O ministro da Saúde russo Mikhail Murashko anunciou nesta quarta-feira que o imunizante russo Sputnik V é cerca de 83% eficaz contra a variante Delta, identificada pela primeira vez na Índia, representando uma porcentagem inferior do que o anteriormente previsto.
Segundo a agência TASS, apesar da queda da eficácia, as autoridades russas culparam a nova cepa pelo aumento dos casos de coronavírus em junho e julho e a relutância da população em se imunizar, mesmo com ampla disponibilidade de vacinas.
A vacina Sputnik V é aplicada em duas doses e utiliza um vetor viral para treinar o sistema imune (Centro Gamaleya/Divulgação)
Em julho, os desenvolvedores da vacina informaram que a Sputnik V era cerca de 90% eficaz contra a variante Delta. Apesar da menor porcentagem de eficácia, o diretor do Instituto Gamaleya (responsável pelo desenvolvimento da vacina) Alexander Gintsburg, garantiu em entrevista ao jornal Izvestia que o imunizante é seguro e eficaz contra todas as cepas do coronavírus.
Na esteira da vacinação mundial, a agência de medicamentos da Espanha autorizou, nesta quarta-feira, 11, a primeira rodada de ensaios clínicos em humanos da vacina contra a covid-19 desenvolvida pela empresa espanhola Hipra.
O ensaio clínico vai comparar o imunizante espanhol com outras que já estão no mercado. Ou seja, os voluntários receberão uma ou outra, sem saber qual, e será avaliado, como objetivo principal, a segurança e tolerância da vacina. Como objetivos secundários, serão analisadas a imunogenicidade (capacidade de ativar o sistema imunitário) e a eficácia.
Diante da alta de casos impulsionados pela variante delta, o líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, disse hoje que a pandemia da covid-19 é o “problema número um” do país e deve ser contida com urgência.
O Ministério da Saúde do Irã relatou, nesta quarta-feira, 42.541 novos casos nas últimas 24 horas, elevando o total de infecções para 4.281.217. Ainda foram registrados 536 óbitos, totalizando 95.647 mortes, desde o início da pandemia.
Na campanha de vacinação, o presidente da França, Emmanuel Macron, defendeu a gestão “democrática” do seu governo perante a crise de saúde após as críticas de manifestantes antivacina no país.
Em todo o país, centros de vacinação e testes em instalações externas e farmácias foram marcadas com suásticas e com escritos como “colaborador”, “nazista” e “genocídio” nas últimas semanas. Os mesmos slogans também foram vistos em algumas manifestações contra os passes de saúde da doença.
Foto: Pessoas caminham por Moscou durante a pandemia (Yuri Kadobnov/AFP)