Com o frio acima do esperado para o mês de maio, muitos moradores de rua estão sofrendo com para aguentar as noites congelantes da capital paulista. Para se ter uma ideia, nesta quarta (18), São Paulo, e algumas partes do país, tiveram a madrugada mais fria do ano.
A prefeitura de São Paulo garante que irá fazer uma busca ativa à pessoas em situação de rua durante a madrugada e, aqueles que quiserem um abrigo, serão beneficiados e porque não dizer, aliviados. Vale ressaltar que a procura por pessoas em situação de rua só começa na próxima semana.
Adelinaldo Almeida, que vive nas ruas paulistanas, diz que quer ir para um abrigo, mas, não encontra alternativa. “Com certeza, porque na rua está muito frio. Se tivesse abrigo estava muito melhor. Mas, infelizmente a van que passou aqui levou só dez pessoas. A gente está morrendo aos poucos”, conclui. Desempregado desde o ano passado e não conseguiu mais ter moradia. “Você tem medo de morrer? Eu tenho. Isso não é vida. Isso é gelo”, diz.
Moradores em situação de rua. (Foto: Reprodução/Getty Images)
A luta pela sobrevivência começa cedo vendendo panos no farol, na esperança de se reerguer. Adelinaldo diz que já procurou emprego fixo, mas é barrado pela burocracia. “Eu não tenho comprovante de residência para voltar a trabalhar novamente. Fica difícil voltar à sociedade”, destaca.
Já na primeira noite de mudança do clima a prefeitura da capital garantiu que mobilizou grupos que integram Saúde, Assistência Social, Direitos Humanos e Fundo Social de Solidariedade em rondas pela cidade, no intuito de encontrar moradores de rua para ofertar cobertores e agasalhos, além de oferecer o abrigo.
Além dos cobertores, a doação de gorros está entre os pedidos da prefeitura. O site da campanha Inverno Solidário, do governo do estado, permite que doadores encontrem os endereços mais próximos para entregar as doações que desejam.
Foto destaque: Pessoas dormem nas calçadas públicas da cidade. Reprodução/Getty Images
