A bolsa de valores do Brasil, B3, anunciou hoje a assinatura do contrato de compra da Neurotech, empresa de tecnologia especialista em soluções de inteligência artificial, criação de sistemas para avaliação de crédito, machine learning e big data.
A negociação foi fechada inicialmente em R$620 milhões, além de parcelas de valores de earnout ligados ao atingimento de certas metas estipuladas de desempenho da companhia nos próximos quatro anos.
Gilson Finkelsztain, CEO da B3 declarou, “O nosso objetivo é complementar nossa oferta de produtos de dados e soluções analíticas para o mercado, nas verticais de crédito, riscos e seguros. A aquisição da Neurotech alavanca o potencial de crescimento do negócio de dados e analytics e fortalece nossa estratégia de diversificação, contribuindo para o crescimento além do negócio principal da Bolsa”.
A aquisição revela uma importante estratégia da B3 na relação de dados e analytics. O trabalho junto a Neurotech e Neoway carrega oportunidades de parcerias em receitas e expansão da oferta de produtos, promovendo o desenvolvimento de soluções de alto valor associado. Como também no aumento significativo no alcance de clientes.
Neurotech é referência em Porto Digital. (Foto: Reprodução/Intagram)
Fundada em 2002 por docentes em ciência da computação, matemática e inteligência artificial, a Neurotech é uma empresa de soluções analíticas atuando em parceria com clientes que necessitam de análise em grande quantidade de informações em gestão de crise, redução de risco, vendas e marketing e prevenção de fraudes.
Criada no Centro de Informática UFPE, localizada no CESAR (Centro de Estudos e Sistemas Avançados de Recife), é uma das referências no Porto Digital, em Recife. Atualmente, a empresa é formada por 320 funcionários e carrega a receita líquida estimada entre R$120 e R$150 milhões em 2023.
Segundo o documento, os recursos para o pagamento serão retirados do caixa livre da B3, sendo assim não haverá alteração nas projeções de endividamento e payout divulgadas pela companhia em agosto deste ano.
A finalização do negócio ainda depende do parecer favorável dos acionistas em assembleia, além da aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Foto destaque: A B3 é uma das maiores bolsas de capitais finaceiro. Reprodução/Instagram