Já não é a primeira vez desde que voltou ao Brasil que o jogador procura ajuda por conta de situações de violência virtual. Em abril, depois que o Timão perdeu para o Always Ready, ele foi um dos jogadores que recebeu ameaças virtuais. Dessa vez foi algo mais complicado pois a família dele foi envolvida nas ameaças.
Essa semana, após o empate contra o América-MG, a esposa do jogador já havia exposto em redes sociais outras mensagens de ódio que havia recebido pelo jogador ter deixado a partida machucado. Ele recebeu pancadas e pediu substituição na partida do último domingo.
Nesta quarta, o Timão treina na parte da tarde no CT Joaquim Grava. A diretoria do Corinthians diz estar ciente do caso, lamenta a repetição do ocorrido e afirma que acompanha tudo de perto.
O clube emitiu uma nota a respeito do ocorrido, “O Sport Club Corinthians Paulista repudia as novas ameaças sofridas pelo meia Willian e familiares. O clube apoia o atleta na decisão de formalizar a denúncia, identificar e punir os responsáveis e reforça a necessidade da luta por um #FutebolSemÓdio.”
Sede do Departamento de Operações Policiais Estratégicas (DOPE), em São Paulo — Foto: Henrique Toth
Em contato com a reportagem da ESPN, César Saad, delegado da Polícia Civil, afirmou que se trata de crime de ameaça e que os agressores serão encontrados e punidos.
“Ele nos passou as mensagens que recebeu pela internet. Passamos para nosso setor de Inteligência que vai identificar os agressores. Vamos até eles. O crime é de ameaça. Eles serão detidos. E, se portarem armas sem terem o porte, podem ser enquadrados por porte ilegal”, afirmou.
Na última semana, de acordo com o jornalista Fabrizio Romano, Willian estaria planejando com a família deixar o Brasil para retornar ao futebol europeu na janela de transferências que se abre em julho. No entanto, Severino Silva, pai do jogador, negou qualquer rumor e afirmou que o filho seguirá no país.
Foto destaque: Willian após depoimento no Departamento de Operações Policiais Estratégicas. Divulgação/Dope