Alzheimer: desafios de uma doença traiçoeira que afeta milhares de pessoas

Julia Cabrero Por Julia Cabrero
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De acordo com os dados disponibilizados pela Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 55 milhões de pessoas no mundo todo convivem com algum tipo de demência, porém, a doença de Alzheimer é a mais comum. No momento, ela atinge sete entre dez indivíduos e existe uma tendência de aumento preocupante nos números com o passar dos anos com o envelhecimento da população. 

No Brasil, existem quase 2 milhões de pessoas  com a doença. Os sintomas de Alzheimer podem começar a aparecer após os 65 anos, contudo, se uma pessoa jovem apresentar histórico familiar, pode apresentar sintomas por volta dos 30 anos. O nome dado para isso é Alzheimer Precoce. 

Os principais sinais para identificar a doença com antecedência são: 

• Perda de memória 
• Dificuldade em executar tarefas do dia-a-dia
• Desorientação
• Problemas de linguagem
• Repetir conversas ou tarefas
• Trocar o lugar das coisas
• Mudanças bruscas no humor e na personalidade, em alguns casos. 
• Desinteresse pelas atividades habituais.

Para ter certeza e fazer um diagnóstico preciso, é necessário se consultar com um geriatra e/ou um neurologista. Ele será responsável por avaliar o histórico clínico da pessoa e observar os sinais e sintomas da doença. Inclusive, a indicação é realizar exames como ressonância magnética, tomografia computadorizada e exames de sangue.


(Foto: Reprodução/Getty Images)


O Alzheimer ainda é uma doença sem cura, somente alguns medicamentos são indicados para estabilizar ou reduzir a velocidade de progressão da doença. Eles proporcionam alívio dos sintomas, geram mais qualidade de vida ao paciente e também aos seus familiares que sofrem bastante com a situação. 

Alguns medicamentos estão sendo aprovados, é o caso do aducanumab, medicamento experimental indicado para as fases iniciais da doença. Ele foi aprovado em Junho de 2021 pelo Food and Drug Administration (FDA) – agência reguladora dos EUA equivalente à Anvisa. O que é promissor e surpreendente já que a agência é rígida e não possuía aprovação de um novo medicamento contra o Alzheimer desde 2003.

Essa doença infelizmente sem cura pode ser tratada ao longo dos anos após seu diagnóstico. É preciso ficar ao lado de quem tem Alzheimer e mesmo que difícil, acompanhar a jornada que essa doença proporciona. 

 

Foto Destaque: Reprodução/Olhar Digital

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