Após a considerável queda no preço do diesel e da gasolina no mercado internacional no fechamento da última terça-feira (5), ocasionada pela queda do preço do petróleo para o valor aproximado de US$ 100 o barril no mercado internacional, acabou fazendo com que o preço médio cobrado no Brasil ficassem mais altos do que o valor comercializado no Golfo do México.
De acordo com a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), em média, o preço do diesel se encontra 3% acima da média internacional, já a gasolina, 2%. Para haver uma comparação nos preços seria possível uma redução média de R$ 0,16 e R$ 0,9 nos combustíveis.
No porto de Aratu, na Bahia, onde fica localizada a Refinaria de Mataripe, que foi privatizada no final de 2021, foi a grande responsável pela superação da paridade, o que não ocorre nos outros portos que são as principais referências de Refinarias da Petrobras. Na Bahia, a gasolina estavam, até a última semana, 15% mais cara e o diesel, 7%.
Dentro dos portos de Itacoatiara e Itaqui, a falta de gasolina para abastecimento foi zerada. Nos portos de Suape, Paulínia e Araucária a diferença ainda é positiva ao mercado interno, tendo os preços 2% menores do que no mercado internacional, segundo a Abicom.
Imagem ilustrativa de bombas de gasolina (Foto: Reprodução/autologia)
Desde o início da guerra entre Rússia e Ucrânia, a defasagem e problemas com o preço dos combustíveis começaram a ficar ainda pior. O país russo é um dos principais produtores e exportadores de petróleo do mundo e suas ações tornaram ainda mais difícil as negociações da matéria-prima.
Com a guerra ainda acontecendo, o cenário internacional fica precário em todos os sentidos, atingindo imediatamente países de todo o continente, pois o combustível é algo que não consegue-se permanecer sem dentro das nações. Com isso, a saída que os países estão encontrando, inclusive o Brasil, é realizar o aumento nos valores da gasolina e diesel, para que seja possível repor uma parte do prejuízo que a defasagem está ocasionando.
Foto destaque: Refinaria de Mataripe. Reprodução/Jornal Grande Bahia