EUA reforçam compromisso com segurança da Ucrânia após reunião com líderes europeus

O presidente Donald Trump afirmou nesta segunda-feira (18) que os Estados Unidos estão dispostos a apoiar a segurança da Ucrânia em negociações de paz no leste europeu. A fala ocorreu durante o encontro com Volodymyr Zelensky, realizado em Washington. A iniciativa faz parte dos esforços internacionais para buscar uma solução pacífica para o conflito, que se arrasta há mais de três anos.

Trump reforçou que caberia às nações europeias liderar os esforços de proteção a Kiev. Mesmo assim, ressaltou que os Estados Unidos também prestarão assistência significativa. “Quando se trata de segurança, haverá muita ajuda. Eles já estão presentes, mas nós também daremos apoio”, declarou no Salão Oval.

Reunião multilateral reforça proteção de Kiev

Depois da conversa entre os presidentes, foi realizada uma mesa de diálogo que contou com representantes do Reino Unido, Alemanha, França, Itália, Finlândia, União Europeia e Otan. O objetivo foi mostrar solidariedade à Ucrânia e discutir garantias de proteção no cenário pós-conflito. Além disso, o encontro coletivo serviu para alinhar estratégias de segurança e reforçar a cooperação internacional, considerada essencial para garantir a estabilidade regional.

Os líderes europeus destacaram a importância de manter um fluxo constante de informações e assistência militar, econômica e humanitária. A presença desses representantes reforça o compromisso do bloco em apoiar Kiev e sinaliza ao Kremlin que qualquer avanço militar será monitorado e respondido de forma coordenada. A coordenação entre diferentes países deve intensificar a pressão diplomática contra a Rússia e favorecer a possibilidade de um cessar-fogo prolongado.


Trump se reúne com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky e líderes europeus na Casa Branca (Vídeo: reprodução/YouTube/CNN)

Zelensky valoriza garantias americanas

Zelensky descreveu a conversa com Trump como “muito construtiva”. Ele ressaltou a importância das garantias de segurança oferecidas pelos EUA e destacou que esse apoio fortalece a confiança mútua entre os países. Segundo o presidente ucraniano, essas medidas ajudam a criar um ambiente favorável para negociações de paz futuras e aumentam a credibilidade internacional da Ucrânia.

Zelensky também destacou que o engajamento dos Estados Unidos pode motivar outros países a intensificar a assistência à Ucrânia. Além disso, os líderes europeus enfatizaram que a cooperação estratégica entre Washington e seus aliados é crucial para proteger a integridade territorial e garantir, ao mesmo tempo, a estabilidade política ucraniana, criando assim condições mais favoráveis para um acordo de paz consistente.

Conflito e perspectivas para a segurança da Ucrânia

Desde a invasão russa em fevereiro de 2022, a guerra resultou em mais de um milhão de vítimas entre mortos e feridos e causou destruição significativa em vastas regiões da Ucrânia. Nesse cenário, a Rússia avança de forma lenta, porém contínua, explorando sua superioridade militar. Analistas afirmam que o suporte americano pode ter papel determinante nas negociações de paz, contribuindo para a manutenção da integridade territorial ucraniana.

Ao mesmo tempo, a presença de líderes europeus reforça a relevância da cooperação internacional e da diplomacia multilateral como caminhos para encerrar o confronto. Com isso, Kiev busca consolidar apoio externo e avançar nas tratativas por um acordo de paz duradouro.

Macron afirma acreditar que Trump está duvidando de Putin

Em meio às discussões e acordos sobre a guerra entre a Rússia e a Ucrânia, Emmanuel Macron, presidente da França, disse crer que Donald Trump está começando a perceber a falsidade de Vladimir Putin, presidente Russo. Macron diz que percebe isso após Trump postar em suas redes sociais que Putin tinha ficado louco.

A declaração de Macron

Nesta segunda-feira (26), o presidente da França, Emmanuel Macron, fez declarações à jornalistas, em Hanói, no Vietnã, sobre o novo posicionamento do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre Vladimir Putin, presidente da Rússia. De acordo com Macron, Trump está começando a enxergar as mentiras proferidas por Putin, em relação à Guerra da Ucrânia, destacando como o americano fez posts, criticando o russo, em suas redes sociais.


Post de Donald Trump criticando Putin e Zelensky (Foto: reprodução/X/@bennyjohnson)

Trump descreveu como, apesar de sempre ter tido um bom relacionamento com Vladimir Putin, ele está completamente louco, ceifando as vidas de pessoas sem sentido. Ele também teceu críticas a Volodymyr Zelensky, o presidente da Ucrânia, dizendo como não gosta da maneira que se comunica, dizendo que tudo que sai de sua boca causa problemas.

Outras declarações

Emmanuel Macron também afirmou que Trump teve uma boa conversa com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, sobre as tarifas que o americano impôs sobre outros países do mundo.

As discussões estão avançando. Houve uma boa conversa entre o presidente Trump e a presidente Von der Leyen e espero que possamos continuar nesse caminho e voltar às tarifas mais baixas possíveis que permitirão trocas frutíferas”, declarou Macron.


Macron discursando em evento no Vietnã (Foto: reprodução/ LUDOVIC MARIN/AFP/Getty Images Embed)


Ele ainda disse que as tarifas não são a forma correta de resolver os desequilíbrios comerciais, dizendo também que espera que os dois possam chegar a um acordo para reduzir as tarifas o máximo possível.

Kremlin confirma ausência de Putin em reunião de Paz com Zelensky

Na manhã desta quinta-feira (15), horário local, o governo russo confirmou que o presidente Vladimir Putin não comparecerá à reunião sobre o cessar-fogo referente à guerra Rússia/Ucrânia. Prevista para hoje à tarde, em Istambul, na Turquia, a Rússia será representada por ministros e outras autoridades russas. 

De acordo com informações do Kremlin, Putin nomeou seu assessor presidencial Vladimir Medinsky, o vice-ministro das Relações Exteriores Mikhail Galuzin, o general das Forças Armadas russas Igor Kostyukov e o vice-ministro da Defesa Alexandre Fomin, para representá-lo neste encontro. 

A decisão sobre o comparecimento da delegação russa em Istambul foi tomada na noite de ontem, quarta-feira (14), horário local, em reunião a portas fechadas entre o presidente russo e diversas autoridades do país.


Publicação sobre a nomeação da delegação russa para negociações de Paz com a Ucrânia (Foto: reprodução/X/@mfa_russia)

Apesar da ausência de Vladimir Putin, em nota, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, disse que a Rússia está pronta para trabalhar seriamente com o governo ucraniano.

Lula pede a ida de Putin

Conforme declaração do Palácio do Planalto, na última quarta-feira (14), em conversa por telefone com o líder russo Vladimir Putin, o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, encorajou Putin a comparecer ao encontro. 

Apesar de entender que o envio de uma delegação é lícito, Lula declarou que o comparecimento da autoridade máxima da Rússia nesta reunião demonstraria não só boa vontade como, também, seria um gesto sinalizando que o governo russo está aberto ao diálogo.


Presidente Lula e presidente Vladimir Putin, Moscou, Rússia (Foto: reprodução/Ricardo Stuckert/Arquivo Oficial da Presidência)

O presidente brasileiro reforçou, ainda, a existência de uma declaração conjunta entre Brasil e China em apoio ao cessar-fogo na Ucrânia. Denominada de “Grupo de Amigos da Paz”, formada por países do Sul Global, a declaração reforça a preocupação destes países com o conflito Rússia/Ucrânia e a esperança de que haja empenho para solucioná-lo quanto antes.

Presença de Donald Trump

Em visita ao Oriente Médio, o presidente americano Donald Trump declarou que talvez possa comparecer à reunião entre Rússia/Ucrânia, se isso ajudasse a alcançar um cessar-fogo entre os dois países mais rapidamente.

“Não sei se ele (Putin) iria se eu não estivesse lá. (…)  Sei que ele gostaria que eu estivesse lá, e é uma possibilidade. Se pudéssemos acabar com a guerra, eu consideraria.” Donald Trump

Trump, que estará nos Emirados Árabes Unidos nesta quinta-feira (15), disse que haveria a possibilidade de ir a Istambul, Turquia, se “isso” fosse para salvar muitas vidas.” De qualquer forma, o secretário de Estado, Marco Rubio, estará na cidade turca na próxima sexta-feira (16).

Zelensky na Turquia

O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky chegou à Ancara, capital da Turquia, nesta manhã de quinta-feira (15), horário local, para se reunir com o presidente turco Recep Tayyip Erdoğan.

Em postagem em suas redes sociais, Zelensky informou que a delegação da Ucrânia estará representada pelo mais alto nível em busca de soluções que levem à Paz. Informou, ainda, que a reunião inicial será com Erdoğan, agradecendo o líder turco por mediar esta reunião com a Rússia.


Publicação da chegada de Volodymyr Zelensky, presidente ucraniano, à Ancara, Turquia (Foto: reprodução/X/@ZelenskyyUa)

Volodymyr Zelensky informa que os próximos passos referentes ao acordo de cessar-fogo entre Rússia e Ucrânia, serão decididos após conversas com a delegação turca. Uma vez que não sabe qual o poder de decisão dado por Vladimir Putin a seus representantes russos. 

A reunião entre Rússia e Ucrânia, marcada para esta tarde de quinta-feira (15), horário local, em Istambul, na Turquia, continua em aberto sobre quem de fato serão os participantes presentes e se, decisões concretas serão tomadas para pôr fim ao conflito no leste Europeu em curso há mais de três anos.

Alemanha impõe prazo à Rússia: cessar-fogo ou sanções severas

Chefes de estados de países da Europa, liderados pelo chanceler alemão, Friedrich Merz, estiveram no último sábado (10) na Ucrânia, buscando um acordo de paz. Juntos e na presença do presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, demonstraram apoio absoluto ao país e anunciaram que vão pressionar a Rússia por um “cessar-fogo completo e incondicional de 30 dias”.

Emmanuel Macron, presidente da França, Keir Starmer, premiê do Reino Unido, e Friedrich Merz, chanceler da Alemanha, visitam juntos Kiev pela primeira vez. O país está em guerra desde fevereiro de 2022, após a invasão russa.

Merz tem apoio dos EUA

Dessa forma, com o apoio dos Estados Unidos, os líderes europeus pressionam o presidente russo Vladimir Putin a aceitar um cessar-fogo. O objetivo de Merz é abrir espaço para negociações que viabilizem uma paz justa e duradoura. Afinal, eles acreditam que é essencial pôr fim à invasão russa e garantir que a Ucrânia prospere como uma nação segura e soberana dentro de suas fronteiras reconhecidas internacionalmente.

Entretanto, a guerra na Ucrânia já ultrapassa 1.170 dias. Estima-se que mais de 700 mil soldados russos tenham sido mortos ou feridos, enquanto as baixas ucranianas ultrapassam 400 mil militares. Além das vidas perdidas, os prejuízos econômicos são imensos, com a reconstrução do país podendo ultrapassar 500 bilhões de dólares.


Chanceler alemão Friedrich Merz defende sanções severas, caso a Rússia não aceite cessar-fogo (Reprodução/X/@bundeskanzler)

Alemanha defende sanções severas

O chanceler alemão defende o endurecimento das sanções contra a Rússia caso Putin rejeite o cessar-fogo. Entre os pontos defendidos por Friedrich Merz, estão: o congelamento de ativos russos no exterior, restrições ao setor energético, incluindo limitações na exportação de petróleo e gás, reduzindo a receita russa, além do aumento da ajuda militar à Ucrânia, com um pacote de 3 bilhões de euros para fortalecer as forças ucranianas.

Em contrapartida, Emmanuel Macron busca estabelecer um canal de diálogo direto entre Moscou e Kiev para viabilizar a trégua de 30 dias proposta por europeus, americanos e ucranianos.

Rússia rebate declarações de Merz

Por enquanto, ao responder às declarações do chanceler alemão Friedrich Merz, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, minimizou o impacto das sanções impostas pelo ocidente. Peskov alegou que a Rússia já aprendeu a driblar as restrições e reduzir seus efeitos.

Por fim, o porta-voz afirmou que, para a Rússia aceitar uma trégua de 30 dias na guerra com a Ucrânia, é essencial interromper imediatamente o fornecimento de armas para Kiev. Segundo ele, o governo ucraniano não demonstra disposição para negociações e não seria Vladimir Putin o responsável por dificultar um acordo.

Zelensky comemora acordo com EUA sobre terras raras

O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, utilizou suas redes sociais na data de ontem, quinta-feira (01), para comemorar o acordo firmado entre a Ucrânia e o governo de Donald Trump. O pacto celebrado envolve a exploração de “Terras Raras”, ajuda financeira e apoio militar.

Zelensky  informou que o acordo está à espera de ratificação por parte do parlamento ucraniano, Verkhovna Rada, composto por 450 deputados e, garantirá que não haja atrasos para entrar em vigor o quanto antes. 

O mandatário ainda informa que, durante o processo de negociações, iniciado em fevereiro deste ano (2025), as cláusulas vigentes mudaram significativamente. Conforme o presidente ucraniano, “este é um acordo verdadeiramente igualitário que cria uma oportunidade para investimentos na Ucrânia”. 

Em seu discurso, Zelensky comemora que o Fundo Financeiro de Recuperação será realizado sem pendência de dívidas. E que tanto a Ucrânia quanto os EUA tendem a ganhar com esta parceria. 


Pronunciamento do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky sobre o acordo firmado com os EUA (Vídeo: reprodução/Instagram/@zelenskyy_official)


Volodymyr Zelensky aproveitou a oportunidade para agradecer aos representantes ucranianos pelo empenho empregado para que o acordo fosse aceito. 

Reunião no Vaticano

A reunião que pôs fim a meses de espera para assinatura do acordo entre EUA e Ucrânia, ocorreu durante o funeral do Papa Francisco, em 26 de abril (2025). Segundo Zelensky, o encontro com o presidente Donald Trump no Vaticano foi fundamental para que as negociações avançassem.


Reunião entre Volodymyr Zelensky e Donald Trump, Vaticano, Roma (Foto: reprodução/X/@@ZelenskyyUa)

Ainda, conforme Zelensky, a assinatura do acordo para exploração de “Terras Raras” tornou-se viável naquele momento, classificado como “histórico” e que outros resultados, decorrentes deste encontro, estão em andamento. 

Sanções à Rússia

Algumas das regiões denominadas como “Terras Raras” ucranianas, encontram-se em áreas sob controle da Rússia. Frutos da atuação russa na guerra contra a Ucrânia em curso desde 2022. Estima-se que, atualmente, o governo de Vladimir Putin detém 18% do leste da Ucrânia.

Cidades fronteiriças com a Rússia, como Donetsk, Zaporíjia, Kherson, Luhansk, Mariupol, além da Crimeia, são dominadas pelo exército de Putin e possuem minerais raros a serem explorados. 


Mina de grafite, Zavallya, Ucrânia (Foto: reprodução/Olena Koloda/Getty Images Embed)


Com o acordo firmado entre EUA e Ucrânia na data de ontem, quinta-feira (01), essas áreas serão disputadas entre os países envolvidos. Algumas já estão sob sanções econômicas internacionais e novas sanções serão postas em prática. 

Após a assinatura do acordo com os EUA, Volodymyr Zelensky anunciou novas sanções as empresas sediadas nestes territórios. Em sua fala, o presidente ucraniano informa que tais sanções serão contra a Rússia, em decorrência da guerra e que, serão sincronizadas com as sanções mundiais já em curso. 

A lista de sanções inclui: 36 empresas, produtora de titânio, que atendem à produção militar russa; 106 entidades localizadas na Crimeia, Donetsk e Luhansk, envolvidas na ocupação russa e mais dezenas de civis, alguns ucranianos que, segundo Zelensky são propagadores de informações prejudiciais à Ucrânia. 

Até o momento, não houve manifestação por parte do governo de Vladimir Putin, presidente russo, sob quais providências serão tomadas referente aos últimos acontecimentos. 

Rússia realiza ataque mais letal em nove meses contra Ucrânia após críticas de Trump a Zelensky

Capital da Ucrânia, Kiev, foi alvo, na manhã desta quinta-feira (24), do ataque mais mortal registrado nos últimos nove meses. A ofensiva russa ocorreu poucas horas após o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, acusar o líder ucraniano Volodymyr Zelensky de atrapalhar as negociações de paz com Moscou.

O bombardeio mais mortal desde o início da guerra

Segundo os serviços de emergência, ao menos 12 pessoas morreram e mais de 90 ficaram feridas em consequência do bombardeio, que atingiu 13 diferentes locais em Kiev, incluindo prédios residenciais e estruturas de infraestrutura civil. As autoridades locais informaram que os trabalhos de resgate continuam, pois há possibilidade de vítimas ainda presas sob os escombros.

Este é o ataque mais mortal registrado na capital ucraniana desde julho de 2024, quando 33 pessoas morreram após um bombardeio que destruiu um hospital e bairros residenciais.


Reprodução: Drone equipado com granada(Foto/Pierre Crom/Gettyimages)


Ministério de Defesa russo

Em nota oficial, o Ministério da Defesa da Rússia afirmou ter conduzido

“Um ataque massivo com armas aéreas, terrestres e marítimas de alta precisão e longo alcance”

Incluindo o uso de veículos aéreos não tripulados. Segundo Moscou, os alvos da ofensiva foram empresas dos setores aeroespaciais, de engenharia mecânica, indústrias militares e fábricas de produção de combustível para foguetes e pólvora.

“Todos os objetivos foram alcançados”

Declarou o governo russo

A ofensiva provocou forte reação do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, que anunciou o retorno antecipado de sua visita oficial à África do Sul, onde havia chegado na noite anterior. Em mensagem publicada nas redes sociais, Zelensky destacou a gravidade da situação e reforçou a necessidade de apoio internacional.

“É extremamente importante que o mundo veja e compreenda o que está acontecendo aqui”

Afirmou o presidente ucraniano

Zelensky também relembrou que a Ucrânia havia concordado com um cessar-fogo total há 44 dias, seguindo uma proposta dos Estados Unidos.

“E durante esse tempo, a Rússia continua matando nosso povo, sem enfrentar consequências ou pressões reais da comunidade internacional”

Criticou o presidente da Ucrânia

A nova escalada do conflito reacende os alertas sobre a fragilidade da trégua e deve intensificar os apelos ucranianos por reforço nas defesas aéreas e maior atuação dos aliados ocidentais diante da contínua ofensiva russa.

Rússia x Ucrânia: Novos ataques deixam mortos e feridos, aumentando tensões

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, utilizou suas redes sociais para informar sobre um novo ataque russo realizado na noite de ontem, quarta-feira (16), que resultou em vítimas fatais. Os ataques ocorreram em cidades localizadas no leste e no sudeste ucraniano.

Zelensky relata que entre os mortos está uma jovem de 17 anos, a quem ele se refere como Veronika. Além dos quatro mortos, há 28 feridos, incluindo quatro crianças. Destes, 16 ainda permanecem internados em hospitais da cidade.  

As cidades atingidas foram Dnipro e Odessa, onde, segundo Zelensky, vários prédios residenciais ficaram danificados. Nas cidades de Sumy, Kharkiv e Donetsk houve ataques aéreos, incluindo mísseis balísticos russos.


Publicação de Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia (Foto: reprodução/X/@ZelenskyyUa)

Em sua publicação, o presidente ucraniano reforça o pedido de ajuda à comunidade internacional para conter os ataques realizados por Moscou e finaliza dizendo que “a Rússia usa todos os dias e todas as noites para matar”.

Ajuda da comunidade internacional

Na última semana, líderes de países europeus se reuniram para discutir sobre apoio financeiro e militar à Ucrânia. Entre eles, os ministros de defesa do Reino Unido, John Healey, e da Alemanha, Boris Pistorius. 

Os dois países prometeram ajuda ao presidente ucraniano que, somados, ultrapassam o valor de US$ 36 bilhões de dólares. Reforçando apoio ao país do leste europeu e se posicionando contra a Rússia de Vladimir Putin.


Publicação do Departamento de Defesa ucraniano sobre a ajuda da Alemanha (Foto: reprodução/X/@DefenceU) 

Além do Reino Unido e da Alemanha, a Noruega também oferecerá ajuda financeira e militar à Ucrânia. Incluindo sistemas de radar, drones e minas antitanques.

Proposta para um cessar-fogo

Em meio a guerra Rússia/Ucrânia que já dura mais de três anos, o presidente americano Donald Trump tem procurado mediar uma proposta de cessar-fogo permanente entre os dois países envolvidos diretamente no conflito. 

No entanto, enquanto líderes de países europeus acusam Vladimir Putin de prolongar o conflito, Trump declarou na última segunda-feira (14), que Zelensky “iniciou uma guerra que não poderia vencer”. Retratando-se em seguida e reconhecendo que a guerra fora iniciada por Moscou.

No mesmo dia, Volodymyr Zelensky convidou Donald Trump para visitar as cidades devastadas pelos bombardeios e reforçou o pedido de um cessar-fogo, alertando que os ataques russos nunca foram interrompidos. 

O conflito entre Rússia e Ucrânia segue sem acordos de Paz, aumentando o número de feridos e vítimas fatais nos dois países.

Rússia e Ucrânia: novos ataques resultam em incêndios e vítimas

O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky usou as redes sociais para denunciar um novo ataque russo direcionado à cidade de Kharkiv, nordeste da Ucrânia, na quarta-feira (02). Segundo Zelensky, um míssil russo atingiu a região, ferindo pessoas e matando outras quatro. Todos eram civis. 

Em sua publicação, o presidente da Ucrânia, classifica os ataques como “terror” e solicita pressão mundial, principalmente dos EUA e da União Europeia (UE) para barrar as ações praticadas por Vladimir Putin, a quem ele se refere como Moscou, por ser a capital da Rússia. 

Desde o início da guerra Rússia/Ucrânia, em fevereiro de 2022, Volodymyr Zelensky tem utilizado constantemente suas redes sociais para denunciar ataques contra o seu país,  além de solicitar apoio da comunidade mundial e de organizações multilaterais para um cessar-fogo. 


https://twitter.com/ZelenskyyUa/status/1907465750904025189
Publicação de  Volodymyr Zelensky sobre os ataques recentes contra Kharkiv (Reprodução/X/@@ZelenskyyUa

Outros ataques russos 

Algumas cidades ucranianas também sofreram ataques aéreos russos. Segundo informou o governador de Kharkiv, Oleh Syniehubov, em um período de uma hora, foram lançados 17 drones drones Shahed contra a cidade de Kiev, causando vários incêndios em instalações locais.

Os drones Shahed foram projetados pelo Irã e são conhecidos como “drones Kamikaze” ou “drones suicidas”. São veículos não tripulados, projetados para atacar vários alvos terrestres ao mesmo tempo. A Rússia utiliza o modelo Shahed 136, também conhecido como Geran-2. Esse tipo de armamento pode ser lançado via terrestre, através de um tanque militar. 

Zelensky também relatou uma série de ataques contra outras regiões do país. 


Informações sobre os ataques russos contra a Ucrânia (Reprodução/Youtubr/@CNNbrasil)

Conforme informações do presidente ucraniano, em um curto período de tempo, 74 drones foram lançados pela Rússia, destes 54 eram do tipo Shahed e 14 atingiram a cidade de Kharkiv. As regiões de Odesa e Sumy, incluindo uma subestação de energia, foram alvejadas. A cidade de Nikopol, no sul do país, próxima a Dnipro, também teve sua  subestação atingida. 

Na semana passada, a Rússia atacou a região de Belgorod, mais precisamente a cidade de Popovka, fronteiriça com a Rússia. O alvo, uma barragem usada pelo exército ucraniano para abastecer cidades da região, foi explodida por um bomba com o peso equivalente a três toneladas. O ataque causou inundações e danos a produção agrícola.  

Ajuda da OTAN

A Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), uma aliança político-militar, atualmente formada por 32 países, prometeu ajuda militar à Ucrânia, no valor de 21 bilhões de dólares. 

Em discurso, na data de ontem, quarta-feira (02), o secretário geral  da organização, Mark Rutte, informou que a “aliança precisa combater as ameaças que enfrentamos”, referindo-se aos ataques russos contra a Ucrânia, uma guerra em atividade há mais de três anos.


Discurso de Mark Rutte em Bruxelas, Bélgica (Reprodução/X/@NATO)



Em meio a ajudas financeiras tanto da OTAN quanto da União Europeia, a Ucrânia segue aguardando um acordo de cessar-fogo com a Rússia, mediado pelos EUA. Mas, até o momento, sem avanços ou resoluções significativas. 

Lula comenta embate entre Trump e Zelensky

Em meio a uma viagem ao Uruguai, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva mencionou a discussão entre o presidente dos EUA, Donald Trump, seu vice, James David Vance, e o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky. De acordo com Lula, Zelensky teria sido humilhado por Trump.

“Não sou diplomata, mas acho que, desde que o planeta Terra foi criado, desde que a diplomacia foi criada, não se via uma cena tão grotesca, tão desrespeitosa como aquela que aconteceu no Salão Oval da Casa Branca”, declarou Lula.

Mais uma vez, Lula reforçou a importância do diálogo para um tratado de cessar-fogo entre Rússia e Ucrânia, que já se estende há três anos.

“Não há paz se não houver participação dos dois presidentes que estão em conflito. O que é preciso é tomar uma decisão correta se o mundo quer paz. Acho que o mundo precisa de paz”, ressaltou o presidente.

Zelensky e Donald Trump

Na última sexta-feira, 28 de fevereiro, o presidente ucraniano teria ido a Washington para assinar um acordo sobre a exploração de terras raras, que daria aos Estados Unidos parte desses recursos. A negociação é considerada pelos EUA como uma contrapartida ao suporte financeiro e militar de bilhões de dólares destinados à Ucrânia.

No entanto, após o bate-boca, perante as câmeras, entre os presidentes, ficou definitiva a separação entre Washington e Kiev. Donald Trump teria acusado Zelensky de estar “jogando com a Terceira Guerra Mundial” ao não colaborar com um acordo de paz com a Rússia. Zelensky desmentiu a acusação, porém Trump afirmou que ele estava sendo ingrato e desrespeitoso com os EUA.

O presidente ucraniano teria sido orientado a se retirar da Casa Branca.


Discussão de Zelensky e Trump na íntegra (Vídeo: reprodução / YouTube / @MetrópolesTV)


Rússia e Ucrânia

A guerra entre os dois países completou, no último mês, três anos. Segundo a ONU, mais de 12.000 civis foram mortos na Ucrânia desde o início do conflito, e 10 milhões de ucranianos estão deslocados de forma forçada, sendo 3,7 milhões deslocados internos e 6,8 milhões refugiados em países como Polônia, Alemanha, República Tcheca, Itália, Espanha e Reino Unido.


Lideranças do Ocidente reafirmam apoio à Ucrânia e a Zelensky

Uma reunião acalorada no Salão Oval da Casa Branca nexta sexta-feira (28) entre Volodymyr Zelensky, Donald Trump e J.D. Vance, provocou a reação imediata de autoridades do Ocidente em favor do presidente ucraniano e seu país. A Ucrânia sofre graves consequências de uma guerra contra a Rússia desde 24 de fevereiro de 2022. 

O presidente francês Emmanuel Macron afirmou que existe um agressor nesta guerra, que é a Rússia, e um povo sendo atacado, que é o ucraniano. Macron constatou terem tomado uma decisão acertada ao defender a Ucrânia desde o início do conflito, bem como ao sancionar o país russo. Por isso, devem continuar a fazê-lo. Agradeceu aos países que têm oferecido apoio ao país atacado e fez questão de citar os Estados Unidos, o Canadá e o Japão. Em seguida, reforçou que é preciso respeitar aqueles que estão lutando por sua dignidade, independência, filhos e pela segurança de toda a Europa. 

Autoridades internacionais apoiam ucranianos publicamente

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, elogiou Zelensky por sua dignidade e o encorajou a continuar sendo forte, corajoso e destemido. A líder afirmou que a Europa continuará trabalhando para que a paz se estabeleça de forma justa e duradoura. 

“Você não está sozinho, querido presidente.”

Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia

Seguindo o exemplo da líder europeia, o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, declarou que o governo canadense permanecerá ao lado da Ucrânia e seus cidadãos na conquista pela paz. Trudeau fez uma postagem na rede social X (ex-Twitter) e destacou a coragem e resiliência daquele povo em sua luta por democracia, liberdade e soberania, em uma luta que importa a todos.


Primeiro-ministro canadense define invasão da Rússia à Ucrânia como ilegal e injustificável (Foto: Reprodução/X/@JustinTrudeau)

Analistas geopolíticos ficam chocados

O encontro entre Zelensky e o governo americano causou consternação e surpresa, por fugir das práticas diplomáticas amigáveis adotadas pelos governos ao redor do mundo até hoje. O analista geopolítico da Globo News, Guga Chacha, confessou estar em choque e disse: “Isso nunca ocorreu. Eles, literalmente, brigaram. O Trump e o Zelensky brigaram. O Trump tratando o Zelensky como inimigo, um criminoso.” O professor da Fundação Getúlio Vargas e colunista do Estadão, Oliver Stuenkel, chamou a atenção para a necessidade da Europa dar suporte militar à Ucrânia de maneira imediata e rápida, transformando o apoio público em ajuda concreta para garantir a sobrevivência do país. 


Legendado: veja íntegra da discussão entre Donald Trump, Volodymyr Zelensky e J.D. Vance (Vídeo: Reprodução/YouTube/Metrópoles)

De acordo com a rede de notícias Reuters, o chanceler alemão Olaf Scholz viarajá para Londres no próximo domingo (2) para participar de um encontro de líderes da União Europeia para discutir a resposta que será dada à pressão de Donald Trump sobre a situação na Ucrânia. O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, receberá líderes da Itália, Polônia e outros aliados, e possivelmente Volodymyr Zelensky também, para conversar sobre os gastos de defesa e segurança da região.