Dezembro será de calor acima da média, mas não como nos últimos meses

Victor Kallut Por Victor Kallut
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A previsão dos órgãos de meteorologia para dezembro é de altas temperaturas, mas não no mesmo nível das recentes ondas de calor que atingiram o país. No entanto, 2023 pode terminar como o ano mais quente da história devido ao pico de intensidade do El Niño, um fenômeno que causa um aquecimento anormal nas águas do Oceano Pacífico. 

Saiba por que as ondas de calor não devem se repetir

Segundo especialistas, os dias extremamente quentes ocorridos nos últimos meses não têm relação com a tendência de temperatura do verão; trata-se de um fenômeno isolado que não deve ocorrer em dezembro.

Porém, as temperaturas ainda devem ficar um pouco acima da média: São Paulo, por exemplo, encerrou novembro 3°C acima do usual para esse período; o último mês do ano, por sua vez, deve ser apenas 1° mais quente do que o normal. Com exceção do Rio Grande do Sul, todos os estados do país terão mais calor nessa reta final de 2023.

Risco de desastres

Este ano tem sido marcado por extremos: no Norte, uma seca deixou importantes rios secos; já no Sul, Porto Alegre terminou com o novembro mais chuvoso dos últimos 100 anos. E segundo os meteorologistas, isso deve continuar, com a diferença que os temporais irão se estender para a região Sudeste, atingindo São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.



Chuvas podem causas desastres nas regiões Sul e Sudeste (Foto: reprodução/Mauricio Tonetto/Secom)


Isso acende o alerta para a ocorrência de desastres. O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) já informou através de um relatório que existe o risco de estragos no Sul e Sudeste em decorrência de chuvas, e no Norte a agropecuária pode ter impactos negativos por causa da seca.

Além disso, com a previsão para dezembro sendo de chuvas acima da média, isso aumenta o risco de deslizamentos nos litorais de Rio e São Paulo, e nas regiões Serrana e Metropolitana fluminense.

 

Foto destaque: dezembro será de altas temperaturas, mas ondas de calor intensas não devem ocorrer (Reprodução/Tomaz Silva/Agência Brasil)

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