Tatuar ‘sardas fake’ traz riscos à saude do rosto

Heloisa Santos Por Heloisa Santos
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Foto destaque: sardas (Reprodução/blog.oceane)

No Tik Tok, há muitos vídeos que mostram o passo a passo de makes e dicas de produtos para simular sardas fake, que é algo que pode dar um toque bem natural e combina com o verão. Porém, outra tendência do momento são as sardinhas feitas com a técnica da tatuagem, o que pode não ser seguro.

A dermatologista Marcella Alves, da clínica Les Peaux, respondeu algumas perguntas sobre o tema.

1 – É possível tirar essa sardinha fake tatuada com algum tipo de tratamento dermatológico, se quem usar da técnica enjoe desta tendência atual (comum principalmente entre jovens)?

Sim, os micropigmentos não são permanentes, uma vez que o sistema imunológico da pessoa gradualmente os elimina do corpo. Para reverter ou remover os efeitos da micropigmentação, existem métodos de despigmentação, como peelings químicos ou tratamentos a laser. Essas abordagens visam atenuar ou eliminar os pigmentos depositados na pele, proporcionando uma opção para aqueles que desejam modificar ou reverter o resultado da micropigmentação. Vale ressaltar que a escolha do método de despigmentação deve ser cuidadosamente avaliada, considerando as características individuais da pele e os cuidados pós-tratamento necessários.

2 – Ao tirar as sardinhas fakes com algum procedimento em consultório , é possível que não saia por completo?

A remoção completa das sardas feitas por meio de micropigmentação em consultório pode variar de acordo com diversos fatores, incluindo a profundidade da aplicação dos pigmentos, o tipo de pigmento utilizado e a resposta individual da pele de cada pessoa. Em alguns casos, pode ser possível remover as sardas falsas por completo, especialmente com procedimentos de despigmentação como peelings químicos ou tratamentos a laser.

No entanto, é importante destacar que a remoção total pode não ser garantida em todos os casos, e múltiplas sessões podem ser necessárias. Além disso, a consulta com um profissional qualificado é crucial para avaliar a viabilidade da remoção e determinar o melhor curso de ação com base nas características específicas da micropigmentação e da pele do indivíduo.

3 – Com o tempo, especialistas apontam que há uma mudança na coloração destas sardinhas fakes, devido a uma oxidação da tinta usada para fazer a tatuagem. Com isso, é possível que dificulte o diagnóstico de um câncer de pele, por exemplo, ou outro tipo de doença de pele?

A mudança na coloração das sardas falsas, causada pela oxidação da tinta utilizada na micropigmentação, pode, em teoria, apresentar desafios no diagnóstico de condições de pele, como o câncer de pele. A alteração na tonalidade das sardas artificiais pode interferir na avaliação visual de irregularidades na pele, podendo dificultar a detecção de sinais suspeitos. Porém, ao ser feita a Dermatoscopia ( por meio da utilização de um aparelho chamado dermatoscópio, que consegue aumentar em ate 400 vezes o tamanho real através de uma lente com uma luz, colocado sobre a pele), consegue-se com facilidade fazer a distinção entre as duas coisas.. E isso somente um Dermatologista qualificado é capaz de fazer e analisar as imagens para que se chegue a essa conclusão e diagnóstico final.

Portanto, é crucial que os profissionais de saúde estejam cientes desse aspecto ao examinar pacientes que tenham se submetido a procedimentos de micropigmentação, uma vez que a mudança na coloração das sardas artificiais pode representar um desafio visual para o diagnóstico clínico.

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