Os anticorpos induzidos por vacinação e também infecção ainda não conseguem ser menos eficazes contra as subvariantes BA.4 e BA.5 da ômicron.
Através de informações dos próprios infectologistas e dos órgãos competentes, se sabe que as subvariantes BA.4 e BA.5 da ômicron são mais fáceis e propensas a escapar dos anticorpos desenvolvidos por quem já teve a doença.
Aquelas pessoas que já contraíram o vírus da covid-19 estão imunizadas contra a doença em relação a outras cepas do coronavírus. O informativo da pesquisa em estudo do Beth Israel Deaconess Medical Center, da escola de Medicina de Harvard, foi publicado na 4ª feira (22.jun.2022) no New England Journal of Medicine. Eis a íntegra, em inglês (395 KB).
Segundo estudos, variante Ômicron do coronavírus possui alta taxa de transmissão. Foto destaque: Reprodução/CDC/Pexels
A pesquisa analisou informações de mais 27 participantes, já infectados com as subvariantes BA.1 ou BA.2 há, com a média, em 29 dias. Desse grupo, apenas 1 não havia sido vacinado contra a covid-19. Os pesquisadores acharam resultados muito semelhantes. Segundo eles, “os dados mostram que as subvariantes BA.2.12.1, BA.4 e BA.5 escapam substancialmente de anticorpos neutralizantes induzidos por vacinação e infecção”. Na conclusão, disseram, indica que “o Sars-CoV-2 continuou a evoluir” para “escapar da neutralização”.
Já existe uma preocupação em relação às subvariantes BA.4 e BA.5 no mundo, pois a informação é que elas tem alto nível infeccioso, mesmo que sejam menos letais em comparação à variante delta. Ainda de acordo com relatório do ITpS (Instituto Todos pela Saúde) divulgado no dia 10 de junho, dizem que as cepas podem ser responsáveis por até 44% dos casos já de covid-19 no Brasil nas últimas semanas.
VACINA CONTRA SUBVARIANTES
A farmacêutica norte-americana Moderna chegou a anunciar nesta 4ª feira dados sobre resultados bem sucedidos de uma vacina com imunização para a subvariantes BA.4 e BA.5 da ômicron. Seria a aplicação do imunizante bivalente em pacientes que mostraram um grande desempenho que seria de 5,4 vezes superior na produção de anticorpos neutralizantes em relação à vacina tradicional para a doença, já incluindo voluntários que não foram infectados pelo vírus.
“Apresentaremos estes dados às agências regulatórias com urgência e estamos nos preparando para fornecer nossa próxima geração de reforço bivalente a partir de agosto nos Estados Unidos, antes de um aumento potencial das infecções pelo Sars-CoV-2 devido às subvariantes ômicron no início do outono do hemisfério norte”, disse o diretor-executivo da Moderna, Stéphane Bancel.
Foto de Destaque: Reprodução/Reuters/Dado Ruvic