O Carnaval está chegando e com ele a temporada de brilho e purpurina. No entanto, enquanto os foliões se preparam para arrasar nas festividades, especialistas alertam para os perigos que o uso inadequado do glitter pode representar para a saúde da pele e dos olhos.
Quando se trata de glitter, nem todos são criados iguais. O tipo mais comum, encontrado em papelarias e lojas de festas, muitas vezes contém plásticos e produtos químicos que podem causar irritações na pele. Dermatologistas advertem que o uso prolongado desse tipo de glitter pode levar a inflamações cutâneas, como dermatites.
Por outro lado, o glitter ecológico ou biodegradável, feito de materiais naturais como minerais e corantes vegetais, é uma opção menos agressiva. No entanto, até mesmo esse tipo pode irritar a pele, especialmente em indivíduos sensíveis.
Cuidados e precauções
Se você notar sinais de irritação na pele, como vermelhidão, coceira ou bolhas, é importante remover imediatamente o glitter com água corrente e evitar esfregar a área afetada. Além disso, aqueles propensos a acne devem ter cautela extra, já que o glitter pode obstruir os poros e piorar a condição.
Aplicar glitter próximo aos olhos é particularmente arriscado. O oftalmologista Emerson Castro adverte que o glitter pode facilmente entrar nos olhos, causando abrasões na córnea e outros danos. Materiais como lantejoulas e colas comuns também representam perigos semelhantes e não devem ser usados na área dos olhos.
Remoção segura dos adereços
Após os dias de folia, é hora de remover o brilho extra do corpo. Enquanto a água corrente pode não ser eficaz na remoção do glitter, produtos como água micelar para o rosto e demaquilantes bifásicos ou óleos corporais para o corpo são opções seguras e eficientes.
Opções ecológicas
Na busca por alternativas ambientalmente responsáveis, surge o questionamento: qual tipo de glitter é mais ecologicamente correto? Embora o glitter ecológico seja frequentemente apresentado como uma opção mais sustentável, há alertas sobre seus impactos persistentes. A variedade convencional, composta por plástico e alumínio, representa uma ameaça direta ao meio ambiente, especialmente aos oceanos, onde os microplásticos podem absorver substâncias tóxicas e prejudicar a biodiversidade marinha.
Apesar de não conter plástico, estudos recentes indicam que o glitter ecológico também pode gerar danos significativos ao ecossistema. Diante desse cenário, torna-se crucial aumentar a conscientização sobre os riscos associados ao uso do glitter e buscar alternativas verdadeiramente sustentáveis para reduzir os impactos ambientais causados por esse acessório brilhante.