Azeite: conheça mais sobre a “gordura boa”

Sabrina Cumming Por Sabrina Cumming
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Amada por uns e odiada por outros, a azeitona é da onde se extrai o óleo para se transformar em azeite. Sabe-se que o consumo do azeite é milenar, embora não se tenha certeza de quando ele passou a fazer parte das refeições.

Já foi usado para aliviar dores e curar feridas em guerras, e hoje é conhecido como o melhor exemplo de que nem toda gordura faz mal. Por causa de suas propriedades benéficas, o azeite foi apelidado pelos mediterrâneos de “ouro líquido”.

O azeite possui gorduras monoinsaturadas, ômega 9, vitaminas E, A e K, ferro, cálcio, magnésio, potássio, aminoácidos e propriedades antioxidantes, proporcionando vários benefícios à saúde. No Brasil, o azeite é bastante utilizado para temperar saladas e carnes, para realçar o sabor dos alimentos. 


Azeitona em pé de oliveira. Reprodução/portal vida livre


Conheça alguns benefícios

  1. Possui propriedades anti-inflamatórias

Em uma pesquisa publicada na revista Nature, foi mostrado que o azeite extravirgem possui um composto anti-inflamatório natural que inibe a atividade de enzimas envolvidas na inflamação e na dor do mesmo modo que o ibuprofeno. O consumo regular desse azeite ofereceria conforto para quem sofre de dores crônicas.

  1. Previne doenças cardíacas

Por ser rico em ácidos graxos monoinsaturados (ômega 9), o consumo regular de azeite contribui para a redução do colesterol ruim (LDL) e elevação do bom (HDL). Ele também é rico em polifenóis e possui ação antioxidante e preventiva de doenças cardiovasculares.

Uma revisão de estudos que contou com mais de 840 mil pessoas comprovou que o azeite era a única fonte de gordura monoinsaturada que contribuía para a diminuição do risco de AVCs e doenças cardíacas.

  1. Reduz o risco de diabetes

Em um estudo publicado pela revista científica Diabetes Care, foi comprovado que uma dieta suplementada com azeite de oliva diminuiu a incidência de diabetes tipo 2 em pessoas com alto risco de problemas cardiovasculares.

A incidência de diabetes foi reduzida em 51% naquelas pessoas que consumiram o azeite em comparação com quem teve uma dieta com baixa ingestão.

  1. Protege o cérebro

O azeite contém antioxidantes que estão relacionados à preservação do cérebro. Essas substâncias são eficazes na prevenção de danos causados pela oclusão de artérias cerebrais, como AVCs.

  1. Faz bem para os ossos

O azeite possui vitamina K, que ajuda a manter os ossos resistentes a fraturas, e oleuropeína, que colabora para aumentar a quantidade de células que formam o tecido ósseo.

Formas de consumo

O azeite possui diferentes versões para consumo. Como o azeite extravirgem, que é considerado o mais saudável, e possui sabor e aroma bem definidos. O virgem possui os mesmos benefícios do extravirgem, mas, por possuir um teor mais alto de acidez, seu gosto e aroma são inferiores.

O azeite refinado, por sua vez, apresenta baixa qualidade mas ainda mantém ácidos graxos em sua composição. E o azeite de oliva é uma mistura do refinado com o virgem, ou com o óleo de soja.

Independente da preferência, a ingestão recomendada é de no máximo duas colheres de sopa por dia (equivalente a 30g). Outra orientação é evitar o uso do óleo para refogar ou fritar os alimentos. Isso porque, ao aquecê-lo, perdem-se suas propriedades antioxidantes e o efeito anti-inflamatório.

O azeite também pode ser consumido in natura para finalizar preparações como saladas e legumes cozidos. Além de pratos quentes com peixe, carne e aves. Pode consumi-lo também com pão, como substituto saudável para margarina ou manteiga.

Na hora de comprar, procure pelo produto com embalagens escuras ou de vidro. Essas embalagens impedem a entrada da luz e não comprometem as propriedades do alimento. 

Foto destaque: garrafa de azeite em cima de uma mesa Reprodução/getty

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