Endometriose e endometrite podem causar infertilidade em pessoas que menstruam

Amanda Baroni Por Amanda Baroni
3 min de leitura

Endometriose e Endometrite afetam mulheres e pessoas que menstruam na modernidade, mas seus sintomas de desconforto, como cólicas intensas, ainda são tratados com normalidade. Para conscientizar a população sobre a importância do diagnóstico foram criadas a Semana Nacional de Educação Preventiva e de Enfrentamento à Endometriose e o Dia Nacional da Luta contra a Endometriose definida para 13 março.

Há dados oficiais que mulheres cis – gênero são de 10% a 15% afetadas pelas doenças, por outro lado escassez de números para pessoas LGBT’s. Mostrando que esta ainda é uma luta silenciosa para uma parcela da sociedade. Porém, há relatos pessoais compartilhados na internet como no site Hormones Matter, escrito por Luke Fox e traduzido por Caroline Salazar do blog a Endometriose & Eu: “Tenho vivido com endometriose faz 13 anos. Foram 11 anos e 2 cirurgias antes de receber meu diagnóstico. Olhando para o meu caso, não parece diferente dos muitos que existem por aí, exceto que eu não sou uma mulher. Sou uma pessoa transsexual com uma doença que é vista como exclusivamente feminina”.


Foto de pikisuperstar/Freepik


A endometriose ocorre no endométrio, uma camada de tecido que envolve a parte interna do útero e o problema ocorre quando as células dele estão fora do útero gerando dificuldade em engravidar de 30% a 50% das mulheres que têm a patologia. Sua causa não tem origem específica mas especialistas sugerem que podem variar entre predisposição genética, alguma relação com imunidade ou com os hormônios. Já a endometrite é uma inflamação dentro do útero causada por infecção.

Os sintomas de ambas as doenças são semelhantes. A endometriose pode causar dores no abdômen, vagina, dor nas costas ou no reto e por consequência dores nas relações ou ao evacuar, dificuldade para defecar alterações na menstruação, com desconfortos anormais, intensos ou sangramento vaginal e até infertilidade. A Endometrite também consite nos problemas intestinas, mas inclui corrimentos, cor e odores fora do normal e febre em casos mais graves da inflamação.

O que fazer – Para avaliação são necessários exames de imagem como a ressonância e ultrassonografia, os tratamentos podem ser feitos de forma hormonal, com uso de anti-inflamatórios ou com cirurgia simples. Tudo isso levando em conta se há desejo de ter filhos, o que pode ser tratado com a fertilização in vitro, o estado de avanço da doença, a idade do paciente e seus sintomas. Em caso de cólicas intensas procure um profissional.

Há clínicas de atendimento especializado para LGBT’s. Acesse aqui para saber mais.

 

Imagem Destaque: Reprodução/Freepik

Deixe um comentário

Deixe um comentário