O dólar fechou, nesta segunda-feira (21), cotação a R$ 4,9435, uma queda de 1,47%, chegando ao menor patamar desde junho de 2021. Desde então é a primeira vez abaixo de R$ 5, acumulando uma queda de 4,12% no mês e 11,32% no ano.
O real teve o melhor desempenho global entre as demais moedas, diante do alto juros no Brasil e o preço das commodities, como petróleo, em disparada.
Mercado em movimento
(Foto: Reprodução/Forbes)
“A abertura do diferencial de juros (entre Brasil e Estados Unidos) é sem dúvida nenhuma o fator preponderante”, disse Fernando Bergallo, diretor de operações da assessoria de câmbio FB Capital.
Existe as expectativas de subida ainda maiores no juro básico. O Comitê de Política Monetária (Copom) avaliou que o conflito Rússia x Ucrânia pode ter consequências a longo prazo para a inflação, o que deve exigir mais alta na taxa de juros básica brasileira. As observações estão na ata da última reunião do comitê, quando a Selic foi elevada para 11,75% no ano.
A forte queda no dólar frente ao real, veio apesar da moeda norte-americana estar em alta no mercado internacional. Investidores do mundo todo reagiam a comentários duros do presidente do Federal Reserve dos EUA, Jerome Powell, sobre o combate do Banco Central dos Estados Unidos à inflação.
Powell afirmou que, se for exigido pela alta dos preços, o Fed (Sistema Federal de Reserva dos Estados Unidos), vai subir os juros em 0,5 ponto percentual.
Isto é visto como um favor de impulso para o dólar, já que com juros mais altos nos EUA elevariam a atratividade de se investir na dívida norte-americana, intensificando o direcionamento de recursos para lá.
Fernando Bergallo acredita que o real parece ter resistido bem, e crê que o dólar pode cair ainda mais. “A gente continua acreditando que esse dólar pode ir sim um pouco mais para baixo”, disse ele.
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