Sentimento de solidão causa grande impacto na saúde mental e física da população mundial

Julia Cabrero Por Julia Cabrero
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Quando falamos sobre solidão, a maioria das pessoas pensa que esse sentimento atinge os mais velhos. Existe esse condicionamento por lembrar da imagem de idosos em asilos e de como a solidão está presente em muitos casos como esses. Contudo, esse fato não está totalmente certo.

Uma pesquisa feita pela BBC Loneliness Experiment, desenvolvida por acadêmicos de três universidades britânicas – Manchester, Brunel e Exeter – em colaboração com a Wellcome Collection mostrou que 27% dos participantes com mais de 75 anos sentem solidão com frequência ou muita frequência.

E mesmo assim, o que surpreendeu foram as diferenças identificadas entre as faixas etárias. Os maiores níveis de solidão foram registrados, na verdade, entre jovens de 16 a 24 anos – 40% declararam que com frequência ou com muita frequência se sentem sozinhos.

Cria-se um questionamento olhando esses dados, mas com o aprofundamento da pesquisa, o sentimento de solidão veio com o início da vida adulta para todos eles. De fato, um período de descobertas que todos precisam fazer sozinhos e outros diversos fatores que os fazem sentir assim.

Com a pandemia da COVID-19, os índices de solidão foram significativos, entretanto, não foi determinante para os brasileiros se sentirem sozinhos apenas nesse período. Um levantamento realizado entre 23 de dezembro de 2020 e 8 de janeiro de 2021, 50% das mil pessoas entrevistadas no Brasil disseram sentir solidão “muitas vezes”, “frequentemente” ou “sempre”.

Quem lida com o sentimento de solidão muitas vezes possui quadros de ansiedade, depressão e estresse. Podem apresentar “alterações de sono ou apetite. A pessoa pode chorar, ter uma maior desconcentração, sente tristeza, pode ter pensamentos intrusivos e constantes que a levam pensar porque não ser suficiente e interessante para os outros”, afirma a psicóloga Marta Calado. 


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(Foto: Reprodução/Facebook)


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Foto Destaque: Rádio Regional

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