Na manhã dessa terça-feira (15), o Ministério da Saúde por meio do ministro Marcelo Queiroga, confirmou os dois primeiros casos da variante Deltacron no Brasil, uma combinação de mutações da Delta e da Ômicron. De acordo com o ministro, os casos foram detectados no Amapá e no Pará.
“Essa é uma variante de importância que requer monitoramento”, disse Queiroga. Em contrapartida, minimizou os impactos da nova variante no Brasil: “Vivemos em um ambiente pandêmico, surgem variantes do vírus, algumas variantes são de importância, outras são de preocupação. Tudo o que acontece nos países nós observamos”, completou.
Para ele, o Brasil vive uma constante redução dos casos do novo coronavírus e há cidades brasileiras que já estão sob controle. Mas ressaltou a necessidade de continuar a vigilância e não aglomerarmos para que a capacidade do sistema de saúde responder as possíveis variantes possa continuar em alta.
E ainda enfatiza,“Se eu tiver que indicar uma medida, é a aplicação da dose de reforço. É importante. Então, se você não tomou, procure uma unidade de saúde”, alertou o ministro da saúde.
O uso da máscara ainda torna-se importante (Foto: Reprodução/Pexels)
O que já se sabe sobre a Deltacron?
Segundo os especialistas, a Deltacron teria surgido a partir de um processo chamado de recombinação. Na ocasião, duas variantes do coronavírus SARS-CoV-2 — a Delta e Ômicron — infectaram um único paciente de forma simultânea. Assim, durante o processo de reprodução viral, trocaram parte do material genético e se criou uma nova cepa, como sugerem os pesquisadores.
E além disso, ainda segundo os pesquisadores, a Deltacron “é semelhante aos [casos] relatados de outros 15 pacientes amostrados em janeiro de 2022 na Europa”.
“Estamos cientes disso, é uma combinação das variantes Delta e Ômicron. Foi detectada na França, na Holanda e na Dinamarca. Isso era algo esperado dado que há uma intensa circulação dessas variantes”, enfatizou a diretora técnica da OMS, Maria Van Kerkhove em coletiva de imprensa na semana passada.
É importante ressaltar que, até o momento, a Organização Mundial da Saúde não classificou a Deltacron como uma Variante de Preocupação ou Variante de Interesse. Mas ainda sim, precisamos continuar tomando a primeira, segunda e as doses de reforço da vacina além de tomar todas as outras medidas protetivas para que a pandemia possa futuramente se tornar uma endemia.
Dessa forma, o vírus será controlado e a vida em sociedade poderá retornar a normalidade ou, como dizem, ao novo normal. Ainda se aguarda também os resultados das pesquisas recentes com a nova variante.
Foto Destaque: Walterson Rosa/MS