Brasil sofre com o lento diagnóstico de asma grave

Felipe Yamauchi Por Felipe Yamauchi
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No Dia Mundial da Asma, o Brasil ainda sofre com a demora nos diagnósticos e as constantes mudanças no tratamento

Quem sofre com essa doença, ainda mais se for a grave, conta que para receber o diagnóstico final não é um processo rápido nem simples. Os doentes fazem um percurso longo entre vários médicos de diferentes especialidades e mudam constantemente seus tratamentos. Muitas vezes a indicação de um especialista no caso vem de forma tardia e isso prejudica muito o paciente.

Um ponto muito importante é informar a sociedade sobre todas as doenças respiratórias crônicas e mostrar o que acontece se elas não forem diagnosticadas e nem tratadas no momento certo. Por isso que hoje, muitas pessoas não sabem que a asma pode ter uma forma mais grave, mas se há conscientização toda a situação pode mudar e sim quem sofre com essa doença, se fizer um tratamento eficaz e de precaução pode viver feliz.

A asma é uma doença que afeta diretamente os pulmões e tem também uma inflamação crônica dos brônquios (tubos que levam o ar até a parte de dentro dos pulmões). Os sintomas do doente são: tosse nem sempre com catarro e acontece mais na parte da noite, chiado na região do peito, dificuldade de respiração. Se houver uma tosse crônica e ou falta ar quando se pratica exercícios físicos é uma indicação de asma.


Foto: Esquema de pulmão com e sem asma/Reprodução: Saúde Bemestar


O que leva a pessoa a ter asma pode ser: qualquer tipo de alergia, desde pó até pêlo dos animais, esforço físico, sinusites e gripes, poluição e até pode ser provocada por uma outra doença. Para a prevenção, uma das melhores saídas é conviver em ambientes limpos e arejados, evitar a entrada de animais no quarto para evitar o acumulo de pêlos nos travesseiros.

O tratamento deve ser feito com um acompanhamento médico, já que os remédios podem ser controladores, eles servem para prevenir caso algum sintoma seja apresentado e também para conter uma crise asmática. As medicinas deste tipo ajudam a reduzir a inflamação dos brônquios, diminuem a intensidade das crises e muitas vezes eliminam até o uso de um remédio de alívio. Outro tipo também usado pelos pacientes são os remédios de resgate ou alívio, estes usados para aliviar o sintoma.

Vale ressaltar que se o paciente for diagnosticado com a asma do tipo grave, ele tem direito para o acesso aos medicamentos, já que existem portarias do Ministério da Saúde que ajuda a disponibilizar o medicamento adequado pelas Secretarias Estaduais de Saúde.

Segundo a presidente da Associação Brasileira de Asma Grave (ASBAG), Raissa Cipriano, esta é uma doença sem cura, mas que deve ser administrada com terapias disponíveis. “Por meio dos médicos, sabemos que as crianças e adultos que convivem com a asma grave podem sim ter uma vida normal, desde que não negligenciem a doença nem o tratamento”. Ainda conta que: “A asma só é grave quando o paciente apresenta os sintomas e crises mesmo usando doses normais de corticoide de inalação com outros remédios prescritos”. Para ela, quando a família do doente busca atendimento num centro especializado, ajuda a melhorar a qualidade de vida de quem sofre desse mal.

Foto Destaque: Homem com bombinha /Reprodução: Drauzio Varella

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