Terremoto de magnitude 6,3 atinge o norte do Afeganistão

Na madrugada desta segunda-feira (03), um terremoto de magnitude 6,3 atingiu o norte do Afeganistão, perto da cidade de Mazar‑i‑Sharif, de acordo com o United States Geological Survey (USGS). O tremor, ocorrido a cerca de 28 km de profundidade, deixou ao menos vinte pessoas mortas e aproximadamente 320 feridas, segundo as autoridades locais.

Atingindo áreas próximas à província de Balkh, o tremor foi sentido também em países vizinhos como Tadjiquistão, Uzbequistão e Turcomenistão. Relatos apontam que a “Mesquita Azul”, um importante local histórico, sofreu “graves danos”.

Danos, caos e evacuação imediata

Relatos de moradores relatam momentos de pânico: “Minha família acordou apavorada… os filhos iam escada abaixo gritando”, disse uma residente de Mazar-i-Sharif à imprensa. Janelas quebradas e gesso caído nas paredes marcaram os danos em residências.

Equipes de emergência em balkh e na vizinha província de Samangan já trabalham no resgate e atendimento aos feridos. A baixa participação em preparativos para desastres naturais em regiões montanhosas do Afeganistão aumenta o risco de que casas simples entrem em colapso ou fiquem inacessíveis após tremores.


Câmeras de segurança registraram o momento dos tremores (Vídeo: reprodução/X/@sputnik_brasil)


Contexto geológico e histórico de tremores no Afeganistão

O Afeganistão é uma área altamente ativa em termos sísmicos. Em agosto, um terremoto de magnitude 6,0 matou mais de 2,2 mil pessoas no leste do país. Em outubro de 2023, outro terremoto de magnitude 6,3 ocorreu no oeste do país, matando mais de 2 mil pessoas.

Especialistas alertam que a combinação de estruturas frágeis, pouco reforçadas e sistemas de resposta de emergência limitados torna as comunidades vulneráveis a cada novo evento. O atual tremor, embora de magnitude moderada em escala global, assume impacto elevado em regiões com baixa infraestrutura e pronta resposta debilitada.

Estados Unidos afirmam ter identificado sucessivos terremotos na Venezuela

Uma série de ao menos 10 terremotos atingiu o noroeste do território venezuelano na noite dessa quarta-feira (24), segundo dados do Serviço Geológico dos Estados Unidos e do Serviço Geológico da Colômbia. Dos abalos sísmicos, os órgãos consideraram que 2 foram acima de 6 na escala Richter, que mede, comumente entre 0 e 10, a magnitude desses fenômenos. No X, a Fundação Venezuelana de Pesquisas Sismológicas (Funvisis) alertou acerca de um único tremor, de magnitude 3,9. A incompatibilidade de informações surge em um momento de crescente tensão entre Washington e Caracas.

Terremotos não deixaram mortos nem feridos

Entre os abalos de maior magnitude, um avaliado em 6,2 teve seu epicentro a 24km do povoado de Mene Grande, uma área petrolífera do estado de Zulia. Já o outro, de 6,5, concentrou-se no estado de Trujillo. Ambos se fizeram sentir em regiões vizinhas do mesmo país e até na Colômbia, nação que compartilha fronteira com a terra de Nicolás Maduro.

Apesar de circularem vídeos nas redes sociais de danos materiais causados pelos tremores, não houve, até o momento, nenhum comunicado a respeito de vítimas.


Terremoto em Mene Grande causa tremores nas redondezas (Vídeo: reprodução/YouTube/Notícias de Maracaibo)


“Estamos avaliando os danos estruturais que até este momento foram reportados, entre eles, o Hospital Luis Razetti, na localidade de Pueblo Nuevo, no município Baralt, a ponte de San Pedro, também nesse município”, disse o governador do estado de Zulia, Luis Caldera.

“Não temos vítimas ou feridos devido a esse movimento sísmico”, acrescentou ele.

Discordâncias entre EUA e Venezuela aumentam

A diferença do discurso acerca dos recentes fenômenos naturais no país sul-americano não é isolada. Na verdade, Washington e Caracas vivenciam um aumento de tensões a partir de agosto deste ano, quando o líder estadunidense, Donald Trump, dobrou a recompensa financeira por informações que levem à prisão do presidente venezuelano Nicolás Maduro. Com isso, o montante chegou a U$50 milhões, que respondem por mais de R$250 milhões. A justificativa de Trump está no suposto envolvimento de Maduro com o tráfico de drogas direcionado aos Estados Unidos.

Desde então, Trump deslocou frotas navais para o sul do Caribe, nas proximidades com a Venezuela, e alegou, nas redes sociais, ter bombardeado ao menos 3 navios pertencentes a traficantes venezuelanos. O movimento teria gerado a morte de 14 indivíduos.

Há poucas semanas, Maduro reagiu convocando milhares de civis, integrantes da Milícia Bolivariana, para uma preparação militar intensiva na ilha caribenha de La Orchila, além de anunciar a mobilização de 4,5 milhões de milicianos em prol da defesa do país. Pouco depois, os Estados Unidos enviaram 5 caças a uma base militar desativada no Porto Rico.

Terremoto de 7,8 atinge Rússia e provoca alerta de tsunami no Pacífico

Um terremoto na Rússia de magnitude 7,8 atingiu nesta quinta-feira (18) a Península de Kamtchatka, no extremo leste do país. O epicentro ficou a cerca de 120 quilômetros de Petropavlovsk-Kamchatsky, cidade de 165 mil habitantes. O tremor ocorreu a cerca de 10 quilômetros de profundidade e, por isso, levou autoridades a emitir alerta de tsunami para áreas litorâneas próximas.

Impactos do terremoto na Rússia em Kamtchatka

Segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS), o abalo foi sentido em diversas localidades do Pacífico Norte. Como ocorreu em baixa profundidade, o risco de deslocamento do fundo do mar aumentou, favorecendo a formação de ondas perigosas. Além disso, ao menos cinco réplicas acima de magnitude 5 se seguiram em menos de uma hora.

Até agora, não há registros de feridos ou danos graves em construções. No entanto, as autoridades locais orientaram moradores das zonas costeiras a deixar suas casas de forma preventiva e buscar abrigo em áreas mais altas.


Rússia foi atingida por um terremoto (Foto: reprodução/X/SBT News)

Alerta de tsunami e resposta internacional ao terremoto na Rússia

O governo regional de Kamtchatka colocou imediatamente os serviços de emergência em prontidão. Escolas, hospitais e prédios públicos receberam protocolos de evacuação rápida para agir em caso de agravamento da situação. Enquanto isso, equipes de monitoramento acompanham a movimentação do mar e reforçam que a população deve evitar praias e portos até o fim do alerta.

No cenário internacional, Estados Unidos e Japão também reagiram. O Centro de Alerta de Tsunamis do Pacífico emitiu avisos para o Havaí e o Alasca. Por outro lado, parte desses comunicados foi reavaliada ao longo do dia, reduzindo o risco para regiões mais distantes.

Riscos e orientações após o terremoto

A Península de Kamtchatka integra o Círculo de Fogo do Pacífico, área de forte atividade sísmica e vulcânica. Em julho, um terremoto de magnitude 8,8 na mesma região provocou ondas de até 4 metros, destruiu construções costeiras e obrigou centenas de moradores a sair de casa. Embora não tenham ocorrido mortes, a lembrança recente reforçou a preocupação atual.

Especialistas destacam que abalos dessa intensidade podem ter efeitos além da área imediata. Desse modo, pequenas alterações de maré podem atingir países vizinhos e atrapalhar atividades pesqueiras e portuárias. Portanto, centros de monitoramento mantêm acompanhamento em tempo real para avaliar se novos avisos serão necessários.

Terremoto na bacia de Egeu na Grécia é sentido até na capital 

Na madrugada de terça-feira (09), às 00h30 na Grécia, 18h30 do dia (08), no horário de Brasília, ocorreu um terremoto com magnitude de 5,2, diz o Instituto Geodinâmico de Atenas, na costa de Nea Styra, no sudoeste da ilha de Eubeia, que fica a 50km da capital Atenas.

Relatos que o tremor foi sentido até a capital Atenas, que fica a 50km do epicentro, porém, como foi informado pelo corpo de bombeiros local, não ocorreu nenhuma vítima acidentada ou morte por conta do terremoto. Os tremores foram tão fortes que muitos moradores de Nea Styra preferiram pernoitar em seus automóveis do que em casa por conta do medo.

Situação ao todo 

O Instituto Geodinâmico de Atenas vem observando ainda mais de perto a região da ilha de Eubeia, onde na madrugada local ocorreu esse terremoto com magnitude de 5,2 e 10km de profundidade. Mas nesta mesma madrugada foi sentido um segundo de magnitude 2,5. O presidente da Organização de Planejamento e Proteção contra Terremotos da Grécia, Efthimis Lekkas informou que, por ser uma área sísmica à noite, podem ocorrer outros tremores com magnitude de 4,0 a 4,5.


Imagem da ilha de Eubeia (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Nurphote)


Histórico de terremotos na região

No dia 22 maio de 2025, ocorreu um tremor muito forte, terremoto de magnitude 6,1 atingindo a região ao largo de Creta, que foi sentido nos países do Egito, Turquia, Israel, Chipre e toda a ilha de Creta. Houve um possível alerta de tsunami na região de Creta, mas não houve danos significativos ou vítimas, ocorreram alguns deslizamentos e pequenas quedas de estruturas. Já no 19 de maio de 2025, ocorreu um tremor de magnitude 4,5 com epicentro a 3 km a leste de Prokopi, que fica próximo à região da ilha de Eubeia, com um segundo tremor de magnitude 3,6 cerca de 20 minutos depois. 


Matéria da CNNBrasil sobre terremoto na região da ilha de Eubeia (Foto: reprodução/X/CNNBrasil)

Segundo estudo publicado em abril de 2024, do “Journal of seismology” Em 2022 ocorreram dois terremotos em Evia de magnitude 5,0 e 4,7. Com uma série de 55 pré-choques, deixando ainda mais claro que é uma região propensa a abalos sísmicos e possíveis terremotos.

Papa Leão XIV se solidariza com população do Afeganistão após desastre

O Papa Leão XIV expressou, nesta segunda-feira (1), sua profunda solidariedade à população afegã atingida pelo terremoto de magnitude 6 na escala Richter, no último domingo (31), que devastou as províncias orientais do país, deixando milhares de civis desabrigados, mais de 800 mortos e ao menos 2800 feridos. A mensagem papal vem como alento para a população do Afeganistão que necessitará de toda a ajuda humanitária possível para a reestruturação do país.

A mensagem do Papa

A mensagem do papa foi assinada pelo secretário de Estado, cardeal Pietro Parolin, e foi envolvida por um tom de consternação, preocupação e desejo de recuperação do país após a tragédia. Na mensagem, o Papa declarou estar “Profundamente entristecido pela significativa perda de vidas”.

Sua mensagem ressalta “sincera solidariedade, em particular, àqueles que choram a perda de entes queridos e às equipes de emergência e autoridades civis envolvidas nos esforços de resgate e recuperação. Neste momento difícil para a nação”. O Papa terminou dizendo estar “rezando fervorosamente pelas almas dos falecidos, dos feridos e por aqueles que ainda estão desaparecidos”, invocando bênçãos de consolo e força sobre o povo afegão.


Papa Leão XIV, pontífice máximo da Igreja Católica (Foto: reprodução/Vatican Pool/Getty Images embed)


Detalhes do desastre natural

O terremoto, registrado às 23h47 (horário local), teve epicentro cerca de 27 km a nordeste de Jalalabad, nas províncias de Nangarhar, Kunar e Laghman. Seu foco raso — entre 8 e 10 quilômetros de profundidade — e a construção frágil das casas de adobe agravaram o impacto, resultando em mais de 800 mortos e até 2.800 feridos. A região montanhosa e de difícil acesso complicou as ações de resgate, com equipes recorrendo a helicópteros para evacuar centenas de vítimas, apesar das vias bloqueadas por deslizamentos. 

Resposta Humanitária

Organizações internacionais como ONU e UNICEF mobilizaram assistência emergencial, enquanto países como Irã, Índia e China se comprometeram com ajuda humanitária. Ambulâncias aéreas, doações de mantimentos, tendas e apoio médico têm chegado, embora ações ainda sejam insuficientes frente à escala da tragédia. Milhares de famílias, muitas recém-retornadas do exílio no Paquistão e Irã, encontram-se desabrigadas e em estado de vulnerabilidade, agravado pela escassez de recursos e cortes no financiamento internacional desde 2021, após o retorno do Talibã ao poder.

Em meio à devastação, as palavras do Papa Leão XIV oferecem um gesto simbólico poderoso e muito humano, reafirmando o clamor por compaixão e apoio global nesse momento de dor — e lembrando a urgência de união internacional diante de crises humanitárias crescentes.

Terremoto de magnitude 6 atinge leste do Afeganistão e deixa centenas de vítimas

Um terremoto de magnitude 6 atingiu o leste do Afeganistão, próximo à fronteira com o Paquistão, no domingo (30), deixando mais de 800 mortos e cerca de 2.800 feridos, segundo Zabihullah Mujahid, porta-voz do Talibã.

Epicentro, impactos do terremoto e operações de resgate

O USGS informou que o epicentro do terremoto foi a 27 km de Jalalabad, na província de Nangarhar, com profundidade de 8 km. Especialistas afirmam que tremores rasos, próximos à superfície, provocam mais danos. O abalo ocorreu às 23h47, horário local, e pode ter resultado em centenas de mortes.

Quase 500 mil pessoas possivelmente sentiram tremores de forte a muito forte intensidade, capazes de provocar danos em construções frágeis, de acordo com o USGS.

Mujahid afirmou em sua conta na rede social X que o terremoto causou vítimas e danos em várias províncias do leste do país. Ele acrescentou que autoridades locais e moradores estão concentrados nos esforços de resgate, enquanto equipes de apoio da capital e de regiões vizinhas se dirigem à área, utilizando todos os recursos disponíveis para socorrer os afetados.


Imagens do terremoto que afetou o Afeganistão (Vídeo: reprodução/X/@sputnik_brasil)

Tremores secundários, relatos de moradores e contexto histórico

Cerca de 20 minutos depois do tremor principal, um abalo secundário de magnitude 4,5 atingiu a mesma região, seguido por outro de magnitude 5,2, ambos a 10 km de profundidade, segundo o USGS. O sistema Pager emitiu alerta laranja, indicando risco de vítimas e prejuízos materiais.

O USGS destacou que é provável que haja vítimas e que o desastre possa se expandir, lembrando que situações anteriores com esse nível de alerta exigiram respostas em escala regional ou nacional.

Ahmad Zameer, de 41 anos e morador de Cabul, relatou à CNN que o tremor foi intenso e sacudiu seu bairro, localizado a mais de 160 km do epicentro, levando os moradores dos prédios próximos a correrem para as ruas com medo de ficarem presos.

Em outubro de 2023, um terremoto de magnitude 6,3 atingiu o oeste do Afeganistão, causando mais de 2.000 mortes e se tornando um dos mais letais do país nos últimos anos.

Submarinos nucleares da Rússia escapam de desastre após terremoto

Um forte terremoto na base nuclear da Rússia de magnitude 8,8 atingiu o extremo oriente do país na última semana, colocando em risco uma das principais instalações da frota de submarinos estratégicos. A base de Rybachiy, localizada na Península de Kamchatka, abriga embarcações com capacidade para lançar mísseis balísticos intercontinentais e, por isso, pode ter sofrido danos estruturais.

A informação foi publicada pelo The New York Times, com base em imagens de satélite analisadas pela empresa Planet Labs. As fotos revelam que parte de um píer flutuante se desprendeu da estrutura principal. Além disso, o local abriga parte essencial da força nuclear russa no Pacífico.

Impacto do terremoto na base nuclear da Rússia atinge frota estratégica

Embora não tenha havido vítimas, o tremor, cujo epicentro ocorreu a menos de 130 km da base, gerou preocupação sobre a integridade das instalações. Especialistas alertam que a proximidade com a Baía de Avacha, onde operam submarinos das classes Borei, Yasen-M e Belgorod, evidencia a vulnerabilidade das estruturas militares em regiões sísmicas.

No entanto, o grupo Conflict Intelligence Team informou que os danos foram limitados e que não há indícios de impacto na prontidão da frota. Ainda assim, ao menos cinco submarinos estavam atracados no momento do tremor. Até o momento, a Rússia não se pronunciou oficialmente sobre o incidente, e a imprensa local manteve silêncio.

Submarinos de ataque e torpedos Poseidon

Entre as embarcações operadas na base estão os submarinos estratégicos Borei e Borei-A, que compõem o braço mais temido da tríade nuclear russa. Eles transportam mísseis com ogivas capazes de alcançar alvos em qualquer continente. Também há relatos da presença de submarinos da classe Yasen, considerados uma das ameaças submersas mais avançadas em operação.

Outro ponto de atenção foi a possível presença do Belgorod, o maior submarino do mundo, projetado para missões secretas e transporte do torpedo nuclear Poseidon. Caso estivesse atracado durante o abalo sísmico, qualquer avaria poderia ter representado um risco de proporções globais.


Erupção do vulcão Krasheninnikov na Península de Kamchatka, Rússia, após terremoto de magnitude 8,8 (Vídeo: reprodução/YouTube/CNN)

Risco geológico reacende debate estratégico

O episódio reforça críticas à estratégia de centralizar o arsenal nuclear em áreas remotas, porém instáveis. Kamchatka, apesar de isolada e protegida por enseadas, é uma das regiões com maior atividade sísmica do planeta. Analistas ouvidos por veículos internacionais afirmam que desastres naturais representam um risco tão imprevisível quanto ameaças militares.

Além disso, o portal The War Zone alerta que variações no nível do mar podem comprometer amarras, causar inundações e até afetar sistemas sensíveis em manutenção. A recente erupção vulcânica e o terremoto na base nuclear da Rússia colocam em xeque a viabilidade de manter ativos estratégicos em regiões de alto risco geológico.

Mais de 10 países estão em alerta para tsunami

Um terremoto de magnitude 8,8 que atingiu a costa leste da Rússia na noite da terça-feira (29) provocou grandes ondas no oceano Pacífico. Com o grande impacto dos tremores, milhares de pessoas estão se deslocando para locais mais seguros em diversos continentes ao redor do mundo, sob alerta de tsunami.

Países atingidos

Os primeiros países a serem impactados com as grandes ondas foram a Rússia e o Japão, em seguida a costa oeste dos Estados Unidos começou a ser afetada, nos estados do Havaí, Califórnia, Oregon, Washington e Alasca. 

O Havaí foi o estado mais impactado com as ondas. O alerta para tsunamis permanece para essa terça-feira (30), com novas ondas previstas para a costa oeste. Os voos e pousos em Maui, no Havaí, foram cancelados, deixando 200 passageiros abrigados no terminal. Alerta de ondas mais severas foram emitidas do Havaí até o Oregon que posteriormente foram para a escala mais baixa de alerta. Atualmente o único estado norte-americano que ainda mantém o alerta para ondas é a Califórnia. 

Na Ásia, países como as Filipinas, Indonésia, Taiwan e Japão também foram afetados. No Japão, mais de 1,9 milhão de pessoas foram orientadas a deixarem as suas casas e se deslocarem por conta das ondas que atingem a costa norte e leste. Conforme a agência meteorológica do Japão, uma onda de tsunami de 1,3 metro de altura foi observada perto do Porto de Kuji, no nordeste do país. 

Países da américa latina também foram afetados com os tremores, o Equador, Peru, Chile, México e Panamá. A ilhas Galápagos, localizada no Equador, poderia receber uma onda de mais de 1,4 metro de altura às 19h no horário local, 12h pelo horário de Brasília. O Sistema Integrado de Alerta de Tsunami do México e da América Central também emitiu um novo alerta para tsunamis, que se estende da costa noroeste do México até o Panamá.


Edíficio é atingido por tremores de terremoto em Petropavlovsk-Kamchatsky na Rússia (Foto: reprodução/Handout/REUTERS).

Próximo ao epicentro, no distrito Severo-Kurilsk, um alerta emergencial foi emitido após ondas atingirem a costa, arrancando barcos e arrastando contêineres de armazenamento. Por conta do ocorrido, mais de 300 pessoas foram deslocadas do porto, segundo a agência estatal RIA News. Ondas de 3 a 4 metros de altura também foram registradas em outros pontos da Rússia. 

Origem das grandes ondas

O epicentro dos terremotos que deram origem às grandes ondas e alertas de tsunami no oceano pacífico fica na Península de Kamchatka, no extremo leste da Rússia, atingindo uma profundidade de 20,7 quilômetros segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos. 

Kamchatka está localizada em uma região chamada de “círculo de fogo do pacífico”, onde há uma intensa atividade sísmica e vulcânica de ambos os lados do pacífico. Tremores secundários de escala 5 a 6,9 foram sentidos em algumas regiões da Rússia posteriormente. 

Vulcão entra em atividade horas após terremoto na Rússia

O vulcão Klyuchevskaya Sopka, o mais alto da Eurásia com cerca de 4.750m, entrou em erupção nesta quarta-feira (30), pela manhã. O evento ocorre horas após um forte terremoto de magnitude 8,8 – uma das magnitudes mais fortes de acordo com a Escala de Richter, usada para medir forças de terremotos – atingir o extremo leste da Rússia e desencadear alertas de tsunami em regiões do Pacífico.

O forte terremoto sacudiu a península de Kamchatka, locaizada na Rússia, nesta manhã (pelo horário local) e provocou uma série de alertas de tsunami ao longo do Oceano Pacífico. Pouco depois, o vulcão localizado na Eurásia entrou em erupção de acordo com a RIA Novosti – agência estatal de notícias russa –  emitindo lava e explosões que podiam ser visíveis à distância. 

Vulcão Klyuchevskaya Sopka

Localizado na Eurásia, uma massa continental formada pelos continentes da Europa e da Ásia, o vulcão é um dos ativos mais altos do mundo, com aproximadamente 4.750 metros de altitude. De acordo com a agência RIA Novosti, a erupção começou poucas horas após o terremoto na Rússia.

Apesar da magnitude do fenômeno, turistas que estavam na área não cancelaram os passeios e não há registros de reclamações por parte dos visitantes. Ao contrário, muitos turistas demonstraram interesse em testemunhar o vulcão entrar em atividade ao vivo, segundo a RUTI (União Russa da Indústria de Viagens). As condições da região são voláteis, podendo mudar a qualquer momento sem previsão, com ventos fortes, temperaturas baixas e presença constante de neve em grandes altitudes.


Vulcão entra em erupção horas após terremoto na Rússia (Mídia: reprodução/X/@g1)


A três anos atrás, em 2022, oito pessoas morreram escalando o vulcão, em uma expedição que levava um grupo de doze pessoas, incluindo dois guias. 

Terremoto na Rússia e tsunamis no Pacífico

O terremoto de magnitude 8,8 foi registrado na Península de Kamchatka nas primeiras horas desta quarta-feira e teve profundo impacto geológico. O tremor registrado foi de 19,3km de profundidade, o que torna as condições favoráveis para um tsunami. Provocado pelo terremoto, logo em seguida ocorreu um tsunami, que desencadeou alertas em regiões do Pacífico. Contudo, parte da população foi evacuada da península e pessoas sofreram ferimentos leves. De acordo com o governo russo, um tsunami forte foi observado em Kamchatka, com ondas registradas de até 4 metros.

O fenômeno também foi registrado no Japão e no estado do Havaí. No Japão, ondas abaixo de 1 metro chegaram a atingir o norte do país e o governo prevê que elas possam chegar a altura de até 3 metros. Já no Havaí, o Centro de Alerta de Tsunami do Pacífico afirmou que um tsunami atingiu o país e o governo determinou que parte da área costeira fosse evacuada.

Alertas foram sinalizados para quase toda a costa das Américas, incluindo Estados Unidos, México, Chile, Equador e Colômbia – os dois últimos determinaram a evacuação das costas e a interrupção dos serviços marítimos. Apesar de serem efeitos do terremoto na Rússia, os riscos nessas áreas são considerados menores. 

Tsunami atinge Rússia, Japão e Havaí após terremoto

Um terremoto de magnitude 8,8 sacudiu a região da Península de Kamtchatka, no leste da Rússia, na madrugada desta quarta-feira (30, horário local) e provoca tsunamis que atingiram Japão e Havaí. Com epicentro a cerca de 125 km de Petropavlovsk-Kamchatsky, o tremor teve ondas de até 4 metros e deixou a costa do Oceano Pacífico sob alerta.

Ondas gigantes e evacuações emergenciais

Na Rússia, o fenômeno causou alagamentos e prejuízos em áreas costeiras, além de ferimentos leves em moradores e danos estruturais. Vídeos compartilhados em redes sociais mostraram a água avançando sobre regiões urbanas. Em resposta, o governo iniciou evacuações nas zonas mais próximas ao mar, especialmente em Severo-Kurilsk e Petropavlovsk.


Tsunami causa ondas enormes e deixa mar agitado no Japão (Vídeo: reprodução/Instagram/@portalg1)


Já no Japão, a TV estatal NHK confirmou a chegada de ondas menores, com até 1 metro, ao norte do país, e alertou para o risco de novas elevações de até 3 metros. Usinas nucleares, como a de Fukushima, foram isoladas por precaução. O governo japonês também suspendeu parte dos trens e orientou a população a buscar áreas elevadas.

Impacto também no Havaí e Américas

O tsunami cruzou o Pacífico e chegou ao Havaí nas primeiras horas desta quarta-feira (horário local), levando as autoridades americanas a suspender voos e atividades comerciais nas áreas litorâneas. Em comunicado, o Centro de Alerta de Tsunamis do Pacífico informou risco de ondas destrutivas e pediu evacuação imediata de regiões costeiras.

Outros países das Américas, como México, Chile, Equador e até partes da costa oeste dos EUA, receberam alerta de risco moderado. Ainda assim, medidas de precaução foram ativadas em todo o continente.

Segundo o Serviço Geológico dos EUA (USGS), o terremoto é o mais intenso registrado na região desde 1952 e um dos seis maiores já documentados no mundo. Com profundidade de apenas 19 km, ele teve alta capacidade de provocar deslocamento de água, condição ideal para a formação de tsunamis. O episódio revive o temor global por eventos sísmicos de grande escala.