Pesquisa mostra que apenas 3,6% das mortes devido ao covid-19 foram de pessoas vacinadas

Luiz Carlos Nascimento Por Luiz Carlos Nascimento
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Cerca de 9.878 brasileiros morreram devido ao covid-19 mesmo após terem tomado as duas doses, é o que revela pesquisa da Info Tracker, plataforma de monitoramento da pandemia das universidades estaduais USP e Unesp, que utilizaram como base os casos ocorridos entre 28 de fevereiro e 27 de julho.

À primeira vista esse número pode até assustar e, talvez, fazer pensar sobre a eficácia das vacinas. Mas a realidade é que esses quase 10 mil mortos representam 3,68% do total de óbitos por covid. Desse modo, a vacinação ainda se mostra como a melhor forma de controlar a doença.

Ainda nesta pesquisa, foram contabilizadas 28.660 pessoas vacinadas que precisaram ser internadas. Esse número representa quase 3% de mais de um milhão dos casos registrados. Vale lembrar que a pesquisa contempla, em sua maioria, idosos com mais de 70 anos, já que esse é um dos poucos grupos que completaram primeiro ciclo de vacinação.

“Além de os idosos produzirem menos anticorpos, eles são menos potentes. Some-se a isso as doenças de base. Idosos costumam ter problemas de coração, pulmão, diabete, alterações intestinais e no rim, às vezes tumores. Isso tudo reduz a imunidade”, diz Marco Antonio Cyrillo, infectologista e diretor clínico do hospital Igesp.

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A situação do Rio de Janeiro não é diferente do quadro geral. 95% dos internados devido ao Covid não se vacinaram, corroborando ainda mais a importância da vacinação. O prefeito Eduardo Paes segue afirmando a necessidade dos cariocas de se imunizarem.

“Quem está sendo internado é quem não tomou a primeira dose. Isso mostra a força da vacina e a importância de ir tomar sua dose”, afirma o prefeito.

A preocupação em cima daqueles que ainda não foram imunizados tende a crescer cada vez mais, principalmente pela variante Delta, que é mais contagiosa do que as outras cepas do vírus. Vale lembrar, também, que as medidas de proteção ainda devem ser mantidas, mesmo após a imunização completa, principalmente os idosos. Ou seja, ainda se faz necessário o uso de máscara, a higienização das mãos e o distânciamento. 


(Imagem: reprodução/ pexels)


“Nenhuma sociedade médica lançou documento dizendo que após a segunda pode-se abrir mão dessas proteções individuais. Temos de continuar seguindo as recomendações, independentemente da idade, mas principalmente entre os idosos”, diz o infectologista Marco Antonio Cyrillo.

Foto destaque: Reprodução/ pexels/ Frank Meriño

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