Trump é considerado culpado em julgamento sobre fraude e suborno

Donald Trump, ex-presidente dos Estados Unidos, foi declarado culpado nesta quinta-feira (30), em um julgamento envolvendo a ocultação contábil de um pagamento de US$ 130 mil à atriz pornô Stormy Daniels. Esse pagamento ocorreu na reta final das eleições de 2016, ano em que Trump venceu Hillary Clinton.

Sentença em breve

Os jurados determinaram a culpa de Trump em 34 crimes, porém, a sentença ainda será decidida pelo juiz Juan Merchan. As acusações são classificadas como crimes leves de classe E no estado de Nova York, com penas máximas de quatro anos de prisão. Especialistas acreditam que é improvável que Trump cumpra pena em regime fechado.

Fatores que podem influenciar na pena incluem o fato de ser sua primeira condenação criminal, a natureza não violenta do crime, sua idade de 77 anos e seu histórico como ex-presidente dos EUA, com a possibilidade de concorrer novamente ao cargo. A expectativa é que a pena resulte em uma multa e liberdade condicional.

Trump ainda pode disputar a presidência

Apesar de ser a primeira vez que um ex-presidente dos EUA é condenado criminalmente, isso não impede Trump de concorrer à presidência novamente. A Constituição dos Estados Unidos exige apenas que o candidato tenha nascido no país, tenha pelo menos 35 anos e resida nos EUA por 14 anos. Portanto, Trump poderá participar das eleições de 5 de novembro de 2024, mesmo com a condenação.


Acompanhe detalhes do caso com o ex-presidente Trump (Vídeo: reprodução/YouTube/Brasil Urgente)



Detalhes do julgamento

O julgamento teve início em 15 de abril com a seleção dos jurados e foi conduzido pela promotoria liderada por Alvin Bragg. A acusação central foi de que Trump interferiu nas eleições de 2016 ao pagar para “comprar o silêncio” de Stormy Daniels, impedindo que ela divulgasse um suposto encontro sexual com Trump em 2006.

David Pecker, diretor do tabloide “National Enquirer”, colaborou com a campanha de Trump pagando por histórias prejudiciais ao então candidato, sem publicá-las. Michael Cohen, ex-advogado de Trump, foi a principal testemunha da acusação, afirmando ter pago a Daniels com recursos próprios e sido reembolsado por Trump, com o pagamento registrado falsamente como honorários advocatícios.


Além desta condenação, Trump enfrenta outras três acusações criminais. Elas incluem a tentativa de se manter no poder após perder as eleições de 2020, a tentativa de reverter o resultado eleitoral na Geórgia e a posse indevida de documentos sigilosos após deixar a presidência. Nenhum desses casos tem julgamento previsto para este ano.

Eleição: Trump fala em “reich unificado” se for reeleito

Donald Trump, ex-presidente dos Estados Unidos, postou um vídeo nesta segunda-feira (21) mostrando imagens de um artigo de jornal falso que faz referência a um “Reich unificado” (o termo “reich” é associado à Alemanha nazista que designou a Alemanha como “Terceiro Reich”, de 1933 a 1945), caso ele seja reeleito em 2024. O vídeo causou rebuliço na internet e diversos comentários.


Vídeo postado por Trump (Vídeo: Reprodução/X/@delucca)

Karoline Leavitt, porta-voz da campanha de Trump, disse em comunicado que o vídeo não foi criado pela campanha.

Foi republicado por um funcionário que claramente não viu a palavra, enquanto o presidente estava no tribunal.

Karoline Leavitt em comunicado

O termo “reich” é frequentemente ligado à Alemanha sob Hitler, que designou a Alemanha como “Terceiro Reich”, de 1933 a 1945.

Eleição

A equipe de Biden não deixou a postagem do ex-presidente passar, e o porta voz da campanha fez um comunicado sobre a atitude do ex-presidente.

América, pare de rolar e preste atenção. Donald Trump não está brincando; ele está dizendo aos Estados Unidos exatamente o que pretende fazer se recuperar o poder: governar como um ditador sobre um ‘reich unificado.

James Singer, porta-voz da campanha de Biden em comunicado

Em 5 de novembro de 2024 ocorrem as eleições dos Estados Unidos, onde provavelmente Trump se candidatará novamente pelo Partido Republicano.

Trump no governo

Tendo iniciado sua presidência nos Estados Unidos no dia 20 de janeiro de 2017 e encerrado em 20 de janeiro de 2021, Trump teve diversas falas comparadas as de Hitler, como a que compara seus oponentes políticos a “vermes”. Também, a afirmação de que os imigrantes sem documentos estão “envenenando o sangue do nosso país” , além de atacar judeus americanos por não apoiarem a ele e a Israel o suficiente, segundo o ex-presidente.


Donald Trump (Foto: Reprodução/CNN Brasil)

Ele rejeitou as críticas em um comício em dezembro.

Juíza nega pedido de anular julgamento em caso de Trump

Stormy Daniels prestou depoimento nesta terça-feira (7) no caso de suborno envolvendo Trump como 13ª testemunha do caso, porém os advogados do ex-presidente solicitaram a anulação do julgamento alegando que o depoimento da atriz de filmes adultos foi prejudicial, o juiz Juan Merchan negou o pedido. A solução está no interrogatório, foi o que Merchan afirmou.

O juiz também declarou ter ficado surpreso por não haverem mais objeções do lado de Trump referente ao depoimento da Stormy. A advogada do ex-presidente, Susan Necheles, declarou ao juiz que, assim que foi sinalizado por Merchan o fato do testemunho de Daniels ter ido longe demais, a defesa começou a fazer objeções constantes.

Mas até aquele momento, realmente sentíamos que Vossa Excelência havia decidido no banco que eles tinham permissão para fazer o que estavam fazendo.

Susan Necheles

“Acho que sinalizei a você e à promotoria que estávamos entrando em muitos detalhes”, o juiz Merchan respondeu.

Caso de Donald Trump

Trump é acusado pelo Ministério Público de ter pago US$130 mil para tal, com o intuito de que ela não revelasse no final de sua campanha presidencial em 2016 que os dois haviam tido relações sexuais em 2006.
Tal ato não é crime, a infração da lei ocorreu por Trump ter registrado estes US$130 mil como honorários advocatícios, tornando o pagamento ilegítimo.

Eu estava olhando para o teto e não sabia como tinha chegado lá. Eu estava tentando pensar em qualquer outra coisa que não fosse aquilo que estava acontecendo.

Stormy Daniels

Trump alega ser inocente, e que em 2006 já estava casado com Melania, sendo assim, nunca teve relações com Stormy. Em fevereiro, o ex-presidente tentou impedir na Justiça que ela fosse convocada a depor, e se queixou por não ter sido avisado antes sobre a convocação da atriz para o julgamento.

A noite de Stormy e Trump segundo a atriz

Stormy contou que conheceu Trump em um torneio de golfe na California, em 2006 ele era empresário e apresentador de reality show. Um jantar entre os dois foi proposto pelo segurança do ex-presidente. Quando ela chegou ao quarto no hotel encontrou Trump de pijama, a atriz pediu para que ele se trocasse e o mesmo aceitou. Em seu depoimento, Stormy disse que quando estava na suíte teve um “apagão”, a mesma afirmou que não consumiu drogas nem álcool e que, quando se deu conta estava na cama, sem roupa.


Stormy Daniel (Foto: Reprodução/ British Vogue)


A atriz conta que Trump não usou preservativo mas ela não o mandou parar, e saiu do quarto pouco tempo depois. Ela também diz que não se sentiu física ou verbalmente ameaçada, mas sabia que o segurança dele estava do lado de fora e se viu em um desequilíbrio de poder.

Defesa de Trump acusa ex-advogado de Stormy Daniels de extorsão

Aconteceu nesta quinta-feira (02) o julgamento penal do ex-presidente dos Estados Unidos, no qual ele enfrenta acusações por supostamente falsificar registros comerciais para ocultar um pagamento de $130 mil dólares feito à estrela de filmes adultos Stormy Daniels, pouco antes da eleição presidencial de 2016.

Trump está sendo alvo de uma investigação devido a suspeitas de ter realizado 34 transações contábeis fraudulentas para reembolsar o advogado pelo pagamento. O ex-presidente nega as acusações e refuta a afirmação de Daniels de que tiveram relações sexuais uma década antes.

O julgamento avançou com a presença de Keith Davidson, ex-advogado de Daniels, testemunhando no tribunal. Após ser questionado pela promotoria, o advogado de defesa de Trump, Emil Bove, procurou desafiá-lo.

No centro deste julgamento, onde um ex-presidente está sentado no banco dos réus pela primeira vez na história do país, está o pagamento feito a Daniels. A alegação é que o magnata tentou encobri-lo com despesas legais através de seu então advogado, Michael Cohen, que adiantou o dinheiro de seu próprio bolso.


Donald Trump e seus dois advogados Todd Blanche e Emil Bove em seu julgamento do dia 02/05 (Foto: reprodução/Bloomberg/getty Images Embed)


Acusação x Defesa

Depois que Davidson testemunhou que acertou um pagamento de $130.000 com Michael Cohen, advogado pessoal de Trump na época, Bove indagou sobre as alegadas tentativas de Davidson de obter dinheiro de Hulk Hogan em troca de um vídeo sexual envolvendo o ex-lutador. Ele também investigou Davidson sobre suas supostas tentativas de obter dinheiro com informações comprometedoras sobre celebridades.

O antigo advogado de Daniels contestou a utilização do termo “extorquir”, embora tenha admitido que foi objeto de investigação por autoridades federais e estaduais por suspeita de extorsão enquanto representava clientes que possuíam um vídeo sexual do ex-lutador profissional Hulk Hogan. No entanto, ele esclareceu que não foi formalmente acusado de nenhum crime.

Desacato e Penalidade

Os promotores estão buscando uma penalidade adicional para o ex-presidente dos Estados Unidos por desrespeitar uma ordem de silêncio que o impede de discutir testemunhas e jurados com a intenção de interferir nas investigações.

O valor de 4.000 dólares somaria à multa de 9 já recebida  pelo juiz do caso,na terça feira (30/04), que considerou que o ex-candidato presidencial republicano estaria violando a ordem do tribunal por conta de postagens nas redes sociais que levantavam dúvidas sobre o processo de seleção do júri e difamavam seu ex-advogado Michael Cohen, uma figura central no caso.

Fora das audiências, Trump declarou: “Não estou autorizado a testemunhar por causa de uma ordem de mordaça inconstitucional”, embora essa afirmação não seja precisa, já que a ordem de silêncio impõe proibições para testemunhar em seu julgamento

Em sua terceira campanha à presidência dos Estados Unidos, Trump está aproveitando a atenção da mídia (ainda que de forma negativa) para ressaltar que está sendo alvo de um “caça às bruxas” por todas as acusações que recebeu, afirmando ainda que seu julgamento atual é uma “interferência eleitoral”.

Empresa responsável pelo TikTok rebate críticas sobre controle de dados

Nesta última quarta-feira (24), o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, sancionou a lei que visa um possível banimento do aplicativo TikTok dentro do país. A plataforma utilizada por milhares de americanos é controlada pela empresa chinesa ByteDance.

Segundo o governo americano, o armazenamento de dados realizado pela companhia estrangeira configura-se como uma possível ameaça à segurança nacional. O TikTok rebateu tais acusações, ao alegar que o controle de dados da rede apresenta fórmulas semelhantes à de outros aplicativos de origem americana, como Instagram e Facebook.

Mais detalhes sobre a defesa do TikTok

“Em linha com as práticas do setor, coletamos informações que as pessoas fornecem para ajudar o aplicativo a funcionar, operar com segurança e melhorar a experiência do usuário.” relatou a plataforma. Os responsáveis pela rede social ainda ressaltaram que os dados dos usuários do EUA estão restritos a empresa americana Oracle, uma ordem imposta no país ainda durante o governo do ex-presidente Donald Trump.

Em comparação entre a plataforma do TikTok e as redes do Instagram e do Facebook, os dados acumulados estão conectados desde a identificação do usuário como, nome, e-mail e telefone de contato, até atividades rotineiras dentro do aplicativo e movimentações financeiras.

Esta não é a primeira vez que o aplicativo pode ser banido dos EUA

Como mencionado anteriormente, durante o governo Trump, a discussão acerca das diretrizes da rede social oriunda da Ásia já havia gerado controvérsias. Em 2020, por exemplo, o presidente chegou a dar o aplicativo como banido no país, porém a atitude foi logo derrubada pela Justiça.


Discurso de Joe Biden realizado na Casa Branca na última quarta-feira (24) (Foto: reprodução/JIM WATSON/AFP via Getty Images embed)


Atualmente, a política de Biden percorre um caminho um tanto semelhante no quesito argumentação contra a ByteDance. Até o momento, a decisão provisória instituída pelas autoridades é de que a plataforma do TikTok encontre um comprador americano até janeiro de 2025. A medida poderá ser renovada por mais 90 dias, caso necessário, mas deve ser cumprida até segunda ordem a fim de que não haja o banimento geral do aplicativo.

Homem ateia fogo em si mesmo após julgamento de Donald Trump

Nesta sexta-feira (19), um homem ateou fogo em si mesmo no Collect Pond Park em Nova York, em frente ao tribunal Lower Manhattan onde Donald Trump está sendo julgado.

Segundo informações do The New York Times, o homem estava em uma área para apoiadores do ex-presidente, no parque em frente ao tribunal, quando jogou um líquido inflamável em seu corpo e colocou fogo, o corpo de bombeiros de Nova York informou que ele foi encaminhado para Centro Médico Presbiteriano New-York/Weill Cornell, segue em estado crítico e com poucas chances de sobreviver.

Como ocorreu


Max Azzarello protesta em frente ao tribunal ” Trump está com Biden e eles estão prestes a nos dar um golpe fascista” (Foto: reprodução/David Dee Delgado/Getty Images)


Segundo testemunhas, o homem identificado como Max Azzarello, de 37 anos, jogou panfletos defendendo teorias de conspiração antigovernamentais no ar, antes de se incendiar. As pessoas tentaram correr até ele e apagar o fogo, mas a intensidade das chamas era alta.

O incidente ocorreu imediatamente após a conclusão da seleção do júri para o julgamento de Trump, que permitirá que promotores e advogados de defesa apresentem suas declarações iniciais na próxima semana. O júri é composto por duas pessoas.

Azzarello mantinha um site onde transformava os mesmos cartazes negacionistas em posts, apresentando um longo histórico de teorias da conspiração, prisões e também internações em clínicas psiquiátricas. A apuração foi feita pelo The New York Times.

O julgamento

Donald Trump está sendo acusado por esconder pagamentos feito à atriz pornô Stormy Daniels com dinheiro público, para esconder a história de uma ligação sexual com a mulher em 2006. Na época ele alegou que teriam sido “gastos com campanha”, já que estava concorrendo à presidência dos Estados Unidos e no auge de sua campanha. Ele é o primeiro ex-presidente do país a ser julgado criminalmente.

Apoiadores de Trump têm se manifestado em frente ao tribunal desde a segunda-feira (15), quando o julgamento iniciou. O número de pessoas ocupando o espaço vem diminuindo com o passar dos dias.

Se for condenado, Trump enfrentará uma pena de prisão de quatro anos ou menos, ou poderá receber liberdade condicional.

Patrimônio de Trump tem queda abaixo de R$ 21 bilhões

O patrimônio líquido do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sofreu um tombo de US$ 280 milhões (cerca de R$ 1,47 bilhões), deixando-o abaixo da marca dos US$ 4 bilhões (R$ 21,1 bilhões) nesta terça-feira (16). Esse revés é resultado da desvalorização das ações de sua empresa Truth Social, uma espécie de Twitter criado por ele.


Tela de download do aplicativo Truth Social (Reprodução/John Minchillo)

O caminho da desvalorização

A saga começou em 2022, quando Trump lançou a plataforma após ter sua conta banida das redes sociais devido a postagens controversas que precederam a invasão do Capitólio dos Estados Unidos em janeiro de 2021. A plataforma, desenvolvida pela Trump Media & Technology Group (TMTG), abriu capital em março deste ano, conseguindo levantar bilhões na listagem em Wall Street. Esse influxo de capital ocorreu num momento delicado para Trump, que enfrenta questões legais, incluindo um julgamento criminal em Nova York e o pagamento de uma fiança de US$ 175 milhões (R$ 921 milhões) no início deste mês.

Desde então, as ações da empresa do ex-presidente despencaram 61%. Embora Trump ainda não possa transformar sua participação em dinheiro devido a regulamentações federais, há o risco de que suas perdas continuem. Os indicadores do mercado financeiro sugerem que sua empresa está superestimada: seu valor de mercado de US$ 3,3 bilhões (R$ 17 bilhões) é aproximadamente 790 vezes maior do que sua modesta receita de US$ 4,1 milhões (R$ 21,5 milhões) no ano passado, resultando em um índice preço/receita cerca de 290 vezes maior do que a média das empresas do S&P 500.

Altos e baixos no mercado

No primeiro dia de negociação independente da Truth Social, o patrimônio líquido de Trump subiu de US$ 2,3 bilhões (R$ 12 bilhões) para US$ 6,4 bilhões (R$ 33 bilhões). O valor de sua participação na Trump Media atingiu cerca de US$ 6,25 bilhões (R$ 32,9 bilhões) quando o preço das ações brevemente alcançou quase US$ 80 (R$ 421) cada. No entanto, desde então, o caminho tem sido de queda, deixando Trump com um patrimônio consideravelmente reduzido.

Segundo promotores, Trump violou ordem de silêncio

Na segunda-feira (15), promotores de Nova York solicitaram ao juiz, durante o julgamento criminal do ex-presidente Donald Trump, que aplicasse uma multa e o alertasse sobre o risco de prisão por violar uma ordem de silêncio. Essa solicitação surgiu após Trump ter criticado publicamente possíveis testemunhas do caso.

O juiz Juan Merchan agendou uma audiência para 24 de abril para discutir o pedido de multas, concedendo aos advogados de Trump até a próxima sexta-feira para apresentarem uma resposta por escrito. Este julgamento envolve o ex-presidente dos Estados Unidos em relação a um pagamento de suborno feito em 2016 à estrela pornô Stormy Daniels.

Trump pode ser multado por interferir em testemunhas

Os promotores também solicitaram ao juiz que multasse Trump em 1.000 dólares por cada uma das três publicações nas mídias sociais feitas este mês sobre Daniels e seu ex-conselheiro, Michael Cohen, advogado de Trump. O promotor Christopher Conroy enfatizou que Trump demonstrou desrespeito à ordem de silêncio, atacando publicamente testemunhas e jurados do caso.


Donald Trump fala à mídia em uma de suas propriedades em Nova York. (Reprodução/ Spencer Platt /Getty Images Embed)


De acordo com a ordem de silêncio emitida por Merchan, Trump está proibido de fazer declarações públicas sobre as testemunhas em relação aos seus possíveis depoimentos, bem como sobre os promotores, funcionários do tribunal e seus familiares, com o objetivo de interferir no caso

Defesa de Trump

Todd Blanche, advogado de Trump, defendeu que o ex- presidente não violou a ordem de silêncio ao responder publicamente às declarações das testemunhas. Blanche enfatizou que as testemunhas frequentemente faziam comentários depreciativos sobre Trump, justificando sua resposta.

O procurador distrital de Manhattan, Alvin Bragg, acusou Trump de falsificar registros para encobrir um pagamento de 130.000 dólares, feito por seu advogado Michael Cohen a Stormy Daniels durante a campanha presidencial de 2016. O pagamento visava silenciar Daniels sobre um encontro sexual alegado em 2006.

A falsificação de registros comerciais em Nova York seja punível com até quatro anos de prisão, embora muitos dos culpados tenham sido condenados a multas ou liberdade condicional. Trump nega qualquer envolvimento no caso e se declarou inocente das acusações. Ele alega que isso é uma perseguição política.

O julgamento, programado para durar até maio, abrangerá a seleção do júri e o depoimento das testemunhas, com medidas de segurança rigorosas em torno do tribunal durante todo o processo. Donald Trump, conhecido por sua trajetória como empresário e político americano, foi o 45º presidente dos Estados Unidos. Atualmente, ele é o principal candidato à indicação republicana na eleição desse ano.

Donald Trump tem tentativa de adiar julgamento negada

O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, teve sua tentativa de adiar o julgamento contra o pagamento de suborno para a atriz pornô Stormy Daniels rejeitada. O julgamento está programado para começar nesta próxima segunda-feira, dia 15.

O juiz Juan Merchan emitiu uma ordem na última sexta-feira, onde negou a moção feita pelos advogados de Trump para adiar o julgamento devido ao excesso de publicidade pré-julgamento, que tem recebido ampla cobertura da mídia.

Decisão não foi surpreendente

A decisão não chegou a ser surpreendente, pois esta é a mais recente de uma série de decisões do tribunal, rejeitando as tentativas que o ex-presidente vinha fazendo para adiar o que será o primeiro julgamento criminal que ele enfrentará.

Mesmo tendo negado uma tentativa semelhante anteriormente, o juiz permitiu que os advogados de Trump iniciassem uma nova moção, que novamente foi negada.


Trump durante campanha presidencial (reprodução/Instagram/@realdonaldtrump)

Donald Trump, no entanto, ainda enfrenta 34 acusações, que incluem a falsificação de registros comerciais sobre o reembolso de pagamentos feitos antes do período eleitoral de 2016, quando ele foi eleito presidente. Os pagamentos foram feitos em dinheiro para a estrela de filmes adultos, alegando um caso extraconjugal que possivelmente ocorreu cerca de uma década antes. Trump se declarou inocente das acusações e negou que o caso tenha ocorrido.

Trump vai comparecer ao tribunal?

Chegou a ser ventilada a informação de que Trump possivelmente não compareceria ao tribunal. No entanto, o pré-candidato replicando a presidência afirmou na última sexta-feira que vai testemunhar no julgamento, que deve começar na próxima segunda-feira.

Durante entrevista coletiva em Mar-a-Lago, enquanto protestava contra as acusações feitas contra ele, afirmou “Estou testemunhando. Eu digo a verdade. Quero dizer, tudo o que posso fazer é dizer a verdade. E a verdade é que não há caso, eles não têm caso”.

Agora, com o tribunal já marcado, ele deve começar com a escolha do júri nesta próxima segunda-feira, onde então deve seguir para as próximas fases.

Trump deposita fiança de US$ 175 milhões para evitar confisco e bloqueio de bens

No dia 1º de abril, segunda-feira, o ex-presidente Donald Trump depositou uma fiança no valor de US$ 175 milhões (aproximadamente R$ 885 milhões) como parte do seu recurso contra a condenação por fraude civil.

Esse pagamento tem o efeito de evitar que a procuradora-geral de Nova York, Letitia James, solicite o confisco de bens e o bloqueio das contas bancárias do ex-presidente.

Trump foi condenado por manipulação dos balanços de uma de suas empresas, sendo que a multa foi reduzida em 60% após a aceitação da apelação pela Justiça em fevereiro.

Acusações de fraude

Letitia James, procuradora-geral de Nova York, moveu uma ação contra Trump e a Organização Trump em setembro de 2022, acusando-os de falsificar os valores dos ativos para obter benefícios em empréstimos bancários e seguros.

Trump foi acusado de exagerar sobre seu patrimônio líquido – até U$ 2,23 bilhões – nos relatórios financeiros anuais fornecidos a bancos e empresas de seguros. Os ativos cujos valores foram inflados incluíam sua propriedade em Mar-a-Lago, na Flórida, seu luxuoso apartamento na Trump Tower, em Manhattan, e vários prédios de escritórios e campos de golfe.

Em 18 de março, os advogados de Trump anunciaram que ele não seria capaz de pagar a fiança inicial de US$ 454 milhões, que correspondia à totalidade da multa imposta na sentença de 16 de fevereiro.

Como parte da sentença, Trump também recebeu a proibição de fazer empréstimos e de ocupar cargos importantes em empresas de Nova York por três anos. No entanto, uma decisão judicial em 25 de março suspendeu essas penalidades.

Disputa Judicial

O ex-presidente contestou a acusação de manipulação dos balanços contábeis de suas empresas. Seus advogados recorreram da decisão, buscando reverter o veredicto em uma instância judicial superior.


Advogados de Trump buscam alternativas financeiras para garantir o pagamento da fiança em processo judicial por fraude civil (Foto: reprodução/Getty Images Embed)


Além disso, os advogados propuseram alternativas ao pagamento integral da multa. Eles sugeriram depositar um montante menor, de US$ 100 milhões (R$ 501 milhões), ou suspender a cobrança, que consideraram excessiva. 

Para garantir o pagamento, os advogados de Trump buscaram 30 empresas de fiança e quatro corretores, visando estabelecer um contrato no qual uma empresa assumiria a responsabilidade pelo depósito. Contrataram Gary Giulietti, um especialista em seguros, para facilitar esse acordo. 

Em essência, caso Trump perca o recurso em uma instância superior, este contrato assegura que a empresa de pagamentos de fiança cubra o valor. Entretanto, Giulietti expressou por escrito que obter US$ 454 milhões é “impossível nas atuais circunstâncias”, notando que muitas empresas não emitem títulos acima de US$ 100 milhões. 

Além disso, destacou que, nessas circunstâncias, as empresas normalmente não aceitam imóveis como garantia, mas grande parte do patrimônio de Trump é composta por propriedades.

Em um post no Truth Social, Trump afirmou ter feito o pagamento da fiança ao Estado de Nova York, que ele descreveu como “triste e problemático”. Ele refutou qualquer alegação de crime e caracterizou o caso contra ele como um “golpe fabricado” destinado a “interferir nas eleições”.