Segundo informações da Organização Mundial de Saúde (OMS) a obesidade ou pessoas acima do peso, é uma pandemia que atinge uma população superior a dois bilhões. A obesidade tem até um dia oficial, 4 de março.
Esta doença pode agravar os casos de Covid-19, alem de ser também um fator de risco em casos de diabetes do tipo 2, hipertensão, cancêr, derrame e casos de complicações cardiovasculares.
Mais da metade da população brasileira sofre com o peso acima do ideal. Nos últimos anos, a obesidade apresentou mais incidência na população com idade de 20 anos ou mais. Esta informação é o resultado de uma Pesquisa Nacional de Saúde, realizada entre os anos de 2013 e 2019, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O percentual de obesidade em adultos a partir dos 20 anos deu um salto de 12,2% para 26,8.
O endocrinologista Bruno Geloneze, principal investigador do Centro de Pesquisa em Obesidade e Comorbidade da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), diz que os números são alarmantes e que a obesidade é a doença crônica que mais cresce no mundo inteiro.
Para combater a obesidade, é preciso primeiramente, deixar de tratá-la como escolha pessoal e sim como doença. A partir desse momento basta criar medidas e estratégias para combatê-la.
O grande desafio pode ser a estratégia na promoção das mudanças de hábitos, uma vez que, devido a alimentação inadequada, mais pessoas passam fome, adoecem e morrem. Pessoas com insegurança alimentar acabam sofrendo com sobrepeso ou outra doença crônica associada a dietas.
O desafio da balança. Reprodução/Divulgação: saude.abril.com.br
É preciso que haja concenso das autoridades para que as estratégias nas mudanças de hábitos alimentares funcionem. Produtos considerados naturais e saudáveis se tornam cada vez menos acessíveis a maioria da população por causa dos preços. Já os alimentos ultraprocessados são mais baratos e se tornam a principal opção da população.
O professor Valter Palmieri da UNICAMP, realizou uma investigação que comprova um aumento inflacionário das frutas em relação aos açúcares e derivados de 114% entre junho de 2006 e março de 2021. O preço alto somado ao desemprego, deixa evidente a relação entre a fome e a obesidade.
Foto destaque: Obesidade. Reprodução/Divulgação: santapaula.com.br