Foi divulgado pelo portal da Transparência e no painel de preços do governo, a compra de mais de 35 mil comprimidos de Citrato de Sildenafila, mais conhecido como Viagra. O destino foram as Forças Armadas, tendo a maioria destinada à Marinha, em 28.320 comprimidos, depois vêm o Exército, 5.000 e a Aeronáutica com 2.000 pílulas. De acordo com as informações, o remédio é nas dosagens de 25 mg e 50 mg.
Após toda polêmica gerada nas redes sociais, a Marinha comunicou que o comprimido será para tratar pessoas com hipertensão pulmonar, que é definida como “doença grave e progressiva que pode levar à morte”. Na bula da pílula é explicado que o remédio é realmente indicado para esse tipo de tratamento, além que demonstra melhora na aptidão de realizar exercícios físicos, retarda a piora clínica e reduz a pressão arterial pulmonar média.
Lançado nos anos 90, o Viagra provocou uma revolução sexual. Reprodução (Getty Images/ Raphael Gaillarde)
A doença, chamada também de HAP, é caracterizada como rara e dificulta a passagem do sangue pelas veias e artérias do pulmão. A enfermidade pode atingir qualquer faixa etária, porém é mais comum em mulheres adultas.
HAP atua no pulmão, fazendo a troca gasosa, no processo de eliminar o gás carbônico e oxigenar o sangue, alterar os vasos sanguíneos prejudicando a “escoação” do sangue, e como consequência, a acumulação no órgão. Com esse problema, o coração trabalha mais com o objetivo de ajustar o fluxo.
O coração fica sobrecarregado nas funções vitais, e a pessoa pode ter desmaios e cansaço progressivo, sendo sujeito da piora ao longo do tempo. Além de sintomas como vertigem, inchaço nos tornozelos e pés, dor no peito, fígado aumentado, dilatação do abdome e nas veias do pescoço, pele azulada (cianose) e tosse, em alguns casos com sangue.
A doença pode ser hereditária, por fatores genéticos (HAP familiar), mas outros motivos levam á condição, pois não há causa concreta. Outros tipos são a HAP associada, que é relacionada com quadros cardíacos congênitos, esquistossomose e esclerose múltipla. E a HAP idiopática, em que não tem causa conhecida.
Os dados foram com base na Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde.
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