X solicita que o STF libere uso da rede social no Brasil

Antigo Twitter pediu, nesta quinta-feira (26), para o STF a liberação do uso da rede X aqui no Brasil. Representantes indicaram a entrega dos documentos solicitados por Alexandre de Moraes. Houve relatos de juristas, esclarecendo adoção das providências a qual teriam sido indicadas por vossa excelência, com o objetivo para restabelecer o funcionamento da plataforma no Brasil.

Advogados assinam pedido

Houve assinaturas, sendo executadas por advogados de três escritórios diferentes: Fabiano Robalinho Cavalcanti, Caetano Berenguer sendo pertencentes da Bermudes Advogados, André Zonaro, Giacchetta e Daniela Seadi Kessler a qual trabalham na Pinheiro Neto Advogados, Sergio Rosenthal representando Rosenthal Advogados associados.


Elon Musk em Prêmio no Breakthrough Prize (Foto: reprodução/Kevin Winter/Getty Images embed)


Suspensão

No final do mês de agosto deste ano, houve uma suspensão das empresas do Elon Musk sendo decretada pelo Alexandre de Moraes, por descumprir uma série de decisões judiciais. Eram necessários alguns documentos para demonstrar situação cadastral, validação da indicação da advogada Rachel Villa como representante da empresa, por fim, o cumprimento da decisão de retirar as contas a qual propagaram mensagens antidemocráticas e criminosas.

Investigação

Segundo a PF, Supremo Tribunal Federal já começou a investigar as pessoas que mesmo depois do bloqueio da plataforma, ainda se mantiveram postando mensagens no local, a ideia seria focar na apuração para averiguar aqueles a qual estariam propagando discurso de ódio, fake news, tendo em vista os impactos na eleição. Conforme a PGR, deve ser monitorado os casos relacionados a essa questão.

Cumpriram as exigências

De acordo com informação passada pelos Representantes do X, foram cumpridas todas as solicitações feitas pelo Ministro Alexandre de Moraes, tais são elas o seguinte, trouxeram um representante legal para o Brasil, Bloquearam o perfil dos nove que estão sendo investigados pelo STF, pagaram as multas impostas por descumprimento de ordens.

X aguarda um posicionamento da justiça brasileira.

X determina representante oficial no Brasil

A rede social X designou, nesta sexta-feira (20), a advogada Rachel de Oliveira Villa Nova Conceição como sua representante legal no país. A decisão veio após uma ordem do Supremo Tribunal Federal (STF). Isso ocorre em meio à pressão sobre a empresa, que atualmente está proibida de ser acessada no território brasileiro.

Rachel já trabalho com o X

Rachel, que anteriormente já havia trabalhado como representante legal da rede no país, volta ao cargo em meio à suspensão da rede, que não deve ser revertida de forma imediata, sendo esperada apenas para a próxima semana.

Ainda assim, ao ser procurado, o STF não confirmou se o X indicou oficialmente um representante, sendo que a rede tinha até as 21h29 para fazê-lo, sob o risco de ter seu banimento, em vigor desde 31 de agosto, estendido. O banimento foi decretado justamente pela ausência de um representante em território nacional, como previsto em lei.

Prazo de 24 horas

Nesta última quinta-feira (19), Alexandre de Moraes deu um prazo de 24 horas para que a rede social comprovasse a existência de uma representação legal no Brasil. A decisão veio após o X indicar que o STF havia contratado os advogados André Zonaro Giacchetta e Sérgio Rosenthal, de São Paulo, para representarem a rede social em processos perante a Corte.


Ministro do STF Alexandre de Moraes (Foto: reprodução/Bloomberg/Bloomberg/Getty Images Embed)


De acordo com Moraes, o X não forneceu ‘nenhuma comprovação do retorno das atividades’ da empresa – ‘nem tampouco da regularidade da constituição de seus novos representantes legais ou mesmo de seus novos advogados’.

Isso ocorreu em um momento em que a empresa tentou burlar o bloqueio do site, ao mesmo tempo em que indicava que começaria a cumprir as ordens impostas pelo STF. O maior destaque foi a migração dos servidores para um novo IP, permitindo que os usuários acessassem o site sem o uso de VPN. Como resultado, Moraes estipulou uma multa de R$ 5 milhões caso a rede social continuasse a contornar o bloqueio.

STF estipula prazo de 24 horas para X comprovar representação legal no Brasil

Nesta quinta-feira(19), Alexandre de Moraes estipulou 24 horas para que a empresa do bilionário Elon Musk esclarecesse ao Tribunal se já nomeou um representante legal para o “X” no Brasil. Após o antigo Twitter indicar contrato com os advogados André Zonaro Giaccheta e Sérgio Rosenthal, de São Paulo, tendo como o objetivo representar a rede social em processos na corte, o magistrado decidiu efetuar a solicitação dando este prazo. Conforme o jurista, não foi fornecido comprovação indicando atividades da empresa, e muito menos regularidade da constituição dos seus representantes legais.

Multa de 5 milhões

Em determinação do ministro, a plataforma teria que pagar um valor de cinco milhões por terem descumprindo uma ordem judicial, isso inclui também a Starlink, a qual sofrera cobrança caso não se cumpra o pagamento. Mediante o edital de intimação publicado, a taxa passou a valer a partir do dia 19 de setembro de 2024. O dinheiro a ser pago é calculado diariamente.


Elon Musk na sessão “Explorando as novas fronteiras da inovação” (reprodução/Marc Piasecki/Getty Images embed)


Bloqueio de acesso

Houve também, uma ordenação para Anatel(Agência Nacional de telecomunicações) o cumprimento de bloquear o acesso da plataforma, impedindo o acesso por servidores como CDN Cloudflare, Fastly e EdgeUNO, a companhia já havia comunicado em relação a tentativas de uso indevido burlando a ordem na última quarta-feira. Segundo a mesma, isso teria ocorrido pelo fato de ter havido uma migração, da mídia trocando o IP, facilitando o drible do bloqueio definido pelas operadoras no Brasil.

Motivações

De acordo com Alexandre de Moraes, o fato de não haver bloqueio nas contas aonde se divulgou mensagens criminosas ou até mesmo antidemocráticas, a não aplicação de multas para os usuários em questão, e ainda o fechamento do escritório no Brasil e deixando consequentemente de ter um representante legal no país para lidar com as situações relacionadas ao STF, foram os motivos da decisão tomada por ele.

A plataforma X continua suspensa no Brasil.

Após usuários relatarem a volta do X STF se pronuncia e afirma que houve erro

Na manhã desta quarta-feira (18), alguns usuários do X (antigo Twitter) tiveram acesso à rede social, sobretudo através do aplicativo, pela rede wi-fi. A plataforma, que era sucesso no Brasil, está suspensa desde o dia 30 de agosto, por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

De acordo com as últimas informações da internet, o acesso ao aplicativo foi restaurado tanto para IOS quanto para o Android. Contudo, ao tentar acessar a plataforma através de navegadores como o Google Chrome e Safari, os usuários relatam dificuldades.


Reações dos usuários do aplicativo X após aplicativo voltar a funcionar (Foto: Reprodução/X)

Ainda não existe uma confirmação oficial quanto à liberação do serviço pela Justiça, uma vez que o funcionamento está bastante irregular. No entanto, o possível retorno gerou diversas reações nas redes sociais. Os internautas compartilharam memes a respeito da situação, descrevendo a possibilidade de voltar a ser “malucos na rede” ou a “morrer de saudade” das postagens na rede social.

Nota divulgada

Em comunicado enviado ao portal O TEMPO, o Supremo Tribunal Federal informou que uma instabilidade permitiu o acesso a algumas contas.

“O Supremo Tribunal Federal (STF) está checando a informação sobre o acesso ao X por parte de alguns usuários. Aparentemente é apenas uma instabilidade no bloqueio de algumas redes”, diz comunicado oficial.

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), que controla o bloqueio, também afirma que não recebeu nenhuma ordem para liberar o X no Brasil e, em nota, informa que o caso desta quarta-feira (18) está sendo avaliado tecnicamente.

Relembre a suspensão

A rede social “X”, mais conhecida como Twitter foi bloqueada em todo o país no dia 30 de agosto de 2024, após um desentendimento entre o ministro Alexandre de Moraes e o dono da plataforma, Elon Musk.

O ministro determinou que Musk cumprisse algumas ordens judiciais, pagasse as multas e apresentasse um representante legal da rede no Brasil, o que não foi cumprido dentro do prazo estipulado e resultou no bloqueio da rede social no país.

PGR aciona a Polícia Federal para analisar perfis de investigados no X

Na última quinta-feira (5), o chefe do Ministério Público Federal, Paulo Gonet, ordenou a Polícia Federal que investigue como perfis de investigados no Supremo Tribunal Federal conseguiram fazer uso do X e ainda publicar na plataforma.


Ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, discursando em evento internacional. (Foto: reprodução/Evaristo Sa/AFP/Getty Images embed)


Procuradoria Geral da República investiga usuários do X

Mesmo a rede social alegando falha técnica no sistema, a PGR pediu a PF que continue com suas investigações. Em abril desse ano, a polícia federal comunicou ao STF que a plataforma de Musk autorizou esses perfis a fazerem publicações no X.

O relatório da polícia foi anexado à um inquérito aberto no Supremo, para investigar Elon Musk e um suposto caso de obstrução de justiça. Os investigadores disseram os usuários estariam usando o chamado “Spaces”, um recurso que segundo eles “permiti que usuários brasileiros da plataforma possam interagir com pessoas que tiveram seus perfis bloqueados por decisão judicial”.

Ainda em abril, os representantes do X no Brasil afirmaram que os investigados pela justiça estavam tentando “contornar” os bloqueios do Supremo Tribunal Federal usando as configurações, recursos e opções da própria rede social. E, seguindo as determinações da justiça brasileira bloqueou a função Spaces para brasileiros que a tentassem usar. Os advogados da plataforma do bilionário falaram que logo que souberam o uso das funcionalidades, impediram e bloquearam esse recurso no Brasil.

Investigações contra Musk

Elon Musk segue sendo alvo do Ministro Alexandre de Moraes e do STF, pois, na época, ele havia sido incluído no inquérito das Milícias digitais. Além disso, há outro inquérito que o investiga por suspeitas de tentar obstruir a investigação do judiciário brasileiro, organização criminosa e incitação ao crime.

As decisões foram tomadas por Moraes após ameaças de não cumprimento de ordens judiciais em território Nacional. A rede social X segue suspensa no Brasil por descumprimentos de ordens da Suprema corte.

Uso de VPN para acessar o X pode comprometer sua privacidade e segurança digital

Desde a suspensão do X, antigo Twitter, muitos usuários começaram a procurar outros meios de acessar a rede social no Brasil. Entre as opções mais populares está o uso de VPNs (Redes Privadas Virtuais), que permitem contornar bloqueios geográficos digitais, podendo acessar conteúdos que não estão disponíveis no seu país, como catálogos de Streaming. No entanto, além da multa diária de R$ 50 mil estabelecida pela Justiça, especialistas alertam que o uso dessas ferramentas pode representar sérios riscos à cibersegurança, expondo dados pessoais e dispositivos a ameaças virtuais.

Segundo dados da NordVPN, uma das maiores fornecedoras de VPN no mundo, as buscas pelo serviço no Brasil cresceram 426% entre os dias 29 e 31 de agosto, em resposta à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).

Como funciona e quais são as desvantagens da VPN

Mesmo com as ameaças de multa, muitos usuários optaram por arriscar a privacidade e a segurança em busca de manter o acesso à plataforma utilizando VPNs.

O significado de VPN é “Virtual Private Network” ou “Rede Privada Virtual” em português, e servem para ultrapassar bloqueios geográficos ao mascarar o endereço IP do usuário. Embora o uso de VPN possa parecer uma solução rápida e eficiente para contornar o bloqueio do X, especialistas em cibersegurança alertam para os perigos que essa ferramenta pode representar. Wanderson Castilho, especialista em segurança digital, explica que o uso de VPNs pode expor os usuários a vulnerabilidades se o serviço escolhido não for confiável. “Se a VPN estiver mal configurada ou se o provedor não oferecer garantias de segurança, os dados do usuário podem ser interceptados por hackers ou terceiros mal-intencionados”, afirma Castilho.

Além disso, a segurança dos dispositivos pode ser comprometida caso a VPN utilizada contenha malwares ou outros tipos de ameaças. Mesmo com uma VPN ativa, clicar em links suspeitos ou baixar arquivos infectados pode expor o usuário a ataques cibernéticos. Vale ressaltar que, embora as VPNs ofereçam um grau de anonimato, elas não garantem proteção completa contra a instalação de vírus ou ataques de Pishing, quando criminosos tentam obter acesso a dados confidencias, como senhas e contas bancárias. A recomendação dos especialistas é escolher um serviço de VPN com reputação sólida no mercado, além de manter práticas seguras de navegação e proteção com antivírus.


Uso de VPNs aumentou exponencialmente após o bloqueio do X (Foto: reprodução/NurPhoto/Getty Images Embed)


Aumento no uso de VPNs no Brasil após o bloqueio do X

Segundo dados da NordVPN, uma das maiores fornecedoras de VPN no mundo, as buscas pelo serviço no Brasil cresceram 426% entre os dias 29 e 31 de agosto, em resposta à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).

O ministro Alexandre de Moraes determinou a suspensão do X no país após a plataforma não cumprir ordens judiciais, incluindo a nomeação de um representante legal no Brasil. O uso de VPN para acessar a rede social pode acarretar uma multa diária de R$ 50 mil, conforme determina a ordem judicial. No entanto, ainda há incertezas sobre como essa penalidade será aplicada, já que a fiscalização de tantos usuários e o monitoramento das tentativas de acesso são desafios difíceis de controlar.

BlueSky atinge mais de 1 milhão de usuários após bloqueio do X no Brasil

Após a suspensão da rede social X no Brasil, muitos usuários foram para outras plataformas parecidas com a rede social, alguns usuários passaram a usar o Threads, rede pertencente ao Meta, e rival do X, e uma grande parte criou sua conta no BlueSky, rede criada pelo mesmo criador do Jack Dorsey, em 2019. Dessa forma a BlueSky atinge hoje cerca de 1 milhão de usuários.

Popularidade de BlueSky

A BlueSky, criada em 2019, tornou-se independente em 2021 e se tornou popular após Elon Musk que adquiriu o X (Antigo Twitter), limitar o número de tuítes diários para usuários não verificados, e criar a assinatura para se tornar verificado e obter mais suporte.

A plataforma, assim como o início do Orkut, exigia um convite para ingressar, contudo a restrição foi removida em fevereiro de 2024, facilitando assim a adesão de novos usuários. Atualmente a plataforma segue no comando de Jay Graber, e pela “equipe BlueSky”. Na rede pode fazer publicações com até 300 caracteres. E é possivel republicar postagens e compartilhar fotos e textos.


Elon Musk (Reprodução/Blommberg/Getty Images Embed)


Suspensão do X no Brasil

O X foi suspenso no Brasil, após descumprimento das ordens exigidas por Moraes. O Ministro do STF, solicitou que Musk, indicasse um representante legal no Brasil para a empresa no prazo de 24 horas. O empresário não cumpriu a ordem, dizendo que enfrentaria o bloqueio no território brasileiro. Com o prazo limite sendo atingido, Moraes determina o bloqueio no país, até que sejam cumpridas todas as ordens judiciais, e as multas devidamente pagas e seja indicado, uma pessoa física ou jurídica como representante em território nacional.

Moraes, afirma que as redes sociais não são uma terra sem lei, criticando as postagens de Musk que segundo o ministro do STF, fazem parte de uma “campanha de desinformação”, estimulando a desobediência e obstrução à justiça.

Vale lembrar que o X encerrou as atividades e escritórios no Brasil, após alegarem que Moraes ameaçou prender a representante legal da empresa no Brasil. Desde esse momento o X tem ignorado as ordens judiciais para remover conteúdos considerados golpistas ou que atacam as instituições.

OAB contesta possíveis multas a usuários do X

Em um anúncio que não chegou a pegar muita gente de surpresa, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) anunciou nesta sexta-feira que vai cobrar esclarecimentos sobre a multa diária imposta pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) ao X. A multa, no valor de R$ 50 mil, vigora para os usuários que tentarem acessar a rede social por formas alternativas, como, por exemplo, o uso de VPN.

Usuários poderão responder civil e criminalmente

De acordo com a medida, os usuários que utilizarem esses meios alternativos para acessar a rede social ainda poderão responder civil e criminalmente. Isso está de acordo com a decisão que determinou a suspensão da plataforma no país.


Ministro do STF Alexandre de Moraes (Foto: reprodução/Getty Images News/Arthur Menescal/Getty Images Embed)


O presidente da OAB, Beto Simonetti, declarou que a aplicação de qualquer multa ou de qualquer sanção só pode ocorrer em caso de haver um processo e a possibilidade de defesa.

Presidente da AOB faz declaração

“Nenhum empresário ou empresa está acima da lei no Brasil. Por isso, defendemos a independência e a autonomia do Judiciário para proferir as decisões e adotar as medidas necessárias para coibir qualquer excesso. É preciso, no entanto, que as medidas ocorram dentro dos limites constitucionais e legais, asseguradas as liberdades individuais”

Beto Simonetti, presidente da OAB

De acordo com a OAB, eles querem entender como a penalidade vai funcionar na prática, já que as multas não são automáticas, e o órgão deseja entender como as penalidades seriam aplicadas.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), inicialmente determinou que Apple e Google bloqueassem o acesso ao X e retirassem o aplicativo de suas lojas virtuais, impondo “obstáculos tecnológicos capazes de inviabilizar” a plataforma. A medida também foi estendida a provedores de internet. No entanto, horas depois, Moraes recuou, optando por aguardar o posicionamento oficial do X, visando evitar “transtornos desnecessários e reversíveis” a outras empresas.

Intimação por redes sociais: inovação ou controvérsia no direito brasileiro?

A intimação por redes sociais, como a feita pelo ministro Alexandre de Moraes ao empresário Elon Musk por meio do X — conhecida como Twitter — é uma novidade no sistema jurídico brasileiro e pode influenciar a jurisprudência nacional. A medida que ocorreu após a publicação de uma ordem judicial na própria rede social é causou surpresa populacional, levanta debates sobre a legalidade e pode marcar o início de uma nova era nas comunicações judiciais no país.

Até o momento, o Brasil já registrou intimações via aplicativos de mensagens, como o WhatsApp, mas o uso de redes sociais para tais fins é um avanço inédito, segundo advogados consultados.


Rede social X (Foto: reprodução/Nathan Stirk/Getty Images Embed)


Inovação jurídica ou exceção?

O Código de Processo Civil (CPC) de 2015, em seu artigo 246, prevê diversas formas de intimação, incluindo o uso de meios eletrônicos, mas não especifica o uso de redes sociais como o X. O inciso V do artigo abre margem para interpretações, permitindo intimações por meios eletrônicos, conforme regulado em lei, mas sem detalhar plataformas como redes sociais.

Além disso, o artigo 270 do CPC dispõe: “As intimações realizam-se, sempre que possível, por meio eletrônico, na forma da lei.”

O advogado Luiz Friggi, do escritório Simões Pires Advogados, destaca que, embora intimações via WhatsApp já tenham sido validadas, a prática em redes sociais como o X é algo inédito

Nunca vi uma intimação por uma postagem pública em plataformas como Instagram ou Twitter. Isso é muito novo, pois não se trata de uma mensagem direta, mas de uma publicação aberta ao público

Nesse contexto, a decisão do ministro pode trazer consequências significativas para o sistema jurídico, especialmente se a prática se expandir e for adotada por outras instâncias. No entanto, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) já havia limitado o uso do WhatsApp para intimações, o que levanta dúvidas sobre a aceitação dessas novas práticas no futuro.

Bloqueio de contas e responsabilidade legal

A ordem judicial expedida pelo Supremo Tribunal Federal, que determinou que Musk nomeasse um novo representante legal para o X no Brasil em 24 horas, foi realizada inteiramente de forma eletrônica. Caso a ordem não seja cumprida, o STF advertiu sobre a suspensão das atividades da rede social no país e a aplicação de multas diárias.


intimidação do STF ao Elon Musk — (Reprodução/X/GlobalAffairs)

Segundo Alexandre Wunderlich, professor de direito, essa questão ressalta a importância da exigência de que o X tenha um representante legal no Brasil:

Empresas estrangeiras que operam no país têm obrigações legais e devem ter representantes para receber intimações e cumprir ordens judiciais

Isso reflete as novas exigências legais para empresas estrangeiras que operam no Brasil, ressaltando a necessidade de adaptação aos processos judiciais locais. Além, a utilização de uma rede social para a comunicação de uma intimação pode indicar uma tendência futura no direito processual, em que as plataformas digitais, amplamente utilizadas pela população, se tornem meios válidos para notificações judiciais.

Ou seja, a intimação pelo X marca uma possível transição para uma nova era nas comunicações jurídicas. A instantaneidade e a amplitude de alcance das redes sociais começam a ter um papel mais central. Caso essa prática se consolide, poderá redefinir as fronteiras do direito processual civil no Brasil, exigindo uma adaptação não apenas das empresas, mas também das instâncias judiciais e dos advogados que atuam no país.

X apresenta instabilidade nesta tarde

O X, a plataforma anteriormente conhecida como Twitter, enfrenta problemas de estabilidade tanto no Brasil quanto em outras partes do mundo, nesta quinta-feira (29). Conforme o site Downdetector, que compila reclamações sobre aplicativos e sites em diversos países, o Brasil registrou cerca de 1,8 mil queixas. Nos Estados Unidos, no entanto, o número de relatos ultrapassa 30 mil. O Reino Unido também sofre com a situação, com mais de 15 mil reclamações, enquanto o Canadá contabiliza mais de 4 mil.

Os problemas começaram a ser notados por volta das 17h50 no horário de Brasília. Muitos usuários estão relatando, através da própria plataforma, que conseguem publicar no feed, mas estão enfrentando dificuldades para carregá-lo.

Fim do X

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), realizou uma intimação, notificando diretamente o bilionário Elon Musk, proprietário do X. Nesta comunicação, o ministro exigiu que Musk indicasse, em um prazo estipulado de 24 horas, um novo representante oficial para a rede social no Brasil. A notificação enfatizou a urgência e a importância do cumprimento dessa solicitação, alertando que, caso a determinação não fosse atendida no período estabelecido, o STF se veria na necessidade de tomar medidas drásticas, incluindo a suspensão das atividades do X em território brasileiro.


Logotipo X (Reprodução/Pexels)

Mudança de nome

Elon Musk mudou o nome do Twitter para X como parte de seu plano de transformar a plataforma em um “Super App” que integrou funcionalidades como vídeos, áudios, mensagens e compras online. Inspirado pelo WeChat, um super aplicativo chinês que centraliza diversas funções, Musk deseja criar uma plataforma única. O nome X remete a sua ideia anterior de fundar o banco online X. A aquisição do Twitter é vista como um passo em direção à realização do super aplicativo, com a empresa-mãe já chamada X Corporation. Além disso, as mudanças visam revitalizar a plataforma, que enfrenta dívidas e uma perda significativa de anunciantes.