mil pessoas no ano de 2024. Pela primeira vez, a vacina para a chikungunya foi autorizada, um pedido antigo, enviado à Anvisa no ano de 2023.
O desenvolvimento da vacina foi planejado estruturalmente através de um estudo clínico na qual a proteção foi de 99,1% em indivíduos testados. Após as aplicações da vacina teste, a detecção de anticorpos neutralizantes foi observada em 100% dos voluntários que tiveram infecção e em 98,8% dos que não tiveram contato anterior com o vírus.
A Anvisa aprovou hoje (14/04) o pedido para registro definitivo da vacina contra a chikungunya no Brasil, encaminhado pelo Instituto Butantan em parceria com a Valneva, empresa farmacêutica franco-austríaca! Saiba mais aqui: https://t.co/LL1l4PIdyepic.twitter.com/Qtqo2oFXU9
Anúncio oficial do Instituto Butantan (Reprodução/X/@butantanoficial)
Para o governo do estado de São Paulo, a vacina continua sofrendo alguma alteração para a maior compatibilidade e incorporação ao Sistema Único de Saúde (SUS). O tratamento ainda vai passar por uma análise da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) para poder ser incrementado no SUS.
Informações sobre a chikungunya
A chikungunya é uma doença causada tanto pelo Aedes aegypti quanto pelo Aedes albopictus, ambos transmissores de outras infecções. Entre seus sintomas, podem incluir febre maior que 38,5 °C, fortes dores nas articulações de mãos e pés, dores musculares, náuseas e marcas vermelhas sobre a pele. Atualmente, o tratamento receitado para o combate à doença é repouso, muita hidratação e determinados analgésicos para aliviar as dores causadas pela chikungunya, muito semelhantes e confundidos com a dengue, doença que é uma das causadas pelo Aedes aegypti.
O governo federal anunciou a incorporação da primeira vacina 100% brasileira contra a dengue no Sistema Único de Saúde (SUS) a partir de 2026. Desenvolvida pelo Instituto Butantã, a vacina será destinada a pessoas de 2 a 59 anos e será produzida em larga escala para atender a demanda nacional.
A vacina, que demonstrou eficácia de até 89,2% contra formas graves da dengue, será fabricada em território nacional, reduzindo a dependência de importações. Com isso, o Brasil pretende expandir a cobertura vacinal e combater o avanço da doença, que registrou aumento significativo de casos nos últimos anos.
Vacina em dose única contra dengue (Vídeo: reprodução/YouTube/UOL)
Produção nacional e parceria internacional viabilizam o imunizante
A vacina contra a dengue foi desenvolvida pelo Instituto Butantã em parceria com a empresa chinesa WuXi Biologics. O projeto contou com anos de pesquisa e um processo rigoroso de testes clínicos para garantir a segurança e a eficácia do imunizante. Durante as fases de estudo, a vacina apresentou resultados promissores, com taxas de proteção que variam entre 79,6% e 89,2%, dependendo do tipo de manifestação da doença.
Para garantir a produção em larga escala, o governo investiu R$ 1,26 bilhão no Butantã, permitindo a fabricação de 60 milhões de doses por ano. O objetivo é atender a população de forma ampla, garantindo que a vacina esteja acessível em todo o país por meio da rede do SUS. Além disso, a fabricação nacional reduzirá a dependência do Brasil de imunizantes importados, fortalecendo o setor de biotecnologia e inovação do país.
Eficácia e abrangência da nova vacina
A vacina do Butantan é tetravalente, ou seja, protege contra os quatro sorotipos do vírus da dengue, algo essencial para o controle da doença no Brasil. Durante os testes, os pesquisadores verificaram que o imunizante não apenas reduz as chances de infecção, mas também minimiza os riscos de agravamento nos casos confirmados.
Os estudos clínicos demonstraram que a vacina é altamente eficaz na prevenção de formas sintomáticas da dengue, reduzindo em quase 80% os casos leves da doença. Quando se trata das manifestações mais graves, que podem levar à hospitalização ou até à morte, a eficácia chega a 89,2%. Esses índices tornam a nova vacina uma aliada fundamental no combate à dengue, que já provocou epidemias severas no Brasil nos últimos anos.
A expectativa é que, com a ampla distribuição do imunizante pelo SUS, o impacto da dengue no sistema de saúde diminua significativamente. Especialistas alertam que, embora a vacina seja uma ferramenta poderosa, a prevenção da doença deve continuar sendo reforçada por meio do combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue.
Perspectivas e impacto da imunização na saúde pública
A incorporação da vacina brasileira contra a dengue no SUS marca um momento histórico para a saúde pública no país. Atualmente, a única vacina disponível no sistema público é a Qdenga, desenvolvida pela farmacêutica japonesa Takeda e aplicada apenas em crianças e adolescentes de 10 a 14 anos. Com o novo imunizante do Butantã, a cobertura vacinal será ampliada para pessoas de 2 a 59 anos, garantindo uma proteção mais abrangente para a população.
A dengue tem sido um desafio crescente para o Brasil, com surtos frequentes e aumento do número de casos graves. Em 2024, diversas cidades brasileiras enfrentaram crises sanitárias devido à alta incidência da doença, pressionando hospitais e sobrecarregando o sistema de saúde. A introdução da nova vacina busca reduzir essas ocorrências e diminuir os custos hospitalares associados às complicações da dengue.
Casos de dengue no Brasil aumentaram significativamente nos últimos anos, reforçando a necessidade da vacinação (Foto: reprodução/Agência Brasil)
Além do impacto direto na prevenção da doença, o projeto reforça a capacidade do Brasil de desenvolver e produzir imunizantes de alta tecnologia. O Butantã já é responsável por outras vacinas essenciais no país, e a nova vacina contra a dengue representa mais um passo na consolidação do Brasil como referência na produção de biológicos para a América Latina.
Outros investimentos na área de imunização
O anúncio da vacina contra a dengue faz parte de uma estratégia mais ampla do governo para fortalecer o setor de imunização no Brasil. Além da produção do novo imunizante, o Instituto Butantan também trabalha no desenvolvimento de vacinas contra outras doenças emergentes, como a gripe aviária e o Vírus Sincicial Respiratório (VSR), responsável por infecções graves em bebês e idosos.
Outro avanço significativo foi o acordo para ampliar a fabricação de insulina no país, reduzindo os custos para pacientes com diabetes e fortalecendo o parque industrial da saúde. Essas medidas fazem parte de um esforço contínuo para garantir o acesso da população a medicamentos essenciais, reduzindo a vulnerabilidade do Brasil em relação à importação de insumos médicos e farmacêuticos.
Com a introdução da vacina contra a dengue e outros investimentos na área da saúde, o governo espera consolidar uma rede de imunização mais robusta, capaz de responder de forma mais eficiente a surtos e epidemias. A ampliação da cobertura vacinal e o fortalecimento da produção nacional representam passos fundamentais para a autonomia do Brasil no setor de biotecnologia.
A Câmara dos Deputados aprovou, nesta terça-feira (11), o Projeto de Lei 5688/23, que estabelece a Política Nacional de Enfrentamento da Infecção pelo Papilomavírus Humano (HPV). A proposta, de autoria dos deputados Weliton Prado (Solidariedade-MG) e Laura Carneiro (PSD-RJ), recebeu parecer favorável da Comissão de Saúde e foi relatada pela deputada Ana Paula Lima (PT-SC). O projeto segue agora para análise do Senado e, se aprovado, entrará em vigor 90 dias após a sanção presidencial.
Laura Carneiro, autora da proposta (Foto: reprodução/Bruno Spada/Câmara dos Deputados)
Objetivo do Projeto
O principal objetivo da proposta é fortalecer as ações de prevenção, diagnóstico e tratamento do HPV, que é a infecção sexualmente transmissível mais comum no mundo. O vírus é o principal responsável pelo câncer de colo de útero, além de estar associado a outros tipos de tumores, como os que afetam vulva, vagina, pênis, ânus e orofaringe.
O projeto propõe a inclusão de exames genéticos para identificação do vírus no Sistema Único de Saúde (SUS), além de ampliar a vacinação contra o HPV. A proposta também detalha medidas para garantir o acompanhamento clínico de pessoas infectadas e de seus parceiros.
Principais Medidas
A Política Nacional de Enfrentamento ao HPV prevê três principais frentes de atuação: prevenção, diagnóstico e tratamento.
1. Prevenção
Ampliação da vacinação contra o HPV no SUS, atualmente oferecida para meninas e meninos de 9 a 14 anos, pessoas vivendo com HIV, vítimas de abuso sexual e transplantados.
Campanhas educativas sobre o uso de preservativos e a importância da imunização.
Incentivo à pesquisa e ao desenvolvimento de novos métodos preventivos.
2. Diagnóstico
Oferta de exames avançados para identificação precoce do vírus, incluindo testes moleculares e genéticos.
Inclusão de colposcopia, citologia, biópsia e testes sorológicos na rotina do SUS.
Maior acessibilidade aos exames, especialmente para populações em situação de vulnerabilidade.
3. Tratamento
Atendimento especializado para portadores do vírus.
Opções terapêuticas que incluem tratamento domiciliar e ambulatorial.
Acompanhamento clínico para parceiros de pessoas infectadas.
Impacto na Saúde Pública
Estudos apontam que aproximadamente 17 mil mulheres são diagnosticadas anualmente com câncer de colo de útero no Brasil, e cerca de 18 morrem diariamente devido à doença. Para o deputado Weliton Prado, a aprovação do projeto representa um avanço fundamental na saúde pública e uma forma de erradicar.
A deputada Ana Paula Lima ressaltou que a inclusão do teste molecular no SUS permitirá um diagnóstico mais rápido e preciso, beneficiando tanto mulheres quanto homens. “Estamos garantindo um direito fundamental à saúde e fortalecendo a atenção primária no SUS“, afirmou.
Próximos Passos
Com a aprovação na Câmara, o projeto será encaminhado ao Senado, onde passará por nova análise. Caso receba aval sem alterações, seguirá para sanção presidencial. Se houver modificações, retornará à Câmara para nova votação.
A iniciativa representa um grande passo na luta contra o HPV e suas consequências graves, fortalecendo a política de saúde pública e promovendo maior acesso à prevenção e ao tratamento da doença.
O Ministério da Saúde está em negociação com o laboratório produtor de um medicamento preventivo contra o HIV. A proposta para a incorporação da medicação no Sistema Único de Saúde (SUS) está envolvendo o governo, médicos e o próprio laboratório. O fármaco de PrEP, princípio ativo do medicamento, em injeções bimestrais, pode impedir a infecção pelo vírus.
A possível implementação
O SUS aguarda a Fiocruz finalizar em breve o estudo que viabiliza a implementação do medicamento, que já foi aprovado em abril pela Anvisa. Do ponto de vista técnico, se for aprovado, ele passará por um estudo do governo para avaliar o custo-benefício, que conta com a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (Conitec), vinculada ao Ministério da Saúde, para a incorporação de novas tecnologias no SUS.
O medicamento produzido pela farmacêutica GSK em parceria com o laboratório ViiV Healthcare. Mesmo sem o resultado da Fiocruz, os médicos e especialistas já se sentem animados com a possibilidade de termos mais uma ajuda no combate do HIV, pois o medicamento apresentou grande eficácia na África, que em altos índices da doença, em função da rejeição do uso do preservativo.
Há também a expectativa que a incorporação no SUS tenha um bom custo-benefício, pois a prevenção poderá compensar evitando tratamentos antirretrovirais, que impedem a multiplicação do HIV no organismo.
O tratamento garantido pelo #SUS faz a diferença! Em 2022, o Brasil atingiu a meta de 95% das pessoas em tratamento para o #HIV com carga indetectável. Ou seja: elas vivem com o vírus, mas não o transmitem. Isso é um grande avanço!
95% das pessoas em tratamento do HIV no Brasil estão indetectáveis (Foto: reprodução/X/@brasil_ahf)
Opinião de especialistas
Segundo médicos e cientistas, o medicamento não é como uma arma letal contra o HIV, mas uma ferramenta que é indispensável que é preciso ter para combater doenças.
O médico Alexandre Naime, coordenador científico da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), em um evento de campanha informática contra o HIV, disse que esse é o momento da pressão, onde é necessário fazer pressão para que a medicação seja aprovada.
Naime revelou também que a empresa responsável pela produção vem tendo contato com o Ministério da Saúde ao longo de todo ano, para que o processo seja o mais rápido possível. O Ministério tem abordado o assunto, mas ainda não possui prazo definido para a incorporação.
A coqueluche, doença infecciosa e altamente transmissível, está registrando um aumento significativo de casos em diversas partes do mundo, incluindo no Brasil. Esse aumento pode ser atribuído a vários fatores, como a diminuição da imunização devido à hesitação em vacinar crianças, levantando preocupações sobre a saúde pública e as medidas necessárias para conter a propagação da doença
O que é a coqueluche?
A coqueluche, também conhecida como tosse convulsa, é uma doença infecciosa altamente contagiosa causada pela bactéria Bordetella pertussis. Ela afeta principalmente o sistema respiratório, causando tosse intensa e prolongada, muitas vezes acompanhada por um som característico de “guincho” ao respirar depois de tossir.
Altamente infeciosa a coqueluche pode ser bastante perigosa (Foto: reprodução/freepik)
Os sintomas da coqueluche geralmente progridem ao longo de três estágios distintos:
Estágio Catarral: Este estágio inicial pode se assemelhar a um resfriado comum, com sintomas como coriza, espirros, febre leve e tosse ocasional.
Estágio Paroxístico: Neste estágio, a tosse torna-se mais intensa e frequente. A tosse pode ser tão severa que leva à dificuldade para respirar, vômitos pós-tosse e um som característico de “guincho” ao tentar inspirar após uma série de tosses.
Estágio de Convalescença: À medida que a doença se resolve, a intensidade e a frequência da tosse diminuem gradualmente, mas pode levar semanas ou até meses para que a tosse desapareça completamente.
Além dos estágios, outros sintomas comuns incluem:
Fadiga intensa
Aumento da produção de muco
Aumento da sensibilidade respiratória
Cianose (coloração azulada da pele devido à falta de oxigênio)
Complicações como pneumonia, convulsões e lesões cerebrais podem ocorrer em casos mais graves, especialmente em bebês e crianças pequenas.
É fundamental buscar orientação médica se houver suspeita de coqueluche, especialmente em crianças pequenas, para diagnóstico precoce, tratamento adequado e prevenção de complicações graves.
Vacinação é a melhor prevenção (Foto: reprodução/freepik)
A importância da vacinação
A vacinação contra coqueluche desempenha um papel crucial na proteção contra esta doença altamente contagiosa causada pela bactéria Bordetella pertussis. No Brasil, as campanhas de vacinação são fundamentais para proteger crianças e adolescentes contra a coqueluche.
Segundo o Ministério da Saúde, a vacina contra a coqueluche é oferecida gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para crianças menores de um ano de idade, com doses de reforço durante a infância e adolescência. Além disso, adultos que estão em contato próximo com bebês não vacinados também são incentivados a manter sua imunização atualizada para reduzir o risco de transmissão.
A vacinação não apenas protege os indivíduos, mas também ajuda a criar uma barreira de proteção na comunidade, através da imunidade de rebanho. Isso é crucial para diminuir a disseminação da doença e prevenir surtos em larga escala. Além disso, a vacinação contra coqueluche contribui significativamente para a saúde pública, reduzindo o número de casos graves, hospitalizações e complicações decorrentes da doença.