Pesquisadores em Londres avançam na luta contra o melanoma com vacina personalizada

Pedro Ramos Por Pedro Ramos
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Vacina contra o melanoma é testada e promete revolucionar o tratamento contra a doença (Fotografia: Reprodução/Freepik/Freepik)

O avanço na luta contra o câncer pode estar à vista com o início dos testes de fase III da primeira vacina de RNA mensageiro (mRNA) personalizada destinada a combater o melanoma, uma das formas mais letais de câncer de pele.

A vacina, conhecida como mRNA-4157 (V940), é resultado dos progressos na mesma tecnologia empregada nas vacinas mais recentes contra a COVID-19. Os testes de fase III, conduzidos em colaboração com os Estados Unidos e a Austrália, marcam a fase final antes da possível aprovação para uso amplo.

Steve Young, 52 anos, é um dos pioneiros a participar desses ensaios clínicos de fase III. Após ter um melanoma removido do couro cabeludo no ano passado, Young nutre a esperança de que a vacina o auxilie a fortalecer seu sistema imunológico e a prevenir o retorno do câncer.

Como a vacina será administrada

A vacina está sendo administrada em conjunto com o medicamento pembrolizumab, que auxilia o sistema imunológico no combate às células cancerígenas. Ambos os tratamentos ainda não estão disponíveis fora dos ensaios clínicos, mas especialistas estão otimistas quanto ao potencial dessa abordagem.


A vacina é denominada de “personalizada” devido à sua capacidade de se adaptar à assinatura genética exclusiva de cada paciente (Fotografia: Reprodução/Freepik/Freepik)

Chamada de “personalizada” devido à sua adaptação à assinatura genética única de cada paciente, a vacina é projetada para instruir o corpo a produzir proteínas ou anticorpos específicos contra os marcadores encontrados nas células cancerígenas.

O Dr. Heather Shaw, pesquisador do University College London Hospitals (UCLH), destacou que essa vacina não só tem o potencial de tratar o melanoma, mas também está sendo avaliada para outros tipos de câncer, como pulmão, bexiga e rim.

Ensaio clínico internacional

O ensaio internacional no Reino Unido visa recrutar entre 60 e 70 pacientes em oito clínicas em diversas cidades. Os participantes devem ter sido submetidos à remoção cirúrgica de melanoma de alto risco recentemente para garantir os melhores resultados.

Esses avanços promissores trazem esperança para pacientes como Young, que descreveu sua participação nos testes como uma oportunidade de enfrentar o câncer de frente, em vez de esperar passivamente por uma possível recorrência.

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