Brasileiro de 26 anos é o primeiro caso da infecção por varíola dos macacos registrado na Alemanha. O comunicado foi feito pelo Instituto de Microbiologia da Bundeswehr às Forças Armadas da Alemanha, na última sexta-feira (20). O brasileiro, que não teve sua identidade revelada, passou antes por Portugal, Espanha e se encontrava na Alemanha há uma semana. Após esse período, apresentou erupções cutâneas, um dos sintomas característicos da doença e agora encontra-se em isolamento em uma clínica na cidade de Munique.
A doença ainda apresenta sintomas como febre, dor de cabeça, dor das costas e musculares, calafrios e inchaço dos gânglios linfáticos. As erupções aparecem inicialmente no rosto, nas mãos, nos pés e podem evoluir formando crostas na pele. Os sintomas aparecerem de 10 a 14 dias após o contágio.
Nos últimos meses, os casos tem aumentado de forma significativa e preocupam as autoridades sanitárias da Europa e da América do Norte, pois isso ascende o alerta de que a doença esteja se espelhando além da África.
Vírus da varíola dos macacos é detectado na Alemanha (Foto: Reprodução/Departamento de Defesa da Alemanha)
A varíola dos macacos é uma zoonose silvestre, que passa de animais para os humanos. O contágio pode ser feito quando há contato entre roupas e objetos infectados, por meio da mordida de animais que carregam o vírus e também através de consumo destes e, ainda, por gotículas respiratórias.
Geralmente, a doença é encontrada na África Ocidental e Central, porém casos estão sendo evidenciados fora do continente africano. Além da Europa, a doença foi identificada nos Estados Unidos, Canadá e Austrália. De acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), dos Estados Unidos, os casos estão relacionados às viagens internacionais e com animais importados que estão infectados.
Na última sexta-feira (20), a Organização Mundial de Saúde (OMS), marcou uma reunião extraordinária para discutir sobre o recente surto de varíola do macaco, devido à suspeita de mais de 100 casos na Europa. Porém, a OMS considera o risco endêmico extremamente baixo.
Foto destaque: Erupções na pele provocada pelo vírus do macaco. Reprodução/Olhar Digital.