Inicialmente o medicamento Dopamina era utilizado para tratar de alguns problemas de saúde mais graves, como infecções e baixa pressão arterial. Os benefícios que a substância traz quando usada corretamente são múltiplos, regulando o sono e atenção, equilibrando o estado emocional, aumentando o desenvolvimento da memória a curto prazo, entre outros. Ainda é recomendado pelos especialistas o uso apenas por via endovenosa, ou seja, injetado com seringa ou por comprimidos sublinguais.
Porém, a Dopamina está sendo utilizada para outros meios que vêm intensificando a dependência das pessoas à mesma. O principal uso é para aumento de prazer, isso porque ela age diretamente no desenvolvimento da libido e ejaculação durante a relação sexual. Esse problema pode ser comparado com diversos outros do nosso dia a dia nos quais colocamos um sistema de urgência demasiado ou desnecessário. Um simples exemplo é a quantidade de atenção que voltamos para as redes sociais no nosso dia, se pararmos para analisar bem, ninguém precisa tanto de nossa urgência assim como pensamos.
Podemos analisar o assunto mais profundamente no livro “Nação Dopamina”, escrito pela professora e psiquiatra norte-americana Anna Lembke. Ela faz uma análise de como o cérebro do ser humano funciona, como estamos sempre em busca de recompensas e a nossa compulsão, não apenas em sentido de drogas, mas em analogia a tudo aquilo que nos consome de maneira geral.
Capa do livro “Nação Dopamina”.
É válido citar que Anna também participou do documentário “O Dilema das Redes” lançado pela plataforma de streaming Netflix no ano de 2020. No documentário vemos ex-funcionários de empresas como Facebook e Google exporem os perigos que o uso constante e excessivo das redes sociais pode causar à nossa sociedade e às futuras gerações. O vício das redes sociais é abordado pela psiquiatra da mesma maneira em seu livro, que hoje já vem sendo considerada como especialista no assunto.
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