Erupção do vulcão Kilauea impressiona

O vulcão Kilauea, no Havaí, um dos mais ativos do mundo, entrou em erupção na quarta-feira, 6 de agosto de 2025, no Parque Nacional dos Vulcões (HAVO), liberando lava dentro de cratera localizada no cume do vulcão. A atividade foi rapidamente detectada pelo USGS (Serviço Geológico dos Estados Unidos), que elevou o nível de alerta para “vigilância”. Até o momento, não há risco direto para comunidades próximas.

A erupção segue confinada à cratera e não representa ameaça imediata à população. Como medida preventiva, o Parque fechou o acesso à região do cume. As autoridades reforçam que moradores e turistas devem seguir as recomendações oficiais.

Histórico de erupções

Nos últimos anos, Kilauea tem alternado entre fases de calmaria e atividade. Após uma breve pausa, o vulcão voltou a apresentar sinais de aumento de pressão magmática em julho de 2025. A erupção mais recente confirma esse padrão cíclico observado desde 2018.

A linha do tempo a seguir mostra os principais episódios eruptivos entre 2020 e 2025.

Kīlauea (2020-2025):

Dez 2020: Erupção recomeça com lago de lava.

Início 2021: Fluxos constantes, sem grandes riscos.

Set 2021: Erupção termina.

Mar 2023: Atividade sísmica, sem erupção.

Jun 2024: Pequenas emissões, sem ameaça.

Jan 2025: Erupção menor, impacto local.


Vulcão kilauea em erupção,no ano de 2025 (Foto: reprodução/site/diariodolitoral.com)

O que dizem os especialistas

Segundo o USGS, o Kilauea é um vulcão do tipo escudo, conhecido por erupções com lava fluida e menos explosiva. A atividade atual é típica desse tipo e está sendo monitorada com sensores sísmicos, câmeras térmicas, estações GPS e sobrevoos com drones.

Especialistas do Observatório Vulcanológico do Havaí (HVO), explicam que não há indícios, até o momento, de que a lava sairá da cratera. Ainda assim, os sistemas de alerta seguem ativos e os planos de evacuação da ilha estão atualizados, caso a situação se agrave.

Submarinos nucleares da Rússia escapam de desastre após terremoto

Um forte terremoto na base nuclear da Rússia de magnitude 8,8 atingiu o extremo oriente do país na última semana, colocando em risco uma das principais instalações da frota de submarinos estratégicos. A base de Rybachiy, localizada na Península de Kamchatka, abriga embarcações com capacidade para lançar mísseis balísticos intercontinentais e, por isso, pode ter sofrido danos estruturais.

A informação foi publicada pelo The New York Times, com base em imagens de satélite analisadas pela empresa Planet Labs. As fotos revelam que parte de um píer flutuante se desprendeu da estrutura principal. Além disso, o local abriga parte essencial da força nuclear russa no Pacífico.

Impacto do terremoto na base nuclear da Rússia atinge frota estratégica

Embora não tenha havido vítimas, o tremor, cujo epicentro ocorreu a menos de 130 km da base, gerou preocupação sobre a integridade das instalações. Especialistas alertam que a proximidade com a Baía de Avacha, onde operam submarinos das classes Borei, Yasen-M e Belgorod, evidencia a vulnerabilidade das estruturas militares em regiões sísmicas.

No entanto, o grupo Conflict Intelligence Team informou que os danos foram limitados e que não há indícios de impacto na prontidão da frota. Ainda assim, ao menos cinco submarinos estavam atracados no momento do tremor. Até o momento, a Rússia não se pronunciou oficialmente sobre o incidente, e a imprensa local manteve silêncio.

Submarinos de ataque e torpedos Poseidon

Entre as embarcações operadas na base estão os submarinos estratégicos Borei e Borei-A, que compõem o braço mais temido da tríade nuclear russa. Eles transportam mísseis com ogivas capazes de alcançar alvos em qualquer continente. Também há relatos da presença de submarinos da classe Yasen, considerados uma das ameaças submersas mais avançadas em operação.

Outro ponto de atenção foi a possível presença do Belgorod, o maior submarino do mundo, projetado para missões secretas e transporte do torpedo nuclear Poseidon. Caso estivesse atracado durante o abalo sísmico, qualquer avaria poderia ter representado um risco de proporções globais.


Erupção do vulcão Krasheninnikov na Península de Kamchatka, Rússia, após terremoto de magnitude 8,8 (Vídeo: reprodução/YouTube/CNN)

Risco geológico reacende debate estratégico

O episódio reforça críticas à estratégia de centralizar o arsenal nuclear em áreas remotas, porém instáveis. Kamchatka, apesar de isolada e protegida por enseadas, é uma das regiões com maior atividade sísmica do planeta. Analistas ouvidos por veículos internacionais afirmam que desastres naturais representam um risco tão imprevisível quanto ameaças militares.

Além disso, o portal The War Zone alerta que variações no nível do mar podem comprometer amarras, causar inundações e até afetar sistemas sensíveis em manutenção. A recente erupção vulcânica e o terremoto na base nuclear da Rússia colocam em xeque a viabilidade de manter ativos estratégicos em regiões de alto risco geológico.

Vulcão entra em atividade horas após terremoto na Rússia

O vulcão Klyuchevskaya Sopka, o mais alto da Eurásia com cerca de 4.750m, entrou em erupção nesta quarta-feira (30), pela manhã. O evento ocorre horas após um forte terremoto de magnitude 8,8 – uma das magnitudes mais fortes de acordo com a Escala de Richter, usada para medir forças de terremotos – atingir o extremo leste da Rússia e desencadear alertas de tsunami em regiões do Pacífico.

O forte terremoto sacudiu a península de Kamchatka, locaizada na Rússia, nesta manhã (pelo horário local) e provocou uma série de alertas de tsunami ao longo do Oceano Pacífico. Pouco depois, o vulcão localizado na Eurásia entrou em erupção de acordo com a RIA Novosti – agência estatal de notícias russa –  emitindo lava e explosões que podiam ser visíveis à distância. 

Vulcão Klyuchevskaya Sopka

Localizado na Eurásia, uma massa continental formada pelos continentes da Europa e da Ásia, o vulcão é um dos ativos mais altos do mundo, com aproximadamente 4.750 metros de altitude. De acordo com a agência RIA Novosti, a erupção começou poucas horas após o terremoto na Rússia.

Apesar da magnitude do fenômeno, turistas que estavam na área não cancelaram os passeios e não há registros de reclamações por parte dos visitantes. Ao contrário, muitos turistas demonstraram interesse em testemunhar o vulcão entrar em atividade ao vivo, segundo a RUTI (União Russa da Indústria de Viagens). As condições da região são voláteis, podendo mudar a qualquer momento sem previsão, com ventos fortes, temperaturas baixas e presença constante de neve em grandes altitudes.


Vulcão entra em erupção horas após terremoto na Rússia (Mídia: reprodução/X/@g1)


A três anos atrás, em 2022, oito pessoas morreram escalando o vulcão, em uma expedição que levava um grupo de doze pessoas, incluindo dois guias. 

Terremoto na Rússia e tsunamis no Pacífico

O terremoto de magnitude 8,8 foi registrado na Península de Kamchatka nas primeiras horas desta quarta-feira e teve profundo impacto geológico. O tremor registrado foi de 19,3km de profundidade, o que torna as condições favoráveis para um tsunami. Provocado pelo terremoto, logo em seguida ocorreu um tsunami, que desencadeou alertas em regiões do Pacífico. Contudo, parte da população foi evacuada da península e pessoas sofreram ferimentos leves. De acordo com o governo russo, um tsunami forte foi observado em Kamchatka, com ondas registradas de até 4 metros.

O fenômeno também foi registrado no Japão e no estado do Havaí. No Japão, ondas abaixo de 1 metro chegaram a atingir o norte do país e o governo prevê que elas possam chegar a altura de até 3 metros. Já no Havaí, o Centro de Alerta de Tsunami do Pacífico afirmou que um tsunami atingiu o país e o governo determinou que parte da área costeira fosse evacuada.

Alertas foram sinalizados para quase toda a costa das Américas, incluindo Estados Unidos, México, Chile, Equador e Colômbia – os dois últimos determinaram a evacuação das costas e a interrupção dos serviços marítimos. Apesar de serem efeitos do terremoto na Rússia, os riscos nessas áreas são considerados menores. 

Despedida de Juliana Marins acontece nesta sexta em Niterói

Juliana Marins, brasileira que morreu no final de junho após sofrer um acidente enquanto fazia uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia, será velada nesta sexta-feira (4), em Niterói, no Rio de Janeiro, onde nasceu.

A cerimônia de despedida será no Cemitério Parque da Colina. Entre 10h e 12h, qualquer pessoa que quiser prestar homenagens poderá comparecer. Depois disso, das 12h30 até às 15h, o local será reservado apenas para familiares e pessoas próximas. Após esse horário, o corpo de Juliana será sepultado.

Ela estava viajando quando caiu em uma área de difícil acesso, durante uma trilha. Seu corpo foi localizado dias depois, após buscas realizadas por equipes locais.

Peritos brasileiros refazem exame no IML do Rio

Na quarta-feira (2), o corpo de Juliana passou por uma nova análise no Instituto Médico Legal Afrânio Peixoto, na capital fluminense. A decisão de realizar um segundo exame foi tomada após solicitação da Defensoria Pública da União, que questionou a falta de informações claras no laudo feito na Indonésia. A Justiça Federal autorizou a nova perícia.

O procedimento contou com dois peritos da Polícia Civil, além da presença de um agente da Polícia Federal e de um representante da família. A necropsia começou por volta de 8h30 e levou pouco mais de duas horas. Um relatório preliminar deve ser entregue em até sete dias.

Segundo a defensora Taísa Bittencourt Leal Queiroz, a medida foi necessária porque o primeiro laudo não deixou claro o motivo da morte, nem indicou com precisão quando ela ocorreu.

Família questiona divulgação do primeiro laudo

O primeiro exame, feito em um hospital em Bali, revelou diversas fraturas e lesões internas, o que eliminou a possibilidade de hipotermia. Um legista local afirmou que Juliana ainda teria resistido por cerca de 20 minutos após a queda, mas o dia exato do acidente não foi confirmado.


Momento em que o corpo da jovem chega ao Brasil (Vídeo: Reprodução/YouTube/@BrasilUrgente)

Os familiares demonstraram desconforto com a forma como as informações do primeiro laudo vieram a público. O conteúdo foi divulgado em entrevista coletiva antes que qualquer parente fosse oficialmente informado. Pelas redes sociais criadas para divulgar atualizações sobre o caso, a irmã de Juliana, Mariana Marins, afirmou que a família se sentiu desrespeitada.

Além disso, a Defensoria Pública da União enviou um pedido para que a Polícia Federal abra um inquérito e acompanhe a apuração sobre o que realmente aconteceu.

Chegada do corpo de Juliana Marins ao Brasil marca novo passo nas investigações

O corpo da publicitária Juliana Marins, de 26 anos, que perdeu a vida após um acidente durante trilha no vulcão Rinjani, na Indonésia, desembarca em São Paulo nesta terça-feira (1º). A companhia aérea Emirates antecipou o voo com apoio da família, segundo informou à CNN. O trajeto inclui uma escala em Dubai e o destino final será o Aeroporto Internacional de Guarulhos.

Emirates emite comunicado oficial

Responsável pelo transporte, a Emirates informou que organizou uma nova logística em conjunto com os familiares da brasileira. “A Emirates informa que, em coordenação com a família, novos preparativos foram feitos para o transporte do corpo de Juliana Marins”, afirmou a empresa, que também expressou pesar: “A Emirates estende suas mais profundas condolências à família neste momento difícil”.

A chegada do corpo também permitirá que uma nova autópsia seja feita em território brasileiro. O pedido foi feito pela Defensoria Pública da União (DPU) e aceito pela Advocacia-Geral da União (AGU), que optou por colaborar espontaneamente com o processo. A solicitação foi protocolada na 7ª Vara Federal de Niterói, no Rio de Janeiro.


Imagens da tentativa de resgate de Juliana Marins em Bali (Vídeo: reprodução/YouTube/@g1)


AGU prioriza sensibilidade do caso

Glaucio de Lima e Castro, procurador-regional da União da 2ª Região, comentou a decisão: “Devido à natureza humanitária e ao conteúdo da demanda, compreendeu-se que a postura mais adequada seria a de colaborar para que as providências solicitadas pudessem ser operacionalizadas com celeridade e efetividade”. A perícia está prevista para ocorrer logo após a chegada do corpo.

A morte de Juliana gerou forte comoção nas redes sociais, onde familiares e amigos pedem respeito, empatia e transparência nas investigações. A jovem viajava sozinha e, segundo relatos, era apaixonada por aventuras e natureza. Agora, o foco da família é garantir que todos os procedimentos legais sejam cumpridos com clareza e dignidade, através dessa nova autópsia e da repatriação do corpo da jovem publicitária.

Governo da Indonésia admite falta de estrutura para resgates como o caso de Juliana Marins

O governador Lalu Muhamad Iqbal, responsável pela província de Sonda Ocidental, onde está localizado o vulcão Rinjani, cenário da morte da turista brasileira Juliana Marins, divulgou neste sábado (28), por meio do Instagram, uma carta aberta direcionada aos brasileiros.

No vídeo, ele explica que as operações de resgate foram dificultadas por chuvas constantes e forte neblina. Iqbal também reconhece que a região carece de infraestrutura apropriada para lidar com emergências como essa.

Pronunciamento

Em vídeo publicado em inglês no Instagram, o governador Lalu Muhamad Iqbal lamentou a morte da turista brasileira, a quem se referiu como uma “irmã” e expressou condolências à família. Ele afirmou que toda a população local ficou abalada com a tragédia e garantiu que assim que o acidente foi comunicado, as equipes de resgate foram mobilizadas com urgência, mesmo enfrentando riscos para cumprir a missão.


Local de resgate é de difícil acesso, vertical e profundo (Reprodução/Youtube/UOL)

O governador destacou que muitos dos socorristas eram voluntários e atribuiu as dificuldades do resgate às condições climáticas adversas, como chuva intensa e nevoeiro, que impediram o uso eficaz de drones térmicos.

Também mencionou que o terreno arenoso representava perigo para os helicópteros, já que a areia poderia comprometer os motores. Por fim, admitiu que a região ainda não conta com profissionais suficientes especializados em resgate vertical, nem com equipamentos adequados para operações complexas como essa. O governador da Indonésia também afirmou que pretende implementar ações efetivas para aprimorar a resposta a incidentes parecidos no futuro.

Outra ocorrência no local

Um turista da Malásia sofreu uma queda de aproximadamente 200 metros na sexta-feira (27) no Monte Rinjani. O incidente aconteceu poucos dias após Juliana Marins ter perdido a vida na mesma trilha. De acordo com as autoridades, o homem ficou ferido, mas seu estado de saúde é estável.

A informação foi confirmada pela administração do parque que abriga o vulcão, por meio de uma publicação no Instagram. Conforme o comunicado, uma equipe de resgate foi enviada imediatamente ao local.

Autópsia revela que Juliana Marins morre por ferimentos internos após queda em vulcão na Indonésia

Juliana Marins, alpinista brasileira que sofreu uma queda no Monte Rinjani, morreu em decorrência de ferimentos causados por impacto violento, conforme indicam os resultados da autópsia divulgados nesta sexta-feira (27/06) pelas autoridades da Indonésia. O laudo aponta que ela teve múltiplas fraturas, o que provocou lesões em órgãos internos e um sangramento intenso, levando à morte pouco tempo depois do acidente.

Segundo o responsável pela análise forense, o corpo apresentava arranhões, escoriações e fraturas em diferentes regiões, como tórax, ombro, coluna e coxa. Os danos mais críticos ocorreram na região do tórax e das costas, o que comprometeu a função de órgãos vitais. O especialista explicou que não foram encontrados sinais de que ela tenha resistido por muitas horas após a queda. A ausência de características típicas de ferimentos que evoluem lentamente, como hérnia cerebral ou retração dos órgãos, reforça a hipótese de que o falecimento aconteceu em cerca de 20 minutos após o acidente.

A autópsia foi realizada em Bali, no Hospital Bali Mandara, para onde o corpo foi transferido de ambulância, já que a província de origem, onde o vulcão está localizado, não conta com profissionais especializados nesse tipo de exame. O procedimento ocorreu na noite de quinta-feira (26/06), um dia após o corpo ter sido retirado do local da queda.

Resgate demorou dias por conta do terreno e do tempo

Juliana caiu em um barranco profundo no sábado (21/06), por volta das 6h30 da manhã, enquanto subia uma trilha próxima ao lago Segara Anak. Ela foi encontrada apenas na quarta-feira (25/06), após uma operação de busca que enfrentou vários obstáculos, como neblina densa, ventos fortes e relevo acidentado.

As equipes de resgate só conseguiram se aproximar dela três dias depois. O local da queda, segundo os socorristas, era difícil de acessar e, inicialmente, o corpo sequer foi localizado na posição estimada. A hipótese é que ele tenha se deslocado com o impacto. Durante esse período, as equipes permaneceram na região, mesmo durante a noite, tentando localizá-la.


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Vista do Monte Rinjani, vulcão ativo e ponto turístico de Lombok, na Indonésia, onde ocorreu a queda da alpinista brasileira (Foto: Reprodução/Ulet Ifansasti/Getty Images Embed)


As autoridades do parque explicaram que, apesar da mobilização de dezenas de profissionais, o processo levou tempo por conta das dificuldades naturais e da necessidade de garantir a segurança dos próprios socorristas. A Agência Nacional de Busca e Resgate da Indonésia (Basarnas) também declarou que o clima instável e a geografia do local dificultaram toda a operação.

Críticas ao resgate e promessas de investigação

O caso de Juliana ganhou repercussão nas redes sociais tanto no Brasil quanto na Indonésia. Internautas brasileiros criticaram a lentidão na resposta das autoridades locais e questionaram por que o resgate demorou tantos dias. Comentários também foram feitos nos perfis oficiais da Basarnas e até do presidente indonésio.


Juliana Marins em trilha na Indonésia, antes de sua morte (Foto: reprodução/Instagram/@ajulianamarins)

A família de Juliana afirma que houve negligência por parte da equipe responsável pela busca. Em uma página nas redes sociais, os parentes disseram que, se o resgate tivesse ocorrido dentro das primeiras sete horas, ela poderia ter sobrevivido. Eles informaram ainda que pretendem acionar a Justiça para responsabilizar os envolvidos.

Preocupações sobre segurança no Rinjani

O Monte Rinjani já foi cenário de outros acidentes nos últimos anos. A falta de barreiras físicas e sinalização em pontos perigosos preocupa alpinistas mais experientes, que defendem a instalação de cordas, cercas e maior presença de guias ao longo das trilhas. Especialistas também pedem mais treinamento para socorristas e alertas mais rígidos sobre os riscos.

O parque nacional afirma que já foram feitas melhorias, como a instalação de escadas de apoio e câmeras de monitoramento. Também há exigências de que cada grupo de turistas conte com um guia e dois carregadores, conforme regra atualizada em março deste ano.

Mesmo com essas medidas, a trilha até o pico do Rinjani é considerada uma das mais difíceis da Indonésia. Trechos estreitos, com declives íngremes e solo instável, somados a mudanças climáticas repentinas, tornam a subida perigosa, especialmente para quem não tem preparo físico adequado.

Governo brasileiro acompanha o caso

Além do suporte financeiro, o Itamaraty afirmou que continuará acompanhando de perto os desdobramentos do caso e manterá contato constante com as autoridades locais para garantir que todos os procedimentos sejam realizados com transparência e respeito à família de Juliana.

A Prefeitura de Niterói, cidade de origem de Juliana, e o governo federal brasileiro se comprometeram a custear o translado do corpo da jovem até o Brasil. O presidente Lula também declarou que o Itamaraty está prestando apoio total à família. O corpo será velado e sepultado em solo brasileiro.

Morte de brasileira no Monte Rinjani expõe risco na Indonésia

A publicitária brasileira Juliana Marins, de 26 anos, natural de Niterói (RJ), morreu após sofrer uma queda de aproximadamente 300 metros durante uma trilha no Monte Rinjani, um vulcão ativo na ilha de Lombok, Indonésia. O acidente ocorreu na madrugada do dia 21 de junho, mas o corpo só foi localizado quatro dias depois, devido ao mau tempo na região. Juliana fazia um mochilão pela Ásia desde fevereiro e já havia passado pelas Filipinas, Vietnã e Tailândia.

As autoridades locais afirmam que o local da queda é uma área cercada por desfiladeiros e encostas íngremes. A demora no resgate, segundo os socorristas, foi causada pelas más condições climáticas. Especialistas sugerem que Juliana pode ter falecido por causas relacionadas à desidratação, fome ou exposição prolongada ao frio intenso da montanha.

Trilha difícil e visibilidade baixa no momento do acidente

Segundo relatos de companheiros de trilha, Juliana estava no fim do grupo, ao lado de um guia local, quando caiu de um penhasco próximo à cratera do vulcão, por volta do amanhecer.

A visibilidade era baixa, com uso apenas de lanternas simples em um terreno escorregadio e inclinado. “Era muito cedo, antes do nascer do sol. Estava frio, o terreno era difícil e a luz era pouca”, disse um dos trilheiros à TV Globo.

Monte Rinjani: beleza natural marcada por riscos frequentes

Com cerca de 3.726 metros de altura, o Monte Rinjani atrai viajantes do mundo todo por sua vista deslumbrante e trilhas desafiadoras. No entanto, a caminhada é considerada extremamente exigente. A agência local Green Rinjani Tour and Travel alerta: “A trilha no Rinjani é difícil. É preciso estar preparado com roupas apropriadas, equipamento resistente ao frio e ao vento, e evitar riscos desnecessários”.


Monte Rinjani, Indonésia (reprodução/Kitti Boonnitrod/Getty Images embed)


Além de trilhas escorregadias e mudanças bruscas no clima, há risco de atividade vulcânica e queda de rochas. Em 2022, um turista português morreu após cair de um penhasco no cume do vulcão. Em maio deste ano, um trilheiro da Malásia também perdeu a vida no local.

Comoção nas redes mobiliza governo brasileiro

A morte de Juliana causou grande comoção nas redes sociais brasileiras, onde internautas expressaram tristeza, revolta e indignação com a condução das buscas pelas autoridades da Indonésia. Muitos usuários acusaram o governo local de descaso e falta de agilidade, levantando questionamentos sobre o tempo que se passou até que a vítima fosse encontrada.

A repercussão do caso chegou ao Itamaraty. O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, foi informado sobre o acidente e, desde então, passou a manter contato direto com autoridades indonésias para acompanhar de perto as operações de resgate e a situação da família de Juliana.

Segundo as autoridades da Indonésia, a demora no resgate ocorreu por conta das más condições climáticas na região do Monte Rinjani. A baixa visibilidade e os ventos fortes teriam impedido o avanço das equipes de busca pelos trechos íngremes da trilha. Ainda assim, nas redes sociais, brasileiros continuaram criticando a lentidão e cobrando maior atenção às vidas de turistas estrangeiros no país.

Acidente reacende alerta sobre segurança em trilhas de alto risco


Juliana Marins em um de seus últimos momentos durante a viagem (reprodução/Instagram/@resgatejulianamarins)


A morte de Juliana Marins não apenas comoveu o país, como também expôs a dura realidade enfrentada por viajantes em busca de aventura em trilhas extremas. Locais como o Monte Rinjani exigem mais do que coragem: demandam preparo técnico, atenção ao clima, estrutura de apoio e ações rápidas das autoridades em casos de emergência.

A tragédia reacende discussões sobre responsabilidade compartilhada entre turistas, agências de turismo e governos locais. Em meio à dor e à indignação, a memória de Juliana agora serve como alerta para que outras vidas não se percam em meio à beleza traiçoeira das grandes montanhas.

Brasileira que caiu em trilha de vulcão na Indonésia está com resgate interrompido

A família da brasileira Juliana Marins, de 26 anos, que sofreu uma queda durante uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia, no sábado (21), comunicou pelas redes sociais que as buscas pela jovem foram mais uma vez suspensas, três dias após o acidente. Até o momento, não há novidades sobre seu paradeiro.

Segundo informações divulgadas pelo perfil “@resgatejulianamarins”, criado por parentes e considerado o canal oficial sobre o caso, as operações de resgate foram interrompidas por volta das 16h no horário local (5h em Brasília), devido às condições climáticas. Ainda de acordo com a família, os trabalhos já estavam programados para interromper ao anoitecer, já que não são realizados durante a noite.

Falta de auxílio

A família de Juliana chegou a expressar preocupação com a possibilidade de que ela não resistisse antes de receber ajuda. O Monte Rinjani, que atinge 3.726 metros de altitude e é o segundo vulcão mais alto da Indonésia, é um destino bastante procurado por turistas.

Por meio do perfil oficial, os familiares também manifestaram críticas às autoridades locais. Eles relataram indignação com o fato de o parque onde ocorreu o acidente continuar funcionando normalmente, recebendo visitantes, enquanto Juliana permanece desaparecida e sem atendimento adequado.


Informações sobre o vulcão que a jovem caiu durante trilha (Vídeo: reprodução/Youtube/Brasil Urgente)

Segundo o relato, não há qualquer atualização sobre o estado de saúde da jovem, que segue sem acesso a água, comida ou roupas adequadas para se proteger do frio. As buscas já haviam sido interrompidas no domingo (22) devido às condições climáticas adversas, marcadas por intensa neblina que dificultava o trabalho das equipes de resgate.

Informações imprecisas do paradeiro

A família de Juliana Marins contestou informações divulgadas por autoridades da Indonésia e até pela Embaixada do Brasil em Jacarta, que afirmavam que a jovem já teria recebido suprimentos como comida, água e agasalhos.

De acordo com Mariana Marins, irmã da brasileira, essas informações não são verdadeiras e causaram ainda mais preocupação entre os familiares. Ela explicou que, até o momento, as equipes de resgate ainda não conseguiram alcançar Juliana. Segundo ela, um dos obstáculos seria a falta de cordas com comprimento adequado para acessar o local onde a jovem está, além da visibilidade extremamente baixa na região.

Mariana também denunciou que vídeos divulgados como se mostrassem o momento do resgate, foram na verdade forjados. O embaixador do Brasil na Indonésia reconheceu que inicialmente repassou informações incorretas, baseando-se em relatos imprecisos fornecidos pelas autoridades locais.

Nova erupção de Vulcão Etna na Itália amedronta turistas que evacuam área

O Vulcão Etna, localizado na região da Sicília, ao sul da Itália, entrou mais uma vez em erupção na madrugada desta segunda-feira, obrigando diversos turistas e alpinistas a evacuaram rapidamente a área.

O Instituto Nacional de Geofísica e Vulcanologia do país emitiu um alerta, após a constatação de tremores na região do cume, e hoje pela manhã, a atividade sísmica se intensificou, espalhando densas nuvens de fumaça cinza pelo entorno. Não há registros de morte ou feridos.

Bloqueio na região

Devido ao aumento dos tremores, por questões de segurança, as áreas de acesso ao cume foram bloqueadas. Marco Viccaro, Presidente da Associação Italiana de Vulcanologia, em entrevista concedida hoje ao jornal italiano Corriere Della Sera, alertou para a ocorrência de possíveis fluxos piroclásticos, seja no cume ou em áreas fora dele (normalmente frequentadas pelos turistas).

Estes fluxos são uma mistura extremamente quente de gás, cinzas e fragmentos de rocha, que se movem numa velocidade muito rápida pela encosta do vulcão, muito mais perigosos que a lava, pois podem avançar a centenas de quilômetros por hora, enquanto a lava, formada por rochas que se derretem frente às altas temperaturas do vulcão, se arrasta a centenas de metros por hora.


Etna em erupção e turistas evacuando área (Foto: reprodução/X/@sputnik_brasil)


Após consultar autoridades de climatologia e vulcões, Enrico Tarantino, Prefeito de Catânia, cidade que fica aos pés do vulcão, onde fica o Observatório Astrofísico que monitoriza o Etna 24 horas por dia, informou à imprensa local que o fenômeno vem se repetindo, mas não há nada de crítico apesar de uma parte da cratera ter desabado, não chegando, contudo, a atingir centros habitados.

Alerta de código vermelho  

Diante do cenário apresentado, não restou outra alternativa ao Instituto Nacional de Geofísica e Vulcanologia, do Observatório do Etna, senão a de atualizar o alerta de aviação para o vermelho, que é sinônimo de severidade, frente aos riscos de danos à integridade física, à vida humana e danos materiais, também.

Não obstante o alerta severo, até o momento desta reportagem, o Aeroporto Internacional Vincenzo Bellini, em Catânia, segue em funcionamento.