O Instituto-Geral de Perícias (IGP) entregou , nesta quarta-feira (8), o laudo solicitado pela Polícia Civil do Rio Grande do Sul, do caso de injúria racial, envolvendo o jogador Rafael Ramos e Edenilson, na partida entre Internacional e Corinthians pela 6º rodada do Campeonato Brasileiro. O jogador colorado alegou ser chamado de “macaco” pelo lateral do clube paulista, porém, por meio do inquérito, as autoridades disseram que não foi possível afirmar se esta foi a palavra realmente dita.
O documento do IGP, que foi enviado para à 2ª Delegacia de Polícia de Porto Alegre, que é responsável pelo caso, contém cerca de 40 páginas. Entre elas, quatro vídeos do caso foram remetidos, porém apenas um foi analisado, por conta de ter uma melhor qualidade, tanto de imagem quanto de sinal. A investigação foi feita para saber o que foi dito pelo lateral Rafael Ramos em direção à Edenilson no lance ocorrido.
A ocasião aconteceu no dia 14 de maio, durante a disputa entre as duas equipes, no Beira-Rio, estádio do Internacional. Após o jogo, a polícia que foi solicitada para o caso, ouviu os dois jogadores, ainda no lugar, e decretou a prisão em flagrante do lateral. O jogador depois foi liberado, por meio de um pagamento de fiança no valor de R$10 mil, feito pelo Corinthians.
<blockquote class=”twitter-tweet”><p lang=”pt” dir=”ltr”>A Polícia Civil do RS recebeu hoje o relatório Instituto Geral de Perícias do RS sobre o caso envolvendo Edenilson e Rafael Ramos. <br><br>Segundo o laudo, foram analisados 4 vídeos e 41 frames. Neles, não foi possível identificar o que Rafael Ramos disse para o atleta colorado. <a href=”https://t.co/DssIQXigww”>pic.twitter.com/DssIQXigww</a></p>— O Bairrista (@O_Bairrista) <a href=”https://twitter.com/O_Bairrista/status/1534600435629187074?ref_src=twsrc%5Etfw”>June 8, 2022</a></blockquote> <script async src=”https://platform.twitter.com/widgets.js” charset=”utf-8″></script>
Laudo do caso diz que não é possível identificar o que foi dito por Rafael Ramos (Reprodução/Twitter)
Em nota divulgada pelo próprio IGP, é dito: “É impróprio que a perícia criminal oficial do Estado afirme, com responsabilidade do ponto de vista processual e científico, o que foi proferido pelo jogador na cena questionada”.
A delegada do caso, Ana Luiza Caruso, em entrevista ao GE, disse que encaminhará o inquérito ao Ministério Público.
Em suas palavras, ela afirma: “Vamos juntar a perícia contratada pelo Edenilson e pelo Rafael Ramos, e aí tem a questão da palavra da vítima, ver o que tem de prova, que não seja suposição. Em princípio não vai ter indiciamento”
O jogo terminou em um empate por 2 a 2 entre os times e ficou marcado por esse caso de possível injúria racial entre os dois jogadores.
Foto Destaque: Cena do jogo envolvendo os jogadores Rafael Ramos e Edenilson (Reprodução/JovemPan)