Vacina da AstraZeneca contra COVID-19 é retirada do mercado após 3 bilhões de doses distribuídas

Pedro Ramos Por Pedro Ramos
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AstraZeneca encerra produção da vacina contra a covid-19 devido à queda na demanda (Fotografia: Reprodução/Freepik/Freepik)

Após uma trajetória marcada por mais de 3 bilhões de doses fornecidas, a vacina contra a COVID-19 desenvolvida pela AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford está sendo retirada do mercado. A decisão, anunciada pela empresa farmacêutica, surge em meio a uma mudança nas prioridades comerciais devido ao surgimento de novas variantes do coronavírus.

A AstraZeneca expressou seu orgulho pelo papel desempenhado pela vacina, mas destacou que a decisão de retirá-la do mercado foi motivada por fatores comerciais. A empresa observou que a demanda agora se concentra em vacinas mais recentes e atualizadas, em resposta às novas variantes.

Embora a vacina tenha sido creditada por salvar milhões de vidas durante a pandemia, sua reputação foi abalada por relatos de coágulos sanguíneos raros e, em alguns casos, fatais. Este efeito colateral, embora raro, levou muitos países a buscar alternativas.

Desenvolvimento e decisão de retirada do mercado

Desenvolvida em tempo recorde por cientistas da Universidade de Oxford, a vacina foi inicialmente saudada como uma solução acessível e de fácil armazenamento para a pandemia. No entanto, sua utilidade foi questionada à medida que novas variantes do vírus surgiram e a eficácia da vacina contra elas foi posta em dúvida.


Frasco de vacina
A vacina, denominada Vaxzevria, foi desenvolvida em colaboração com a Universidade de Oxford, sediada no Reino Unido (Foto: Reprodução/Freepik/Freepik)

A AstraZeneca ressaltou em seu comunicado que estimativas independentes indicam que mais de 6,5 milhões de vidas foram preservadas somente no primeiro ano de aplicação da vacina. A empresa enfatizou que seus esforços foram amplamente reconhecidos e considerados essenciais para combater a pandemia global.

A decisão de retirar a vacina do mercado foi motivada pela disponibilidade de novas doses de outros imunizantes, levando a uma queda na demanda. A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) também anunciou a retirada da autorização de comercialização da vacina nos países da União Europeia.

A vacina no Brasil

No Brasil, a vacina, conhecida localmente como Fiocruz/AstraZeneca, teve seu registro aprovado em março de 2021 e desempenhou um papel importante na campanha de vacinação do país.

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