Terremoto de 7,8 atinge Rússia e provoca alerta de tsunami no Pacífico

Um terremoto na Rússia de magnitude 7,8 atingiu nesta quinta-feira (18) a Península de Kamtchatka, no extremo leste do país. O epicentro ficou a cerca de 120 quilômetros de Petropavlovsk-Kamchatsky, cidade de 165 mil habitantes. O tremor ocorreu a cerca de 10 quilômetros de profundidade e, por isso, levou autoridades a emitir alerta de tsunami para áreas litorâneas próximas.

Impactos do terremoto na Rússia em Kamtchatka

Segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS), o abalo foi sentido em diversas localidades do Pacífico Norte. Como ocorreu em baixa profundidade, o risco de deslocamento do fundo do mar aumentou, favorecendo a formação de ondas perigosas. Além disso, ao menos cinco réplicas acima de magnitude 5 se seguiram em menos de uma hora.

Até agora, não há registros de feridos ou danos graves em construções. No entanto, as autoridades locais orientaram moradores das zonas costeiras a deixar suas casas de forma preventiva e buscar abrigo em áreas mais altas.


Rússia foi atingida por um terremoto (Foto: reprodução/X/SBT News)

Alerta de tsunami e resposta internacional ao terremoto na Rússia

O governo regional de Kamtchatka colocou imediatamente os serviços de emergência em prontidão. Escolas, hospitais e prédios públicos receberam protocolos de evacuação rápida para agir em caso de agravamento da situação. Enquanto isso, equipes de monitoramento acompanham a movimentação do mar e reforçam que a população deve evitar praias e portos até o fim do alerta.

No cenário internacional, Estados Unidos e Japão também reagiram. O Centro de Alerta de Tsunamis do Pacífico emitiu avisos para o Havaí e o Alasca. Por outro lado, parte desses comunicados foi reavaliada ao longo do dia, reduzindo o risco para regiões mais distantes.

Riscos e orientações após o terremoto

A Península de Kamtchatka integra o Círculo de Fogo do Pacífico, área de forte atividade sísmica e vulcânica. Em julho, um terremoto de magnitude 8,8 na mesma região provocou ondas de até 4 metros, destruiu construções costeiras e obrigou centenas de moradores a sair de casa. Embora não tenham ocorrido mortes, a lembrança recente reforçou a preocupação atual.

Especialistas destacam que abalos dessa intensidade podem ter efeitos além da área imediata. Desse modo, pequenas alterações de maré podem atingir países vizinhos e atrapalhar atividades pesqueiras e portuárias. Portanto, centros de monitoramento mantêm acompanhamento em tempo real para avaliar se novos avisos serão necessários.

Mais de 10 países estão em alerta para tsunami

Um terremoto de magnitude 8,8 que atingiu a costa leste da Rússia na noite da terça-feira (29) provocou grandes ondas no oceano Pacífico. Com o grande impacto dos tremores, milhares de pessoas estão se deslocando para locais mais seguros em diversos continentes ao redor do mundo, sob alerta de tsunami.

Países atingidos

Os primeiros países a serem impactados com as grandes ondas foram a Rússia e o Japão, em seguida a costa oeste dos Estados Unidos começou a ser afetada, nos estados do Havaí, Califórnia, Oregon, Washington e Alasca. 

O Havaí foi o estado mais impactado com as ondas. O alerta para tsunamis permanece para essa terça-feira (30), com novas ondas previstas para a costa oeste. Os voos e pousos em Maui, no Havaí, foram cancelados, deixando 200 passageiros abrigados no terminal. Alerta de ondas mais severas foram emitidas do Havaí até o Oregon que posteriormente foram para a escala mais baixa de alerta. Atualmente o único estado norte-americano que ainda mantém o alerta para ondas é a Califórnia. 

Na Ásia, países como as Filipinas, Indonésia, Taiwan e Japão também foram afetados. No Japão, mais de 1,9 milhão de pessoas foram orientadas a deixarem as suas casas e se deslocarem por conta das ondas que atingem a costa norte e leste. Conforme a agência meteorológica do Japão, uma onda de tsunami de 1,3 metro de altura foi observada perto do Porto de Kuji, no nordeste do país. 

Países da américa latina também foram afetados com os tremores, o Equador, Peru, Chile, México e Panamá. A ilhas Galápagos, localizada no Equador, poderia receber uma onda de mais de 1,4 metro de altura às 19h no horário local, 12h pelo horário de Brasília. O Sistema Integrado de Alerta de Tsunami do México e da América Central também emitiu um novo alerta para tsunamis, que se estende da costa noroeste do México até o Panamá.


Edíficio é atingido por tremores de terremoto em Petropavlovsk-Kamchatsky na Rússia (Foto: reprodução/Handout/REUTERS).

Próximo ao epicentro, no distrito Severo-Kurilsk, um alerta emergencial foi emitido após ondas atingirem a costa, arrancando barcos e arrastando contêineres de armazenamento. Por conta do ocorrido, mais de 300 pessoas foram deslocadas do porto, segundo a agência estatal RIA News. Ondas de 3 a 4 metros de altura também foram registradas em outros pontos da Rússia. 

Origem das grandes ondas

O epicentro dos terremotos que deram origem às grandes ondas e alertas de tsunami no oceano pacífico fica na Península de Kamchatka, no extremo leste da Rússia, atingindo uma profundidade de 20,7 quilômetros segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos. 

Kamchatka está localizada em uma região chamada de “círculo de fogo do pacífico”, onde há uma intensa atividade sísmica e vulcânica de ambos os lados do pacífico. Tremores secundários de escala 5 a 6,9 foram sentidos em algumas regiões da Rússia posteriormente. 

Oprah Winfrey abre estrada particular para fuga de tsunami

A jornalista e apresentadora Oprah Winfrey, após receber a notícia da passagem do tsunami, tomou uma medida cautelar: solicitou às autoridades locais a abertura de uma estrada para possibilitar a fuga diante da ameaça de um tsunami de magnitude 8.8 na costa da Rússia. O trecho de estrada conecta Wailea a Kula por uma rota alternativa.

Apesar da estrada ter sido aberta, não foi necessário utilizá-la. Horas depois, o Centro de Alerta de Tsunami do Pacífico rebaixou o nível de risco no arquipélago para um aviso de tsunami quando correntes e ondas excepcionalmente fortes ainda são possíveis perto da costa.

Polêmica

Alguns moradores foram às redes sociais revoltados com a atitude da apresentadora. Segundo eles, a estrada foi algo exclusivo para ela, sem permitir que os moradores a utilizassem. O porta-voz da jornalista negou as acusações e afirmou que ela recebeu autorização para abrir a estrada e que não está atrapalhando os moradores.

Assim que ouvimos os alertas de tsunami, contatamos as autoridades locais e a FEMA para garantir que a estrada fosse liberada. Quaisquer relatos em contrário são falsos. As autoridades estão no local, auxiliando os moradores a passarem 50 carros por vez para garantir a segurança de todos. A estrada permanecerá aberta pelo tempo que for necessário”, informou o comunicado.


Oprah mostra danos em sua casa após deslizamentos na Califórnia em 2018 (Reprodução/@oprah)

Tsunami

O terremoto ocorreu na manhã desta quarta-feira (horário local) na costa de Petropavlovsk, na Península de Kamchatka, a uma profundidade de 19 quilômetros, informou o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS).

O USGS afirmou que este foi um dos 10 terremotos mais poderosos já registrados. O Ministério de Emergências da Rússia relatou um tsunami que inundou parte da cidade de Severo-Kurilsk, nas Ilhas Curilas, a cerca de 350 quilômetros de distância. Fortes ondas também afetaram o Japão.

Veja os países que emitiram alerta:

  • Rússia (principalmente Península de Kamchatka e Ilhas Curilas)
  • Japão (várias prefeituras costeiras, incluindo Hokkaido, Kanagawa e Wakayama)
  • Estados Unidos (Havaí, Alasca, costa oeste, incluindo Oregon, Washington e Califórnia)
  • México
  • Guatemala (com risco avaliado como baixo)
  • Equador (incluindo as Ilhas Galápagos)
  • Peru
  • Chile
  • Países da América Central com costa no Pacífico

O tremor foi tão intenso que países como Japão, Estados Unidos, México e Chile emitiram alertas para as ondas. As medidas incluíram evacuações em massa, suspensão de atividades marítimas e recomendações para não se aproximar das áreas costeiras.

Vulcão entra em atividade horas após terremoto na Rússia

O vulcão Klyuchevskaya Sopka, o mais alto da Eurásia com cerca de 4.750m, entrou em erupção nesta quarta-feira (30), pela manhã. O evento ocorre horas após um forte terremoto de magnitude 8,8 – uma das magnitudes mais fortes de acordo com a Escala de Richter, usada para medir forças de terremotos – atingir o extremo leste da Rússia e desencadear alertas de tsunami em regiões do Pacífico.

O forte terremoto sacudiu a península de Kamchatka, locaizada na Rússia, nesta manhã (pelo horário local) e provocou uma série de alertas de tsunami ao longo do Oceano Pacífico. Pouco depois, o vulcão localizado na Eurásia entrou em erupção de acordo com a RIA Novosti – agência estatal de notícias russa –  emitindo lava e explosões que podiam ser visíveis à distância. 

Vulcão Klyuchevskaya Sopka

Localizado na Eurásia, uma massa continental formada pelos continentes da Europa e da Ásia, o vulcão é um dos ativos mais altos do mundo, com aproximadamente 4.750 metros de altitude. De acordo com a agência RIA Novosti, a erupção começou poucas horas após o terremoto na Rússia.

Apesar da magnitude do fenômeno, turistas que estavam na área não cancelaram os passeios e não há registros de reclamações por parte dos visitantes. Ao contrário, muitos turistas demonstraram interesse em testemunhar o vulcão entrar em atividade ao vivo, segundo a RUTI (União Russa da Indústria de Viagens). As condições da região são voláteis, podendo mudar a qualquer momento sem previsão, com ventos fortes, temperaturas baixas e presença constante de neve em grandes altitudes.


Vulcão entra em erupção horas após terremoto na Rússia (Mídia: reprodução/X/@g1)


A três anos atrás, em 2022, oito pessoas morreram escalando o vulcão, em uma expedição que levava um grupo de doze pessoas, incluindo dois guias. 

Terremoto na Rússia e tsunamis no Pacífico

O terremoto de magnitude 8,8 foi registrado na Península de Kamchatka nas primeiras horas desta quarta-feira e teve profundo impacto geológico. O tremor registrado foi de 19,3km de profundidade, o que torna as condições favoráveis para um tsunami. Provocado pelo terremoto, logo em seguida ocorreu um tsunami, que desencadeou alertas em regiões do Pacífico. Contudo, parte da população foi evacuada da península e pessoas sofreram ferimentos leves. De acordo com o governo russo, um tsunami forte foi observado em Kamchatka, com ondas registradas de até 4 metros.

O fenômeno também foi registrado no Japão e no estado do Havaí. No Japão, ondas abaixo de 1 metro chegaram a atingir o norte do país e o governo prevê que elas possam chegar a altura de até 3 metros. Já no Havaí, o Centro de Alerta de Tsunami do Pacífico afirmou que um tsunami atingiu o país e o governo determinou que parte da área costeira fosse evacuada.

Alertas foram sinalizados para quase toda a costa das Américas, incluindo Estados Unidos, México, Chile, Equador e Colômbia – os dois últimos determinaram a evacuação das costas e a interrupção dos serviços marítimos. Apesar de serem efeitos do terremoto na Rússia, os riscos nessas áreas são considerados menores. 

Tremor de magnitude 4,8 em Portugal relembra pior terremoto do país

Nesta segunda-feira, dia 17 de fevereiro, um terremoto de magnitude 4,8 atingiu a cidade de Caparica, em Portugal. Toda a costa da cidade sentiu o tremor, que também foi percebido na capital, Lisboa, localizada a apenas 18 quilômetros de distância.

O terremoto teve uma profundidade de apenas 10 quilômetros, o que amplificou sua intensidade. Os dados foram coletados pelo Instituto Geológico dos Estados Unidos (USGS), embora o monitoramento na região seja responsabilidade do Centro Sismológico Euro-Mediterrâneo. Segundo este órgão, não há risco de tsunami associado ao tremor.

Não há notícia de vítimas

Até o momento, não há informações sobre vítimas ou danos materiais significativos causados pelo terremoto. Autoridades locais seguem monitorando a situação e aguardam relatos de possíveis impactos. Moradores da região relataram sentir um forte abalo seguido de pequenas réplicas, mas sem grandes consequências. Especialistas afirmam que novos tremores secundários podem ocorrer nas próximas horas.

Portugal tem um histórico de atividade sísmica. Em agosto de 2024, um terremoto de magnitude 5,4 abalou Lisboa, sendo um dos mais fortes registrados na última década. No entanto, o maior terremoto da história do país ocorreu no século XVIII, quando um tremor de magnitude 9 devastou a capital portuguesa.


Bandeira de Portugal (Foto: reprodução/Image by Ramesh Thadani/Getty Images Embed)


Terremoto do século XVIII

O terremoto de 1755 foi catastrófico. Além dos danos estruturais causados pelo abalo sísmico, a cidade enfrentou tsunamis e incêndios que agravaram a destruição. O desastre durou cerca de seis dias e resultou na morte de mais de 90 mil pessoas. Esse evento foi um marco mundial e levou Portugal a uma extensa reconstrução da capital, praticamente refazendo Lisboa do zero.

Diante dos recentes tremores, especialistas recomendam que a população esteja sempre preparada para emergências. As autoridades reforçam a importância de medidas preventivas e planos de evacuação, especialmente em áreas de maior risco sísmico. O monitoramento contínuo é essencial para minimizar impactos e garantir a segurança dos moradores. O governo português estuda aprimorar sistemas de alerta e reforçar construções para aumentar a resistência a futuros abalos sísmicos.

Chile registra tremor de magnitude 6.1 no norte do país

Na tarde desta quinta-feira (02), terremoto de magnitude 6,1 foi registrado no norte do Chile, às 16h43 (horário local), a 104 km de profundidade, entre as regiões de “Arica y Parinacota” e “Biobio”, segundo informações do Centro Sismológico Nacional. Apesar da intensidade do tremor, até o momento não há relatos de vítimas ou danos materiais significativos.

Abalo sísmico gera apreensão


Aviso oficial do sistema preventivo a desastres do país (reprodução/X/@senapred)

O terremoto foi sentido em várias regiões do norte chileno, causando apreensão entre os moradores. Calama e Tocopilla, a cerca de 83 e 122 quilômetros do epicentro, respectivamente, foram as localidades que mais sentiram o impacto do tremor.

Muitos deixaram suas casas como medida de precaução. As autoridades locais rapidamente iniciaram avaliações, a fim de buscar possíveis impactos na infraestrutura e com a população residente das regiões afetadas.

Embora o tremor tenha gerado preocupação, o Sistema Nacional de Prevenção e Resposta a Desastres (SENAPRED) informou que não houve emissão de alerta de tsunami, reduzindo ainda mais os riscos para as regiões costeiras do país. O sismo foi qualificado com intensidade média.

Uma região acostumada a tremores e como preveni-los


Mapa de localização do Círculo de Fogo do Pacífico (reprodução/Mundo Educação/UOL)

Localizado no chamado “Círculo de Fogo do Pacífico”, conhecido pela intensa atividade sísmica, o Chile frequentemente lida com terremotos de magnitudes variadas. O maior registrado na história, de magnitude 9.5, em 1960, ocorreu nas regiões de Cautín, Valdivia, Osorno, Llanquihue e Chiloé, que chegaram a sofrer danos estruturais graves. O tsunami que ocorreu em seguida, agravou ainda mais a situação.


Diante dessas condições, o governo local sempre procura investir em medidas de precaução contra esses eventos, com infraestrutura resistente e planejamento emergencial. As autoridades chilenas sempre fazem questão de reforçar a importância de manter a população preparada para emergências, como ocorreu no segundo dia de 2025.

Devido a essa organização, o país sul-americano é considerado um dos países mais bem preparados para lidar com terremotos.

Tsunami na Tailândia: 20 anos do desastre natural mais letal de todos os tempos

O tsunami mais mortal já registrado na história do planeta completou 20 anos nesta quinta-feira (26). Tremores, que se iniciaram a 160 quilômetros da ilha de Sumatra, na Indonésia, geraram ondas de até 30 metros que atingiram nove países e deixaram 227 mil mortos.

O dia 26 de dezembro de 2004 alterou milhares de vidas, paisagens e a tecnologia mundial de prevenção contra tsunamis. Alguns vídeos gravados no dia mostram o terror que as populações atingidas passaram:


Gravação de onda do tsunami de 2004 na Tailândia (Vídeo: reprodução/YouTube/National Geographic)


Alteração no sistema de segurança global

Governos de vários países se uniram nos anos que sucederam o desastre para implementar uma rede de seis boias de detecção de tremores no Oceano Pacífico. Este sistema ficou conhecido como Deep-Ocean Assessment and Reporting of Tsunami (DART).

Em 2024, o programa já conta com 74 boias em todo mundo. Elas flutuam na superfície do oceano, enquanto estão presas ao fundo. Esta tecnologia é responsável por monitorar os sinais sísmicos. 

De acordo com o chefe do departamento de resiliência a tsunamis da Unesco, Bernardo Aliaga, em algum momento tsunamis da magnitude do desastre de 2004 voltarão a acontecer e a precaução é imprescindível.

Há 100% de probabilidade de que outro tsunami da mesma magnitude do de 2004 ocorra, mais dia ou menos dia. Pode acontecer amanhã, daqui a 50 anos ou daqui a 100 anos.

Bernardo Aliaga, em conferência da memória de 20 anos do tsunami

Como é formado um tsunami?

Os tsunamis podem ser gerados por maremotos, erupções vulcânicas, explosões e, principalmente, pelo movimento de placas tectônicas de fundo submarino. O Oceano Pacífico é o de maior incidência, por ser o oceano com mais movimentos tectônicos. Uma faixa ao norte do Oceano Pacífico, que vai desde o Japão até o Alasca, concentra, além das questões tectônicas, muitas erupções vulcânicas e maremotos que tornam a probabilidade de formação deste fenômeno da natureza ainda maior.

No oceano, os tsunamis são quase que imperceptíveis, tendo no máximo um metro de altura, apesar do comprimento na ordem dos 150 km de extensão. No entanto, ao chegarem perto da costa, o choque com as zonas mais rasas faz com que eles diminuam a velocidade e, consequentemente, aumentem a altura.

O tsunami de maior altura já registrado foi o “megatsunami da Baía de Lituya”, no Alasca, em 1958, que atingiu 524,2 metros de altura.

Autoridades descartam risco de tsunami na Califórnia

O governo dos Estados Unidos decidiu cancelar um alerta de tsunami que havia sido emitido para as costas da Califórnia e do Oregon, localizadas na região oeste do país, nesta quinta-feira (5). Essa decisão foi tomada após uma avaliação cuidadosa das condições no mar, que não indicaram a iminência de ondas gigantes que pudessem causar danos significativos às áreas costeiras.

Esse alerta havia sido gerado devido à ocorrência de um terremoto de magnitude 7,0, que foi registrado nas proximidades da costa californiana, conforme informações fornecidas pelo Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS, sigla em inglês). O tremor de terra chamou a atenção não apenas dos moradores da região, mas também de especialistas em sismologia, que sempre monitoram esses eventos naturais com a máxima atenção, dada a potencial devastação que um terremoto de tal magnitude pode acarretar.


San Francisco, na Califórinia cercado por águas translúcidas (Foto: reprodução/Instagram/@geografianews)

Alerta

Quase 5 milhões de pessoas habitam a região, e os moradores receberam este alerta em seus celulares:

“Uma série de ondas poderosas e correntes fortes podem atingir as áreas costeiras próximas. Você está em perigo. Afaste-se das águas costeiras. Vá para terrenos altos ou para o interior agora. Mantenha-se longe da costa até que as autoridades locais digam que é seguro retornar.”

Imagens de emissoras locais mostraram veículos evacuando áreas costeiras na Califórnia, onde escolas também foram fechadas. O Zoológico de San Francisco evacuou todos os visitantes e levou funcionários e animais para lugares seguros.

Terremoto

Um terremoto de magnitude 5,8 teve seu epicentro no oceano, a 63 km da cidade costeira de Petrolia, na Califórnia, a uma profundidade de 10 km. Um segundo tremor foi registrado próximo à cidade de Cobb, a 159 km de São Francisco. Cerca de 19 mil pessoas estão sem energia elétrica no norte da Califórnia, mas não há relatos de danos na costa oeste dos Estados Unidos. Tremores menores foram sentidos no Havaí, a mais de 3 mil km de distância.

Peru é atingido por terremoto de magnitude 7 em regiões costeiras

A costa de Arequipa no sul do Peru foi atingida por um terremoto de magnitude 7,2 nesta sexta-feira (28), segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos(USGS). Até o momento, nenhuma morte foi relatada. Entretanto, foram informados pelo menos oito feridos, todos com danos leves segundo autoridades peruanas.

Terremoto ou tsunami?

Inicialmente, foi emitido um alerta de tsunami pela Marinha do Peru englobando o literal do país. Segundo o USGS, o alerta informava ainda que as ondam poderiam chegar a atingir 3 metros nas regiões costeiras e que até mesmo o Chile poderia ser afetada com algumas ondas.


Terremoto de magnitude 7 atinge Peru. (Vídeo: reprodução/Youtube/UOL)


Entretanto, por volta de 00h36no horário local (02h36 no horário de Brasília), o terremoto ocorreu com uma profundidade aproximada de 42km, segundo o Instituto Geofísico do Peru (IGP). Ainda segundo o IGP, o epicentro estava a cerca de 8km da costa de Caravelí, região a 780km de Lima.

Com isso, o USGS atribuiu ao terremoto a magnitude de 7,2 e descartou a hipótese de um tsunami considerada anteriormente.

Vítimas e histórico de terremotos

O terremoto deixou oito feridos, sendo que cinco deles estavam em Ica e outro três em Acari, conforme indicado pelo Ministério da Saúde peruano em sua conta no X.


Publicação do Ministério da Saúde peruano sobre as vítimas (Foto: Reprodução/X/@Minsa_Peru)


Além disso, a Direção de Hidrografia e Navegação da Marinha inicialmente também havia emitido um alerta de tsunami que, posteriormente, foi alterado pelas autoridades peruanas. 

Mesmo a centenas de quilômetros, alguns moradores de Lima afirmam ter sentido o abalo, juntamente a moradores da costa sul e central do país.

Juan Aranguren, prefeito de Yauca, declarou à rádio RPP que na cidade moradores relataram que o muro de algumas casas caíram. Ele adicionou ainda que a Rodovia Pan-Americana que cruza a região foi afetada e possui algumas rachaduras. Outros tremores secundários atingiram Arequipa com magnitudes de 4 a 4,6, levando a alguns deslizamento de terra em estradas locais. 

Anteriormente, no dia 16 de junho, o país sofreu também com um terremoto, neste caso de magnitude 6,3 no litoral sul, na região de Arequipa. O abalo sísmico teve 25km de profundidade tendo o Oceano Pacífico como epicentro.  

Terremoto abala o centro do Japão

Um terremoto de magnitude aproximada de 5.9 atingiu o centro do Japão nesta segunda-feira (03), na prefeitura de Ishikawa, na península de Noto. A Agência Meteorológica do país não soltou avisos de tsunami. 

O epicentro aconteceu na Península de Noto, às 6h31 do horário local. A área já havia sido afetada por um grande terremoto em 1° de janeiro. Neste dia, quase 100 mil pessoas foram evacuadas em nove províncias e outras 230 foram mortas pela tragédia. Nas regiões costeiras japonesas de Ishikawa, Niigata e Toyama emitiram alertas de tsunami.

O tremor não foi sentido em Tokyo, capital do Japão, mas alertas foram enviados para aparelhos móveis dos moradores. 


Casa destruída por terremoto no Japão em 1° de janeiro. (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Buddhika Weerasinghe)


Tsunami atingiu usina de Fukushima em 2011

O Japão já foi abalado por um tsunami devastador causado por um terremoto de 9 graus de magnitude no Oceano Pacífico que empurrou a ilha de Honshu, a maior do Japão, 2,4 metros para leste. A força das águas atingiu a usina de Fukushima, localizada a 260 quilômetros ao norte de Tóquio, que ocasionou em um acidente nuclear. 

O tsunami causou a morte de mais de 18 mil pessoas e 160 mil habitantes precisaram ser retirados das proximidades da usina. A movimentação de terra, de 50 metros, nas placas tectônicas da Eurásia e do Pacífico foi a maior já registrada em um terremoto, que elevou o mar e criou enormes ondas que atingiram o Japão.


Destroços da tragédia de 2011 no Japão. (Foto: reprodução/Patrick Fuller/Japanese Red Cross/IFRC/Getty Images Embed)


Essa foi a maior catástrofe japonesa desde 1945, quando as bombas atômicas foram lançadas em Hiroshima e Nagasaki. 

Tecnologia contra terremotos 

O país passou por muitos tremores que causaram grandes destruições em seu território. Depois dos grandes tremores de 1923 em Tóquio, que mataram aproximadamente 140 mil pessoas, os japoneses passaram a investir em infraestrutura e tecnologia.

Chamado de “isolamento sísmico”, as construções japonesas possuem um sistema de proteções na base de suas estruturas e amortecedores para que construções suportem os abalos a partir da absorção de energia.