Polícia notificará TikTok após menina de 8 anos morrer em “desafio do desodorante”

A Polícia Civil pretende notificar oficialmente a rede social TikTok no caso da morte de Sarah Raíssa Pereira, de 8 anos, ocorrida em Ceilândia, no Distrito Federal. A principal hipótese investigada é de que a menina teria inalado spray aerossol ao participar do chamado “desafio do desodorante”. Sarah Raíssa Pereira de Castro deu entrada no Hospital Regional de Ceilândia (HRC) na última quinta-feira (10) e morreu no domingo (13).

O que se sabe sobre a morte

O delegado Walber Lima, responsável pela investigação, declarou nesta segunda-feira (14) que o celular da vítima será encaminhado para perícia. Também foi informado que os dados salvos no celular da vítima podem auxiliar a polícia a identificar a origem do vídeo.


Polícia deve notificar Tiktok (Vídeo: reprodução/Youtube/CNN Brasil)

“Vamos ter que oficiar a rede social da qual ela teve acesso ao vídeo para saber e ter mais informações acerca do criador do conteúdo”, afirmou.

A investigação busca descobrir quem foi o autor do “desafio do TikTok” e também quem teria encaminhado o conteúdo para a criança.

Os responsáveis pela criação e divulgação do desafio podem ser responsabilizados por homicídio duplamente qualificado, infração que prevê pena de até 30 anos de prisão.


Polícia Civil vai notificar a rede social TikTok (Foto: reprodução/Freepik)

Riscos do “desafio do desodorante”

O chamado “desafio do desodorante” envolve a inalação do produto por um longo período, uma prática que vem sendo replicada por crianças e adolescentes em vídeos publicados nas redes sociais, muitos deles com grande alcance.

Especialistas alertam para os riscos graves dessa ação, destacando que o aerossol, ao ser inalado, pode atingir rapidamente os brônquios e comprometer a oxigenação do corpo.

Os exames realizados no Hospital Regional de Ceilândia (HRC) indicam que a causa da morte foi, possivelmente, a inalação do desodorante.

O laudo cadavérico, elaborado pelo Instituto Médico Legal (IML), já foi finalizado e será examinado pelos investigadores.

Sarah Raíssa foi sepultada nesta segunda-feira (14).

Guerra comercial: Em resposta ao “tarifaço” China aumenta as tarifas sobre EUA

O governo chinês anunciou, nesta sexta-feira (11), o aumento das tarifas sobre os produtos que chegam dos Estados Unidos, passando de 84% para 125%. Essa decisão seria uma represália às tarifas impostas pelo presidente Donald Trump.

Desde o anúncio feito pelo governo americano ao divulgar o “tarifaço”, aplicando à China uma porcentagem superior à dos demais países, o país asiático vem elevando a tributação sobre os produtos importados dos Estados Unidos como resposta às medidas americanas. Essa escalada está intensificando a tensão entre as duas maiores potências econômicas, o que tem gerado preocupação no mercado financeiro.

Guerra comercial

 No dia 2 de abril, o presidente dos Estados Unidos anunciou seu projeto de “tarifas recíprocas”, que previa a taxação de produtos de 180 países. No entanto, a China recebeu um tratamento diferenciado. Enquanto os outros países enfrentaram aumentos gerais, os produtos chineses já haviam sido taxados em 10% em fevereiro pela Casa Branca. Esse percentual se somou a uma tarifa anterior já vigente. Assim, na quarta-feira, 2 de abril, a China passou a enfrentar uma cobrança adicional de 34%, totalizando uma tarifa de 54% sobre suas mercadorias.

Após a iniciativa dos Estados Unidos, o líder chinês resolveu reagir à ação americana e impôs tarifas de 34% sobre os EUA. Contudo, insatisfeita com a atitude da China, Washington aumentou novamente o valor da taxação, adicionando mais 50% sobre as importações chinesas, elevando a tarifa para o patamar de 104%.

Em resposta aos valores estabelecidos por Donald Trump, Pequim aumentou as tarifas sobre os EUA para 84%, o que provocou uma nova reação de Washington, que decidiu elevar a taxação para 125% contra os chineses. Com esse acréscimo somado à porcentagem anterior, o total chegou a 145%.


Foto destaque: presidente Donald Trump exibe gráfico de tarifa durante o “Make America Wealthy Again” (Foto: reprodução/Chip Somodevilla/Getty Images Embed)


TikTok

 Essa disputa tarifária entre os dois países afetou as negociações sobre a venda do aplicativo TikTok, que previa a transferência de 50% da plataforma para empresários americanos, sob pena de ser banida dos Estados Unidos. No entanto, devido aos conflitos entre China e EUA, a negociação foi suspensa até que a situação entre Washington e Pequim seja resolvida.

Retorno de Lorde: Cantora compartilha trecho de nova canção

Afastada desde 2021, e após o álbum Solar Power, a cantora Lorde (28), surpreendeu seus fãs ao liberar um trecho de sua nova música. No vídeo publicado em sua conta do TikTok, a artista aparece caminhando por uma praça em Paris, dublando um trecho de sua própria canção.

Essa não é a primeira vez que a artista promove seus lançamentos de forma inusitada. No álbum anterior, devido ao distanciamento das redes sociais, Lorde divulgou o projeto enviando e-mails aos fãs. Outras atualizações, como datas de turnê e novidades, foram compartilhadas via newsletter.

O sucesso de Lorde

 Com uma trajetória sólida, Lorde fez história no cenário pop ao lançar “Royals”, seu primeiro single de sucesso mundial. A faixa faz parte de seu álbum de estreia, Pure Heroine, lançado em 2013.

A música permaneceu no topo da Billboard Hot 100 por nove semanas, fazendo dela a artista solo mais jovem a alcançar essa posição desde 1987. Na época, ela tinha apenas 16 anos.
Logo após, passou quatro anos sem lançar novos discos.

Em 2017, anunciou seu retorno com o álbum Melodrama, que alcançou o primeiro lugar na Billboard 200.
A carreira da neozelandesa é marcada por pausas que costumam ocorrer a cada quatro anos.


Cantora Lorde (Vídeo: reprodução/TikTok/@lorde)

Nova Era

Sem revelar o título ou a data de lançamento, Lorde reacende o entusiasmo dos fãs ao sugerir uma nova fase artística. Com uma sonoridade diferente de seus trabalhos anteriores, mas mantendo sua essência, a cantora promete mais um retorno marcante.

A nova letra, divulgada por Lorde, remete à sua adolescência: “Desde os 17 eu te dei tudo, agora acordamos de um sonho e bem, querido, o que foi isso?”, canta ela.
Nos comentários da publicação, os fãs demonstram empolgação e expectativa pelo novo projeto musical.

Um internauta disse que louvava o Senhor pelo retorno da artista, afirmando que ela havia “ressuscitado”. Outro comentou que estava com muita saudade. Já um terceiro afirmou que a vida voltava a valer a pena ser vivida.

Prazo de venda do TikTok é estendido por Donald Trump

Seguindo o embate que os Estados Unidos e a empresa chinesa ByteDance vêm passando sobre a permanência do aplicativo TikTok no país, o presidente Donald Trump aumentou o prazo para vender os ativos estadunidenses do aplicativo para um vendedor que não seja chinês, para 75 dias. Caso não seja cumprido, o aplicativo passará por uma proibição seguindo uma lei do país de 2024.

Relação dos EUA com a China

Nesta sexta-feira (4), Trump disse que o acordo precisa ser mais trabalhado, a fim de garantir que todas as aprovações necessárias sejam assinadas, o que não seria possível com a data que determinou em janeiro, que encerraria hoje (5).

O presidente informou desejar continuar “trabalhando de boa fé” com a China, e disse saber que eles não estão contentes com as tarifas recíprocas altíssimas que estabeleceu para o país.

Após o “tarifaço” imposto por Trump, a China é o local com a tarifa mais alta de produtos importados pelos EUA, sendo cobrado 54%.

As tarifas da China podem ser reduzidas, caso ocorra um acordo com a ByteDance, o que pode ocorrer através ed quatro grupos distintos, não sendo divulgados quais são, que buscam um trato com o TikTok.


Donald Trump decreta que o TikTok funcionará por mais 75 dias nos EUA (Vídeo: reprodução/X/@GloboNews)

Plano de Trump para o TikTok

A negociação sobre o que ocorrerá com o aplicativo no país é liderada pela Casa Branca. O plano visa que os maiores investidores não chineses aumentem suas participações, além de possuírem as operações do TikTok nos Estados Unidos.

Fontes relataram para a Reuters planejado ainda a criação de uma entidade estadunidense para a rede social, e que a participação chinesa no novo negócio fique abaixo do limite de 20% estabelecido pela legislação dos EUA, o que poderia “salvar” o TikTok de ser proibido no país.

As discussões na Casa Branca estão sendo lideradas por Susquehanna International Group e General Atlantic, de Jeff Yass e Bill Ford, respectivamente, representados no conselho da ByteDance. Segundo um repórter da ABC News em mídia social, o Walmart também está considerando juntar-se ao grupo de investidores para um acordo com o aplicativo.

O governo chinês não aprovou quaisquer acordos, e Pequim não falou publicamente para a permissão da venda do TikTok, o qual também não respondeu de imediato ao indagarem sobre.

Trump prorroga em 75 dias prazo para venda do Tik Tok nos Estados Unidos

O presidente Donald Trump estendeu, nesta sexta-feira (4), em 75 dias o prazo para a ByteDance, empresa chinesa responsável pelo aplicativo TikTok vender os ativos americanos para um comprador do país.

Trump salientou que não quer que a rede social “desapareça”, apenas que seus ativos sejam vendidos internamente. Esta é a segunda vez que o prazo é estendido. A lei previa para janeiro a proibição do TikTok nos EUA, caso não fosse vendido. 

Na quinta-feira (3) o presidente americano havia dito estar “muito próximo” de fechar um acordo para encontrar um comprador para a operação americana do aplicativo. Caso isto não ocorra, o TikTok pode ser banido dos Estados Unidos. 


Mensagem recebida por usuários do TikTok, nos Estados Unidos (Reprodução/Smith Colletion/Gado/ Getty images embed)


Em janeiro deste ano a plataforma ficou fora do ar por um dia após a lei entrar em vigor. Os usuários do aplicativo foram surpreendidos com uma mensagem dizendo:

“Desculpe, o TikTok não está disponível no momento. Uma lei proibindo o TikTok foi promulgada nos Estados Unidos. Infelizmente, isso significa que você não pode usar o TikTok por enquanto”.

Ameaça à segurança nacional

A lei que bloqueou o TikTok foi aprovada durante o governo de Joe Biden e foi sancionada pelo então presidente. Os legisladores alegaram que os laços do aplicativo com a China e, portanto, seu acesso à abundância de dados representaria uma ameaça à segurança nacional. 

O ocorrido gerou embaraço e preocupação nos usuários, em especial, pequenas empresas que dependem da plataforma para viver.

“Grande interesse no Tik Tok”


Presidente Donald Trump e TikTok (Reprodução/Anadolu/Getty images embed)


O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, revelou na segunda-feira (3) que há interessados no TikTok . Em outro momento já havia escrito em suas redes sociais que há “grande interesse no TikTok”, porém, esta semana, prorrogou o prazo mais uma vez e explicou porque estava estendendo o prazo que ele havia estabelecido em janeiro e que deveria expirar no sábado: 

“O acordo requer mais trabalho para garantir que todas as aprovações necessárias sejam assinadas”, disse Trump.

Ele ainda afirmou que sua administração estava em contato com quatro grupos diferentes sobre um possível acordo, mas não os identificou. 

As negociações são lideradas pela Casa Branca e se concentram em um plano para que os maiores investidores não chineses da empresa ByteDance aumentem suas participações e adquiram as operações do aplicativo nos Estados Unidos, salvando o TikTok de uma proibição iminente no país.

Virginia Fonseca responde às críticas e afirma estar foca em coisas mais importantes

A influenciadora Virginia Fonseca, de 25 anos, não deixou as críticas sem resposta. Em um vídeo publicado no TikTok, ela foi direta ao afirmar que não perde tempo com comentários negativos. Segundo Virginia, sua prioridade está na família, nos negócios e em seus projetos profissionais, não sobrando espaço para dar atenção a opiniões maldosas. Com uma postura firme, ela reforçou seu compromisso com o que realmente importa em sua vida.


Vídeo que Virginia rebate seus haters (Vídeo: reprodução/Tiktok/@virginiafonseca)


Resposta aos comentários

No vídeo, Virginia aparece em frente a um espelho, vestindo um look de academia, e manda um beijo com as mãos em tom descontraído. A legenda da publicação reflete sua rotina intensa, mencionando a necessidade de equilibrar diversas responsabilidades, como cuidar da família, administrar seus negócios e investimentos, criar conteúdo para as redes sociais, gravar seu programa, manter a disciplina nos treinos e ainda se dedicar aos cuidados pessoais.

“Infelizmente, não vou poder me importar!! Preciso cuidar da minha família, das minhas empresas, dos meus investimentos, postar story, gravar meu programa, treinar e manter unha e cabelo em dia”, ela disse na legenda.

Com essa mensagem, ela deixa claro que, diante de tantos compromissos, não há espaço para dar atenção a críticas ou comentários negativos. A publicação reforça sua postura confiante e sua maneira leve de lidar com situações adversas, demonstrando que está focada em seu crescimento pessoal e profissional.


Virginia com sua família (Foto: reprodução/Instagram/@virginia)


Aniversário chegando

Com a proximidade de seu aniversário, que acontece neste domingo (6/4), a expectativa dos fãs só cresce. A influenciadora revelou que pretende comemorar a data de forma especial, cercada pela família em sua casa em Mangaratiba, no Rio de Janeiro.

Sempre compartilhando sua rotina com os seguidores, ela promete momentos de alegria e descontração, mas mantém o mistério sobre os detalhes da celebração. O público, ansioso, especula sobre possíveis surpresas e registros especiais desse dia marcante, aguardando cada atualização nas redes sociais.

Donald Trump menciona aliviar tarifas para a China caso a venda do TikTok seja aprovada

Nesta quinta-feira (3), durante uma conversa com repórteres no Air Force One, o presidente Donald Trump mencionou a possibilidade de negociar tarifas e discutir um acordo com a China sobre a venda do aplicativo TikTok.

“Todos os países nos ligaram. Essa é a beleza do que fazemos, nos colocamos no banco do motorista”, revelou Trump.

Ele também afirmou estar aberto a novas discussões com outras nações, porém espera que essas negociações tragam benefícios para os Estados Unidos. Trump citou o aplicativo como exemplo, sugerindo que a China poderia colaborar com a venda da plataforma em troca de um alívio tarifário.

Ao ser questionado sobre possíveis negociações em andamento, o presidente negou, alegando que apenas usou o caso como um exemplo.

EUA vs. TikTok

O TikTok enfrenta há tempos desafios nos EUA, com o governo americano alegando que sua ligação com a China e o acesso a dados de milhões de usuários representam um risco à segurança nacional.

No início deste ano, o aplicativo foi banido do país, pois a ByteDance, empresa responsável por sua administração, se recusou a vendê-lo para investidores americanos.

A empresa negou as acusações de ter compartilhado dados de usuários dos EUA com o governo chinês e argumentou que a lei que impõe sua venda viola os direitos constitucionais dos americanos, garantidos pela Primeira Emenda.

Com mais de 170 milhões de usuários no país, a plataforma chegou a suspender seus serviços até a posse do atual presidente, Donald Trump, que assinou um decreto adiando a proibição do aplicativo até o dia 5 de abril, caso parte da empresa fosse vendida para empresários americanos.


Foto destaque: Donald Trump, presidente dos Estados Unidos (Foto: reprodução/X/@valoreconomico/Al Drago/Bloomberg)

As tarifas americanas

Ao assumir o poder em 20 de janeiro, Trump introduziu novas mudanças nas tarifas sobre produtos importados pelos EUA.

Países como Canadá e México tiveram suas exportações taxadas em 25%, o que gerou retaliações por parte dos dois governos. Após ameaças de taxações recíprocas, Trump suspendeu a medida por 30 dias. Ele também ameaçou impor tarifas à Colômbia caso o país não aceitasse os imigrantes que estavam nos Estados Unidos.

China e Brasil também estão entre os países impactados pelas tarifas impostas por Donald Trump. Na última quarta-feira (2), o presidente republicano anunciou uma taxação de 54% sobre as importações chinesas para os EUA, o que pode intensificar as tensões comerciais entre as duas maiores economias do mundo.

No caso do Brasil, as exportações para os Estados Unidos sofrerão uma taxa de 10% a partir deste sábado (5). No entanto, alguns produtos, como o petróleo, estarão isentos da nova tributação, enquanto o aço permanecerá sujeito à tarifa de 25%, conforme a determinação de Trump em março.

Sleepmaxxing: tendência viral do sono que divide especialistas

Dormir bem virou prioridade para muita gente, e com isso surgem novas tendências que prometem revolucionar a qualidade do sono. A mais recente delas é o sleepmaxxing, um fenômeno das redes sociais que viralizou no TikTok e envolve diferentes práticas para aprimorar o descanso, desde rotinas relaxantes até o uso de dispositivos e suplementos.

O que é sleepmaxxing

O termo sleepmaxxing engloba qualquer truque, produto ou hábito que ajude a dormir melhor e por mais tempo. Usuários da internet compartilham métodos inusitados, como fita adesiva para fechar a boca durante o sono, expansores de narinas, coquetéis de magnésio e até o consumo de kiwi antes de dormir. A promessa é simples: maximizar a qualidade do sono para garantir maior bem-estar e disposição no dia seguinte.

Especialistas fazem alerta

Apesar do entusiasmo em torno dessa tendência, especialistas levantam preocupações sobre os riscos envolvidos. Carleara Weiss, consultora de ciência do sono da Aeroflow Sleep, alerta para a crescente comercialização do sono como um produto. “Devemos ter cuidado para não desviar o foco do real bem-estar para outro, de apenas comprar mais e mais produtos”, afirma.

Além disso, práticas populares dentro do sleepmaxxing podem não ser adequadas para todos. Um exemplo é o uso de fitas bucais para incentivar a respiração nasal. Clete A. Kushida, neurologista e especialista em sono da Stanford Health Care, aponta que essa técnica pode ser perigosa para algumas pessoas.

“Pesquisas limitadas mostram que a fita adesiva na boca pode não ser eficaz para todos os respiradores bucais durante o sono e, em alguns casos, piora o fluxo de ar durante o sono. Também há o risco de aspirar catarro e conteúdo refluído para os pulmões se a boca for tapada; ouvi falar de pacientes que desenvolveram pneumonia por aspiração após tapar a boca”, alerta Kushida.


Influenciadora praticando sleepmaxxing (Vídeo: reprodução/TikTok/@chiara.sbardellati)

O que realmente funciona

Embora algumas práticas sejam questionáveis, outras têm respaldo científico e podem ser benéficas. Óculos bloqueadores de luz azul, por exemplo, ajudam a regular os ritmos circadianos, reduzindo os impactos da exposição à luz artificial à noite.

Da mesma forma, estudos indicam que comer kiwi antes de dormir pode aumentar os níveis de serotonina e melatonina, melhorando a qualidade do sono naturalmente.

O sleepmaxxing reflete uma busca crescente por estratégias para melhorar o descanso, mas a recomendação dos especialistas é sempre buscar informações embasadas e consultar um profissional antes de adotar novas práticas. Afinal, quando o assunto é saúde, nem tudo que viraliza na internet deve ser seguido sem critério.

TikTok e o risco de autodiagnóstico errado de TDAH

Pesquisadores da University of British Columbia, Canadá, analisaram os vídeos mais populares do TikTok, com temas relacionados ao transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH). Somados, eles chegam a quase meio bilhão de visualizações, com mais de 900 mil curtidas.    

De acordo com a pesquisa, os vídeos apresentam pelo menos três alegações sobre o assunto. Em seguida, os pesquisadores mostraram vídeos com essas alegações para um grupo de psicólogos. E, a partir disso, perguntaram se aquelas argumentações faziam sentido diante do ponto de vista científico.    

Menos da metade dos vídeos, 47%, continham informações verdadeiras sobre diagnóstico de TDAH. Além disso, em 66% dos vídeos mais assistidos sobre o tema, o que é descrito como identificação do transtorno, não passa de “experiências humanas normais”, segundo o grupo de psicólogos.   


Vídeos com temática TDAH atigem meio bilhão de visualiazações no TikTok (Foto:reprodução/Solen Feyissa/Unplash)

Alerta para diagnóstico errado

Apesar da desinformação e falta de afirmação técnica, a Universidade considera desnecessária a proibição de vídeos sobre o tema. Porém, deixa o alerta, quanto mais tempo assistindo a vídeos sobre TDAH no TikTok, aumenta a probabilidade de compartilhá-los com outros, aumentando o alcance das desinformações.    

TikTok pode causar vício

A plataforma enfrenta restrições em vários países, principalmente por, segundo estudos, ter influência e causar vício entre os mais jovens. Documentos da Justiça dos Estados Unidos evidenciam que o TikTok reconhece o impacto e a influência do algoritmo de recomendação sobre seus usuários.

Além disso, o uso compulsivo do TikTok pode causar diversos efeitos negativos na saúde mental, como a perda da capacidade analítica, além de comprometer a memória, a habilidade de contextualizar, conversar e demonstrar empatia.      


TikTok pode causar efeitos negativos entre os mais jovens (Vídeo: reprodução/YouTube/JornalismoTVCultura)

O que diz o TikTok?

Em nota, o TikTok informa que a cada atualização vem acrescentando uma série de limites de uso, principalmente entre os mais jovens, e que disponibiliza controle parental e tempo de permanência na plataforma.    

Albânia pode se tornar o primeiro país da Europa a banir Tik Tok 

Mais um país aplica restrições ou proibições ao Tik Tok, dessa vez a Albânia. Governo albanês anunciou um pacote de ações que limita o uso do aplicativo no país sob alegação de segurança nas escolas.    

Em novembro de 2024, um adolescente de 14 anos foi assassinado a facadas por um colega de sala, após uma discussão que começou no aplicativo de vídeos. Desde então, especialistas em saúde mental e integrantes do governo iniciariam estudos para tornar o ambiente escolar mais saudável e com menos interação ao mundo digital.    

Durante pronunciamento à mídia local, o primeiro-ministro albanês, Edi Rama, informou que chegou à decisão depois de muitas reuniões com professores, pesquisadores e pais de alunos e complementou que 90% dos pais são a favor do banimento.

O chefe de estado conclui dizendo que problemas nunca foram os estudantes albaneses, e sim, a plataforma tem uma forte influência sobre os jovens, porém não possui filtros de conteúdos que preservem a segurança e saúde mental dos usuários. 


TikTok pode ser banido na Albânia (Foto: reprodução/Nurphoto/Getty Images Embed)


Outros países também já restringiram Tik Tok

Na Europa, o aplicativo já enfrenta bloqueio parcial na França, na Holanda, no Reino Unido, na Bélgica e na Dinamarca. Nestes países, o uso é restrito apenas aos dispositivos dos governos. Canadá, Austrália e Taiwan também adotaram o mesmo sistema de restrição.    

Já na Índia, Nepal, Uzbequistão, Irã e Afeganistão, o uso do aplicativo é completamente proibido, pois, segundo governantes, temem pela segurança nacional, alegam que o Tik Tok é usado como ‘‘ferramenta de espionagem, não protege dados dos usuários’’ e que não trabalha em favor da saúde mental de crianças e adolescentes.   

 Na China, país de origem, não se usa o aplicativo. Por lá, a empresa dona do TikTok, Byte Dance, lançou um aplicativo semelhante, com o nome de Douyin.   

Nos Estados Unidos

No início do ano, a Suprema Corte decidiu pela suspensão do aplicativo no país, visando uma lei aprovada pelo Congresso americano que obriga, nos casos das big techs, a venda da operação para uma empresa americana. Vale lembrar que a chinesa Byte Dance é dona exclusiva do app e não permite – até o momento – venda de ações.    

Após algumas horas, o serviço de operação da plataforma foi restaurado. Isso aconteceu principalmente pela posse do presidente Donald Trump, que já havia sinalizado que, quando empossado, trabalharia para resolver a questão.