B3 investe em inteligência artificial e adquire Neurotech

Núbia Xarife Por Núbia Xarife
3 min de leitura

A bolsa de valores do Brasil, B3, anunciou hoje a assinatura do contrato de compra da Neurotech, empresa de tecnologia especialista em soluções de inteligência artificial, criação de sistemas para avaliação de crédito, machine learning e big data.

A negociação foi fechada inicialmente em R$620 milhões, além de parcelas de valores de earnout ligados ao atingimento de certas metas estipuladas de desempenho da companhia nos próximos quatro anos.

Gilson Finkelsztain, CEO da B3 declarou, O nosso objetivo é complementar nossa oferta de produtos de dados e soluções analíticas para o mercado, nas verticais de crédito, riscos e seguros. A aquisição da Neurotech alavanca o potencial de crescimento do negócio de dados e analytics e fortalece nossa estratégia de diversificação, contribuindo para o crescimento além do negócio principal da Bolsa”.

A aquisição revela uma importante estratégia da B3 na relação de dados e analytics. O trabalho junto a Neurotech e Neoway carrega oportunidades de parcerias em receitas e expansão da oferta de produtos, promovendo o desenvolvimento de soluções de alto valor associado. Como também no aumento significativo no alcance de clientes.


Neurotech é referência em Porto Digital. (Foto: Reprodução/Intagram)


Fundada em 2002 por docentes em ciência da computação, matemática e inteligência artificial, a Neurotech é uma empresa de soluções analíticas atuando em parceria com clientes que necessitam de análise em grande quantidade de informações em gestão de crise, redução de risco, vendas e marketing e prevenção de fraudes.

Criada no Centro de Informática  UFPE, localizada no CESAR (Centro de Estudos e Sistemas Avançados de Recife), é uma das referências no Porto Digital, em Recife. Atualmente, a empresa é formada por 320 funcionários e carrega a receita líquida estimada entre R$120 e R$150 milhões em 2023.

Segundo o documento, os recursos para o pagamento serão retirados do caixa livre da B3, sendo assim não haverá alteração nas projeções de endividamento e payout divulgadas pela companhia em agosto deste ano.

A finalização do negócio ainda depende do parecer favorável dos acionistas em assembleia, além da aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

 

Foto destaque: A B3 é uma das maiores bolsas de capitais finaceiro. Reprodução/Instagram

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