Pesquisadores da Universidade de Manchester descobriram que a prática regular de exercício físico no mesmo horário é benéfico para a saúde e potencializa o desempenho do treino. A pesquisa publicada na Nature Communications foi realizada em camundongos e pode ter o mesmo efeito comparado no organismo humano.
Resultados da pesquisa
As áreas estudadas foram a cartilagem, os discos intervertebrais e o cérebro de camundongos transgênicos, que foram colocados em esteiras. Observou-se que a redução de água na cartilagem e nos discos intervertebrais, processo osmótico que ocorre no organismo durante a prática de atividade física, tem relação com o relógio biológico.
Michal Dudek, principal autor da pesquisa, explica: “Enquanto estamos em pé e nos movimentando durante o dia, a água é expelida dos discos intervertebrais em nossa coluna, bem como da cartilagem nos quadris e joelhos, tornando-nos um pouco mais curtos no final do dia. Assim a mesma quantidade de minerais é dissolvida em menos água, então a concentração real aumenta. As células percebem essa mudança e sincronizam os relógios dentro desses tecidos esqueléticos. A água volta à noite, quando descansamos, e a concentração diminui. ”
Ilustração digital mostra cartilagem humana (Foto: reprodução/Freepik)
Relógio biológico
O corpo humano possui alguns relógios biológicos, como o central – do cérebro – e outros que ficam espalhados nos diversos tecidos, como a cartilagem e os discos intervertebrais. Esses relógios são responsáveis por regular o organismo, avisando, por exemplo, qual é a hora de acordar. Quando as atividades físicas são praticadas no mesmo horário regularmente, os relógios biológicos são sincronizados com o central.
Quando há falta de sincronia, os riscos de desenvolver doenças cardiovasculares e diabetes são maiores, de acordo com os pesquisadores. Por isso, é importante ter um horário para treinar diariamente, o que melhora os desempenhos alcançados e também previne lesões, além de contribuir para a saúde dos ossos.
Foto Destaque: pessoa correndo na esteira (Reprodução/Freepik)