Depois de semanas de conflito, as negociações entre Rússia e Ucrânia estão avançando para um possível cessar-fogo, mas, apesar disso, o medo do que pode acontecer futuramente ainda rodeia parte da população mundial.
De acordo com a Agência das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), já são mais de 1,7 milhão de pessoas que deixaram suas casas desde o início da invasão do país pela Rússia, causando vários problemas mentais como o transtorno de estresse pós-traumático em pessoas que viveram a situação de crise como a guerra.
Entre os principais sintomas estão insônia, irritabilidade, mudanças de humor e inquietação inesperada.
Dessa forma, é necessário trabalhar psicologicamente a mentalidade dessas pessoas para que problemas maiores não possam ocorrer, levando a quadros clínicos mais perigosos como alteração do sono, sensação de angústia, flashbacks e sentimentos físicos fazendo com que o indivíduo se prenda naquela situação.
Além disso, a pressão de ter de tomar decisões importantes também faz com que as pessoas se sintam inseguras. De acordo com especialistas, quando existe um trauma muito grande e uma situação crítica que se prolonga, por exemplo da guerra, você tem aquele salto de adrenalina pelo corpo em uma situação aguda, como uma bomba que explode, mas a longo prazo você tem uma liberação tônica de cortisol que como medida de defesa pode levar a lapsos de memória.
Como lidar com os traumas da guerra?
Depois de ter um diagnóstico preciso, é importante fazer tratamentos para o estresse pós-traumático para contribuir com a redução dos danos associados ao conflito, principalmente no caso de crianças expostas ao trauma.
Mulher sentada com estresse pós-traumático. (Foto: Reprodução/CanvaPro).
Além disso, o tratamento pode ser realizado a partir de acompanhamento psicológico e psiquiátrico, com o uso de medicação quando prescrito pelo profissional de saúde, assim como, outros tratamentos que possam ajudar a reduzir o evento traumático no cérebro do indivíduo.
Dessa forma, contar com o apoio familiar e social também é importante tanto no tratamento quanto na prevenção do estresse pós-traumático, além de se, por acaso você não estiver vivenciando o conflito, tente assistir o mínimo de notícias catastróficas, mantenha uma rotina de alimentação e exercícios físicos e cuida da sua saúde mental.
Foto destaque: Pessoa no meio do caos que está acontecendo no mundo tentando se proteger. Reproducação/CanvaPro.