Na manhã de ontem (30), a farmacêutica Pfizer informou que está buscando a aprovação dos Estados Unidos para dar início ao tratamento oral contra a Covid-19.
Segundo a farmacêutica, foi enviado um pedido junto à Agência de Alimentos e Medicamentos (FDA) dos EUA para a utilização do antiviral Paxlovid, que atualmente só está disponível sob autorização de uso emergencial. No entanto, a Pfizer justificou o pedido sob forma de se utilizar o antiviral em pessoas vacinadas e não vacinadas com alto risco de progressão para a forma grave da doença.
De acordo com o estudo EPIC – HR (sigla em inglês para “Avaliação do Inibidor de Protease para a Covid-19 em Pacientes de Alto Risco”), realizado pela farmacêutica, mostra que quanto mais rápido for o tratamento, maior é a chance de sucesso.
O antiviral quando utilizado nos primeiros três a cinco dias de manifestação dos sintomas da doença, tende a reduzir a gravidade da infecção e evitar 9 de cada 10 internações, reduzindo o risco de hospitalização ou morte em 88% em pacientes adultos de alto risco não hospitalizados.
Pílulas de vários formatos e cores. (Foto: Reprodução/Gettyimages)
Como é o tratamento oral contra a Covid-19?
Atualmente, o tratamento oral contra a Covid-19 se dá por meio de um antiviral chamado Paxlovid. O medicamento é composto pelos antivirais “nirmatrelvir” e “ritonavir” e seu uso é indicado para pacientes adultos e sob prescrição médica.
Aqui no Brasil, o medicamento foi aprovado para uso emergencial pela Anvisa (Agência de Vigilância Sanitária) no dia 30 de março deste ano, sendo o primeiro no SUS (Sistema Único de Saúde) e indicado para os casos leves a moderados e para quem tem alto risco de complicações, tendo como finalidade prevenir internações, complicações e mortes. Entretanto, o remédio é proibido para alguns grupos de pessoas, tais como grávidas, pacientes com insuficiência renal grave ou com falha renal.
A eficácia do antiviral se dá da seguinte forma: os vírus possuem enzimas que ajudam no ciclo de sua replicação. Uma delas se chama protease e é responsável pelo amadurecimento do vírus. Quando não amadurece, ele é incapaz de se multiplicar. O Paxlovid, então, promove o bloqueio da protease do novo coronavírus, impedindo que ele complete seu ciclo de vida.
Foto destaque: Caixa de Paxlovid, tratamento oral contra a Covid-19 . (Foto: Jennifer Lorenzini/REUTERS).