Queda de helicóptero em São Paulo é registrada como homicídio culposo

Luiza Nascimento Por Luiza Nascimento
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A tragédia envolvendo o helicóptero de prefixo PR-HDB, que caiu em uma área de mata em Paraibuna, a cerca de 125 quilômetros da capital paulista, ganha novos contornos com a classificação do caso como homicídio culposo pela Polícia Civil de São Paulo. O acidente ocorreu no último dia 12 e resultou na morte de quatro pessoas, cujas identidades foram reveladas como o piloto Cassiano Tete Teodoro, o empresário Raphael Torres, a comerciante Luciana Marley Rodzewics Santos, e sua filha, Letícia Ayumi Rodzewics Sakumoto.


Pessoas que estavam no helicóptero no momento do acidente. (Foto: reprodução/Revista Oeste)


Acidente

O helicóptero, fabricado em 2001, decolou do aeroporto Campo de Marte com destino a Ilhabela, no litoral norte do estado, no início da tarde do dia 31 de dezembro. Contudo, a aeronave não chegou ao seu destino planejado. Os destroços foram encontrados em uma área de mata fechada, levando equipes do Comando de Aviação da Polícia Militar a uma intensa busca.

O helicóptero havia feito um pouso de emergência próximo à represa de Paraibuna antes da queda fatal. O piloto, em conversas com o operador do heliponto, manifestou dificuldade para voar devido às condições climáticas adversas e os passageiros também comunicaram a terceiros que o tempo estava ruim. Enquanto amigos e familiares lamentam as perdas, os corpos das vítimas foram enterrados no último domingo (14) em São Paulo. 

Perícia

As autoridades aguardam os resultados dos laudos da perícia realizada no local para dar continuidade ao inquérito. Enquanto isso, as investigações sobre as causas do acidente estão sendo conduzidas pela Força Aérea Brasileira (FAB), através do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa). A FAB assegura que a conclusão das investigações ocorrerá no menor prazo possível, considerando a complexidade de cada ocorrência.

O delegado Paulo Sérgio Rios Campos Melo, diretor do Departamento de Operações Policiais Estratégicas (Dope) da Polícia Civil de São Paulo, destaca a possibilidade do mau tempo ter contribuído para o acidente, ele acredita que o piloto acabou entrando no mau tempo e acabou perdendo visibilidade, a consciência situacional e acabou se desorientando. 

Foto destaque: helicóptero após acidente (Reprodução/G1)

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