Luiza Brunet parabeniza Ana Hickmann por coragem em denunciar agressão

Iamara Lopes Por Iamara Lopes
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Neste domingo (12), a modelo Luiza Brunet demonstrou seu apoio e solidariedade a Ana Hickmann após a apresentadora ter denunciado o marido, o empresário Alexandre Correa. O episódio de violência doméstica envolvendo o casal ocorreu no último sábado (11).

Luiza Brunet é uma ativista da causa de defesa às mulheres e acompanhou o início da carreira de Hickmann nas passarelas. “Está de parabéns pela coragem de ter denunciado a agressão”, declarou Luiza Brunet em entrevista a Marie Claire.


 

Luiza Brunet divulgando a primeira norma do mundo que trata a prevenção e combate à violência das mulheres em empresas (Foto: reproduçao/Instagram/@advogadasdealagoas)


Como Luiza se tornou ativista contra a violência doméstica

Luiza Brunet, mãe da modelo Yasmin Brunet, foi vítima de violência doméstica no ano de 2016, por parte de seu companheiro na época, Lírio Parisotto. Desde então, a modelo se dedica a ajudar e apoiar mulheres na mesma situação. Na entrevista dada para Marie Claire, a modelo revelou já ter ligado para Ana Hickmann, colocando-se à disposição para o que Ana precisar, “ser solidária e para conversar”.

Brunet enfatiza que o processo da violência doméstica é duro, penoso e longo. Segundo ela, é fundamental para o enfrentamento dessa realidade uma rede de apoio que possa “abraçá-la de todas as formas”, mesmo que de longe. A modelo também aposta no carinho direcionado a Ana Hickmann, “[…] gente do Brasil inteiro que a adora e está aplaudindo a atitude dela […], e cita também na entrevista as demais violências sofridas pelas mulheres, como a psicológica, […] “até mais danosa para muitas mulheres, porque vai minando a conta gotas”.

A entrevista foi concedida a Marie Claire, após um evento do Ministério Público, no qual Luiza Brunet palestrou sobre sua trajetória em prol das mulheres. Brunet também destacou a importância do reconhecimento da violência antes de chegar à violência física. Ela enfatizou o próximo passo na escala de violência contra a mulher, que é a tentativa de feminicídio. 

Números no Brasil e como denunciar

Segundo o boletim “Elas vivem: dados que não se calam”, lançado em março deste ano pela Rede de Observatórios da Segurança, o Brasil registrou 2.423 casos de violência contra a mulher em 2022, sendo 495 deles feminicídios. São Paulo e Rio de Janeiro são os estados com números mais preocupantes, concentrando 60% do total de casos.



Violentômetro do Elas por Elas ajuda a identificar sinais de uma relação abusiva (Foto: reprodução/elas por elas/Metrópoles)


Mesmo com o amparo da Lei Maria da Penha, sancionada em 2006, há subnotificação dos casos. Muitas mulheres se encontram em situação de dependência financeira do agressor, coagidas e ou com medo do cumprimento de ameaças. Conforme a imagem do violentômetro acima, é importante que a mulher reconheça onde está dentro do relacionamento e uma vez identificados os sinais de alerta, é preciso quebrar o vínculo o mais breve possível, abrindo mão de uma relação abusiva.

A denúncia é fundamental, tanto nos casos de violência doméstica, como patrimonial e psicológica. Para quebrar esse ciclo de dor é possível ligar para a Central de Atendimento à Mulher, no número 180  e também pelo canal do Disque Direitos Humanos, através do Disque 100 ou procurar uma Delegacia de Atendimento à Mulher, na qual é possível acionar a Lei Maria da Penha; bem como serviços de assistência social e postos de saúde.

Foto Destaque: Luiza Brunet e Ana Hickmann (Reprodução/Instagram/Marie Claire)

Jornalista formada pela Universidade Cruzeiro do Sul e pós-graduanda em Jornalismo Investigativo. Leitora voraz, entusiasta de diferentes idiomas, documentarista, apaixonada por viagens, histórias e direitos humanos. Amo o jornalismo, independente do formato. Exploradora do universo dos blogs e agora newsletters.
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