OMS lança robô de IA que fornece informações sobre doenças

Beatriz Duranzi Por Beatriz Duranzi
4 min de leitura
Foto destaque: Sarah, nova inteligência artificial lançada pela Organização Mundial da Saúde (reprodução/Divulgação/OMS)

É cada vez mais frequente buscar informações sobre saúde online e, reconhecendo essa tendência, a Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou –antes do Dia Mundial da Saúde, focado em ‘Minha Saúde, Meu Direito’– Sarah, um protótipo digital promotor de saúde com resposta empática aprimorada. Alimentado por inteligência artificial generativa, ele tem o objetivo de esclarecer dúvidas e fornecer orientações médicas. 

Testes iniciais

Sarah responde a perguntas de forma bastante genérica, mostrando pouca empatia e sempre recomenda que o paciente procure um médico. Embora tenha sido prometido o contrário nos testes iniciais realizados, ela falhou em fornecer links para informações médicas mais específicas. Em vez disso, limitou-se a oferecer recomendações genéricas ou uma lista básica de informações e sintomas associados a algumas doenças.

A Smart AI Resource Assistant for Health (Sarah), anteriormente conhecida como Florença, já havia sido testada durante a pandemia e atualmente está disponível em oito idiomas e tem a capacidade de apoiar as pessoas no desenvolvimento de uma melhor compreensão dos fatores de risco para algumas das principais causas de morte no mundo, incluindo doenças cardíacas, doenças pulmonares e diabetes. Ela pode ajudar as pessoas a acessar informações atualizadas sobre como parar de fumar, ser ativo, seguir uma dieta saudável e desestressar, entre outras coisas.


Sarah, inteligência artificial criada pela OMS
Sarah, inteligência artificial criada pela OMS
(Foto: reprodução/Divulgação/OMS)

Representantes da Organização também admitem as deficiências do sistema atual e a diretora da OMS pediu ajuda da comunidade para encontrar esses erros para que os responsáveis continuem a explorar como essa tecnologia “pode reduzir as desigualdades e ajudar as pessoas a encontrar informações de saúde atualizadas e confiáveis”.

Em nota, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, explica:

“O futuro da saúde é digital e apoiar os países para aproveitarem o poder das tecnologias para a saúde é uma prioridade. Sarah nos dá uma ideia de como a inteligência artificial poderá ser utilizada no futuro para melhorar o acesso à informação de saúde de uma forma mais interativa.”

Tedros Adhanom Ghebreyesus

Alertas

No entanto, a OMS alerta que as respostas obtidas pela nova inteligência artificial podem não ser precisas, uma vez que “se baseiam em padrões e probabilidades dos dados disponíveis”.  O avatar, desenvolvido pela Soul Machines com o apoio da Rooftop, pode agir por conta própria e criar conteúdos de conversação que não “representa ou compreende as opiniões ou crenças da OMS”.

Em aviso final a OMS adverte que o usuário: 

“Compreende e aceita que não deve confiar nas respostas geradas como única fonte de informação verdadeira ou factual, nem como substituto de aconselhamento profissional”.

Organização Mundial da Saúde (OMS)

O projeto busca o aprendizado contínuo e o desenvolvimento de um protótipo que possa inspirar informações confiáveis, responsáveis ​​e acessíveis.

“A avaliação e o aperfeiçoamento contínuos como parte deste projeto enfatizam a dedicação da OMS em aproximar a informação sobre saúde das pessoas, mantendo ao mesmo tempo os mais elevados padrões de ética e conteúdo baseado em evidências.”

Organização Mundial da Saúde (OMS)

A OMS ainda afirma que os criadores e os prestadores de cuidados de saúde precisam abordar estas questões éticas e de direitos humanos ao desenvolver e implementar a IA, para garantir que todas as pessoas possam se beneficiar dela.

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