Na última segunda-feira (10), foi publicada uma reportagem sobre uma possível mudança de formato das eliminatórias europeias, muito por conta do esvaziamento de audiência sentida pelos canais de TV do torneio atual.
Em outubro de 2025, Aleksander Ceferin, presidente da UEFA, comentou que uma mudança no formato das Eliminatórias da Europa não estaria descartada. Durante o “Football Summit”, o presidente da UEFA revelou que a entidade pensava em um formato mais interessante e ainda falou nas possibilidades de o Comitê Executivo da UEFA organizar esse novo formato, sempre lembrando que a Fifa precisa autorizar.
Novo formato das eliminatórias europeias
Como dito anteriormente, um grupo de pessoas, comandado por Philippe Diallo, atual presidente da Federação Francesa de Futebol e membro do Comitê Executivo da UEFA, está encarregado de apresentar essa possível nova proposta, que iria mudar o formato atual das eliminatórias europeias, deixando-o mais “vendável” e interessante para o público assistir. Entretanto, como comentado anteriormente, toda mudança de regulamento passa pela aprovação da FIFA
Símbolo da UEFA (Foto: reprodução/Instagram/@Uefa)
O regulamento das Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026 prevê que as competições que precedem a Copa do Mundo são organizadas pela FIFA em parceria com outras confederações, como, por exemplo, as eliminatórias europeias pela UEFA (União das Associações Europeias de Futebol). No continente das Américas, temos a Concacaf (Confederação das Associações de Futebol da América do Norte, Central e Caribe), que abrange as Américas do Norte, Central, Caribe e três entidades da América do Sul: as nações independentes da Guiana e do Suriname, e a Guiana Francesa. Na América do Sul, é a Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol).
Também temos a OFC (Confederação de Futebol da Oceania), a CAF (Confederação Africana de Futebol) e a AFC (Confederação Asiática de Futebol). Portanto, as confederações formatam o torneio, mas ele é oficialmente organizado e comandado pela FIFA, sempre dependendo da aprovação dela para qualquer mudança.
Opiniões sobre possível mudança de formato
O jornalista francês Eric Frosio, do jornal L’Équipe, da França, é um pouco mais otimista com as mudanças. Ele comentou sobre o assunto e afirmou que, no atual formato, alguns jogos sofrem com pouco interesse dos telespectadores. Eric cita a França como exemplo e diz que o jogo contra a Islândia teve somente 4,6 milhões de pessoas assistindo, o que é um número baixo. Já contra o Azerbaijão, foram 4,7 milhões, continuando a ser um número muito baixo.
Portanto, esses números demonstram que há público, mas, se houver qualquer outra coisa melhor para fazer, eles deixam de assistir aos jogos. Com isso, um novo formato seria necessário, já que praticamente todas as grandes seleções vão para a Copa do Mundo. Ele também afirmou que poderia ser algo parecido com o que ocorreu com a Champions League, que mudou seu formato e ficou mais interessante.
Como funciona o novo formato da Champions League (Vídeo: reprodução/Youtube/@TNTSportsBR)
O jornalista José Félix Díaz, do jornal “As”, da Espanha, é um pouco mais conservador quanto à mudança de formato. Ele comentou que acha muito difícil ver alterações no formato, porque há uma diferença enorme entre as seleções, na opinião de José. É raro que uma seleção de história, como aconteceu com a Itália, fique de fora de uma Copa do Mundo, ainda mais considerando que foram incluídas mais vagas.
Félix diz que não há emoção, mas acredita ser necessário realizar essas partidas, mesmo que, como dito anteriormente, dificilmente alguma seleção de ponta fique de fora da Copa do Mundo. Portanto, a verdade é que esse assunto gera muitos debates; porém, são realmente necessárias certas mudanças para tornar mais interessantes essas competições eliminatórias, porque, com tantas vagas, até quando algumas seleções históricas não jogam bem, ainda têm muitas chances de ir para a Copa do Mundo.
