As doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti têm um ciclo sazonal natural de aumento e redução. E de acordo com a média da última década, o Brasil está agora no meio do período mais crítico para esse aumento. Por isso, entenda mais a respeito da doença e de como se prevenir nesse período e no resto do ano.
Piora nos casos de doenças
Entre a 15ª e a 17ª sétima semana do ano historicamente são os dias onde normalmente mais ocorrência de zika, dengue e chikungunya são registrados. Atualmente entramos na 16ª semana então é importante redobrar os cuidados. O alerta é divulgado pelo pesquisador Wanderson Oliveira, ex-chefe da Secretaria Nacional de Vigilância em Saúde (SVS) e epidemiologista do Hospital das Forças Armadas. Na análise que o especialista publicou na última semana acendeu-se uma preocupação com a dinâmica da doença no Brasil.
“Leva-se um tempo entre a detecção do caso, com o preenchimento da ficha do paciente e a digitação dessa informação no banco de dados. Então o que a gente está visualizando hoje é um retrato de algumas semanas atrás”, afirma Wanderson Oliveira. O epidemiologista comparou os anteriores com os atuais e diz que os números inspiram bastante cautela. Desde 2023, por conta de ondas de calor e distribuição de chuvas, a situação está piorando para essas arboviroses, nome dado às viroses transmitidas por artrópodes (no caso, insetos).
Casos notificados por semana neste ano comparados à média dos 10 anos anteriores
Veja a seguir a ocorrência de dengue, zika e chikungunya em 2024 nas diferentes regiões do Brasil. Nos gráficos com os dados divulgados pelo DataSUS:
Cuidados para proteção contra as doenças
Wanderson Oliveira confirma que estamos em um momento que requer atenção. Alertando para os cuidados na prevenção de focos para a proliferação do mosquito da dengue. “Dediquem uns 10 minutos por dia para procurar possíveis focos de larva do mosquito da dengue”, afirmou o especialista. Nos municípios em que a vacinação está disponível é de suma importância que os responsáveis levem as crianças para vacinar. A seguir pode-se ver algumas precauções para evitar o acúmulo de água parada:
Esses são alguns dos passos a serem seguidos para evitar problemas de saúde no futuro. Além de claro, vacinação e acompanhamento médico adequado.