Nesta quinta-feira (28), o Google fechou um acordo na Justiça dos Estados Unidos para encerrar um processo coletivo bilionário que vinha sofrendo de usuários. Eles alegavam que a empresa coletou seus dados pessoais mesmo quando estavam navegando no modo anônimo. O processo requeria uma indenização no valor de US$ 5 bilhões.
Coleta de informações pessoais
Os usuários que moveram o processo contra a big tech afirmam que aplicativos, análises e cookies do navegador coletaram informações pessoais não consentidas, pois estavam no “modo anônimo”. Dados como gostos pessoais, amigos e comportamento on-line teriam sido armazenados pela empresa. Essas informações formam o perfil do usuário, que são vendidos para anunciantes oferecerem produtos e serviços que sejam de acordo com o cliente.
Segundo informações divulgadas pela Reuters, Jose Castaneda, porta-voz do Google, afirmou que a navegação privada não impede que sites coletem dados do usuário durante a sessão, e que o navegador sempre deixou isso muito claro.
Captura de tela da aba de navegação anônima do Google (Foto: Isabella Garcia)
Ação na Justiça
Em agosto, a gigante da tecnologia tentou anular o processo na Justiça dos EUA, mas a juíza distrital da Califórnia, Yvone Gonzales Rogers, opôs-se, alegando que não havia evidências de que os usuários do Google tivessem consentido com a coleta de seus rastros on-line, já que a Alphabet, empresa dona do Google, nunca expressou claramente que poderia empossar dessas informações.
O julgamento da ação estava previsto para acontecer em fevereiro do ano que vem. Entretanto, nesta quinta-feira (28), os advogados da Google juntamente com os advogados dos autores do processo chegaram a um acordo preliminar, do qual não foram divulgados os termos. A juíza, então, suspendeu o julgamento. Os advogados de defesa das duas partes desejam apresentar os termos à juíza até 24 de fevereiro de 2024.
Foto Destaque: campus do Google em Bay View, California (Reprodução/X/@SVCleanEnergy)